Na nossa benemérita actividade de divulgar textos esquecidos de historiografia abrantina

 jornal de alferrarede

vamos começar a analisar com a calma e profundidade que a coisa exige.....

um sumário opúsculo em que o Senhor Doutor Candeias dissertou sobre a 

nesta página há algumas coisas interesantes mas uma das  relevantes está na  nota de pé de página, onde....

 se dá o estranho milagre:

o Eduardo Campos elogiado por

......

Candeias!!!!!

Haja Deus!!!!!

 cma

Mas, coisa estranha, depois de colaborar largamente com Eduardo Campos, que segundo as suas próprias palavras lhe cedeu informações para escrever este infeliz e desastrado texto, num acto de generosidade invulgar entre investigadores, porque o mais comum é cada um guardar o seu segredo, porque o segredo é alma do negócio e o Eduardo estava a preparar a edição do Monografia do Mourato e tinha averiguado essas ''informações'' para preparar essa obra....

colaboração por exemplo traduzida nesta obra de 1987 onde com toda a justiça o nome de Eduardo Campos aparece na capa em primeiro lugar, certamente o licenciado Candeias (digo licenciado porque pela época ainda não fizera o seu esforçado mestrado e o seu árduo doutoramento) reconhecia a primazia intelectual do Eduardo Campos em matéria de história abrantina, como já o indiciava na nota de pé página citada.....

Porém neste esforçado opúsculo,  

na bibliografia  o nome de Eduardo Campos foi à vida....., como reproduzimos.....mais adiante,

Pode o Senhor Doutor Candeias vir esgrimir todas as razões e mais algumas, mas o facto é este: o nome dum autor duma obra de que Candeias se serviu para retirar informação para um trabalhinho de mestrado (publicado em 1992 ) é escamoteado e em troca cita-se a si próprio como co-autor da Obra....esquecendo o outro co-autor

Não sei se o licenciado Candeias quando estava a fazer o trabalhinho se tinha dado à necessária preparação ''técnica'' prévia e tinha lido Umberto Eco, que não é só o ficcionista autor do excelente ''Nome da Rosa'' ou o polemista mal-educado que aqui se mostra....

 mas também o indispensável e incontornável autor de 

Nas Universidades Portuguesas a sábia Wikipédia ensina que o modelo proposto por Eco para fazer uma bibliografia é o adoptado. Candeias apresentou o seu trabalhinho a  uma Universidade Portuguesa, a F. Letras de Lisboa.

E qual  é o modelo proposto por Eco para se citar uma obra na bibliografia?

Ordem dos elementos

''Embora alguns autores possam usar outros sistemas, na língua portuguesa a ordenação dos elementos para um livro geralmente é a seguinte (conforme a norma da UE e a da ABNT):

Autoria, Título, N.º de edição, Local, Editora, Código de Barra, Data, N.º de páginas, Tradução, ISBN, data.''

Portanto se na capa do Dicionário Toponímico abrantino figura Eduardo Campos em 1 º lugar, a regra seria citá-lo primeiro e não escrever

'SILVA, Joaquim Candeias (em col.)''

Se o agora Doutor Candeias  vier argumentar com a falta de espaço, a regra e o bom senso impunha que a citação bibliográfica aparecesse assim: 

CAMPOS, Eduardo (em col).

Mas a falta de espaço é um argumento que não colhe, porque no esforçado opúsculo, houve espaço para publicar isto :   

 foto pub. no opúsculo ''A expansão '' de C.S.

 Portanto, não há explicação real para o sumiço do nome de Eduardo Campos da dita bibliografia....

Marcello de Noronha

créditos: fotos não identificadas-cidadãos por abrantes

Reprodução de como se cita na ''Expansão'' o Dicionário feito a meias entre Eduardo Campos e C.Silva: