Sexta-feira, 30 de Abril de 2010

A nossa amiga e peticionária Srª Drª D.  Isabel Cavalheiro, digníssima professora de história abrantina, ex-Vereadora eleita pela CDU e reputada intelectual abrantina ( co-autora com Eduardo Campos dum importante livro sobre a Elevação de Abrantes a Cidade) reformou-se duma vida de trabalho em prol da juventude e da formação cultural abrantina.

 

Toda a comunidade escolar da cidade de Abrantes, alunos, pais e professores expressam unânimes o seu reconhecimento por uma vida de trabalho e dedicação ao Ensino e à Cultura abrantina.

 

A reforma da Drª Isabel não significa nem para a Cidade, nem para nós, que a nossa amiga Isabel Cavalheiro se vai reformar da luta pela dignidade, pela qualidade de vida e pelo património da Cidade de Abrantes.

 

Significa antes que contamos agora mais com ela  para continuar contra a Carrilhada!!!!

 

Em nome da petição, dizemos à Drª Isabel:

 

A Luta Continua !!!! A Isilda para a Rua!!!

 

 

Marcello de Ataíde



publicado por porabrantes às 23:46 | link do post | comentar

No interessantíssimo artigo do Duque de Bragança que publicámos vem uma defesa  pública daquilo  que a petição pede um referendo para que os abrantinos digam o que pensam do projecto de Carrilho da Graça.

 

Recordamos as palavras de D.Duarte:

 

Em geral,  as populações e os visitantes ficam chocados com estas experiências. O caso dos dois edifícios em forma de paralelepípedos  que construíram dentro das muralhas de Sagres causou grande polémica internacional.

Outras agressões do mesmo género passam despercebidas.

Pergunto: será legítimo, em Democracia, alterar os nossos monumentos à revelia dos seus utilizadores e verdadeiros proprietários? Em países verdadeiramente democráticos os casos mais polémicos são geralmente resolvidos com recurso a referendos regionais; esta seria uma boa solução para o nosso caso, desde que ambas as partes pudessem expor as suas razões com o mesmo “tempo de antena “...

 

 

 

O apelo duma personalidade do relevo do Duque de Bragança, educado na defesa do património natural e artístico português sob o exemplo de homens ilustres e mestres da portugalidade como Pequito Rebelo ou Gonçalo Ribeiro Telles, é uma chamada de atenção de enorme importância

para a defesa da vontade popular.

 

Deixem o povo falar!!!!

 

Deixem os abrantinos dizerem nas urnas o que pensam!!!!

 

Marcello de Ataíde



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Tendo nós publicado com a devida vénia um artigo do ilustre psiquiatra e anti-fascista José Niza, entendemos curial reproduzir a resposta do Sr.Dr. Nelson Carvalho ao seu amigo Niza :

 

CRÓNICA DA MINHA MORTE ANUNCIADA

Caro amigo José Niza
Exmo. Senhor Mandatário Distrital da Candidatura de Manuel Alegre à Presidência da República

Registo o anúncio da minha morte política.

Primeiro, uma dúvida
Quem assina a certidão de óbito? O meu amigo José Niza ou o Mandatário Distrital da Candidatura de Manuel Alegre? É que não me lembro de Manuel Alegre ter anunciado a sua candidatura. É excesso de zelo ou é mesmo a candidatura (que ainda não é…) a assinar a declaração e o anúncio da minha morte? Para mim faz toda a diferença: se é o meu amigo interpreto como um estado de alma e não me preocupo; se é a candidatura de Manuel Alegre fico preocupado, nunca sei quando na próxima esquina, ou no próximo telhado, não terei um sniper a afinar a mira para poder consumar e convocar o funeral anunciado. Todavia o meu amigo assina pelos dois, acumulando funções… 
Segundo, o conteúdo das minhas declarações à Lusa:
Disse tudo o que lá está. Mas foi uma declaração pelo telefone e de improviso. Terei dito, ou penso que terei dito, que “depois do 25 de Abril”, Manuel Alegre não terá tido causas e se terá limitado ao assento parlamentar. O que o meu amigo, ou o Mandatário Distrital de Manuel Alegre, confirma no seu anúncio. De facto, para falar da causas de Manuel Alegre o meu amigo tem que fazer arqueologia política e recuar… 36 anos! Tem que recuar a “antes do 25 de Abril”. Sim, isso eu reconheço. Aliás disse que Manuel Alegre é uma “referência do passado”. Sim, é. Ponto final
Terceiro, o que é importante:
Para lá do resto (e podia falar e não falei das rasteiras que nos últimos quatro ou cinco anos o Senhor andou a fazer ao Governo, ao Primeiro Ministro e ao PS, e do que isso pode anunciar como comportamento futuro, se … ), é o futuro. E o meu voto para as Presidenciais é para alguém que possa figurar o futuro, encarnar a possibilidades de futuro, os valores e os caminhos de futuro. É disso que Portugal e cada um de nós precisa, não de derramar incenso sobre o passado.
Se o meu critério fosse o de pagar em votos pelos custos do passado e da luta contra a ditadura, então seria para sempre incondicional de Mário Soares ou de Álvaro Cunhal e do PCP. Com o devido respeito.
Quarto, para (não) concluir:
De resto, como diz o outro, qualquer anúncio antecipado da minha morte é obviamente verdadeiro.
Só espero que me faça o favor de informar antecipadamente o dia, a hora e o local do funeral. Para eu comparecer.
(Bolas, amigo Niza: a ditadura é que ameaçava e pagava com o apagamento e a morte. Simbólica e física. Mas isso era a ditadura, a PIDE e isso…).

in O Mirante on line 28.04.10

 

NÃO RESISTIMOS A COMENTAR:

 

1- Nelson Carvalho declara que Alegre é um fóssil. Ou seja um exemplar de arqueologia política. Quereria empalhá-lo e metê-lo na colecção do MIIA?

