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DANIEL LAM20 Dezembro 2008
Abrantes. Grande polémica envolve homenagem para assinalar a passagem de um ano sobre a data em que o chefe Álvaro Serrano morreu num despiste quando seguia numa ambulância para socorrer vítimas de um acidente rodoviário. Líder da corporação diz que "falta uma autorização da câmara"
Em Abrantes não se fala de outra coisa. A população está indignada com o comandante dos bombeiros municipais, António Manuel de Jesus, que convocou a corporação para uma homenagem ao chefe Álvaro Serrano, que há um ano morreu em serviço num acidente de viação. Queixam-se que a cerimónia decorreu na quinta-feira e ontem de manhã o mesmo comandante mandou retirar a lápide que foi colocada na berma da estrada onde ocorreu o acidente.
Na sequência desta situação, colegas e amigos do bombeiro vitimado deslocaram-se ontem à esquadra da PSP local e denunciaram o caso. Quando ainda estavam nas instalações policiais, surgiu o comandante dos bombeiros, que "estava muito indignado e tentava evitar que fosse apresentada a queixa", relatou ao DN o delegado sindical de Abrantes do Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais, Miguel Vasco.
Adiantou que, na véspera, o comandante dos bombeiros até tinha emitido uma informação interna com o programa de homenagem ao chefe Álvaro Serrano, que começou às 10.45 com uma concentração no quartel, seguindo-se, às 11.00, o início da homenagem no local do acidente (na estrada que liga Abrantes à A23, no sentido Sul-Norte), com descerramento da placa de homenagem, romagem ao Cemitério de S. Miguel - onde está sepultado o bombeiro vitimado -, visualização de um trabalho intitulado "Memórias de Álvaro Serrano" e missa na Igreja de S. Vicente.
Segundo o mesmo sindicalista, o filho e os pais de Álvaro Serrano "descerraram uma lápide com uma foto dele e alguns dizeres e foram ali colocadas muitas flores".
Ontem, o comandante "mandou os bombeiros retirar a placa. Nenhum queria ir lá e os que foram obrigados a fazê-lo revoltaram-se e ficaram lavados em lágrimas", contou o sindicalista Miguel Vasco.
Insurge-se contra a situação, argumentando que o comandante "não tinha o direito de fazer aquilo, porque a placa foi escrita por um grupo de colegas e amigos e oferecida por uma empresa local".
"Nós contactámos a empresa Estradas de Portugal e disseram que poderíamos colocar a lápide, porque eles não se opunham", esclareceu, adiantando que "a lápide está no quartel dos bombeiros municipais".
Questionado pelo DN sobre esta situação, o comandante explicou que "o grupo de amigos que organizou esta cerimónia deveria ter feito um pedido formal junto da Câmara de Abrantes para autorizar a colocação da placa". O DN contactou a câmara municipal, mas nenhum responsável se pronunciou sobre este caso.|
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