Resolvi contar-vos uma história de ficção, já chega da crua realidade, aqui vai o conto:
A viagem para vender produtos regionais numa feira internacional era a Milão, capital da industriosa Lombardia. Havia aí uma feira de produtos agrícolas e as forças vivas resolveram ir à terra onde Berlusconi fez fortuna não fazendo hortas comunitárias, mas prédios manhosos, pagando para isso o devido tributo ao síndaco, à coligação governante, e a mais alguns receptores de prestações comunitárias.
A delegação, que era chefiada pela mais alta autoridade administrativa, mal chegou foi ver o Duomo que é a visita obrigatória nesta terra, que a Liga queria tornar capital da Itália do Norte, até que desistiu porque o chefe dos honestos separatistas foi apanhado a desviar fundos do partido em proveito próprio.
No dia seguinte foram ver a Exposição, os lavradores admiravam embasbacados as novas máquinas que a indústria italiana oferecia à Humanidade, o arroz prodigioso do Vale do Pó, as pizzas ecológicas e congeladas que um turco, naturalizado italiano, fabricava em Nápoles, um Chianti toscano sem álcool que um inglês produzia perto de Florença, as oliveiras de plástico e com rodas com que um padrinho siciliano, Don Puzzo ,enganava os fiscais da União Europeia, deslocando-as de herdade para herdade.
A curiosidade da lavoura em examinar minuciosamente stand após stand começou a cansar a mais autoridade administrativa, que de lavoura só conhecia a horta pessoal (e não comunitária) que o seu reformado pai cultivava ainda à enxada, para produzir rabanetes, couves, cenouras e viçosa hortaliça.
A mais alta autoridade administrativa disse para o seu adjunto, técnico de fundos comunitários, isto é uma chatice, estou farta da ‘’íngricola’’
Será da agrícola, querida autoridade- disse meigo e serviçal, o ‘’boy’’.
Podíamos a ir Veneza ver os canais, em Veneza não há certamente stands de máquinas agrícolas à volta dos canais.
Mas só estamos aqui há uma hora, senhora autoridade. Vai parecer mal.
A autoridade bradou prá delegação: ‘’ É pessoal, já chega de agricultura. Vamos já para Veneza. ’’ E como tinha aprendido uma palavra de italiano bradou ‘’Subito’’.
Saíram e apanharam três táxis em direcção à capital do delta.
Chegados a Veneza dirigiram-se à Piazza de São Marcos e visitaram a catedral.
Um guia explicou, com profusa eloquência, todos os pormenores do templo, não se esquecendo de referir que os leões que estão sobre a fachada tinham sido roubados em Constantinopla durante a 4ª Cruzada.
Tanto pormenor artístico cansou a autoridade administrativa que era sobretudo admiradora de cubos gigantescos. ‘’ Estou farta disto’’ bradou e o técnico de fundos europeus reuniu os lavradores e disse ‘’esperemos a ordem da autoridade administrativa’’.
Esta disse: e a uns quilómetros de Veneza, esta nauseabunda cidade onde os canais estão cheios de porcaria, porque as águas não são tratadas por etares como as minhas, está o Santo António em Pádua. É preciso ir visitá-lo.
Apanharam de novo três táxis e foram até Pádua, porque a autoridade administrativa queria ver o túmulo de Fernando de Bulhões. Aí assistiram à missa e mal tinham acabado a autoridade administrativa bradou: -Vamos apanhar os táxis. Quero ir jantar a Milão.
Foram.
sn
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