Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Carvalhal
Cliente: Câmara Municipal de Abrantes
Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Martinchel
Cliente: Câmara Municipal de Abrantes
Estudos prévios para o Concurso da Concessão do Sistema de Saneamento do Concelho Abrantes
Cliente: Lena Ambiente/Aqualia
Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Vale das Mós
Cliente: Abrantaqua, SA
Sistema de Saneamento de Vale das Mós
Cliente: Abrantaqua, SA
Sistema de Saneamento de São Facundo
Cliente: Abrantaqua, SA
Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de São Facundo
Cliente: Abrantaqua, SA
Sistema Terciário da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Fonte Quente
Cliente: Abrantaqua, SA
Sistema Terciário da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Pego
Cliente: Abrantaqua, SA
Estação Elevatória N.º 4 do Pego
Cliente: Abrantaqua, SA
Estação Elevatória N.º 2 do Tramagal
Cliente: Abrantaqua, SA
Reformulação da Estação Elevatória da Margem Sul
Cliente: Abrantaqua, SA
Sistema Terciário da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Margem Sul
Cliente: Abrantaqua, SA
in página web de
mais referências aqui
Continuando com a elaboração dum dossier Abrantaqua (assunto que nos chamou a atenção graças ao Sr. Lalanda e ao Cidadão Abt)
aqui deixamos mais algumas informações.
Temos um comentário para anotar do Sr.Lalanda, a que tentaremos responder ainda hoje.
Marcello de Ataíde
Fonte : certidão on-line da Conservatória de Registo Comercial de Abrantes
''Insc. 1 - AP. 1/20070727 13:49:46 UTC - CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADE E DESIGNAÇÃO DE MEMBRO(S) DE ORGÃO(S) SOCIAL(AIS)
FIRMA: ABRANTAQUA - SERVIÇO DE ÁGUAS RESIDUAIS URBANAS DO MUNICÍPIO DE ABRANTES S.A.
NIPC: 508112680
NATUREZA JURÍDICA: SOCIEDADE ANóNIMA
SEDE: Parque Lena
Distrito: Santarém Concelho: Abrantes Freguesia: Alferrarede
2200 ABRANTES
OBJECTO: 1 - Concessão do Serviço de Águas Residuais Urbanas do Município de Abrantes.2 - Incluem-se no objecto social da sociedade, nomeadamente, a construção, extensão, reparação, manutenção e melhoria das obras e equipamentos, bem como a realização de todos os actos necessários para a prossecução da actividade descrita no número anterior.
CAPITAL : 50.000,00 Euros
Data de encerramento das contas do exercício: 31 de Dezembro
ACÇÕES:
Número de acções: 10000
Valor nominal : 5.00 Euros
Natureza: Nominativas, podendo ser representadas por títulos de uma, cinco, dez, cinquenta, cem, mil e múltiplos de mil acções
FORMA DE OBRIGAR/ÓRGÃOS SOCIAIS:
Forma de obrigar: a) - Assinatura de dois administradores;b) - Assinatura do Administrador Delegado, nas matérias que sejam da respectiva competência por deliberação do Conselho de Administração;c) - Assinatura de um ou mais mandatários, nos precisos termos dos respectivos instrumentos de mandato.
Estrutura da administração: Composta por três a sete membros
Estrutura da fiscalização: Fiscal Único e um suplente, ambos ROC ou SROC
Duração dos mandatos: Três anos
CONSERVATÓRIA DA SEDE:
Distrito: Santarém
Concelho: Abrantes
Conservatoria: CRPC Abrantes
DESIGNADO(S):
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO:
Armando Paulino Martins da Silva
NIF/NIPC: 157837645
Cargo: Presidente
Residência/Sede: Casal da Charnequinha, lote 6 -A. Nossa Senhora da Piedade, Ourém
Ourém
Roberto Pérez Muñoz
NIF/NIPC: 260624357
Cargo: Vogal
Residência/Sede: Calle Ulisses, nº 18, Madrid, Espanha
Miguel Jurado Fernández
NIF/NIPC: 260624101
Cargo: Vogal
Residência/Sede: Calle Ulisses, nº 18, Madrid, Espanha
Jesus Rodriguez Sevilla
NIF/NIPC: 260624608
Cargo: Vogal
Residência/Sede: Calle Donoso Cortés, nº 6, Badajoz, Espanha
Júlio de Jesus Bento
NIF/NIPC: 101824009
Cargo: Vogal
Residência/Sede: Rua S. Bento Menni, nº 2, 8º andar A
Lisboa
FISCAL ÚNICO:
KPMG & Associados - SROC, S.A.
