Tem-se assistido em várias assembleias municipais do distrito a uma situação curiosa, mas no fim de contas reveladora.
Quanto chega o momento da retórica das pompas fúnebres, espaço que não sabemos se é patrocinado pela Agência Magno, o Bloco apresenta moções de pesar pela morte de Saramago e as ditas vão por água abaixo.
Isso sucede em alguns municípios da Lezíria, feudos tradicionais do PCP, embora algum como Coruche esteja hoje emancipado da tutela da CDU.
Na Direita e no PS existem as tradicionais resistências devido ao anti-clericalismo do Autor e ao seu passado no PREC.
Mas sobretudo o que há é o sentimento de propriedade comunista sobre a pessoa de Saramago e ficam muito ofendidos por ser a concorrência a falar nele.
Então abstêm-se e as moções não passam.
Finalmente há (aconteceu na Chamusca) algum deputado municipal que acha que Saramago era um traidor porque era iberista.
Francamente por este caminho nunca haverá na Chamusca a Rua Cristiano Ronaldo.
O descaramento em Portugal é grande, os tipos que se recusaram a dar trabalho no Diário a Saramago quando foi saneado do Diário de Notícias, agora acham que o escritor é de sua propriedade.
Eles não eram contra a propriedade?
Em Abrantes, as coisas correram com sensatez, a nossa CDU é civilizada.
O que me admira é que só a D.Matilde Lino Netto Pádua se tenha abstido na Direita. Deve porque Abrantes é a terra da unanimidade.
Miguel Abrantes
A Drª Isabel Veiga Cabral respondeu assim à arqueóloga camarária:
Cara Colega
Recebi o seu e-mail sobre a necrópole medieval que se encontra junto da muralha de Abrantes, que me pareceu pouco claro, pelas razões que a seguir exponho.
A primeira razão prende-se com a sua suposição, errada de resto, de que se pretende "politizar o seu trabalho". Não sei como um trabalho, que deveria ser científico, se pode politizar, mas a cara colega lá saberá de si....
Quanto a mim vejo a coisas de forma diferente - as águas devem estar separadas, a menos que não haja sentido profissional.
A política ou a "politização" como escreve, deve ser exercida em foros próprios e, que me lembre, não me dirigi à Assembleia da República, nem a nenhum orgão ou partido político, nem a cara colega respondeu a um pedido de informação, feito por mim como representante de um qualquer orgão político ou similar.
Fi-lo em nome pessoal e nem sequer como Vice-presidente da Real Associação do Médio Tejo. De resto esta ONG, que é apolítica, tem apenas como qualidade pugnar, com completa isenção, pelos interesses dos cidadãos que compreendem os seus 14 concelhos (permita-me que lhe recomende a leitura dos seus Estatutos, disponíveis para toda a gente). Graça a Deus poupou-nos a todos os que receberam a sua informação, da leitura da longa lista das ONGs a que me encontro ligada - teria sido um tédio.
Quanto aos trabalhos de escavação que está a realizar, confio inteiramente na competência dos grandes profissionais que são os arqueólogos do IGESPAR para fazerem o seu acompanhamento.
Quanto à sua disponibilidade, agradeço-lha e, acredite, aprecio-a deveras, tanto mais que, não foi a mesma quando a ONG já referida a contactou, há alguns meses, sobre as escavações do Convento de S. Domingos. Já agora, a "talhe de foice" permita-me chamar a sua atenção para a correcção que deve ser feita quanto a designação de um importante, mas negligenciado, espaço do Convento, incorrectamente definido como simples parque de estacionamento, (de feitura recente) o qual corresponde, na verdade, ao horto e cerca conventual.
Com os meus cumprimentos,
Maria Isabel da Veiga Cabral
Esta resposta merece os nossos seguintes comentários:
1-Agradece-se à peticionária Drª Isabel Veiga Cabral o seu interesse pela defesa do património abrantino. Quantos mais formos a protestar melhor.
2-A Drº Filomena Gaspar é uma arqueóloga competente e com provas dadas. E tem alguma razão quando se diz que se está a politizar a questão. A defesa do património é também política e não só cultural. Especialmente porque são em boa parte os políticos os responsáveis pela degradação do nosso património. Por acção e omissão. Veja-se o post em que elogiámos o marido da Drª Filomena, Carlos Batata pela posição que tomou ao denunciar os atentados ao património cometidos pela autarquia de Lagos.
3-O que estranhamos é que o Dr.Batata não proteste onde vive, isto é em Abrantes.
4-Fala a Drª Filomena da sua disponibilidade para responder a perguntas. É uma coisa que se agradece. Mas lembra-se da posição tomada pela ''Chefa'', isto é Isilda Jana, que a negou ao Dr.Paulo Falcão Tavares a identificação dos responsáveis da equipa arqueológica que escavava na cerca de São Domingos. Isto é disponibilidade?
5-Só perante a ameaça dum recurso a instâncias superiores foi divulgada por Isilda Jana, aliás a ''Chefa'', a identificação dos responsáveis pelas escavações, sob chefia de Luiz Oosterbeck e de que Filomena Gaspar fazia parte como subordinada.
