Um leitor de São Facundo enviou-nos a violenta declaração política do Vereador Carlos Arês em sede municipal, a propósito de São Facundo, onde acusa
e em geral a maioria PS de '
''traição''
e de deliberadamente faltarem à verdade ou seja de mentirem....
A Vereadora encarregada do assunto ''São Facundo'' era Celeste Simão, a popular Madre Teresa de Calcutá, que com Maria do Céu foram as coveiras .....
da Escola de São Facundo....
'' No mínimo é desleal, deselegante. Uma autarquia local, como qualquer organismo público, não pode actuar desta forma, dizendo uma coisa pela frente e outra pelas costas.''
“Foi com surpresa que recebi a notícia do encerramento da Escola Básica de São Facundo. Em Junho de 2012, tinha solicitado aqui verbalmente a discussão desapaixonada do eventual encerramento da Escola de São Facundo e não podia imaginar, nessa altura, que o executivo trabalhava apaixonadamente para conseguir precisamente o encerramento desta Escola.
Quando, em 23 de Julho de 2012, o executivo tomou conhecimento da listagem das escolas a encerrar, entrou em contacto telefónico com a DREL exigindo de forma veemente o encerramento da Escola de São Facundo, indo ao ponto de declarar que considerava estar a ser vítima de uma autêntica perseguição política...
No dia oito de Agosto de 2012, o presidente da Junta de Freguesia de São Facundo tomou informalmente conhecimento da decisão do Ministério da Educação de encerrar a Escola de São Facundo.
Na reunião de Câmara do dia vinte de Agosto de 2012, eu próprio declarei a intenção de auxiliar as pessoas interessadas no requerimento de uma Providência Cautelar destinada a evitar o encerramento da Escola de São Facundo e solicitei à Sr. Presidente da Câmara que, levando esse facto em consideração, me informasse sobre se alguma vez, a Sr. a Presidente ou algum dos seus vereadores, manifestou concordância ou de alguma forma admitiu o encerramento da Escola de São Facundo.
A resposta não podia ter sido mais categórica: NUNCA! Nunca fomos ouvidos pela DREL sobre o assunto. Somos externos ao processo. O encerramento das Escolas depende da DREL e da Lei. Nunca dissemos nada. Nem por escrito, nem verbalmente. Eu próprio, enquanto vereador, entrei em contacto telefónico com a DREL e fui informado que “a DREL não encerra Escolas sozinha e que esses processos são sempre
conduzidos em articulação com os municípios.”
Solicitei de imediato à DREL (em 21 de Agosto) que me fossem facultadas cópias dos documentos enviados pela Câmara Municipal de Abrantes relativos ao encerramento da Escola de São Facundo.
Penso que a DREL, com algum gozo aliás, poderá ter enviado cópia para a Câmara de Abrantes do fax em que solicitei as cópias desses documentos com o objectivo de confrontar a sr. a Presidente da Câmara e a sr. a Vereadora com as suas próprias afirmações de não existência de qualquer documento a falar do encerramento da Escola de São Facundo. A partir desta altura, depois de 21 de Agosto, tornou-se evidente que era falsa a afirmação de que a Câmara Municipal de Abrantes nunca tinha falado com a DREL sobre o encerramento da Escola de São Facundo.
Também a DREL percebeu que a Câmara de Abrantes lhe tinha fornecido
informação errada sobre o processo de encerramento da escola de São Facundo e percebeu que a Câmara de Abrantes estava a declarar publicamente que a responsabilidade pelo eventual encerramento da Escola de São Facundo era da única responsabilidade da DREL quando, na prática, andava com “falinhas mansas” a pedir à DREL o encerramento da Escola...
No mínimo é desleal, deselegante. Uma autarquia local, como qualquer organismo público, não pode actuar desta forma, dizendo uma coisa pela frente e outra pelas costas.
Como a verdade acaba sempre por se saber, tomámos conhecimento de alguns ofícios enviados pela C. M.A. à DREL nos quais era pedido o encerramento da Escola de São Facundo. Aqueles ofícios que na reunião de Câmara de 20 de Agosto nunca tinham existido...
