Quarta-feira, 29 de Outubro de 2014
''Todo o autarca gostaria de ter um hospital no seu concelho. Isso não faz sentido. Já tivemos essa experiência naquele famoso triângulo do que é agora o Hospital do Médio Tejo entre Abrantes, Tomar e Torres Novas. Temos ali três hospitais que no fundo são um hospital com corredores de trinta quilómetros''
Pedro Pita Barros, Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, especialista em Economia da Saúde.
''É muito fácil entrarmos numa ditadura sanitária.” – alerta Pita Barros. “
Grande entrevista de Helena Matos, no ''Observador''.
sn
Em Abrantes não houve só Almeidas, também tivemos Coutinhos.
E já agora houve Pachecos medievais, da família daquele brutamontes, o algoz que ajudou a matar a galega Inês de Castro.
''Livro das terras e vilas e lugares e possessões de raíz que Fernão Martins Coutinho e D. Leonor de Sousa sua mulher hão dos direitos e rendas das ditas terras e vilas e lugares ao tempo dora em este ano que ora entrou este mês de Janeiro desta era mil quatrocentos e trinta e quatro anos''
''1576-12-23 to 1576-12-23
''Traslado feito por Cristóvão de Benavente, escrivão da Torre do Tombo. Foi mandado fazer pelo Dr. António de Castilho, por ordem do rei. Refere Mafra, Enxara dos Cavaleiros, Abrantes, Sardoal, Torre. No topo noutra letra pode ler-se "Foral de Mafra". ''
As referências entre aspas são da Torre do Tombo
O documento de propriedade particular foi depositado na Torre por uma ilustre família titular.
mn
''Relativamente à administração territorial, Abrantes foi entregue ao domínio senhorial em 1476, com a nomeação de D.Lopo de Almeida como primeiro Conde da Vila. Este novo poder intermédio, concedido à única família nobre existente em Abrantes, foi aumentando durante toda a Idade Moderna'' (...)
Ana Paredes Cardoso, p. 14 do livro ''património edificado Centro Histórico de Abrantes''
O despautério continua.
O domínio senhorial já existia pelo menos 200 anos antes.
A Hermínia Vilar situou esse momento entre 1281-1287 com a doação do senhorio a Isabel de Aragão. D.Fernando atribuiu o senhorio a Leonor Teles, barregã do monarca e depois Rainha.
E parece-me que há uma doação a outra rainha antes.
Mas por razões de economia do post vou cingir-me ao período posterior a D.Dinis.
A doação a Santa Isabel foi efectiva?
Foi. Os notários locais, os tabeliães, intitulavam-se ''da Rainha'', diz Hermínia Vilar .
O primeiro Almeida a ter direitos senhoriais na vila não foi Lopo, mas o seu antepassado Fernão Álvares de Almeida em 1400 (Vilar. p.84).
O poder dos Almeidas não foi aumentando abruptamente ''durante toda a Idade Moderna'' , D.Manuel diminui-o drasticamente ao atribuir o senhorio da vila ao seu filho o Infante D.Fernando, Duque da Guarda, que viveu na vila e foi enterrado em São Domingos.
D.Manuel também não renovou o título de Conde de Abrantes, que só voltou a ser atribuído depois de 1640.
Devo parar as críticas a este espantoso parágrafo ?
Não.
A Senhora Ana Paredes Cardoso sustenta que os Almeidas eram a ''única família nobre existente em Abrantes''.
Como é que ela sabe?
Encontrou um nobiliário abrantino inédito de 1476?
Um nobiliário que escapou a Diogo Oleiro, Eduardo Campos e à Hermínia Vilar?
E a Alexandre Herculano que também esteve aqui rebuscando papéis velhos?
E a Anselmo Braancamp Freire, o dos Brasões da Sala de Sintra?
E ainda ao Marquês de Abrantes, depois de Braamcamp, o historiador que mais sabia de nobres?
Em 1396 sabemos que Fernão Martins Coutinho tinha casa no Castelo e herdades no termo. A lista do seu pecúlio está na Torre do Tombo.(Vilar, p.36)
Não era nobre o Coutinho?
A nobreza também se divide em categorias e dedicava-se às armas, com as chatices que isso traz.
(in Monumenta Henricina,VII volume, Lisboa, organizada por António Joaquim Dias Dinis,OFM, Coimbra, 1965).