2-Nelson Carvalho declara ''que “depois do 25 de Abril”, Manuel Alegre não terá tido causas''. Isto é Carvalho resume Alegre ao tempo de Argel em que o poeta chefiava uma pandilha que ajustava contas a murro com  o grupelho do Piteira Santos. Como não se falavam a Rádio Portugal Livre funcionava através dos recados mandados através das mulheres respectivas.

3- Nelson Carvalho não acredita que Alegre participou no 11 de Março ao lado de Spínola, Eanes, Neto Portugal e Sanches Osório ao contrário do que ainda hoje insinua o PCP. Provavelmente Carvalho nem acredita que Alegre participou no festival da canção da RTP.

4- Nelson Carvalho não distingue entre Mário Soares e Álvaro Cunhal. Ou seja entre a democracia e a ditadura. Estamos informados. É uma espécie de Pico em versão seminarística.

 

Miguel Abrantes



publicado por porabrantes às 17:16 | link do post | comentar

Depois de ter  lido os nossos posts onde se anunciava o seu suicídio (político, entenda-se) o Snr. Dr. Nelson Carvalho, ex-Presidente da CMA, e membro destacado da Brigada do Reumático do PS local, fez a fineza de anunciar à comunidade que não tinha falecido.

 

Ficámos mais descansados uma vez que a responsabilidade penal se extingue por morte do arguido e assim o Venerando MP ficava sem possibilidade de brilhar.

 

O brilho do MP provavelmente vai demorar porque o governo acaba de anunciar o aumento das férias judiciais.

 

Também poupámos dinheiro, porque já nos preparávamos para mandar à Dona Isilda os pêsames, não enquanto familiar do ilustre pseudo-falecido mas na qualidade da ''Chefa'' do PS local.

 

Como se tratava duma morte política e não do badagaio do criador do cemitério de Santa Catarina, ainda tentámos ironizar:

 

 

Mas o nosso assessor da Obra, depois de consultar o Caminho, best-seller apostólico recomendado por João Paulo II, queria-nos obrigar a mandar este, alegando que tratava dum colega do seminário:

 

Como somos sempre muitos atentos à Autoridade Eclesiástica, excepto à do Vigário cismático do Pinhal, acedemos embora tenhamos eu, o Miguel e o nosso camarada brasileiro Haroldo dito quando saiu o nosso Santo Director Espiritual que era uma piroseira.....

 

De forma que não tendo morrido o ex-edil estamos nós e o MP e a D.Isilda, e a Brigada do Reumático, todos, totalmente inundados pelo júbilo espiritual que próprio das jornadas evangélicas como aquelas em que Lázaro ressuscitou......

 

Marcello de Ataíde



publicado por porabrantes às 16:46 | link do post | comentar

Depois deste blogue ter denunciado os reles insultos realizados pelo sinistro Vigário do Pinhal com conivência de João Pico contra a egrégia figura da Marquesa do Faial, D. Maria da Assunção de Sá Pais do Amaral, excelsa senhora que representava os títulos de Condes-Viscondes de Alferrarede e pelo casamento com D.António de Sousa de Holtein-Beck era ainda 4 ª Condessa do  Calhariz e senhora de vários morgados, imediatamente se suscitou uma onda unánime de protestos das massas populares de Casais de Revelhos e das figuras gradas do nosso Concelho, em especial de Alferrarede.

 

 

Armas da Marquesa do Faial

 

Solidariza-se este blogue com a onda de protestos e sabemos que imediatamente que eles chegaram à Cúria Diocesana,  a Autoridade Eclesiástica exigiu ao Vigário do Pinhal e aos sequazes a supressão do post insultuoso e apresentação de desculpas ao Conde de Alferrarede, eng. Miguel Pais do Amaral.

 

Os miseráveis retiraram o post difamatório, prova da sua cobardia mas recusam-se a apresentar desculpas.

 

Sustenta o Vigário que a TVI emitiu sobre responsabilidade do eng.Pais do Amaral programas onde eram postos em causa os ''nomes honestos'' dos  grandes patriotas e excelentes católicos Barbieri Cardoso, Silva Pais, Kaulza de Arriaga, António de Oliveira Salazar, Lázaro Viegas (ex-administrador da Jota Pimenta), Cardeal Cereijeira, Adolfo Hitler e Benito Mussolini......

 

Diz ainda o Vigário que o que mais admira no Papa é ele ter sido um valente soldado do Reich!!!!

 

( o Vigário traz sempre no bolso esta velha foto de Ratzinguer como soldado alemão)

 

E que admira o seu espírito militar !!!!

 

 

Este blogue que sempre tem combatido os ataques neo-nazis de Pico e Cª lamenta ver a Igreja Católica envolvida nos ataques soezes dum grupo de extremistas à grande benfeitora de Alferrarede.

 

 

Os Marqueses do Faial em Alferrarede nos anos 20

 

 

Outra foto da benfeitora enviada por um peticionário de Alferrarede

 

 

Se há uma Igreja em Alferrarede é porque o terreno e grande parte do dinheiro para a construir saiu dos bolsos de D. Maria da Assunção de Sá Pais do Amaral.