Como exemplo paradigmático da actuação da C.M.A. neste caso fica o oficio de 26/01/2012 no qual é afirmado que “os pais, professores, directores de agrupamento, presidentes de junta e comunidade local FORAM OUVIDOS e é UNÂNIME que todos
querem o melhor para as crianças e é intenção da comunidade escolar mudar para as
novas instalações assim que possível.”
Como pode alguém escrever uma afirmação destas sabendo que é falsa? Entretanto, foi requerida a Providência Cautelar pela Associação de Pais, pela Junta de Freguesia e por mais de duzentos e cinquenta cidadãos de São Facundo. A DREL convidou a Câmara a pronunciar-se sobre a questão para instruir a sua própria contestação à Providência Cautelar.
A Câmara continuava a manifestar-se estranha ao processo, mas agora já sabíamos que isso não correspondia à verdade e, para prová-lo, aí está a resposta que a Câmara enviou à DREL em 5 de Setembro de 2012.
Com uma resposta de contorcionista, a C.M.A. tentou não pedir expressamente o encerramento da Escola de São Facundo, sacudindo a água do capote mas sempre deixando nas entrelinhas a ideia de que as duas entidades (C.M.A. e DREL) já tinham combinado o encerramento da Escola.
Para surpresa da C.M.A., a DREL não forçou o encerramento da Escola de São Facundo e na sua contestação à Providência Cautelar veio colocar expressamente nas mãos da C.M.A. a possibilidade de a Escola de São Facundo se manter aberta.
Confrontada com esta posição da DREL a C.M.A. não conseguiu continuar a esconder a verdade e decidiu assumir que queria de facto o encerramento da Escola de São Facundo.
Na reunião mantida com o presidente da Junta, o representante da Associação de Pais, comigo e com o advogado dos requerentes da Providência Cautelar, a sr. Presidente assumiu finalmente a sr. Presidente assumiu finalmente que a C.M.A. pediria ao Ministério da Educação que
invocasse o interesse público no encerramento da Escola de São Facundo, impedindodessa forma que o mesmo continuasse suspenso até à decisão final do processo.
A C.M.A. não quis solicitar à DREL a manutenção da Escola de São Facundo como a própria DREL sugeriu na contestação à Providência Cautelar.
Ou seja, a Escola de Sao Facundo so fecha porque a C.M.A. quer que feche.
Caiu a máscara da lei e da carta educativa. Como tínhamos dito, era possível manter a Escola de São Facundo aberta enquanto o seu número de alunos o justificasse.
Como interpretar este comportamento da C.M.A.?
Em primeiro lugar, tiveram razão os pais quando afirmaram que a C.M.A. os tinha traído. Tiveram razão em tudo o que disseram no seu comunicado. Rigorosamente em tudo.
Em segundo lugar, a questão não se prende apenas com o encerramento da Escola. Se assim fosse, a C.M.A. teria concordado com a manutenção da Escola aberta.
O problema é mais vasto e envolve o posicionamento do executivo municipal face à freguesia de São Facundo no âmbito da reforma autárquica em curso. Em tudo isto há um prémio político para a freguesia de Bemposta e um castigo político para a freguesia de São Facundo, garantindo o seu prévio esvaziamento de serviços. Daí a pressa no encerramento da Escola. Tinha que serjá ou poderia ser que isso já não acontecesse.
Em resumo, o executivo da C.M.A. traiu a confiança e a lealdade da população de São Facundo. Traiu a lealdade e a confiança do executivo da Junta de Freguesia.
Traiu a minha lealdade e a minha confiança enquanto vereador. Numa expressão, não esteve à altura das circunstâncias.
Citando uma conhecida expressão:
- Pode enganar-se algumas pessoas durante muito tempo.
- Pode enganar-se muitas pessoas durante algum tempo.
- Não pode enganar-se toda a gente durante o tempo todo.”
“
17 de Setembro de 2009
(sublinhado nosso, a ortografia do texto é a original, incluíndo alguma falta de acentuação )
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havia alguma gralha à bocadinho estamos contagiados pela Ana Clara e pelo famoso Prof. Doutor Ferra da Costa
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