A trinta de Novembro o CEHLA organiza as
Biblioteca Municipal António Botto – Abrantes - 30 de novembro de 2012
Organização: Centro de Estudos de História Local (CEHLA) – Palha de Abrantes
PROGRAMA
09h30 Abertura dos trabalhos
09h45 A pesquisa oral na investigação etnográfica, por Aurélio Lopes, Antropólogo
10h45 Intervalo
11h00 Espaços de memória: uma resposta social para um mundo de transformação e incerteza, por Luiz Oosterbeek, Anabela Pereira e Margarida Morais, Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo (Mação)
11h45 O vaivém do tear, por Giulia Panfili e tecedeiras do concelho de Abrantes
12h15 Apresentação do n.º 20 da Revista de História Local Zahara
12h45 Intervalo para almoço
14h30 Tradições Quaresmais e Pascais nas terras das Idanhas e a promoção da sua divulgação pela Autarquia Idanhense, por António Catana, Investigador
15h30 Intervalo
15h45 Folclore/etnografia na sociedade actual, por Raul Grilo, Grupo Etnográfico “Os Esparteiros”
16h15 Grupo de Cantares Terras de Guidintesta (Belver): uma aventura etnográfica, por Paulo Pires, Maestro
16h45 Quadras populares e alguns dos seus marcadores sociais, por Teresa Aparício, Professora
17h05 Carreira do Mato – Artesanato com História, por Teresa Guilherme a Aldina Maria, Associação Amimato
17h25 Debate
17h45 Encerramento
Participação gratuita. Não necessita de inscrição. Certificado aos participantes.
http://paredescardoso.blogspot.com.es/2012/11/x-jornadas-de-historia-local-abrantes.html
Anima o debate a drª Teresa Aparício colaboradora habitual da folha do Jana sobre coisas de Património onde espalha, sábia, a sua sabedoria.
A
drª Aparício é a colaboradora habitual do Mestre Martinho Gaspar e do Doutor Candeias Silva.
Na última edição do boletim de propaganda camarária a Teresa Aparício disserta erudita sobre a Capela da Senhora da Luz.
O artigo está disponível
aqui.Entre a bibliografia que cita está lá um artigo de Candeias Silva publicado na '' Zahara'' de Julho de 2012, sobre Santuários Marianos no Concelho de Abrantes.
Não vou dissecar todo o arrazoado, coisa que daria pano para mangas, e nos daria para, como gosta de dizer o meu amigo Miguel Abrantes, ''flipar''....
Vou só fixar-me no pormenor relevante onde a Teresa Aparício diz que em 1578 as terras onde se situava o Ermida da Senhora da Luz foram vendidas aos ''padres da Ordem de Cristo''.
Como a senhora foi beber no livro do capitão Mourato, que foi editado e anotado por Eduardo Campos, cujo nome não se cita certamente para não ofender a autoridade, convinha respeitar o original e o que está lá é: que foi vendida aos ''freires da Ordem de Cristo''.
Não li, tenho mais que fazer, o artigo do Candeias, mas não acredito que o homem cometesse um erro destes.
Os Cavaleiros de Tomar, membros da Ordem de Cristo, sucessores dos Templários, não eram padres, não podiam dizer missa, nem praticar qualquer acto reservado a quem tivesse sido ordenado cura.
Isto é casar, confessar, dar a comunhão etc....
Eram guerreiros e o sacramento que praticavam com mais assiduidade era degolar sarracenos.
Não houve nenhuma ordem militar em que os seus membros fossem ''padres'', estavam decerto obrigados a seguir uma Regra, faziam votos (Obediência, Castidade em certos casos, etc) mas tinham capelães para os assistirem nos actos litúrgicos.
A D.Teresa Aparício, grande católica, tinha obrigação de saber isto, não só pela sua formação religiosa mas também pela sua formação académica.
E convinha-lhe ler São Bernardo onde estão as bases da milícia cristã e estas palavras terríveis: ''Um cristão glorifica-se na morte de um pagão, porque Jesus Cristo é glorificado nela.'' Essas bases são o b-a-bá da gesta templária, de que os Cavaleiros da Ordem de Cristo são os herdeiros.
Corrigida pois paternalmente a monumental ''gaffe'' da cronista da folha gratuita, lamenta-se que um Jornal onde Diogo Oleiro escreveu seriamente sobre História, esteja agora transformado num pasquim de erros garrafais, que ao assumirem proporções bíblicas o tornam numa gazeta humorística.
www.eb1-abrantes-n2.rcts.pt- eia
E o mesmo humorismo involuntário contagia a Zahara do Gaspar e tudo o que tem a marca do CEHLA.....
Finalmente se isto fosse levado para a paródia, o título devia ser ''Teresa Aparício ordena padre o Infante D.Henrique'', porque o Infante foi Grão-Mestre da Ordem de Cristo e usou os homens e os recursos da Ordem para a grande aventura da expansão marítima.
Não, querida Senhora, o Infante não foi Padre, nem sequer seminarista. Quem foi seminarista foi o dr. Alves Jana.
Marcello de Noronha, da Tubucci