NIF/NIPC: 502161078
Residência/Sede: Edifício Monumental, Avª Praia da Vitória, nº 71 - A, 11º andar
Lisboa
SUPLENTE(S) DO FISCAL ÚNICO:
João Albino Cordeiro Augusto
NIF/NIPC: 103527737
Residência/Sede: Edifício Monumental, Avª Praia da Vitória, nº 71 - A, 11º andar
Lisboa
Prazo de duração do(s) mandato(s): Triénio 2007 a 2009
Data da deliberação: 20070726
A SROC é representada por João Paulo da Silva Pratas - ROC - NIF 190572841 - com domicilio no Edifício Monumental, Avª Praia da Vitória, nº 71 - A, 11º andar - Lisboa. ''
Como se pode verificar o C. de Administração da empresa é dominado por espanhóis: os Señores Roberto Pérez, Miguel Jurado e Jesus Rodriguez, sendo os administradores lusos o ex-vereador PS Júlio Bento e para dar uma ideia que os portugas mandam alguma coisa o Presidente é o Sr. Armando Silva.
Os serviços consessionados (ver post anterior) eram desempenhados desde sempre pelo SMAS. Agora foram ''privatizados'' a favor desta empresa, não me lembrando eu que tenha ouvido concurso público.
Aliás para quê?
Os concursos públicos são uma chatice, só servem para perder tempo e fomentar a burocracia.!!!- diz-nos um Ps local enquanto tomamos a bica no Chave de Ouro.
E o vício de entregar coias aos estrangeiros?
Estou-me a lembrar como nacionalizaram 80% do capital da Covina que era de Lúcio Thomé Feteira e deixaram os franceses da Saint-Gobain com os seus 20% incólumes.
Depois administraram a empresa quase até a levar à falência (como a MDF) e resolveram privatizá-la.
Hoje é espanhola, passou de ter mais de mil trabalhadores, como na época de Lúcio Thomé Feteira, e anda por poca dezenas deles..
Só serve como armazém, para vidro que vem de Espanha por exemplo para a Auto-Europa.
Não me admira que Lúcio Thomé Feteira tenha terminado a berrar: Viva Salazar!!!!
O benemérito Lúcio Thomé Feteira era um mulherengo, queria ter muitas trabalhadoras para poder mostrar a sua virilidade leiriense ao belo sexo.
Mas às vezes enganava-se. A Dona Rosalina era um bocado feisosa....
No entanto, os estrangeiros são mais morais, especialmente os espanhóis, que muitos são da Obra, como o Marcello de Ataíde, e nas suas empresas nunca há rebaldarias!!!!!
Só mais uma nota abrantina. Para quê a nova e flamante sede do Smas ?
Para que o dr. Pina da Costa receba o sr. Roberto Pérez em condições?
foto do nosso amigo Cidadão Abt!!!!
Somos a favor da nova sede!!!!
O dr. Pina da Costa saberá demonstrar aos espanhóis que a tradicional hospitalidade lusa não se perdeu.
Miguel Abrantes, português muito hospitaleiro
''Foi assinado, a 25 de Setembro, entre a Autarquia e a ABRANTAQUA – Serviço de Águas Residuais do Município de Abrantes, o Auto de Consignação relativo ao contrato de concessão do serviço de águas residuais urbanas do Município. Este acto formal decorreu, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, na presença do Presidente da Câmara, Nelson de Carvalho e dos representantes da ABRANTAQUA S.A, Júlio Bento e Roberto Muñoz. Este consórcio constituído pela Lena Ambiente, empresa actualmente responsável pela prestação dos serviços de operação e manutenção do sistema agora concessionado e pela Aqualia, empresa espanhola com uma larga experiência internacional e líder de mercado nesta área, passou a ser o gestor do sistema de saneamento básico do Concelho. Segundo o Presidente da Câmara, esta é uma concessão “da maior importância, com consequências para o desenvolvimento do nosso território, para a promoção de melhores condições de habitabilidade geral no nosso Concelho e para a promoção da qualidade de vida das populações”. Da adjudicação consta a exploração, gestão, manutenção e conservação do sistema de drenagem de águas residuais urbanas, estações de tratamento de águas residuais (E.T.A.R’s) e estações elevatórias (E.E.); a limpeza de fossas sépticas; a execução de infra-estruturas, incluindo E.T.A.R’s de modo a alcançar a exigência comunitária de 90 % da população servida com rede de saneamento até 2011 e a realização de benfeitorias nas infra-estruturas, equipamentos e instalações existentes. O volume total de investimentos a realizar pela ABRANTAQUA, nos 25 anos da concessão, é de 37, 5 milhões de euros. Nos primeiros quatro anos da exploração, várias freguesias rurais do Concelho, vão receber investimentos superiores a 7 milhões de euros, um salto qualitativo em matéria ambiental que resultará da implantação de 40 km de novos colectores, 11 novas E.T.A.R’s, cinco novas E.E. e da remodelação de três E.T.A.R’s.
27 de 09 de 2007 |
|
Fonte C.M.A.
in Abrantes Digital '' |
Como se verifica pela notícia transcrita entre os representantes da empresa que assinou o contrato encontrava-se o ex-Vereador socialista Júlio Bento.
Foi ele o primeiro PS a dar o salto da actividade política para trabalhar numa empresa (o Grupo Lena) que fora protagonista de relevantes obras públicas, no nosso Município, enquanto o Vereador Bento tinha o pelouro das obras.
O Vereador foi feliz. Não ficou com as orelhas a arder como Nelson Carvalho quando alguns oposicionistas na Assembleia Municipal criticaram com dureza a sua entrada para a RPP Solar. Embora a situação fosse parecida.
Eram outros tempos....
Marcello de Ataíde
Posto por Adérito Abrantes.
O Sardoal com Memória publica um interessante post sobre os projectos do Arq. Raul Lino para a Vila do Sardoal.
Recomendamos a sua leitura.
O sr. Luís Manuel Gonçalves refere uma notícia do Correio de Abrantes de 1932 onde se informa que a convite do Dr.David Serras Pereira o célebre arquitecto visitara a Vila e a partir daí concebera alguns projectos arquitectónicos para o Sardoal, uns realizados, outros que infelizmente não passaram do papel.
foto in adagio-2009.blogspot.com
O Advogado Dr. David S. Pereira teve banca de causídico em Abrantes, foi um homem ligado à Imprensa e à política regional como monárquico integralista.
Morto prematuramente quando dele muito se havia a esperar, deixou 2 filhos o nosso amigo Dr. João Nuno Serras Pereira e a Senhora D.Manuela Serras Pereira.
O Dr.João Nuno teve um papel destacado com Agostinho Baptista e Duarte Castel-Branco no salvamento do Convento de São Domingos, ameaçado então como agora pelo camartelo.
Dois dos seus filhos, o arquitecto Gil Serras Pereira e o Rev. Frei Nuno Serras Pereira deram-nos a honra de serem signatários da petição.
Raul Lino fez também vários projectos para Abrantes, do qual o mais destacado é o edifício da Assembleia de Abrantes, barbaramente assaltado durante o Prec, sem nenhum respeito pela sua singularidade patrimonial e arquitectónica.
Assembleia de Abrantes. foto dias dos reis
(quem não compreendeu a paisagem edificada foi o construtor do Prédio dito do Pelicano...)
