No dia 20 de Julho de 1974 o semanário ‘’Correio de Abrantes’’, propriedade da família Silva Martins, publicou na primeira página, no lugar nobre, que costuma ser o do Editorial, este texto anónimo, que visava, a escassos dois meses da data da Revolução, justificar o injustificável, ou seja encenar a defesa dum grupo de anónimos que em nome duma bandalheira que dava pelo nome de ‘’catolicismo progressista’’ (à abrantina) tinha montado a tentativa de saneamento ( percursora da prática anarco-gonçalvista) da Paróquia de S.João de Abrantes, do Rev.Padre Luís Ribeiro Catarino.
O grupo que se reunira alegadamente em instalações diocesanas e em condições quase clandestinas ( à boa maneira das sociedades secretas tipo Opus Dei e Maçonaria) emitira uma convocatória de que só os iniciados conheciam, não convocara a Autoridade Eclesiástica para se fazer ouvir (ou seja actuava à margem dela) e pretendia sanear um homem e sobretudo um Sacerdote que se distinguira pelo seu Amor aos Pobres, grande cultura e defesa do Património, mas sobretudo por uma Vida exemplar como Sacerdote e Homem de Bem.
Entre estes ‘’progressistas’’ apareceu algum ligado à formação de um partido de centro-direita, o PPD, outros a partidos de esquerda e actividades próprias do folclore do PREC ou seja o assalto à Assembleia de Abrantes .
A actividade realizada à socapa caía no mais absoluto ridículo porque pretendiam em nome da do Concílio Vaticano II ‘’libertar das garras da opressão e da tirania em todos os seus aspectos’’ a beataria, classe social a que pertenciam pela sua frequência mais que assídua, ontem como hoje, das cloacas e das sacristias, lutar contra o fascismo quando este já tinha sido derrubado e em vez de pretenderem caçar pides, latifundiários, legionários ou similares ou organizar um comando de beatas para capturar o sr. Inspector Rosa Casaco no estrangeiro, libertavam Abrantes, expulsando Luís Ribeiro Catarino.
E faziam o manifesto, dirigindo-o a um Bispo D. Agostinho de Moura comprometido com a Ditadura até aos poucos cabelos que lhe restavam e a um homem que nunca fora capaz de solidarizar com o seu antecessor D.António Ferreira Gomes, enquanto este comera o pão amargo do exílio.
A reacção das pessoas de bem foi fulminante e logo nos Jornais se respondeu à letra perguntando quem eram os beatos anti-fascistas (de fresca data ou seja de 26 de Abril) e nas paredes de Abrantes apareceram vibrantes protestos contra o saneamento.
Este artigo é a defesa das criaturas e , com a frontalidade que caracterizava e caracteriza estas ‘’progressistas’’ beatas de sacristia, saiu anónimo.
Hoje se me ponho a contemplar a trajectória de quem o escreveu, pasmo!
E continua o homem, sepulcro de laranja caiado, a papar-hóstias, a fabricar testamentos, a tratar de escrituras à maneira, de vez em quando a dizer que é jurista, e com a sólida e inquebrantável convicção daqueles fariseus que assessoravam Pôncio Pilatos, o romano, a ser um pilar da Fé e da República!!!!!
E agora da Direita !!!!
Queria o homem que João Pico fosse cacique laranja . E naturalmente também quererá que o Cónego Graça continue a ‘’salvar’’ almas, depois da reforma....
S.F.
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