 

Marcello de Ataíde

 

Os responsáveis do CDS distrital que entregaram o CDS de Abrantes a um grupo de irresponsáveis podem limpar as mãos à parede



publicado por porabrantes às 12:29 | link do post | comentar

Declarou ao Mirante a D.Maria do Céu Albuquerque que não há lei da rolha no município de Abrantes, ao contrário do que sustenta a Oposição.

 

Estamos à espera da prova e a prova passa pela publicação no boletim das posições da Oposição tanto na Vereação como na Assembleia Municipal.

 

De declarações piedosas está o inferno cheio.

 

Ficamos à espera mas temos pouca paciência.

 

E desde já sugerimos à D.Maria do Céu para provar que não há lei da rolha

 

Ou seja que isto não existe

 

 

que ponha on-line os relatórios da Inspecções da tutela à CMA para sabermos duma vez porque é que o profissional do hara-kiri politico (Nelson Carvalho, distinto membro da brigada do reumático do PS, embora tenha menos reumatismo que Manuel Dias)  foi constituído arguido em processo penal.

 

 

Faça o favor a D.Maria do Céu de retirar a rolha às inspecções da tutela

 

 

 

Até estamos na disposição de pagar os módicos 12,5 € que foi o preço da jantar de apresentação da sua candidatura, se for necessário para ajudar a pagar as despesas da campanha, se V.Exa retirar a rolha ao segredo que paira sobre as inspecções da tutela.

 

 

E rogamos à Oposição que requeira na Assembleia Municipal a constituição duma Comissão de Inquérito para apurar que indícios de ilícitos penais  encontrou o venerando MP para meter o ''suicida'' (José Niza ''dixit) na situação de arguido.

 

Mais que protestar contra as beatices manhosas do extremoso esposo da senhora que entrou pela porta do cavalo, na folha gratuita, deve a Oposição usar isto....

 

 

para informar os eleitores da famosa empreitada que mais, que as críticas rascas a Manuel Alegre (mais próprias dum ex-membro da Muralha de Aço, que dum socialista como veremos),  transformou o ex-Presidente num kamikaze com uniforme....

 

 

Como sê no canto direito da foto a D. Isilda olha embevecida para o uniforme de soldado imperial do ex-Presidente. Desde que Alberto João se mascarou de Rei dos Zulus sendo capturado pelo Tal e Qual nestes preparativos....

.....

não havia um estadista com tal charme....

 

Marcello de Ataíde



publicado por porabrantes às 10:15 | link do post | comentar

Segundo o Público um grupo de católicos organizou em Lisboa uma vígilia para pedir ao Espírito Santo para iluminar  Cavaco. Não é que o Presidente não tenha luzes em Belém, ou em Campo de Ourique onde mora, mas que a pombinha fizesse com que Cavaco vetasse o casamento gay.

 

Na lista dos católicos unidos por esta apostolado da oração não vimos o Francisco Louçã. O homem é dado a vigílias desde a capela do Rato, diz a Agência Eclesia. Deve estar numa sessão hard-core de penitência por ser um dos mais fogosos adeptos de casar os gays.

 

Também não vimos o Vigário do Pinhal, nem o Pico (que depois de ter manifestado tendências suspeitosas passou a ser homófobo depois de corrigido pelo Vigário e pelo Armando Fernandes), nem os católicos abrantinos como o Cónego Graça, nem Anacleto Baptista ou a nossa amiga, a aristocrata Ana Soares Mendes ......

 

Depois da maratona da oração, a Rádio Renascença informou que o Presidente ia vetar o casamento gay......

 

Parece que a Juventude Mariana de Alferrarede, que defende este modelo de casamento,

 

 

 

que se dedicam a animar com as suas ''vozes de rouxinol'', já comprara nas Mouriscas um montão de foguetes para festejar a descida do Espírito Santo sobre Cavaco e quando a Autoridade Eclesiástica,

 

 

 

se preparava para acender o primeiro, chegou o balde de água fria.

 

 

Belém desmentiu a notícia do Espírito Santo!!!!

 

Os foguetes foram guardados para melhor ocasião, as maviosas vozes de rouxinol perderam o pio e contactado por este blogue o Vigário do Pinhal propôs que se contactasse com o Cardeal Patriarca para que se proibisse o enterro católico do irmão do Presidente por Cavaco se ter passado para o bando dos ateus.

 

O Vigário queria escrever uma encíclica explicando que os devido aos casamentos consanguíneos em Boliqueime na família Cavaco apesar de haver bons católicos como o falecido Sr. Teodoro, também havia homens como Nero e Calígula......

 

Avisado pela Autoridade Eclesiástica que podia ir dentro, por insultos ao Presidente, o Vigário escreveu um comunicado a insultar o Conde de Alferrarede e quer o Bispo interdite a Capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso, no Castelo do Conde.

 

A tese do Vigário (apoiada pelo Pico) é que a culpa é das televisões, especialmente a TVI, que só transmitem ''porcarias''.

 

E o Conde tem muito a ver com a TVI.

 

Bem como Bernardo Bairrão a que o Vigário não quer excomungar porque tem medo que os ''comunas'' (como ele diz) do Tramagal lhe batam....

 

 

Na Cúria estão com os cabelos em pé com as novas heresias do Vigário......

 

Haverá cisma no Pinhal?

 

Marcello de Ataíde, com o nosso consultor da Obra.

 

PS- A partir de hoje a Juventude Mariana faz parte dos nossos links.

 

Nota: Na sua prosa miserável o Vigário chama ''tia cagona'' à falecida Marquesa do Faial, tia  do eng. Pais do Amaral e grande benemérita de Alferrarede.



publicado por porabrantes às 08:39 | link do post | comentar

''Os deputados do PSD eleitos por Santarém entregaram na Assembleia da República uma proposta de Projecto-Lei para a reintegração do concelho de Mação na NUT II (Unidade Territorial para fins estatísticos) do Médio Tejo.''