Raul Lino foi um arquitecto capaz de compreender a paisagem, não há um projecto seu que tente sobrepor-se ao território, mas integram-se sempre nele.
Lição que João Luís Carrilho da Graça foi incapaz de compreender em Abrantes.
Agradecemos ao sr. Luís Manuel Gonçalves mais esta lição de história do Sardoal e da Região.
Marcello de Ataíde
Le projet du Théâtre de Sénart se dévoile
Philippe Chaix et Jean-Paul Morel retenus pour réaliser le Théâtre
Le jury du concours d'architecture du San s'est réuni le mercredi 16 septembrepour désigner le cabinet d'architecture qui assurera la maîtrise d'oeuvre duThéâtre de Sénart, futur siège de la Scène nationale.
Quatre cabinets d'achitecture étaient en lice : le portugais Joao Luis Carrilho da Graça (à qui l'on doit notamment le Théâtre auditorium de Poitiers, l'Ecole supérieure de musique de Lisbonne, la Maison de la paix de Genève et le Centre de documentationet d'information du Palais Belem de Lisbonne), le cabinet de Jacques Ripault et DeniseDuhart (le Théâtre du Luxembourg à Meaux, le Centre d'art et de culture de Meudonet La Carène, salle des musiques actuelles de Brest), un second duo formé par Philippe Chaix et Jean-Paul Morel (les Zénith de Dijon et de Nantes et le futur Théâtre del'Opéra de Cologne) et enfin Francis Soler (le palais de justice d'Aix-en-Provence et lesservices centraux du ministère de la Culture et de la Communication).
Le jury, composé d'élus de la Région, du Département, du San de Sénart et dereprésentants des services de l'Etat et des collectivités, s'est prononcé au regard detrois critères : la qualité de la réponse au programme, la pertinence des solutionstechniques proposées et le coût de la construction. Au terme de six heures d'examenstechniques et de débats, le cabinet Philippe Chaix, Jean-Paul Morel et associés l'aemporté à une large majorité.
Não traduzimos que não é preciso. Os nossos leitores sabem francês excepto o ex-delegado cavaquista de Duarte Lima, o gajo que se tem dedicado a compor colunas desancando no Pacheco Pereira e na distrital laranja.
Com um concurso público limpo, o prémio Pessoa apesar do seu alegado êxito em Poitiers foi à vida!!!!!
Queremos e a lei ordena-o um concurso público para o MIIA!!!!
Já !!!!
E desejamos a Carrilho da Graça a mesma sorte que em Sénart....
Damos aos parabéns aos arquitectos Philippe Chaix et Jean-Paul Morel
Para os curiosos a descrição do teatro aqui
Marcello de Ataíde
O resto veio dum press-release da autarquia local
''O MOLEIRO ENFRENTOU O REI. O REI RESPONDEU COM NOBREZA. SE FOSSE A RAINHA TERIA SIDO DIFERENTE?! A NOSSA RAINHA ISABEL LEVAVA PÃO NO REGAÇO. O POVO A FEZ SANTA. A FRANCESA MARIA ANTONIETA BERRAVA AOS FAMINTOS SEM PÃO QUE COMESSEM BRIOCHES. O POVO CORTOU-LHE A CABEÇA. O POVO SEMPRE FALOU. SÓ FALTAVA VIR UMA RAINHA LIMITAR A FALA DO POVO A APENAS 2 MINUTOS, COM A LEI DA MORDAÇA. ORNAMENTO COMO DÁLMATAS. POVO MUDO,É POVO MORTO.''
