Monsieur Plantu, o lendário cartoonista do Le Monde, que acaba de se reformar, retratou assim o fim do lendário órgão de oposição ao fascismo
A caricatura do Vilhena representa o regime partidocrático imposto pelo 25 de Abril.
O António Barreto sintetiza hoje a coisa assim:
''(...) É com este princípio que tantas pessoas incham o peito de patriotismo democrático. O melhor valor da ética republicana é o que diz que o povo soberano escolhe o governo, não o dinheiro, não Deus, não o soldado e não o nome de família. O povo manda através do voto e escolhe os seus representantes. Os representantes exercem os cargos de presidente, deputado, governante e autarca. Para governar em República é necessário conquistar o poder. Quem vence as eleições governa. Quem governa tem o direito a utilizar os comandos de poder que conquistou. Quem vence as eleições nomeia livremente amigos e escolhe os que lutaram por conquistar o poder. Quem conquista o poder, quem vence as eleições, quem ganha nas urnas tem o direito de demitir os seus rivais, distribuir os cargos e encargos, dividir os despojos, adquirir os bens da República, gerir os bens colectivos, apropriar-se de alguns desses bens como recompensa. É essencial incentivar os que sabem guiar-se pela ética republicana. (...)''
No Público
Uns dias depois da Revolução de Abril o Jornal da ANP escolhia o mano da D.Lurdes para director. Depois fechava.
No dia da revolução era este o aspecto.
ma
''A generalidade da imprensa adorou o discurso de Marcelo no 25 de Abril. Eu não. Se ele queria intervir na polémica levantada pelas celebrações na Assembleia (que tinha razões válidas de ambos os lados), deveria ter sido para unir o que a ridícula postura de caça-fascistas de Ferro Rodrigues tinha dividido e jamais para se colar a um presidente da Assembleia da República que tem feito tudo o que alcança para promover o Chega e desprestigiar-se a si próprio. Mas o 25 de Abril foi apenas um pretexto: o que Marcelo fez foi o discurso de lançamento da sua recandidatura. Encostando-se descaradamente ao eleitorado do PS e acenando ao do BE.''
Miguel Sousa Tavares no ''Expresso''
Para reler o Prec. Haveria que ver muita coisa, dos vários lados.
Sanches Osório fez o 25 de Abril no posto do comando da Pontinha ao lado de Otelo.
O Vasco de melena e pá ( Vera Lagoa dixit) estava num cómodo desterro em Ponta Delgada.
ma
Pormenor abrantino do mapa do 25 de Abril, agora revelado pelo ''Expresso''.
Os dedos e as explicações são do tenente-coronel Otelo Saraiva de Carvalho, que desconhecia o mapa.
Lá estão claros os nomes dos oficiais, comprometidos com o golpe, no RI2
cap. Figueira -tel 392
cap Fernandes Costa (vive no quartel)
e o nome de outros oficiais de Santa Margarida e Tancos.
Um tesouro.
E já vi fazerem a história do 25 de Abril cá no burgo, sem mencionarem os oficiais revolucionários.
ma
dedvida vénia ao ''Expresso''.
O tenente-coronel de Aviação Adolfo Domínguez foi um dos militares espanhóis que em 1975 quis fazer um 25 de Abril em Castela.
A coisa correu mal e teve de se exilar, no caso em Portugal.
Escreveu um interessante livro de memórias,
que nos conta coisas importantes sobre os seus amigos gonçalvistas (a quem censura as atitudes políticas) e sobre a família que o acolheu inicialmente, a família Moita
Diz o então Capitão Dominguez : '' A sua mãe, uma idosa venerável, cheia de simpatia, tratava em vão de se se fazer entender comigo. Não sabia nada de português, mas nos meus primeiros contactos com o país não tinha tido especiais dificuldades para me fazer entender. A isso ajudavam os meus rudimentares conhecimentos de galego (...)
A Mãe do Moita, no entanto, falava muito depressa e entre dentes e era-me impossível seguir a sua conversa, que a sua filha, com grande trabalheira,se esforçava por me traduzir.
A casa tinha o sabor das velhas famílias de classe média-alta, talvez um pouco caídas em decadência. A senhora Moita tomou-me um grande carinho especial, que se manteria durante os nove meses que durou o meu exílio em Portugal.
Através da sua filha fez-me saber que antes era muito conservadora, que estava de acordo com Salazar e Caetano, mas que começou a mudar de ideias quando três dos seus filhos foram detidos pela polícia em 1974, pouco antes do golpe militar do 25 de Abril, que acabou com a ditadura do seu país.
Depos do 25 de Abril tinha-se convertido numa fervorosa democrata porque-dizia-graças à liberdade de imprensa tinha percebido muitas coisas, que antes não entendia muito bem.
(.....)
Um dos seus filhos -disse-me a senhora-era fascista. '' Que posso eu fazer? '' (.....)
Compreendemos a angústia da fervorosa democrata, vitíma dum processo de radicalização abrilista, que desgraça ter um filho fascista...
ma
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