 

in Ribatejo

 

Como se sabe Valença aderiu à Espanha porque lhe gamaram uma coisa médica qualquer!!!!

 

 

 

E que fará o Saldanha da Rocha mais o Oeesterbeck se o Parlamento o manda à fava?

 

 

Os nossos informadores garantem-nos que pensam retomar o Grito de Ipiranga remoçado isto é Lurian ou Morte !!!! e desfraldarão bandeiras brasileiras.

 

 

O problema é que a Lurian é um bocado mais gorda e feia que este magnífico exemplar da Ordem e Progresso........

 

 

E a Dilma, a candidata do PT (de Lula) além de feia tem uma ficha policial muito divertida

 

Miguel Abrantes

 

( o meu primo Haroldo Abrantes, do ramo brasileiro da família, passa a partir de hoje a colaborar connosco)



publicado por porabrantes às 07:45 | link do post | comentar

Quinta-feira, 29 de Abril de 2010

O Duque de Bragança participou em Serralves em 22 de Maio de 2003 num debate sobre Arquitectura com o Prof. Souto Moura.

 

Com a devida vénia reproduzimos as palavras sábias do Duque.

 

Aceitei este honroso convite de um debate com o Sr. Prof. Arquitecto Souto Moura por considerar que, embora seja um leigo na matéria, sou um utilizador, um consumidor atento do trabalho dos arquitectos e urbanistas.

Lembro-me bem que, quando era criança, estranhava e lamentava o facto de as construções modernas nunca terem a beleza das antigas, e perguntava aos crescidos porque era assim?

Normalmente respondiam-me que tinha que ser assim porque hoje já não se sabia  construir como dantes. Alguém disse-me até que desde que a república tomou conta de Portugal perdeu-se o sentido da harmonia, pois o importante era a revolução. Outros diziam que a harmonia era o reflexo da obra de Deus e agora Deus tinha sido expulso da nossa sociedade.

Com este tipo de influências na minha infância não admira que as tendências reaccionárias se tenham entranhado no meu subconsciente de então...

Mas com o passar dos anos e a adolescência, pus em causa muito do que me disseram na infância e procurei perceber a beleza da arquitectura moderna. E descobri que se tratava às vezes não era de construir casas mas sim belas esculturas que servissem também para lá viver e trabalhar. Ainda hoje fico deslumbrado com a perspectiva da avenida dos ministérios em  Brasília e com a beleza dos seus palácios e da sua Catedral e da Igreja de D. Bosco! E  sob essa perspectiva tenho que admirar  muitas das obras dos nossos arquitectos contemporâneos portugueses...

Não tenho dúvidas de que a arquitectura, para além de ser uma técnica é sobretudo uma arte, e é sem duvida a única arte realmente importante para a nossa vida.

Ao contrário da pintura, da música, etc., as quais podemos escolher ou evitar se nos desagradam, nós não podemos fugir, não podemos evitar o resultado da obra dos arquitectos, que na verdade molda o futuro das comunidades humanas que lá vivem

Durante milénios a arquitectura foi fruto da cultura dos povos.

Quem construía eram artesãos que iam aprendendo com os seus mestres.

A extraordinária arte dos construtores de catedrais, castelos e palácios foi preservada e desenvolvida pelas Corporações de pedreiros livres cujos mestres ensinavam o que sabiam aos seus alunos e circulavam por toda a Europa.

Instituições semelhantes existiram em todas as grandes culturas do velho e do novo mundo, no Oriente e no Ocidente.

Como em outros aspectos da vida, a industrialização pôs em causa muitos dos valores das sociedades tradicionais.

No séc. XX vimos desaparecerem muitas culturas esmagadas pela globalização.

Felizmente assiste-se hoje a uma reacção, e pela primeira vez de há muito tempo, as elites culturais aceitam essa reacção como justa, em vez de insultar os seus militantes com epítetos tais como retrógrados, reaccionários, contra-revolucionários, etc.

Felizmente esta reacção é uma bandeira das esquerdas políticas, desiludidas com o marxismo e inseguras quanto ao significado do socialismo..

Os partidários da globalização encontram-se hoje entre os devotos da “religião” fundamentalista do progresso universal e entre os mais entusiastas apoiantes do capitalismo liberal  e apátrida.

Estranhamente os intelectuais de esquerda em Portugal só não contestam ainda a globalização em matéria de arquitectura.

Será que esta atitude está relacionada  com a origem ideológica do modernismo?

O movimento modernista faz parte da corrente ideológica socialista que pretende criar um homem novo cortando com as raízes culturais que transmitem todos os vícios e comportamentos do passado: religião, família, estrutura económica e forçosamente arquitectura.

O socialismo hoje é basicamente uma doutrina moral que pretende acabar com as injustiças sociais e lutar pela  igualdade de direitos entre todos.

A vontade de despertar o proletariado para a luta de classes está na origem do urbanismo social do séc. XX.

Pela primeira vez na Europa a população das cidades foi dividida em bairros conforme a sua condição económica.

Os mais pobres vivem em “ghetos”, a burguesia remediada na cidade tradicional e os ricos vão viver para condomínios fechados.

Mas as consequências dessa lógica urbanística foram desastrosos para as suas vítimas...

Em toda a parte os chamados “bairros sociais” modernos são focos de infelicidade e produzem o comportamento marginal dos jovens e agravam as causas da pobreza.