Jota Pico futuro Doutor em História com doutoramento feito pelo método Alçada, com orientador selecionado nas Novas Oportunidades
a) Isabel de Aragão foi canonizada pelo Vaticano e não pelo povo.
b) A frase atribuída à desgraçada Maria Antonieta de Habsburgo é ''comam croissants''. A rainha nunca a disse. Não passa de propaganda barata lançada pelos jacobinos.
c) O povo não teve a ver com a miserável decapitação de Maria Antonieta. Atribuir todos os crimes da guilhotina de 1789 ao ''povo'' é como vir dizer que Nicolau II, czar da Rússia e o resto da família foram justiçados pelo povo, quando foram assassinados por ordens expressas de Lenine.
d) Desde quando Maria do Céu Albuquerque é Rainha e João Pico é o Povo?
e) Se o homem quer saber quantos m2 tem a ex-fracção da Nersant na Casa Falcão vá às Finanças e peça uma segunda via da caderneta predial!!!
f) E depois antes de escrever mais bojardas vá à António Botto e consulte um manual escolar de História Universal
Também foi o povo que decapitou o celerado Robespierre ????
Miguel Abrantes,
Veríssimo Serrão foi o grande apoiante da transformação do Doutor Candeias no maior especialista mundial em ''Almeidas'' segundo a douta opinião duma gentil autarca abrantina.
Esperamos que Veríssimo Serrão apesar dos seus 85 anos, carregados de honrarias e comendas, ainda possa ser o orientador da tese de doutoramento de João Pico sobre ''Jota Pimenta ou como o Souto urbanizou Portugal''.
Beja Santos dedicou num dos últimos números do Ribatejo uma análise divertida ao último volume da ''História de Portugal'' do Mestre de Candeias Silva. Reproduzimo-la com a devida vénia:
Beja Santos . Foto Ribatejo
O Governo de Salazar por Veríssimo Serrão
por Beja Santos
O Prof. Joaquim Veríssimo Serrão tem uma obra científica de inegável valor. É autor de três centenas de trabalhos de investigação sobre temas da história portuguesa, grande parte deles centrados nos séculos XV a XVII; foi presidente da Academia de História durante cerca de 30 anos, é detentor de vários doutoramentos, foi distinguido com o Prémio Príncipe das Astúrias em Ciências Sociais em 1995. Encetou nos anos 70 uma história de Portugal que acaba de dar à estampa o seu 18º volume. É um publicista corajoso, conhecemos a sua amizade indefectível pelo Professor Marcello Caetano, nunca escondeu a sua admiração incondicional pelo último presidente do Conselho; e, conforme se pode comprovar da leitura integral deste volume da história de Portugal que compreende o último período da governação de Salazar (1960 – 1968) torna essa coragem uma obstinação reescrevendo a história vista com pura hagiografia, imaginada pelos directos protagonistas: Salazar e os seus seguidores mais próximos. Por muito que espante o leitor, as fontes dilectas do historiador são os discursos de Salazar, as memórias do almirante Thomaz e de Franco Nogueira. E o Diário do Governo.
É incompreensível como um historiador se pode zangar com uma mudança de regime e ver os factos descritos sem qualquer contraditório. A descolonização é apresentada como um conluio medonho entre a União Soviética e o Terceiro Mundo, a que se juntaram alguns apêndices como os partidos socialistas europeus. O presidente Kennedy nunca existiu. Os verdadeiros democratas acreditavam no Portugal ultramarino, fossem ele Norton de Matos ou Jaime Cortesão. À pergunta se Portugal foi uma nação colonialista, o historiador põe a resposta em Salazar: “Estamos em África há 400 anos, o que é um pouco mais que ter chegado ontem. Levámos uma doutrina, o que é diferente de ser levados por um interesse. Estamos com uma política que a autoridade vai executando e defendendo, o que é distinto de abandonar aos chamados ventos da história os destinos humanos”. Ou seja, não é preciso interpretar a História, Salazar já disse tudo: é pena não se ficar a saber bem o que é que se fez durante 400 anos, que tipo de doutrina moveu o colonizador e os termos da autoridade desenvolvida. Sabe-se, por exemplo, que os guineenses não falavam praticamente a língua portuguesa e que a chamada “pacificação” acabou em 1936; que os indígenas não tinham direito a voto, portugueses eram os assimilados e