Miguel Paes do Amaral, Conde de Alferrarede vendeu uma vez à CMA uns terrenos para fazer um Parque Industrial. O melhor é ouvi-lo :
''Um dos casos relatados pela sindicância que ontem suscitou uma reacção foi o da expropriação de terrenos no troço do IP6 Abrantes/Mouriscas, pertencentes a Miguel Paes do Amaral, presidente do conselho de administração da empresa Media Capital, que detém a TVI e o semanário "O Independente". Paes do Amaral, em declarações ao PÚBLICO, justificou o facto de ter recebido indemnizações de valores mais elevados em duas das suas parcelas do que os restantes proprietários com o facto de ter entregue a negociação a um advogado, João Martins Claro.
O empresário Paes do Amaral entende que geriu o processo de "forma profissional" e que, por isso, os seus valores são mais elevados. "O meu advogado reuniu mais de 20 vezes com a JAE o que contraria a sindicância, onde é afirmado que no processo apenas se encontrava uma carta minha a exprimir discordância quanto às avaliações da JAE", declarou ao PÚBLICO.
Miguel Paes do Amaral diz ainda que tinha um acordo com a Câmara de Abrantes, firmado com o presidente deste município, mediante o qual a autarquia lhe compraria um terreno de cerca de 10 hectares para fins industriais pelo valor que a JAE viesse a fixar na expropriação dos outros terrenos que lhe pertenciam. O valor que a JAE fixou para as parcelas de Paes do Amaral no IP6, 1950$00 o metro quadrado, porém, acabou por ser acima do que esperava o autarca. "A partir daí foram desencadeadas diversas pressões pelo presidente da câmara e pelo PS junto da JAE para baixar o preço. O presidente da câmara chegou a ir à JAE com o então presidente do grupo parlamentar do PS, Jorge Lacão, pressionar para que a empresa baixasse o preço", disse Paes do Amaral ao PÚBLICO.
O autarca de Abrantes escusou-se a comentar o caso ao PÚBLICO mandando uma assessora comunicar que, anteontem, fez declarações sobre o assunto na Procuradoria-Geral da República.
O ex-líder do grupo parlamentar do PS, Jorge Lacão, entende que a questão "não tem mistério nenhum". Lacão é presidente da Assembleia Municipal de Abrantes e foi nessa qualidade que se deslocou à JAE para "tentar perceber a mudança de comportamento da empresa".
E recorda os factos: "Havia um entendimento entre o presidente da câmara e o proprietário do terreno quanto ao preço a pagar, que seria igual ao que a JAE fizesse para os outros terrenos, e de um momento para o outro foi feito um preço diferente", afirmou Lacão.''
Público, a 25 de Fevereiro de 1999, artigo de Eduardo Dâmaso.
Comentário: O sr dr. Lacão não era membro do Executivo Municipal que andava a fazer metido no negócio?
Miguel Paes do Amaral portou-se como se esperava dum empresário sagaz, capaz de defender os seus interesses. Depois de ler o artigo, que estava no meu arquivo, compreendo muito bem a ira do Sr. Dias. Há gente com quem não se deve negociar.....E essas pessoas não são exactamente o Conde de Alfrrarede.....
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