Não só  os regimes comunistas criaram a sua arquitectura simbólica, também os regimes fascistas o fizeram e até Portugal teve a sua arquitectura do «Estado Novo». Vários grandes arquitectos portugueses se entusiasmaram por essa tendência.

Em reacção surgiu entre nós o movimento liderado por Raul Lino.

Cito um artigo do Professor Cornélio da Silva:

“O conhecimento que adquiriu dos edifícios portugueses mais exemplificadores da nossa arte de edificar, privilegiou-o face aos seus contemporâneos nacionais, formados numa arquitectura burguesa dominante de importação francesa.  A voz nacional corrente no domínio da arquitectura não reconhecia os variados modelos do património formal, tanto erudito como vernacular. Limitava-se  a opor  uma tradição construtiva despojada de finais do sec. XVIII que ainda perdurava,  denominada de “estilo pombalino.”

Raul Lino de posse de uma cultura estruturalmente sólida e europeia, completada também por uma apreciável formação musical, conseguiu ver mais longe e de forma idealizada os factores estruturantes e condicionantes da expressão cultural portuguesa pela sua actividade de arquitecto. Na verdade soube ver e ler em Portugal os ingredientes que mais tarde uma grupo de pensadores igualmente viriam  a identificar sob outras análises, como base de uma vocacionada identidade biológica, geográfica, social e política denominada Integralismo Lusitano.”

São a arquitectura e o urbanismo contemporâneos, na sua substancia comparáveis à complexidade dos resultados alcançados pelas outras épocas? É verdade que uma cidade inteiramente barroca não revela necessidade de uma presença gótica e que as cidades renascentistas dispensam os vestígios de outras épocas. Será que as criações recentes são detentoras da mesma capacidade?

Será que o movimento moderno, autoproclamado como expressão única da sua época, está à altura das suas ambições?

Será que a formidável  criatividade mecanicista da era industrial encontrou realmente o seu equivalente, ao nível da arquitectura e do urbanismo?

Será que o urbanismo do séc. XX é apenas capaz de se revelar como um “suburbanismo” e este tornou-se  como o próprio símbolo dos efeitos perversos de se “viver em sociedade” ?

Mas existirá realmente uma arte de criar  e conceber as cidades de hoje ? Cidades capazes de nos atrair e seduzir, cidades que nós iríamos escolher para viver ? Existe, de facto, uma escolha em matéria de arquitectura?

Gostaria de citar o Arq. Léon Krier, que afirma:

“Existem actualmente, dois tipos de arquitectura. Uma pública, uniformizante, de estilo  internacional, que pode ser interpretada como arrogante, mesmo provocadora; a outra privada, frequentemente baseada  nos modelos regionais, procurando integrar-se de forma natural e harmoniosa nas diferentes paisagens.

A primeira é o produto da arquitectura oficial, das encomendas, e concursos “públicos” controlados: simbolizam-na em geral os grandes conjuntos, equipamentos e instituições  (hospitais, escolas centros culturais, etc).

A segunda, resultante  unicamente da promoção privada, inclui as habitações individuais e, mais recentemente, grandes conjuntos de lazer adaptados às regiões, seja isso na Virgínia, na Provence, na Nova Inglaterra, nas Bahamas, na Baviera,  na Toscânia ou mesmo em Portugal.

Ora, perante esta realidade democrática maciça, os ideólogos,  não se podem dar ao luxo de a ignorar, tomam uma distância denunciadora. Ao invés de investirem neste fenómeno da sociedade de maneira inteligente, de o civilizarem através da critica e da pedagogia, refugiam-se no desprezo.

No entanto nos países democráticos avançados a arquitectura de lazere do sector residencial não subsidiado é presentemente dominada por concepções que pertencem à arquitectura tradicional.

Os grades estaleiros urbanos de Richmond, Port Grimaud, Gassin Sea Side , Florence, Potsdam, etc., revelam que os grandes equipamentos modernos, ou seja, bairros inteiros derivados de uma arquitectura e urbanismo tradicionais podem ser realizados em prazos extremamente curtos, com capacidade de resposta às exigências da sociedade industrial  desenvolvida. Aqui temos, talvez, as primeiras grandes realizações de uma modernidade serena e cívica, ou seja, não alienante, nem Kitsch, nem agressiva.

A liberdade de escolha, a liberdade de expressão e o respeito pelas leis constituem as virtudes principais da democracia política. Uma pluralidade de estilos de vida,  de credos e, portanto, de estilos de arquitectura e de cidade constituem  a expressão natural deste conceito. Não pode existir um único estilo “democrático”, assim como não poderá existir um “partido democrático único”.

É um erro atribuir a responsabilidade do aspecto caótico das nossas cidades e dos nossos campos ao pluralismo democrático. Ele, por si só, também não exprime de forma alguma o fundamento pacífico, organizado e convencional da sociedade civil  e não facilita o seu desenvolvimento harmonioso.

As diferenças de opinião podem conduzir a um conflito ou solucionarem-se num debate civilizado. A pluralidade de visões urbanísticas e arquitectónicas ao invés de tender para uma desordem generalizada, pode ser canalizada a fim de produzir uma pluralidade de cidades e aldeias extremamente diferentes na sua estrutura, na sua arquitectura, na sua densidade; cada uma segundo a sua própria unidade e harmonia. A sua especificidade.

