Quarta-feira, 21 de Novembro de 2012

 Uma leitora fez este comentário sobre este post Victor Hugo ao telefone. Já lhe respondemos no local adequado mas um amigo nosso entendeu dever contribuir para o debate: 

     

Boa noite..

Sou uma estudante de Psicologia da Universidade da Beira Interior e estou a realizar uma investigação acerca deste caso.

Gostaria de falar consigo afim de realizar uma entrevista. Os dados são confidênciais, trata-se apenas de um trabalho interno.

Pedia-lhe então o seu e-mail para poder entrar em contacto consigo.

Muito obrigada,

Tatiana Lopes

 

 

 

O Cidadão abt disse sobre Victor Hugo ao telefone na Quarta-feira, 21 de Novembro de 2012 às 00:18:

     

Olá!

Quer a Tatiana Lopes, estudante de Psicologia da Universidade da Beira Interior, efectuar o seu trabalho de investigação sobre um caso de esquizofrenia potenciado pelo consumo de psicoactivos, que redundou em tragédia, tendo por base de sustentação o abordado num blogue...

Fraca estudante de Psicologia, aquela que pretende sustentar a sua tese de doutoramento com recurso aos conhecimentos de um mero blogger. 

Aliás, naturalmente que os seus professores lhe darão nota negativa se vierem a saber desta sua aligeirada forma de estudar...

Para investigar comportamentos desviantes, casos esquizofrénicos, fixações mórbidas, bipolaridades e psicopatologias diversas, em vez de se restringir aos blogger's, pode a Tatiana procurar os jornalistas do Correio da Manhã ou do Jornal de Notícias e para sucesso garantido, dirigir-se à valência da Psiquiatria do Hospital Nossa Senhora da Graça, em Tomar, ou exactamente a Coimbra onde encontrará o objecto de estudo ora internado compulsivamente e com quem poderá privar cientificamente, colhendo dados para uma investigação bastante fiável e com reduzida margem de erro, sendo infrutífero o trabalho e o tempo desperdiçados nas "investigações" aos blogger's que noticiaram o crime, a não ser que o seu objecto de estudo seja propriamente o blogger e nem tanto o caso atípico de esquizofrenia induzida.

Sugere-se que a estudante universitária vá directamente ao assunto, consultando os habitantes da Vila do Tramagal que lhe fornecerão um manancial de informações a reter e excelentes pontos de interesse para a tese que decerto pretenderá apresentar em final de curso!

Como a fome e o frio metem a lebre ao caminho, para a investigação ser célere o melhor é apanhar o Intercidades da Linha da Beira Baixa, desembarcar na estação do Tramagal, subir quinhentos metros de rua, e no largo investigar o barrista, depois seguir pela travessa da esquerda e aí procurar o homem bom e o presidente da Junta de freguesia do Tramagal que acompanharam o jovem esquizofrénico até à biqueirada final.

A Tatiana estude o sistema que gravitou em torno do Paulo, incluindo o módus-operandi dos serviços de assistência social inerentes a estes casos e do Conselho Municipal de Segurança que são excelentes mais-valias para a sua investigação científica na área de psicologia

Não se coíba porém de ler um bocado de Karl Jaspers e equacionar que a busca intensiva das razões do existencialismo conduz o individuo a estados de ansiedade e ao desespero de causa retratado em Nietzsche e Sartre. 
Se não entendeu, siga as letras de Charles Darwin em A Origem das Espécies e Desmond Morris com o seu Macaco Nú ou ainda o Zoo Humano, do mesmo pensador!

Se enveredar por estas sugestões, a Tatiana arrancará a melhor nota de final de curso como nuca se viu na UBI, acumulando traquejo suficiente para as funções que se propõe desempenhar e fácil colocação como assistente social numa daquelas instituições particulares de solidariedade social.

Bjinhos, e no final desta vasta investigação não se esqueça de nos dar novas dos resultados obtidos.

De um Cidadão que bastante se preocupou em contribuir para o sucesso das suas investigações

 

 

S:N publicou



publicado por porabrantes às 23:33 | link do post | comentar

3 comentários:
De Anónimo a 22 de Novembro de 2012 às 21:07
Bom.. trocando palavras caras por palavras miúdas, sendo necessário quando se quer chegar direito ao assunto. Agradeço o seu contributo para a minha investigaçãozita, dado que já colhi toda essa informação antes... Mas como todo o aplicado estudante sabe o bom trabalho não se obtém de forma fácil, portanto o seu comentário sem dúvida que me deu mais vontade de estudar o caso.

