Domingo, 29 de Janeiro de 2012

 

jornal de alferrarede

 

Aqui está na foto o insigne Historiador, Sr. Doutor Joaquim Candeias da Silva, discípulo muito estimado de Joaquim Veríssimo Serrão e um bocadinho menos estimado de Eduardo Campos, cuja obra tenho vindo a abordar com uma notória complacência cristã, devido à minha formação espiritual, e à reverência que dedico à memória de São José Maria Escriva de Balaguer, que apesar das suas fraquezas mundanas, é para mim um Mestre como Veríssimo Serrão foi para Candeias e Marcello Caetano para o Serrão.   

Termina hoje a saga iniciada sob o título ''Um opúsculo  do licenciado Candeias''  de que já saíram 2 fascículos e que a Tubucci me pediu que editasse em volume, coisa em que estou a matutar.

 

 

Se bem se lembram, no episódio anterior a notável historiadora abrantina Teresa Aparício,  braço direito do dr.Gaspar, descobrira o ignoto paradeiro dos manuscritos perdidos de Frei João da Piedade.

 

Esta descoberta torna vã boa parte do meu trabalho em prol de Clio mas elucida alguma coisa sobre a história de Abrantes.

 

 

''

 Passemos à página seguinte do opúsculo do licenciado Candeias.

 

Vamos ver o mistério adensar-se.  

 

 

Começa Candeias, com a sua peculiar erudição, a desbobinar uma lista de investigadores sérios  que abordaram este assunto.

 

Vou só cingir-me ao que conheci pessoalmente, João Manuel Bairrão Oleiro, abrantino, pai do Museu de Conímbriga, professor e investigador reputado, definido, cito de cor, por José Augusto França, como ‘’o homem que sabia mais de Antiguidade Clássica em Portugal’’.

 

Dizia isso o Prof. França porque pelos vistos quem sabe mais de Antiguidade Clássica é o Doutor Candeias, que quando ainda era apenas licenciado e publicava um dos seus primeiros e secretos opúsculos, já sabia mais que Bairrão Oleiro.

 

Bairrão Oleiro como veremos também tinha outro azar, para a perspectiva ‘’crítica’’ do licenciado Candeias. Era filho de Dona Carolina Bairrão e de Diogo Oleiro.

 

Diz Candeias com uma ousadia insuperável, digna dessa investigadora de elite que se chama Teresa Aparício, que B.Oleiro tratou do assunto ‘’sem a menor intenção crítica’’ e remete o leitor para a nota (3).

 

Ora, o artigo do Professor Bairrão Oleiro que cita, foi reproduzido neste blogue, e para a matéria em questão reproduzo o escrito pelo autor ‘’ (...) Na Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes para servir de começo aos anais do Município, coordenada por Manuel António Mourato, cita-se uma lápide do castelo em que se faria referência a um ‘’médico’’ de Tubuci’’ . Como não a vimos e desconhecemos o seu paradeiro, não podendo portanto certificar-nos da sua validade e da exactidão da leitura, não trataremos dela (...).   

 

Se isto não é uma leitura crítica, eu sou ex-seminarista como o piedoso licenciado Candeias.

 

 Bairrão Oleiro diz que não tem de se pronunciar sobre coisas hipotéticas ou inexistentes porque isso é um absurdo.

 

Um historiador ou um investigador estuda coisas que vê, examinando documentos se possível de primeira mão ou objectos, se possível originais, porque senão corre o risco de fazer disparates, descobertas alucinantes como é o caso da drª Aparício ou proferir opiniões sem base científica. 

 

E tudo isto com as devidas cautelas que é para não dizer :descobri um templário sepultado ao lado do hospital e sair um hospitalário ou um cão vadio...

 

Acrescenta Bairrão Oleiro ‘’ (..) Em arqueologia a imaginação, por si só, não é só perigosa   mas necessita apoio em factos concretos (..)

 

Diria eu, tipo Dupont & Oleiro, que o licenciado Candeias tem uma excessiva imaginação, para não dizer que tem atrevimento, uma ousadia, que no que vamos abordar, roça a má-fé.

 

 

 

Mas na nota (4) deste texto sem nenhuma prova, sem um dado, aponta Diogo Oleiro como autor de um decalque da obra de Mourato, porque seria o guardião do manuscrito da Memória Históricaem Santa Mariado Castelo.

 

Ora, é um dislate de tal ordem, que não se aguenta em pé, como vamos ver.

 

A existência da obra de Mourato é conhecida desde o século XIX, porque foi impressa em 1885.!!!!!

 

E qualquer interessado em história de Abrantes, que tivesse o mínimo conhecimento da bibliografia  histórica da cidade sabia isso.

 

Se não sabia isso, era um perfeito ignorante.