A exacerbação das diferenças, por um lado, e a confusão das diferenças, pelo outro,  constituem os limites extremos da virtude democrática. Democracia é sinónimo de,  acima de tudo, convívio de diferenças e o seu desenvolvimento num quadro de tolerância. A existência de partidos contrastados é largamente aceite como base constituinte da vida política. Os partidos políticos não se encaram mutuamente como inimigos mortais, mas como representantes que procuram a realização de projectos políticos, por vezes opostos,  sem pôr em causa a sobrevivência do sistema político. Cabe o mérito à Revolução Americana, pelo facto de ter instituído a tolerância como fundamento do debate democrático. Tolerância não implica o abandono de certezas: pelo contrário ela oferece às variadas preposições políticas e, por extensão , às distintas e diferenciadas concepções de cidade e arquitectura, a sua oportunidade de realização de forma coerente,  sem compromisso depreciador.

Neste final do séc. XX, o pluralismo arquitectónico parece revelar dezenas de anos de atraso em relação ao pluralismo político.

A própria configuração das cidades é uma questão de escolha e não de fatalidade; aqueles que pretendem o contrário optam por não reconhecer que o aspecto desordenado das nossas cidades não se deve a um “laisser-faire”  desenfreado, mas à materialização duma ideologia errada de planificação. A crise das periferias constitui uma ilustração trágica disso.

O vazio teórico e prático criado durante 50 anos de dogmatismo devastou tanto os espíritos como as cidades.  Ao nível da teoria da arquitectura, os novos dogmas da incerteza, da ironia, da desconstrução, da ruptura,  da descontinuidade e do substituível  opõem-se a todo o pensamento lógico  e explícito.

Aristóteles afirmava que a democracia não constitui uma forma de governo ideal, mas que ela é, em todo o caso,  preferível à tirania. É necessária uma grande pluralidade de arquitectos, comparável à imagem dos meios políticos que se toleram e organizam, para garantir a saída do actual  caos das cidades e das mentalidades.

Se o desenvolvimento da democracia cultural parece mais lento do que o da democracia política, as suas manifestações concretas naquilo que se refere à arquitectura, tornaram-se de tal forma evidentes que é impossível ignorá-las.

Com efeito, pode-se afirmar que a diversidade na concepção da cidade e da arquitectura constituem um complemento e uma ilustração necessária à diversidade de expressões políticas.

A modernidade arquitectónica não pode ser um fenómeno unitário e indivisível, mas inclui manifestações contrárias, contraditórias, em todos os campos pluriformes.

A única certeza que podemos ter quanto à arquitectura futura é a de que o reino da democracia de partido único foi deposto.”

Este pluralismo incontornável não conduz necessariamente as cidades ao caos; ele contém o germe de uma liberdade de escolha fundamental.

Se a existência de grupos de pressão que procuram influenciar o processo de decisão em matéria de arquitectura e urbanismo é aceite como um facto, desconhece-se a existência de um grupo de acção cívica  que procure influenciar o “design” de aviões, frigoríficos ou de cadeiras de dentista. A autoridade das profissões que cumprem as suas promessas não é contestada senão raramente.

Com efeito, a reivindicação de intervenção constitui uma declaração de desconfiança dirigida apenas ao modernismo, pois não existe um movimento de crítica, contestação e protesto contra a arquitectura tradicional. Os arquitectos atribuem a responsabilidade dos terríveis insucessos do pós-guerra ao facto de que teriam apenas influenciado uma ínfima parte da actividade de construção.

Aqui ignoram-se dois factos importantes: se os arquitectos tivessem controlado integralmente o mercado de construção – como era o caso na Ex-União Soviética e nas cidades novas -, os efeitos do modernismo teriam sido ainda mais graves; nas grandes culturas arquitectónicas do passado, a maior parte dos edifícios domésticos não era projectada por arquitectos, mas por mestres construtores seguindo os parâmetros do costume. A autoridade moral e artística dos arquitectos não era contestada pois os seus modelos eram imitados, tanto pelos ricos como pelos pobres.

A autoridade da arquitectura tradicional, que perdura nos países democráticos, não pode ser justificada pela ignorância popular, por uma imposição autocrática ou pela manipulação psicológica. É uma tendência profunda do mercado, que transcende as flutuações dos gostos e das modas.

As culturas tradicionais desconhecem, tal como paradoxalmente é o caso nas democracias actuais, esse fosso intransponível entre cultura de elite e cultura comum.

Os gostos diferem em qualidade e refinamento, mas não na substância ou na forma. Não constitui uma ironia o facto de, em democracia,  o gosto popular se encontrar mais próximo dos ideais formais, aristocráticos, do que certas modas artísticas liberais?

Um dos caso de sucesso da  arquitectura contemporânea é o museu Guggenheim em Bilbao, e até é  conhecida  a expressão “Efeito Bilbao”, como exemplo  da reanimação cultural e económica de uma cidade histórica.

Mas a verdadeira história não é conhecida...

A Câmara Municipal queria construir o museu numa zona histórica, mas o arquitecto  Gehry recusou-se a alterar o perfil do “casco viejo” e escolheu uma zona suficientemente afastada da área histórica (onde aliás os edifícios novos são obrigados a seguir a arquitectura tradicional do bairro).

Ele escolheu uma zona sem “memórias históricas” pré-existentes, demonstrando um respeito pelo passado que em Portugal nem sempre é praticado pelos responsáveis autárquicos.

Hoje as visitas ao museu diminuíram muito, pois o que as atraía era a curiosidade pelo objecto raro, não o seu conteúdo; mas Bilbao melhorou globalmente devido a muitos outros projectos: saneamento do rio, um excelente metropolitano, centro de exposições  uma exemplar obra de restauro dos bairros históricos.

É sabido que 80% dos turistas na Europa querem visitar cidades e bairros históricos.