Tão sábias palavras foram as deste SR. que com certeza já leu na sua biblioteca que uma investigação cai no fracasso se revelarmos o seu verdadeiro sentido.
Esta representação do "tal cidadão" desconhecido poderá ser uma óptima maneira de caracterizar o cidadão português. Obrigada.

E como estou numa de frases feitas, não é útil falar sem se ter a certeza daquilo que falamos, portanto considero que a sua palavra mais relacionada com o que realmente queria do meu comentário foi "a não ser".
Muito bem... a não ser que o meu estudo não tenha já passado pelas fases que referiu no seu comentário.

Mas, o típico tramagalense, quando é da gema, gosta de saber com quem fala. Como ensina a gíria, palavras sem autor de nada valem. Por tanto nada tenho a acrescentar.

Já agora, desejo-lhe que nunca venha a precisar de um Psicólogo a que chama "assistente social".

Muito Obrigada

Cumprimentos,

Tatiana Lopes


De porabrantes a 23 de Novembro de 2012 às 00:16
Cara Tatiana: o comentário é do Cidadão Abt. Dentro da nossa política de publicar comentários dos leitores o referido amigo nosso se quiser responder, poderá fazê-lo.
Já agora já se sabe daqui a quantos anos é o julgamento do homicida?
Ou é segredo de estado, como o da autoria da minuta do contrato da RPP?
Ou a origem da fortuna desse ''típico tramagalense'' chamado Júlio Bento?
Cumprimentos
M Noronha


De O Cidadão abt a 23 de Novembro de 2012 às 15:40

Olá, aplicada Tatiana;

É com imensa satisfação que este Cidadão constata que a intervenção lhe aguçou o apetite no aprofundamento do caso em apreço, bastante para além do aparentemente óbvio.

Aliás, qualquer intervenção cá do Cidadão abt vai no sentido de induzir motivação nos seus interlocutores o que de si, é um dos objectivos traçados.

Quer no entanto a investigadora de psicologia da UBI realçar o facto de que o verdadeiro sentido da sua investigação não se cinge ao caso do matricídio, mas algo mais para além dele, e caso assim não fosse, estaria votado ao fracasso, ou seja, estando as fases de investigação sugeridas por este Cidadão em adiantado estado de “gestação” e que de todo não satisfizeram os seus ensejos, o crime do Tramagal não será o objectivo mas, o meio indicado para alcançar o fim!

Saberá a atenciosa Tatiana da família dos Lopes que nesta vida terrena, todos os seres vivos são interdependentes, validando o provérbio: “nunca digas desta água não beberei” e quiçá, num qualquer destes dias este praça poder vir a cair no divã da Tatiana!
Esteja certa que seria um precioso objecto de estudo...

Tudo depende das voltas que a mente dá... ou de como derem a volta à mente!

No entanto, supondo cá o Cidadão que sendo uma ciência baseada na investigação dos enigmas da mente e nos seus processos subjectivos tais como sentimentos, pensamentos, emoções, cognições e outras cogitações perante os estímulos e o estudo dos consequentes comportamentos, a materialização do individuo fosse algo de secundário à luz da Psicologia...

Recomenda-se pois alguma introspecção à estimulante Tatiana Lopes quanto à tentativa gorada de identificar os seus pacientes...

Nestes tempos conturbados que atravessamos não só uma psicóloga poderá vir a exercer funções numa instituição de assistência social como poderá vir a ser uma excelente repositora ou operadora de caixa num qualquer templo de consumo...

É caso para observar que neste contexto social, “o que vier à rede, é peixe”!

e ciente de que este Cidadão lhe terá sido útil como objecto das suas investigações universitárias, contribuindo para mais um valor positivo na apresentação da sua tese e certo que assim o terá previsto, perante o júri das avaliações poderá a Tatiana Lopes recorrer ao sistema de projecção por datashow, transferindo alguma desta informação directamente dos blogues investigados.

Bjos deste Cidadão que a considera.


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