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O antigo presidente da Assembleia Municipal de Coimbra e Bastonário da Ordem dos Médicos, Santana Maia, faleceu hoje vítima de doença prolongada. Tinha 76 anos de idade e, em julho passado, foi homenageado pela Cruz Vermelha Portuguesa.
Já, em 2008, o Governo distinguiu-o com a Medalha de Ouro de Serviços do Ministério da Saúde, pelo desempenho na presidência do Conselho de Administração do Centro de Medicina e Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais.
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Carlos Alberto Raposo de Santana Maia nasceu a 10 de Maio de 1936 em Mouriscas, concelho de Abrantes.
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Ingressou na Faculdade de Medicina de Coimbra em 1953, tendo, no segundo ano, sido eleito representante do curso, função que desempenhou até ao final e, em 1958, no quinto ano, foi presidente da Comissão Central da Queima das Fitas da Universidade de Coimbra.
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Depois dos seis anos de curso e um de estágio clínico, terminou a licenciatura, com a apresentação de uma Dissertação, cujo tema foi “A trombo-elastografia no estudo da coagulação sanguínea”, classificada com 17 valores. Também em 1960 obteve o diploma do Curso de Ciências Pedagógicas da Faculdade de Letras de Coimbra.
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Em 1974, foi eleito Presidente da Comissão Instaladora do Centro Hospitalar de Coimbra, sucedendo ao conhecido Professor Bissaya Barreto e, em 1977, reeleito Presidente do Conselho de Gerência, onde permaneceu até 31 de Dezembro de 1980.
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Foi membro do Conselho Regional de Coimbra da Ordem dos Médicos, de 1971 a 1973, do Conselho Disciplinar Regional, de 1974 até 1976, e, em 1981, foi nomeado pelo Conselho Nacional Executivo, Coordenador Nacional da então criada Especialidade de Medicina Interna, a cujo primeiro júri de exames presidiu.
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Foi Presidente, a partir de 1988, do Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos, cargo para que foi reeleito em Dezembro de 1989. Em Novembro de 1988 foi eleito, em Berlim, Vice-Presidente da Comissão de Médicos Assalariados do Comité Permanente dos Médicos da CEE, passando, com a reestruturação das Comissões, a desempenhar a Vice-Presidência da Comissão de Organização dos Cuidados de Saúde, Segurança Social, Economia de Saúde e Indústria Farmacêutica. Nas eleições de 1989, para Bastonário da Ordem dos Médicos, desempenhou as funções de Presidente do Conselho Eleitoral Nacional.
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Em 16 de Dezembro de 1992 foi eleito Bastonário da Ordem dos Médicos, com mais de 60% dos votos expressos, numas eleições com elevada participação, às quais concorreram também os Professores Machado Macedo e Gentil Martins e em que obteve maioria absoluta em todos os distritos do Continente e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
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Foi eleito para a Assembleia Municipal de Coimbra em 1982 e Deputado à Assembleia da República pelo Partido Socialista, em 1983 e 1985. Exerceu o cargo de Governador Civil de Coimbra de 1983 a 1985 e, por inerência de funções, de Presidente da Assembleia Distrital de Coimbra, cargos de que pediu a exoneração por serem legalmente incompatíveis com a candidatura às eleições legislativas de 1985, nas quais foi novamente eleito deputado.
Com a devida vénia do Reexistir por Abrantes
AA