Ora bolas, não serei eu que retirarei foro de nobreza ao Diogo Delgado, escudeiro, criado de D.João I, que pela Cristandade jazia cativo em terras de mouros.
Nem Afonso V lhe retirava esse foro.
Quem é a Paredes Cardoso para dizer que Diogo Delgado não era nobre?
Saberia ela mais que Afonso V?
MN
Hermínia Vasconcelos Vilar, Abrantes Medieval Séculos XIV-XV, Abrantes
A revista Análise Social a mais importante publicação académica lusa sobre Ciências Humanas e Sociais foi suspensa por ter um artigo '' A luta voltou ao muro'', da autoria de Ricardo Campos, sobre os grafittis onde o povo manda à badamerda a corja de políticos que entregou este país ao austerocídio e à submissão ao estrangeiro.
A censura matou a liberdade e a cultura neste país e conduziu-nos a uma vergonhosa e vil decadência, como o explicou, no dezanove, Antero nas ''Causas de Decadência dos Povos Peninsulares''.
Os velhos e habituais reflexos inquisitoriais estão sempre a regressar e agora voltaram a atacar.
A única resposta é :
Censura????
O CARALHO!!!!!
Torre em São Domingos?????
O CARALHO!!!!!
a redacção
foto da TVI retirada da Análise Social
foto da fonte: duns amigos
Terça-feira, 28 de Outubro de 2014
Entrega dos últimos (1) bens, confiscados em 1911 e 1912 pela República, no caso de 1911 por uma Comissão chefiada por Justo da Paixão, ao Pároco da Freguesia de Santa Luzia do Pego.
Para fazer uma contabilidade da arte sacra, ouro, prata e santos e restantes alfaias e bens imóveis devolvidos à Paróquia e à Irmandade de N.Senhora do Rosário seria preciso fazer outras pesquisas, a que não sei se estou disposto e ainda a uma larga trabalheira.
Pelo menos fica aqui um exemplo documental como foi uma devolução parcial.
Obrigado ao amigo que enviou o documento.
(1) Tinha havido outras devoluções anteriores
MN
Bem serviu para a malta meter lá o Marinho Pinto, dando uma bofetada ao sistema. E serve para trampolim para ele saltar pra São Bento, dando agora um pontapé na merda do sistema.
De resto não serve pra mais nada.
Querem ver a única vez que Abrantes foi mencionada nessa casa?
QUESTION ÉCRITE E-0251/08
posée par Ilda Figueiredo (GUE/NGL)
à la Commission
Objet: Poursuite de l'initiative communautaire EQUAL
Lors d'une rencontre récente avec l'auteur de la question, des représentants des salariés de l'usine Robert Bosch Travỡes, Lda, à Abrantes, ont indiqué qu'ils faisaient une évaluation positive de la mise en œuvre du protocole d'adhésion entre ladite entreprise et les organisations syndicales CGTP‑IN et Fequimetal dans le domaine de l'égalité entre hommes et femmes.
Les actions positives qui seront mises en œuvre relèveront du projet Equal-Agir pour l'égalité, sur la base de l'initiative communautaire EQUAL.
La Commission européenne peut‑elle répondre aux questions suivantes:
- Quelle évaluation fait‑elle des projets réalisés ou à réaliser dans le cadre de l'initiative EQUAL au Portugal ainsi que dans d'autres États membres de l'UE?
- Comment compte‑t‑elle assurer la continuité de cette initiative au vu de l'évaluation positive qui en est faite?
Francamente dispensamos esta instituição.
a redacçao
A Junta das Mouriscas acaba de publicar na sua página um violento ataque ao executivo PS da CMA
A Junta (CDU) diz que as Mouriscas são o ''parente pobre'' cá do concelho:
depois de se queixar do mau estado das vias de comunicação e do saneamento básico, a Junta explica os passos que deu em colaboraçao com a CMA para resolver aquilo que nós chamamos ''a tragédia anunciada'' nas Mouriscas
O relatório completo pode ser lido no site citado.
ma
Página 65 do livro da ''insigne mestra'' Drª Ana Paredes Cardoso,livro '' património edificado Centro Histórico de Abrantes'', onde o brilhantismo e a inovação voltam ao ataque.
Diz a Autora, a quem digo ''chapeau'', que a Assembleia de Abrantes era o mais importante espaço ''cultural'' da época.
Como é que a menina sabe?