Se o dinheiro gasto na Expo ou no C.C. de Belém tivesse sido investido, em parte, no restauro de Alfama, o impacto económico teria sido muito mais positivo.

Em Portugal os técnicos do  IPPAR têm trabalhado com entusiasmo e dedicação no restauro dos nossos monumentos mas seguindo o critério de intervenções por vezes muito chocantes.

Defendem que “o contraste fica bem”.

Se alguém realiza uma viagem longa para visitar um castelo medieval, está interessado em sentir-se na Idade Média e não em ver as intervenções contemporâneas.

Bem sei que o IPPAR apoia-se na “Carta de Veneza”, criada em 1964 para dar uma base coerente e contemporânea à conservação e restauro dos monumentos antigos. Ela é para os monumentos antigos aquilo que a Carta de Atenas foi para o urbanismo, em 1931: um manifesto modernista.

Ela conseguiu de tal forma modificar as atitudes, que os seus princípios são hoje aceites como dogmas entre os especialistas, que não parecem questionar os resultados obtidos.

Em resumo: a Carta de Veneza diz que o restauro deve ser excepcional e que a consolidação de um monumento pode ser assegurada fazendo apelo a todas as técnicas modernas.

Artº 11 : a unidade de estilo não constitui um objectivo a atingir durante o curso de um restauro.

Artº 12 : Os elementos destinados a substituir as partes que faltam devem-se integrar harmoniosamente no conjunto, distinguindo-se das partes originais, a fim  de que o restauro não falsifique os documentos da arte e da História.

Infelizmente, os resultados destas regras têm levado a que os restauros se tornaram num instrumento de conservação de ruínas e bocados e não das belas obras de arquitectura que se deveriam proteger.

Todos os edifícios precisam de restauros, e o facto de um monumento ou um simples moinho, ter sido negligenciado e caído em ruínas, não deveria impedir que fosse restaurado na sua plenitude original.

O Artº 15 diz: “todo o trabalho de reconstrução  deverá ser excluído a priori. Os elementos de integração serão sempre reconhecíveis...

Ora para uma obra manter o seu carácter  próprio  e a sua unidade é necessário usar o mesmo tipo de materiais e técnicas que  se usou  na sua construção original.

De resto, quando se trata de restaurar edifícios  modernistas, o critério é o de absoluta  fidelidade ao desenho original...

Porque será que só os monumentos modernistas é que merecem este respeito ? Será por preconceito ideológico ou de classe ?

A Carta de Veneza transforma os trabalhos de restauro em actos de violação obrigatória, no caso dos edifícios pré-modernistas.

Parece-me tão absurdo como querer restaurar um quadro ou um móvel renascentista ou medieval, usando alumínios e plásticos, para “marcar a nossa época”.

É isto que estão a fazer aos nossos castelos e mosteiros.

Em vez de restauros temos  “intervenções” que alteram o carácter do monumento.

E o prazer dos visitantes, que é o de fazer uma “viagem no tempo” é destruído  em benefício da satisfação intelectual e do “ego “ dos técnicos e especialistas.

Em Castelo Rodrigo ouvi a revolta da população e dos autarcas perante as obras  lá realizadas . Acusavam os técnicos  de serem ditadores. Comentei isso com um jornalista local e, sem querer , provoquei grande descontentamento na direcção do IPPAR, expressa numa carta assinada por todos os responsáveis.

Espero que estas minhas afirmações de hoje sejam aceites como uma  divergência de critérios e não como uma agressão a uma instituição cujos membros muito admiro e aprecio e que tem feito também muito de bom.

Em geral,  as populações e os visitantes ficam chocados com estas experiências. O caso dos dois edifícios em forma de paralelepípedos  que construíram dentro das muralhas de Sagres causou grande polémica internacional.

Outras agressões do mesmo género passam despercebidas.

Pergunto: será legítimo, em Democracia, alterar os nossos monumentos à revelia dos seus utilizadores e verdadeiros proprietários? Em países verdadeiramente democráticos os casos mais polémicos são geralmente resolvidos com recurso a referendos regionais; esta seria uma boa solução para o nosso caso, desde que ambas as partes pudessem expor as suas razões com o mesmo “tempo de antena “...

Mesmo em vilas impecavelmente preservadas, onde aos habitantes se exigem  grandes sacrifícios  para não alterar a traça das suas casas, o Estado permite-se alterar completamente a traça da localidade  construindo uma pousada, uma escola, uma Câmara Municipal completamente desintegrados !

Nem vale a pena citar exemplos ...  mas a nova torre em frente à Sé do Porto ou a fortaleza marroquina em frente aos Jerónimos são emblemáticos desta mentalidade , que considera que a nossa geração tem o direito de destruir a harmonia e as perspectivas dos monumentos e paisagens que fazem parte do nosso imaginário colectivo.

Espero que este encontro, que se deve à disponibilidade, que agradeço, do Sr. Prof. Souto Moura e da Sra Arquitecta Helena Roseta em dialogar com alguém que não pertence à profissão, e ao espírito de abertura  e criatividade da Fundação Serralves, sirva para começar um diálogo entre os vários responsáveis e intervenientes pela arquitectura, urbanismo e restauro em Portugal, criando um confronto criativo entre as duas tendências que em todo o mundo dividem os responsáveis pelo sector.

Dom Duarte de Bragança

 

 

(in http://www.angelfire.com/pq/unica/causa_dd_2003_serralves.htm)



publicado por porabrantes às 22:21 | link do post | comentar | ver comentários (1)

 

A Associação de Geminação de Abrantes é daquelas muitas que funcionam em edifícios municipais na sede do Concelho e na verdade fazem parte dum grupo de privilegiadas que são tratadas com um mimo excessivo pela maioria socialista.

