Tínhamos anunciado este título e acabou por ficar adiado.
Sai agora.
o mirante
A Dona Arminda a popular ''Bruxa do Pego'' já foi alvo de reportagens dos media, de muitas consultas de clientes mas não sabíamos que havia estudos universitários sobre a vidente.
É o caso deste.
Antes de destacar o que me interessa, devo recordar 2 grandes entrevistas uma do António Colaço (não me lembro se para um jornal ou rádio) e outra da nossa querida Margarida Trincão para o Mirante que está aqui.
No estudo “CURANDEIRA”, A RELIGIÃO E A MEDICINA NA CULTURA POPULAR'' de António Maria Romeiro Carvalho a bruxa comenta o seguinte:
(...)
Lançar mau olhado, principalmente quando as consequências
não são mais que materiais, transmite igualmente um sentimento
geral de terror o que só faz aumentar o poder a fama da
“curandeira”. O padre Zé de Oliveira não quis dar Nosso Senhor
a Maria Arminda. “Deixe estar senhor padre. Há-de ter alguma coisa
que lhe vai dar. E foi! Espetou-se com o carro naquele paud’arame
ali ao pé da fábrica (...) Quando me vê, em Abrantes ou no Rossio,
olha para mim...” (...)
Funcionou a praga da bruxa contra o meu amigo:
Padre Zé Oliveira que paroquiou o Pego e não dava comunhão a bruxas
(ao contrário do Padre Rosa, amigo do Pico, suficientemente cretino
para ter medo do mau-olhado.) ????
O Padre Zé chegou a Abrantes a 1939, vindo duma paróquia alentejana,
Deixou vasta obra social, não andou atrás de velhas para criar um empório,
imobiliário, construiu um Centro Social, a Igreja das Arreciadas (cravando
entre outros o Comendador Nabeiro), a das Bicas, foi professor em várias
escolas para arredondar os magros rendimentos das côngruas, conheceu 4
Bispos, D.Domingos Frutuoso, D.António Ferreira Gomes, o fofo D.Agostinho e
o retornado D. Augusto César que o quis jubilar aos 90 e tal anos, quando o
Padre Zé já estava quase cego mas com a sua sorna habitual o Padre Zé
fez-lhe um manguito igual ao que fez à bruxa.
Resta-me no CV do Padre os méritos de ser um grande copo, um homem valente,de ter um apetite devorador, um humor cáustico e ter fundado um jornal católico que se chamava ''A minha Terra Natal''.
Diz a bruxa que foi a praga dela que fez com que se estampasse o Padre Zé.
Tendo em conta que um dia o Padre estava num casamento enfrentando-se a
a uma valente pratada de cabrito e olhou o relógio e disse:
''Porra, tá na hora da missa, ò Marcello guarda-me aqui o cabrito,
que dentro de um quarto de hora já cá estou outra vez.''.
Assim fiz e com uma pontualidade britânica o Zé de Oliveira voltou da missa,
encheu novo copo de tinto e voltou ao ataque........
Com tal curriculum, atrevo-mo a duvidar da eficácia do mau-olhado da Dona
Arminda.....
Nós somos como o Padre Zé de Oliveira, não há Bruxa do Pego que nos vergue.....
Marcello de Noronha, companheiro de tintos do Rev. P. José de Oliveira
(que Deus tenha na sua Santa Guarda longe de bruxas pegachas....)
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