 

Em várias bibliotecas particulares da cidade existem e existiam exemplares dessa edição, não muito frequente, dos quais eu compulsei além do que herdei, mais 2 ou três

 

Trata-se da obra ‘’Archivo dos Municípios Portugueses, por uma Sociedade de Jurisconsultos e Homens de Letras, vol I e (único), Lisboa, 1885.

 

Diogo Oleiro tinha um exemplar a que faltavam as primeiras páginas, que ele substituíra por outras copiadas à mão pelo seu próprio punho. Em 1920  e tantos achamos que ainda não havia fotocópias.

 

Naturalmente nas casas boas de Abrantes não entra qualquer pessoa e é natural que o licenciado Candeias não tenha tido acesso à obra.

 

Porque se tivesse tido só uma miserável má-fé, uma cobardia intelectual digna dum pigmeu, é que poderia sustentar o que escreveu.

 

E para que não restem dúvidas do que  digo aqui vai a quota bibliográfica do exemplar da Biblioteca João Paulo II da Universidade Católica.     

 

Nova Empresa Literária de

Lisboa , ed. lit.

Archivo dos Municipios portuguezes historia

analytica, descritiva e critica de todos os

municipios do Reino... 1885- MC-9644    

 

Pertenceu este exemplar ao grande abrantino e Ministro do Estado Novo ( não há razão para se arrepiar, não é o licenciado Candeias, discípulo do fascista Veríssimo Serrão?) Prof. Henrique Martins de Carvalho e foi doado pelos seus herdeiros à UCP.

 

Henrique Martins de Carvalho foi o autor duma juvenil e preciosa monografia abrantina que jaz não sei se no Arquivo Eduardo Campos, se na António Botto e que tive o prazer de consultar, depois do Sr.Eng.Bioucas ter andado comigo a rebuscar a Câmara à procura dela.

Pelo que lá diz, Martins de Carvalho fez a obra como estudante do Curso de Direito, compulsou o original de Mourato e a versão impressa.

 

Escreve o licenciado Candeias esta nota assassina insultando a memória dum homem morto que não se podia defender.

 

E comete o despautério de não polemizar com Martins de Carvalho que estava vivo, no pleno uso das suas faculdades, ainda dava aulas na Universidade e era uma pessoa importante a sociedade portuguesa, que também usou o manuscrito de Mourato.

 

Porque o fez?

 

Porque era mais fácil atacar num morto?

 

Este opúsculo data de 1981.

 

Em Junho de 1981, saía dos prelos o que chamo a 2ª edição da Monografia de Mourato, a 1ª editada e anotada por Eduardo Campos.

 

Na introdução, que está datada de 3 de Fevereiro de 1981, escreve-se  que Diogo Oleiro teria feito um ‘’despudorado plágio’’ da Monografia de Mourato  nas ‘’Notas Históricas’’ da sua autoria  inseridas no livro ‘’Abrantes, Cidade Florida’’ publicado alegadamente em 1952.

 

A 2ª edição de Mourato era publicada a custas da municipalidade  abrantina e era uma vergonha que a Câmara pagasse ‘’uma coisa’’ onde estava uma acusação falsa contra Diogo Oleiro, um dos grandes vultos da defesa do Património de Abrantes.

 

A família de Diogo Oleiro ficou justamente ofendida e a ofensa produziu prejuízos inestimáveis à Cidade de Abrantes, entre eles que boa parte do espólio de Diogo Oleiro que era de importância crucial para a nossa história se dispersasse.

 

Mesmo assim  a família de Diogo Oleiro ofereceu à Biblioteca Municipal de Abrantes uma preciosa colecção do Jornal de Abrantes que é fundamental para a nossa história.

 

Outra das consequências da façanha foi a proibição expressa de entrada em casa dessa família de quem esteve implicado no lançamento de atoardas falsas contra Diogo Oleiro.

 

A falsidade da acusação era tão óbvia, que quando a CMA fez a 3ª edição da obra (com indicação que era a 2ª) em1990 a introdução desapareceu, a acusação de plágio evaporou-se, mas não houve no texto da obra publicada ou em qualquer outro sítio, uma explicação para tal facto.

 

Os actos ficam com quem os praticam e não vale a pena estar a bater em mortos.

 

Mas posso bater em vivos, porque eles podem defender-se

 

Era Presidentes da Câmara o dr. Humberto Lopes e Vereadora da Cultura Anabela Matias, eram eles os que deviam apresentar desculpas bem como o Autor.

 

Se as apresentaram não foram públicas, e a ofensa foi pública.

 

Regresso à data de  3 de Fevereiro de 1981 em que Eduardo Campos datou a conclusão da infeliz introdução onde Diogo Oleiro é posto em causa.