que a doutrina, na ausência da autoridade portuguesa, depois do tráfico de escravos, era ditada pela CUF. Estão escritos centenas de livros, milhares de ensaios sobre o colonialismo e a presença portuguesa em África mas o historiador abalança-se na catadupa de acontecimentos sempre guiado pelo Diário do Governo, pelos discursos de Salazar e pela imparcialidade de Franco Nogueira. É uma história de eventos, de remodelações, nomeações, de visitas de estadistas, de viagens de Thomaz. Segue-se o ataque da União Indiana e o historiador anda à procura de um culpado e vem dizer que o embaixador Franco Nogueira defendeu Salazar, até Amália Rodrigues se indignou com a anexação do Estado Português da Índia, o que dá mais peso a toda a indignação nacional. Seguem-se mais discursos, novas remodelações, a crise estudantil de 1962 contada como se fosse uma reportagem, há uma homenagem ao general Santos Costa, nesse ano de 1962 morreu Júlio Dantas que, como é largamente sabido, é uma figura incontornável depois de Fernando Pessoa. Adriano Moreira desloca-se a Madrid. Em 1 de Janeiro de 1963 foi proibido o exercício da prostituição. A roda-viva das remodelações parece não ter fim. A política de defesa do ultramar revela-se inquebrantável. O ministro Franco Nogueira volta às Nações Unidas, registou-se uma comoção mundial. A história é só feita de factos relevantes, caso da visita dos príncipes Rainier e Grace do Mónaco. Aliás, a princesa chegou antes do marido e assistiu no Teatro de S. Carlos à representação de uma ópera. Foram inauguradas as novas instalações da Caixa Geral de Depósitos, no Calhariz. Cascais celebrou o 6º centenário. Morre o marechal Craveiro Lopes e Salazar vai à frente do féretro. As coisas agravam-se em África, tanto na Guiné como em Moçambique. Portugal ganha uma dimensão europeia no Futebol. É assassinado o general Humberto Delgado e Salazar vem dizer que foi morto pelos seus correligionários. Temos mais remodelações ministeriais. O almirante Thomaz foi reeleito. Franco Nogueira volta às Nações Unidas e ofuscou-as. O mês de Fevereiro de 1966 foi negativo para a agricultura. O Salazar falou ao mundo através do jornal The New York Times, mandou recados, agitou a Casa Branca. Salazar vai até Braga, para as comemorações do 40º aniversário da Revolução do 28 de Maio, comprou bilhete de avião a expensas suas, parece que o meio de transporte não foi do seu agrado. Inevitavelmente, estivemos à beira de ganhar o campeonato do mundo de futebol nesse ano, mas inaugurou-se a Ponte Salazar e o Panteão Nacional. 1967 viu chegar os restos mortais de D. Miguel e de D. Maria Adelaide ao mosteiro de S. Vicente. A seguir temos a visita do Papa Paulo VI, foi uma viagem que projectou o nome de Portugal para todos os recantos do mundo cristão. Houve inúmeras visitas e inaugurações do almirante Thomaz. Assim chegamos a 1968 e o historiador questiona se o doutor Salazar sentiria que se estava a aproximar o fim. A agitação universitária voltou e o famoso coreógrafo Maurice Béjart foi expulso por ter pedido um minuto de silêncio contra todas as formas de violência e ditadura. O doutor Salazar, soube-se mais tarde pela sua governanta, caiu de uma cadeira de repouso, no início de Agosto, sofreu de um hematoma, foi operado e depois caiu em coma. A sua carreira política tinha findado. Começou a luta pela sucessão, naturalmente que o nome do Professor Marcello Caetano se impôs, mesmo contestado pelos seus críticos. Assim se encerrou o período da governação política de Salazar, iniciada a 5 de Julho de 1932. E escreve o historiador: “O período da II República continuava agora sob a égide de um novo responsável, cuja existência será traçada no Volume XIX da presente História de Portugal”.
Como o Doutor Veríssimo Serrão foi incondicional do Professor Marcello Caetano, e tem já vasta obra a defender a sua política e a manifestar-lhe amizade, é extremamente difícil imaginar o desfecho, em termos de rigor e imparcialidade, do novo volume. Pena é que o Dr. Franco Nogueira não possa abonar as qualidades do Professor Marcello Caetano, senão ele iria aparecer, incontornavelmente, ao lado das memórias do almirante Thomaz.