6- E agora a pergunta, naturalmente política, tendo a Câmara de Abrantes uma arqueóloga com experiência e o indiscutível prestígio de Filomena Gaspar para que foi necessário nomear Luiz Oosterbeck, que é especialista em escavações pré-históricas, para dirigir as pesquisas em São Domingos onde o material que se poderia esperar era de meados do século XVI.
7-Qual a razão para o secretismo desta nomeação?
8-Qual a razão para ser necessário escolher pessoal exterior à Câmara, se esta tinha na prata da casa gente capaz de fazer as escavações?
9-Tinha isto algo a ver com a recusa do IGESPAR, através do ofício nº 2610 de 11 de Agosto de 2007 pelo qual o Director Regional da Cultura recusou autorização para escavações?
10- Encontrando-se Luiz Oosterbeck vinculado à CMA por um contrato de prestação de serviços com o fim de inventariar a colecção da Fundação Estrada tinha todo o interesse em que as escavações não encontrassem nada que impedisse a construção da Carrilhada. Abordámos aqui a sua situação de incompatibilidade de acordo com o Código Deontológico da Associação Profissional de Arqueólogos O que pensa Filomena Gaspar desta situação?
11-Já reproduzimos o C.V. de Oosterbeck enviado em inglês à CMA e ao IGESPAR. Um dia destes reproduziremos o seu com alguns comentários.
Acha a Dr.Filomena que o inglês é a língua oficial em Abrantes e em Portugal?
12- -Finalmente recorda-se quem politizou em termos inqualificáveis esta questão foi Luiz Oosterbeck e Isilda Jana. O primeiro teve a ousadia de fazer a apologia da pintura hitleriana numa sessão do Convento de São Domingos. Como é que Filomena Gaspar trabalha com um tipo que acha que Hitler era um grande pintor?
Marcello de Ataíde
Em anexo -Recusa do Igespar
''Cavaleiro Andante
Não se pode ter tudo
O presidente da Assembleia Municipal de Abrantes, Jorge Lacão (PS), e a concelhia socialista abrantina emitiram comunicados esta terça-feira a congratularem-se com a decisão do Ministério Público em arquivar o processo em que era arguido o ex-presidente da câmara e camarada de partido Nelson Carvalho. Quem disse que o mundo da política é uma selva e que o PS é um saco de gatos? Só faltou mesmo darem os parabéns ao ex-autarca pela carreira profissional que se apresta para iniciar ao serviço de uma empresa que ajudou a instalar no concelho. Mas não se pode ter tudo…''
No dito Jornal, só uma nota, vimos o Comunicado da Chefa mas não vimos o do Sr.Ministro.
Nem da Assoçiação Heteroxessual Abrantina agradecendo a Alves & Cª não admitir maricas....
M.A.
A insegurança no concelho de Abrantes está a atingir proporções alarmantes, enquanto a polícia e a GNR dispõem de falta de meios, são usadas para tarefas burocráticas onde perdem o tempo necessário à prevenção e investigação (por exemplo andar a distribuir notificações judiciais pelo concelho que deviam ser feitas doutro modo) e são desencorajadas pela brandura das autoridades judiciais.
O Correio da Manhã fez uma manchete abrantina outra vez. Era um Nelson o protagonista, mas teve muito mais azar que o outro.
''Os três homicidas estavam a tomar o pequeno-almoço na cafetaria da área de serviço da A23, Abrantes, pelas 06h00 de terça-feira, depois de uma "noitada com muita cerveja", quando o motorista de Salvaterra de Magos, Nelson Ferreira, de 37 anos, entrou para tomar um café. Sem qualquer razão aparente, dado que houve apenas uma troca de olhares entre eles, agrediram-no com duas bofetadas e mataram-no com uma facada no coração, quando tentou fugir.
Os suspeitos de homicídio qualificado, de 18, 22 e 23 anos, foram ontem presentes ao Tribunal de Abrantes e, para evitar qualquer perturbação do interrogatório ou alteração da ordem pública, a PSP montou um forte dispositivo de segurança. Continuavam a ser interrogados ao princípio da noite.'' é assim que Isabel Jordão conta a história que pode continuar a ler aqui.
O pai dum detidos depois de espancar 2 GNRs foi '' Depois de interrogado em tribunal, ontem de manhã, por ter agredido e insultado os militares da GNR, o pai do homicida de 18 anos, feirante, foi libertado, aguardando, apenas com Termo de Identidade e Residência, o inquérito e a marcação do julgamento.''
E a aqui a pergunta, não sabemos se não o terem mandado em prisão preventiva é culpa dos códigos ou das leituras que fazem deles os magistrados.
O que sabemos é que as tensões étnicas começam a avivar-se e o Tribunal teve ser cercado por um ''forte dispositivo de segurança'' durante as diligências judiciais.
O que sabemos é que anos de tolerância e de soluções urbanísticas absurdas para integrar nómadas criaram um barril de pólvora.
O infeliz Nelson Ferreira já não vai cá estar para ver a explosão.
Marcello de Ataíde
BREVEMENTE
A RESPOSTA DA DRº ISABEL VEIGA CABRAL À ARQUEÓLOGA CAMARÁRIA
APOIEMOS A DEFESA DO PATRIMÓNIO DE ABRANTES
FOTO ÂNIMO
JÁ AGORA
O ASSASSINATO DO NELSON
A BRANDURA DA JUSTIÇA
QUEREMOS JUÍZES MAIS DUROS EM ABRANTES!!!!
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