 

É dele a culpa ou alguém antes, com mais habilitações literárias e formação académica historiográfica (Eduardo Campos não tinha formação superior, apenas secundária e apesar disso o seu trabalho  e cultura eram notáveis), lançou a lama contra Diogo Oleiro?

 

Como já se viu na nota (4) deste opúsculo  sem nenhuma prova, sem um dado, aponta Diogo Oleiro como autor de ‘’um decalque’’ da obra de Mourato, porque seria o guardião do manuscrito da Memória Histórica em Santa Mariado Castelo.

 

O ano da edição do opúsculo é o mesmo (1981)  da saída dos prelos da Monografia de Mourato, anotada de Campos.

 

Quem acusou primeiro Oleiro de copiar um texto?

 

O licenciado Candeias ou Eduardo Campos?

 

Na nota (2) do opúsculo em análise Candeias esclarece-nos sem equívocos que a prioridade é sua no descabelado ataque a Diogo Oleiro.  

 

Diz o licenciado ‘’Cabe aqui um agradecimento especial a Eduardo M. Tavares de Campos-um jovem investigador abrantino que prepara a edição crítica da obra de Mourato’’.

 

Isto é, quando Candeias escrevinhava isto, Campos ainda estava a preparar a edição da Monografia.

 

Isto é quando Candeias acusa Diogo Oleiro de ter feito um ‘’decalque’’ de Mourato, Campos ainda não terminara as suas anotações.

 

Portanto tem prioridade Candeias em acusar Diogo Oleiro e deve ser a partir dessa acusação absurda, proferida por um sujeito com preparação académica especializada, que um jovem a iniciar-se na investigação, apenas  titular duma formação secundária, um jovem chamado Eduardo Campos, cai ingenuamente  na esparrela de confiar na opinião do ‘’mestre’’ Candeias e repete-a sem a comprovar.

 

Quando comprovou a injustiça do ataque, corrige a acusação, fazendo desaparecer a aludida ‘’Introdução’’ na edição seguinte....  

 

Candeias Silva parece possesso duma estranha sanha contra Diogo Oleiro 

 

A sanha inquisitorial era uma coisa do foro patológico, como aliás anotam estudiosos sérios sobre a psicopatologia dos inquisidores ou dos familiares do Santo Ofício que quando não tinham marranos para queimar (e  naturalmente para que a Inquisição lhe confiscasse os bens), os inventavam.

 

A psicopatologia do Inquisidor faz parte já da tradição cultural portuguesa como anotou, sagaz, o Padre António Vieira num dos seus sermões.

 

 

A Inquisição era uma fábrica de produzir judeus.

 

A mente de Candeias Silva quando focada para Diogo Oleiro funcionava da mesma maneira.

 

O judeu a queimar já estava condenado pelo sangue que lhe corria nas veias, mas não contentes com isso era preciso infamá-lo com todas as calúnias e atrocidades imaginárias, para que a plebe aplaudisse, a Igreja e a Fé se engrandecessem e a indústria inquisitorial subsistisse.

 

Oleiro já estava condenado por ter escrito história de Abrantes antes de Candeias Silva.

Mas como essa condenação não bastava era preciso infamá-lo mais e acusá-lo de se ter apropriado dum texto alheio.

 

E ir mais longe, insinuar num texto a coisa, para que qualquer  jovem inexperiente e ingénuo, como o era Eduardo Campos, que espalhasse a acusação com base no ‘’magister dixit’’.

 

Gloriosa presunção, a do Silva a de se considerar ‘’magister’’!!!!

 

Bastaria isto para ‘’liquidar’’ Diogo Oleiro???

 

Mais vale prevenir que remediar!!!!

 

Na nota (5) o Candeias mete o dedo de Diogo Oleiro num falo.

 

Deve ser para dar um toque erótico!!!!

 

Mas depois começa a pensar, seria  se era um ‘’falo’’ ou não?

 

Já estou farto deste opúsculo e já está desmontada a pseudo-tese de que Diogo Oleiro se apropriou do texto de Mourato.

 

Deixemos o opúsculo e o licenciado a contemplar o ‘’falo’’.....

 

Vejamos as coisas numa perspectiva temporal distante. Não como Dumas 20 anos depois, mas 30 anos depois.

 

Candeias publica na Zahara nº 16 de Novembro de 2010 um desvairado elogio a Diogo Oleiro, onde naturalmente além das imprecisões habituais, o alegado ‘’decalque’’ foi à vida.

 

Naturalmente porque nunca existiu......

 

Moral da história: como o título dum livro de Teixeira-Gomes: É uma história sem moral nenhuma....

 

Marcello de Noronha, da Tubucci, da Assembleia de Abrantes, da Liga dos Amigos de Abrantes, da Obra, etc 



publicado por porabrantes às 19:54 | link do post

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