Estava eu a desempenhar, há escassos meses, as funções de Secretário Adjunto da Administração e Justiça no Governo de Macau, quando, no dia de anos, recebo um jarrão, dinastia Qang, oferecido por Stanley Ho, magnata do jogo e um dos homens mais ricos do mundo.
À cautela, pedi para averiguarem, discretamente, o preço. "40 000 Patacas" (4000 €), disseram-me uns dias mais tarde. "Então não posso aceitar" retorqui de imediato. Ao que me opuseram: "Sabe como é que se suborna em Macau um chefe de Secção? Com um Rolex em ouro, que custa 4500 contos (22 500 €). Ora não passa pela cabeça do Senhor Stanley Ho subornar um Secretário Adjunto com um presente de 800 contos. Se devolver o jarrão, então é uma ofensa pública, pois está a recusar algo que para Stanley Ho representa apenas estar a mostrar que é rico e que respeita as autoridades." Dei-me a pensar neste presente quando o PS, por causa de centros de mesa de 1600 €, que se diz ter Manuel Godinho oferecido ao PM, quer que a lei consagre presentes destes como suborno.
Nunca pensei que o partido do Governo pudesse achar que havia o risco de o seu Secretário-Geral se vender e por tão pouco.
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