Caro quase vizinho.
Parabéns pelo seu bem organizado arquivo, com fotos e tudo. Quem haveria de dizer que até os meus pacatos ócios estivais eram objecto de tanta atenção ... Nem os sapatos escaparam. Quanto ao tal (bom, ainda hoje) livro, é de Alhusser e outros, não se chama (nem se podia chamar, em bom francês) "Comme lire le capital", mas apenas "Lire le capital". Obra fundamental de teoria das ciências, para quem não saiba.
Se conhece um pouco os perfis de vida do meu sogro e do meu irmão, deve calcular que me orgulho muito deles, como pessoas exemplarmente direitas e dedicadas ao interesse público. Eu também tento ser assim, o que é muito mais importante do que ter tido ou não um papel inovador na história das instituições.
Porventura conhecemo-nos pessoalmente, embora não o consiga localizar, de memória. Quando passar pela Chamusca, bata à porta. Não leve o jornalista que cita, por favor ...
Caro Professor,
É para nós uma honra o seu comentário, Sr. Professor António Hespanha. Junta-se a Irene Pimentel ou a Manuel Bairrão Oleiro, assinaláveis vultos da Cultura Portuguesa, que já aqui disseram da sua justiça.
Para um blogue provinciano, cujas únicas qualidades são a persistência e a defesa insubornável dos interesses de Abrantes, e cujo mote é a defesa do Património da nossa Cidade, ameaçado pelo desvario municipal e municipalizado que quer arrasar São Domingos, o último Convento da nossa Cidade, agora Biblioteca Pública, para meter lá um aborto urbanístico é uma coroa de glória ter comentaristas destes.
António Hespanha com um irónico ‘’fair-play’’ responde aos meus remoques, alguns deles próprios dum licenciado, menos rápido que o prodigioso Relvas, que tem algumas pedras no sapato contra a História das Instituições e contra as próprias Instituições e contra Althusser.
É para mim impenetrável mas é muito melhor que o Manual de bolchevismo rupestre da Marta Harnecker que já não me lembro se a UEC ou o MRPP adoptaram como livro único na FDL em Lisboa em 1974-1975.
Foi a estudar essa coisa que formou o seu pensamento político a brilhante cabeça do meu conhecido e estimado Zé Manuel Barroso, quando ainda não ajuntara o Durão ao seu nome guerra político.
Um dia vi o Zé Manuel intervir numa aula em que explicou por a+b+c ao Prof. Braga de Macedo que aplicando o pensamento de Mao-Tsé-Tung os disciplinados camaradas chineses, usando só o trabalho manual, certamente ao som de alto-falantes que vibravam felizes as máximas idiotas do Grande Timoneiro, conseguiam produzir mais e mais rápido que as máquinas capitalistas.
O Braga de Macedo ficou banzado. Eu também.
Que gente inteligente como a Ana Gomes ou o Zé Luís Saldanha Sanches tenham acreditado piamente nestas coisas misteriosas, deve ser matéria de fé.
Isto levou-me a passar pouco pela Universidade, mas um dia entrei numa aula de História de Instituições dada por esse preclaro vulto da Advocacia Lusitana, o Romeu Francês, a quem o sr. dr. António Cluny, hoje ornamento da nossa Magistratura, chamava perspicazmente Romeu Chinês e que declarou ‘’Aqui faz-se uma História Popular, Democrática e de Massas’’ Depois enquanto o público aterrorizado esperava nova saída genial do Romeu, o suspense dissolveu-se e a criatura lançou esta pérola: ‘’ Eu não sei se o Nuno Álvares, quando se ajoelhou em Aljubarrota foi para cagar ou rezar’’.
Antes que o Romeu Chinês nos esclarecesse, eu levantei-me e atirei com a porta.
Durante uns anos largos e felizes, fui fazer outras coisas. Assim poupei-me ao trabalho de ver o Santana Lopes seduzir politicamente o Barroso e outros espectáculos lamentáveis.
Alguns anos depois voltei, na qualidade de estudante absentista e encontrei o seu Manual e lembrei-me das suas leituras na Figueira da Foz, à sombra de um chapéu de sol às riscas e à ilharga do neto do velho Reitor Maximino Correia.
Confesso que ou a sua prosa era impenetrável, ou as minhas luzes escassas e na prova escrita apanhei um onze. Na oral meti os pés pelas mãos quando o Professor puxou o Locke à conversa e consegui desviar a coisa para o Montesquieu.
Convida-nos o Professor para lhe bater à porta na Chamusca, coisa que aproveitarei um dia destes. Mas antes disso contemple esta barbaridade que por ajuste directo, sem visto do Tribunal de Contas, (o Guilherme Oliveira Martins devia estar distraído e o Sr. Juiz ultrapassou o prazo, havendo deferimento tácito), a Câmara de Abrantes encomendou ao génio do betão alentejano Carrilho da Graça para destruir um convento com 5 séculos, arruinar a paisagem da velha urbe, liquidar as finanças municipais, insultar a nossa cultura e gastar 10 milhões de euros.
arq. beatriz noronha, atelier do Arq. Doutor António Castel-Branco
Fizemos esta petição, onde assinaram gente de todas as cores políticas, abrantinos e não só, escritores como Luísa Costa Gomes, músicos como Rui Veloso, ex-Ministros como Ferreira do Amaral, e mais de 1000 cidadãos ....
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