Diz-nos o nosso amigo José Bioucas disse sobre O espólio de São Domingosna Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2013 às 09:18:
''Falaram e bem sobre os azulejos de S.Domingos, mas e os azulejos do convento da Esperança que as centenas se encontravam engradados em pilhas a bloquear a porta grande da igreja e as duas portas mais pequenas que hoje se encontram entaipadas ?''
Caro Zé, o teu comentário é naturalmente apropriado e vem-nos dar uma pista sobre um assunto que estamos a trabalhar. Que está inserido na problemática mais geral da vandalização do património desta cidade por cupidez, preguiça, ignorância, desleixo de muita gente conjugada com a passividade da administração local e central.
Esta é a planta do Convento da Esperança
É uma planta parcial porque parte do Convento foi demolido no século XIX e outra parte para construir o Colégio de Fátima, serviço, a demolição que foi uma barbaridade cujo rosto visível foi o Senhor Dr.Manuel Fernandes.
Nesta foto não datada da Direcção Nacional dos Monumentos Nacionais não há azulejos mas há belíssimos frescos no altar mor. E tudo indica que se trata das obras ilegais levadas a cabo pelo tonsurado José da Graça ( em 1990, com autorização dos proprietários (Província das Irmãs Doroteias)) com financiamento estrangeiro, local e municipal e a conivência da Câmara de Humberto Lopes.
Mas há prova documental que havia azulejos? Há
Aliás é extremamente curioso que nem a Rosário Gordalina 1990 / Isabel Mendonça 1995 ou a D.Cecília Matias neste texto oficial falem dos azulejos nem dos frescos.
Será que escreveram o texto e naturalmente foram pagas para isso e não entraram na Igreja?
Não leram a papelada, vasta, sobre o assunto?
Curiosa maneira de escrever sobre património. ......
Mas aqui temos outro documento oficial que fala dos azulejos seiscentistas que tu viste encaixotados e cuja precária situação denuncias.
Uma carta dum dos homens cultos e abrantino honorário (porque era de Vale de Cambra) que foi um dos que salvou São Domingos.
Vejamos agora um texto de propaganda do ''estimado Reverendo'' , naturalmente anónimo, publicado no ''Notícias de Abrantes'' em 16-3-90 em que se diz que a Igreja não tinha qualquer interesse
E chega-se à insensatez, próxima da difamação, de invocar a palavra do Papa para justificar uma ignara porcaria em termos de património.
Que o fez o Graça aos frescos?????
http://caminhantesdapaz01.blogspot.com.es
Esta forma bárbara de tratar o património sacro desonra a Igreja, desonra-nos a nós, enche de vergonha as autoridades que deviam velar por um edifício classificado e por um valor não só nacional mas local, e devia fazer com que a Hierarquia actuasse apontando o dedo ao Graça......
http://caminhantesdapaz01.blogspot.com.es
Enquanto a Autoridade da Igreja não apontar esse dedo acusador, temo que tenha de ser a Autoridade do Estado Laico e Republicano a fazê-lo.
Como aliás parece que já começou a fazer, diz o Sol.
Caro Zé, por agora é tudo. Os azulejos novos estão à vista, os antigos espero que não lhes tenha acontecido o mesmo que aos livros do dr. Solano de Abreu...
Marcello de Noronha
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