Se formos ao Tramagal ou a Alferrarede vemos associações que possuem sede própria, vivem das quotas que pagam os sócios e recebem menos carinho por parte do Poder que esta coqueluche do excursionismo autárquico.

A sede é segundo a sua página Web esta  EDIFÍCIO DOS PAÇOS DO CONCELHO- Rua José Estevam- 2200 ABRANTES *

Os corpos sociais são, segundo a mesma, estes:

José Faustino Esteves Fernandes-Presidente da Direcção
jose.esteves.fernandes@clix.pt



José Eduardo Alves Jana - Presidente da Assembleia Geral - Coordenador Comissão de Assuntos Cabo Verde



Carlos Alberto Campos Amaro - Presidente Conselho Fiscal



Lígia Moreno Rodrigues Vitória - Vice Presidente da Direcção



Ana Paula Pombinho Lopes Esteves Fernandes - Coordenadora Comissão Assuntos de Parthenay

 

 

Em 21-4-2009, a extremosa esposa do Sr. Dr. José Eduardo Alves Jana

 

 

 

apresentou isto à sessão camarária:

 

VEREADORA ISILDA JANA Nº3 – A Vereadora Isilda Jana informou que no âmbito da geminação entre Abrantes e Parthenay, vai realizar-se um encontro entre o Orfeão de Abrantes e a Corale de Parthenay, em Parthenay. Uma comitiva com elementos do Orfeão de Abrantes e da Associação de Geminação vão deslocar-se a Parthenay entre os dias 30 de Abril e 3 de Maio de 2009. Neste sentido, solicita autorização para a deslocação de um autocarro municipal ao estrangeiro. Reconhecendo a urgência de deliberação imediata sobre este assunto, foi dado cumprimento ao disposto no Artigo 83º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro. Deliberação Aprovada em Minuta: Por unanimidade, aprovar a cedência de um autocarro municipal, autorizando-se a sua deslocação ao estrangeiro, de acordo com o ponto 7 das Normas de Cedência e Utilização de Autocarros Municipais, com isenção do pagamento das respectivas taxas. Aos respectivos serviços para procederem em conformidade.

 

(acta de 21/4/ 2009)

 

O artigo 83 da Lei citada diz:

Artigo 83.º 
Objecto das deliberações

Só podem ser objecto de deliberação os assuntos incluídos na ordem do dia da reunião ou sessão, salvo se, tratando-se de reunião ou sessão ordinária, pelo menos dois terços do número legal dos seus membros reconhecerem a urgência de deliberação imediata sobre outros assuntos.

 

 

Isto é a associação não apresentou o pedido com a antecedência suficiente para ser inscrito na ordem do dia. Mas a D.Isilda arranjou maneira de levar  a ''excursão a França'' da associação a que o 'esposo'' ,faz o favor de pastorear as assembleias gerais e outas coisas, era muito importante.

 

O Artigo 71.º da Lei citada diz: 

Dever de informação

1 - O pessoal dirigente tem a obrigação de informar por escrito, no processo, se foram cumpridas todas as obrigações legais ou regulamentares, relativamente a todos os processos que corram pelos serviços que dirigem e careçam de decisão ou deliberação dos eleitos locais, assim como devem emitir prévia informação escrita no âmbito da instrução de pedidos de parecer a submeter à administração central. 
2 - A exigência referida no número anterior é igualmente aplicável ao pessoal de chefia dos municípios cuja estrutura organizativa não comporte pessoal dirigente

Isto é o técnico devia ter avisado no processo que nos órgãos sociais da Associação estava o esposo da Vereadora e que ela não podia nos termos do CPA-Código do Procedimento Administrativo (art 44º) intervir de qualquer forma do processo, porque havia interesse  no procedimento, do titular do órgão ou agente, ou de certos seus familiares;

 

 

Não acreditamos que não soubessem a composição dos corpos sociais da ‘’Associação’, dado que ela funciona nos Paços do Concelho.

 

E se o pessoal dirigente não sabia, a excelsa esposa do Dr.Jana, tinha de saber.

 

E já levava o tempo suficiente na autarquia para saber que não pode intervir em assuntos de que familiares são parte interessada!!!!

 

E já praticara outras vezes actos do mesmo tipo!!!!

 

Pois bem não só participou no processo, como o apresentou à deliberação e votou a favor.

 

Pois bem e a Oposição, representada por João Salvador, ficou caladinha e também votou a favor.

 

 

O extremoso esposo da ''Chefa'' do PS e encarregado dos ''pretinhos'' na chafarica da geminação

 

 

 

 

 

Quais são as consequências jurídicas do acto?

 

O acto é anulável e pode ser requerida nos Tribunais por qualquer particular a sua anulação.

 

E as consequências políticas?

 

São simples a Dona Isilda devia inibir-se de fazer mais política. Pois bem como vimos no Mirante e este blogue divulgou em primeira mão prepara-se para entrar pela porta do cavalo na CMA.

 

Só que desta vez encontrou pela frente o Dr. Santa-Maia Leonardo, que faz uma oposição exigente.

Os que assinámos a petição somos exigentes !!!!!

 

É uma chatice.....

 

Miguel Abrantes

 

PS- Não nos venham contar que o cargo do marido da Chefa era apenas representativo. Não era também executivo. Coordenava o apoio aos pretinhos. Somos racistas?

 

Não, não dizemos ''apoio aos mulatos'', porque desde que Senghor inventou a negritude, a palavra mulato parece que é pejorativa.



publicado por porabrantes às 21:56 | link do post | comentar

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