(in Ribatejo)
Comentário: gostávamos de saber como é que o 25 de Abril traumatizou tanto Veríssimo Serrão que um homem que foi do MUD nos tempos difíceis deu em nostálgico do Estado Novo depois de Abril......
Elogiamos o espírito de resistência de Candeias Silva que ainda continua socialista, tendo conseguido resistir ao apostolado marcellista do Veríssimo.
Marcello de Ataíde
O nosso amigo Artur Lalanda envia-nos este comentário ao post ''Ganda post'' onde se fazia o elogio do Cidadão Abt e do seu talento.
Diz o Sr.Lalanda: Venho mantendo uma "guerra" surda com o VPC para conseguir ler o contrato com a Abrantáqua, que me parece estar a ser uma mina de ouro para a empresa e conhecer os valores médios mensais consignados,desde Janeiro de 2008. Já tenho uma resposta "anedótica" e estão em curso análises que mandei fazer às águas sub-terrâneas do vale da Cerejeira, a juzante do Paúl.
Creio que a empresa não cumpre o contrato e ninguém toma providências.
Os SMA dizem que estão a ser construidas redes de saneamento, mas não dizem onde.
Sempre que alguém reclama contra o estado das sarjetas no zona histórica, quem aparece a remediar o assunto é pessoal da Câmara ou
dos SMA. Pagamos duas vezes.
Esta gente precisa de ser denunciada.
O meu "geito" é denunciar abertamente porque não sei "calçar" luvas de renda, como
os Senhores fazem.
Os jornais preocupam-se com a sobrevivência
e nem sempre lhe sobre o espaço. Temos que aceitar.
Boa saúde.
E agora nós: vamos ver se conseguimos o contrato. Ou pelo menos aconselhar aqui a forma ''legal'' de o obter, porque é um documento público e a CMA está obrigada a mostrá-lo.
Também queremos fazer uns posts sobre a ''empresa'' mas precisamos dalgum tempo.
Os nossos cumprimentos
Marcello de Ataíde
O Doutor Candeias é autor duma obra importante e de qualidade em domínios da História de Abrantes e da sua província natal, a Beira-Baixa.
Doutor Joaquim Candeias Silva
Foto do Jornal de Alferrarede
Mas nenhum historiador (incluindo o rural João Pico) está isento de erros ou de lapsos que devem ser corrigidos paternalmente, sem acrimónia, porque a História é sempre uma obra em construção.
Sustentou o Doutor Candeias Silva
na sua obra
que D.Lopo estaria representado num fresco da Biblioteca Picollomini no Duomo ou seja na Catedral de Siena,
D.Lopo fazia parte do séquito da Infanta D.Leonor, já Imperatriz, porque casara em Lisboa por procuração com o Imperador do Sacro-Império Romano-Germânico Frederico III. A irmã de Afonso V encontrou-se em Siena com o seu marido, sendo a pomposa cerimónia representada no fresco em causa. Foi anfitrião do encontro imperial Eneas Sílvio Piccollomini, Bispo de Siena, grande humanista, mais tarde Papa com o nome de Pio II.
A foto representa a Biblioteca Piccolomini, no Duomo, onde o grande pintor Pintoricchio representou em admiráveis frescos vários passos da vida deste Papa.
Um dos frescos representa o encontro entre a Infanta lusa e o Imperador, fresco que passamos a mostrar com mais detalhe:
imagem ver aqui
O Doutor Candeias a página 30 da sua interessante obra (donde lhe surgiu, parece-nos a sua saudável fixação pelos Almeidas) sugere que uma das personagens seria Lopo de Almeida.
Candeias segue a identificação proposta pela venerável Mestra de História Económica Portuguesa, Virgínia Rau que foi uma das primeiras pessoas a chamar a atenção para o percurso do 1º Conde Abrantino, de que não era conhecida nenhuma representação gráfica.
