Martins Júnior não gostava da sociedade civil. Não gostava do capitão António Maria Baptista que estava a dormir quando Martins Júnior proclamou a República no Convento de São Domingos.
O Baptista é o coronel baixo e balofo que se distinguiu mais tarde como racha-sindicalistas usando a GNR contra o movimento operário.
Martins Júnior era amigo dos que fundaram a UON-União Operária Nacional, libertários, depois alguns derivaram para a Federação Maximalista, o futuro PC, outros tornaram-se fascistas e vestiram as camisas verdes dum homem bravo e excelente, Rolão Preto, outros encarrilharam-se na burocracia dos sindicatos do Estado Novo, bastantes permaneceram fiéis a um lema de homens livres '' Nem Deus, Nem Chefes'' e rebelaram-se na Comuna da Marinha Grande em 1934.
Quase todos se tinham levantado em armas para erguer com a Direita e o Clero, e nesta Cidade, o dr. Ramiro Guedes, Sidónio, o Paladino, ao Poder.
O programa era só um: ''o bota-abaixo'' a Afonso Costa.
O desprezo de João Augusto da Silva Martins pela sociedade civil, que tinha um braço armado ''os revolucionários civis'', está sintetizado em 2 livros (pelo menos):
A Calábria, terra de facínoras e ladrões, é o Portugal de Afonso Costa. O Landru é o Eng. Silva.
António Maria é nome de Engenheiro.
Já o divino Bordalo fizera uma revista a que dera o nome de ''António Maria'' que correspondia ao nome próprio de Fontes Pereira de Melo e onde o Zé Povinho recebia coices constantes dos ''rotativos''.
O Martins Júnior mais que a Afonso Costa, odiava a António Maria da Silva. E naturalmente aquilo que o Major Melo Antunes, citando Gramsci em calão (a frase foi usada pelo Sottomayor Cardia para definir os integralistas, dizia que eles ''citavam Maurras em calão''), chamava a ''base social de apoio''.
E nesta divina capa, resumiu o que pensava da ''sociedade civil'' dos amigos de Afonso Costa, Lda
Se houve um grande panfletário abrantino, foi Martins Júnior. O tio do sr. Prof. Gentil Martins que todo o Portugal conhece.
Como nos anos 20 todos conheciam o rebelde que dirigiu um golpe onde Humberto Delgado apanhou o primeiro tiro.
MA
Se repararem bem à esquerda, levantando a cartola, está o Bernardino Machado, o ministro da monarquia que adesivou e fez depois Abrantes Cidade. Adesivou antes de 1910 ou seja era um ''adesivo histórico''.
Para quem não percebeu: Martins Júnior era o nome de guerra do revolucionário abrantino.
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