Mas esquece duas coisas importantes:
Virgínia Rau não era historiadora de Arte.
E ela não afirma que se trata de D.Lopo.....
Ela diz : ''Nos cavaleiros , vestidos de escuro, que faziam parte do séquito da Infanta, poderemos ver nós os retratos do nosso Lopo de Almeida e do seu companheiro o Dr.João Fernandes da Silveira? Ë possível, é muito provável.....''
E numa nota de pé de página especifica ''Ver na reprodução (...) as duas figuras de negro , à direita e por detrás da Infanta e das suas damas; uma delas ostenta no manto uma Cruz de Malta. Será este o Dr.João Fernandes da Silveira, armado cavaleiro em Roma, pelo Imperador??'
(V. Rau, ''Aspectos do ''trato'' da ''adiça'' e da ''pescaria do ''coral'' nos finais do século XV'' , in Estudos de História Medieval,Editorial Presença, Lix, 1986, p. 147)
Virgínia Rau traça a interrogação não afirma, sugere, que com bastante probabilidade, possam ser Lopo de Almeida e João Fernandes da Silveira.
Vamos vê-los com mais pormenor:
D.Lopo seria o da direita, o Dr. Silveira o que leva a Cruz de Malta.
As dúvidas sugeridas por Virgínia Rua continuam a ser mantidas na bibliografia portuguesa recente, por exemplo Humberto Baquero Moreno e Isabel Vaz de Freitas in A Corte de D.Afonso V -O Tempo e os Homens'' (1986) escrevem: ''Entre os elementos do séquito representados encontra-se provavelmente Lopo de Almeida e João Fernandes da Silveira''.
A probabilidade é mantida mas nenhum destes autores se atreve a identificar as personagens.
E a agora a pergunta: foi o Doutor Candeias a Siena e preocupou-se em ver os frescos in situ e ler a bibliografia italiana sobre esta obra prima de Pintoricchio?
Se foi, terá comprado um guia da catedral ou mais especificamente um guia da Biblioteca Piccolomini?
Porque teria bastado uma consulta a esta obra de divulgação turística de Alessandro Cecchi, Scale Firenze, Florença, 1991, para verificar que a figura que Virgínia Rau apontou como sendo possivelmente Lopo de Almeida, não o pode ser.
Ora se os próprios especialistas italianos têm dificuldade em identificar algumas das personagens do fresco, não há problemas porém em identificar o homem da cruz de Malta como o membro da Fábrica da Catedral Alberto Aringhieri, porque ele foi representado também por Pintoricchio num dos frescos da capela de São João da Catedral (1504-06).
Da mesma forma a personagem onde Virgínia Rau supôs ver Lopo de Almeida é fácil de identificar, tratando-se dum parente do futuro Pio II, Andrea di Nanni Piccolomini, estando a seu lado a sua mulher Agnese di Gabriele Francesco Farnese.
Onde figura uma referência a Lopo de Almeida é na coluna comemorativa de mármore visível no fresco mandada levantar pelo povo de Siena.
O próprio Bispo (depois papa Pio II) diz nos seus Comentários ''Sobre este local pouco tempo depois os sienenses levantaram uma coluna de mármore, monumento destinado a recordar à posteridade que neste lugar se viram pela primeira vez o Imperador vindo do Oriente e a Imperatriz vinda de Ocidente''.
Esta nota pretende apenas aclarar que infelizmente não dispomos de nenhuma representação gráfica conhecida do primeiro Conde de Abrantes.
Se alguém o quiser representar por favor não o pinte com a cara dum patrício italiano, membro duma poderosa família pontifícia.
Porque um Almeida não é um Piccolomini......
Marcello de Noronha
Nota: Vai este texto dedicado ao Eduardo Campos que se fosse vivo teria sido um dos primeiros a assinar a petição. Não se pretende entrar em polémica com ninguém. Apenas elucidar um passo da história abrantina....
História
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montalvo e as ciência do nosso tempo
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Fontes de História Militar e Diplomática
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Fontes de História politica portuguesa
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histórias de Portugal em Marrocos
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