Vivia na época?
Ou falou com alguém que viveu nessa época?
Ainda há felizmente testemunhas vivas, com uma memória menos desgraçada que o Manuel Dias.
Leu nalgum livro ou jornal?
Qual?
Porque não cita nenhum.
Na época estava aberto o Teatro Taborda, no Convento da Esperança, e aí fazia-se mais cultura que na Assembleia, onde se praticavam bailes e jogatana, além de se conspirar para combater o poder.
Estou a imaginar Manuel Fernandes jogando ao bridge com o Major Marques Godinho e a dizer-lhe : que vamos fazer para lixar o teu colega do Castelo?
O Rosado?
Pois.
Deixo a conversa imaginária entre os dois, porque há um amigo meu que tem o processo de expulsão do Rosado da Assembleia e o quer publicar.
Se eu me dediquei ao ''imaginário'' por momentos, a Drª Paredes Cardoso afirma peremptória : ''A Assembleia Municipal foi pensada em função da sua função topográfica''.
ò minha Senhora, as Assembleias Municipais só foram criadas pela legislação autárquica posterior ao 25 de Abril!!!!!
Em 1927, não existiam Assembleias Municipais.
Portanto Raul Lino não pensou fazer nenhuma Assembleia Municipal.
Diz ainda a ''insigne Mestra'' que as casas do Raul Lino no centro histórico se encontram devidamente referenciadas.
As quais?
Porque uma das mais importantes, a Casa do Dr.Apolinário Oleiro, na Rua de São Pedro, hoje residência do grande abrantino Manuel Bougard e da minha querida Elisa, não tem lá placa nenhuma.
E como essa, outras.
O que tem um é um silhar de azulejos que o Dr.Apolinário Oleiro lá pôs, assinalando que nesse local foi a Igreja de São Pedro.
Não sei se o folhetim é para continuar, depende da nossa pachorra para ler o livro e da disposição dos editores e da ''insigne'' Mestra de apresentarem desculpas públicas, por exemplo no boletim Passos do Concelho, na primeira página, ao Prof.Duarte Castel-Branco.
ma
Foto Arq. Doutor António Castel-Branco.
No excelente blogue A memória dos Descobrimentos na faiança portuguesa está este magnífico post abrantino, um bom motivo para visitar a Igreja de São Vicente, monumento nacional, propriedade do Estado, convém sempre recordar isto à Reverendíssima Comissão Fabriqueira por causa das moscas que pousam sobre as escrituras de justificação.....
Reproduz-se com a devida vénia, o Autor é Mercador Veneziano
sn
Nº68: Azulejos Naus Portuguesas (Igreja São Vicente - Abrantes)
- Conjunto de dois azulejos inseridos na decoração interior da igreja de São Vicente em Abrantes.
- Exemplares decorados em tons policromados, com desenho baseado em naus portuguesas com Cruz de Cristo nas suas velas. Pequenas aves a rodearem as embarcações.
Aqui fica um pouco mais de informação sobre a igreja: "A primitiva igreja de São Vicente foi fundada em 1149, depois da tomada do castelo da vila de Abrantes por D. Afonso Henriques, sendo o seu orago dedicado ao mártir lisboeta. Em 1179, depois de um cerco do exército mouro que arrasou a vila, o templo, que era sede de paróquia, seria reconstruído. Em 1565 o Bispo da Guarda, D. João de Portugal, convocava Sínodo Provincial, e como quatro anos depois a primitiva igreja se encontrava em ruínas, D. Sebastião ordenou ao Corregedor de Tomar que procedesse à sua reedificação. A obra da nova igreja seria iniciada em 1569, empregando oficiais dos estaleiros do Convento de Cristo de Tomar, como foram os casos de Francisco Lopes e Pedro Antunes, responsáveis pela edificação das capelas laterais. Em 1595 a obra ficaria a cargo do arquitecto militar Mateus Fernandes, que possivelmente só terminaria o projecto do novo templo em 1605, data em que a sede de paróquia, que desde 1569 transitara, primeiro, para a ermida de Santa Catarina, hoje com a invocação de São Lourenço, e depois para a ermida de Santa Iria, voltava para São Vicente e a nova igreja abria ao culto" (SERRÃO, Vítor, 2002, p. 193).
- Pelas informações fornecidas no parágrafo acima, julgo que seja plausível que os azulejos analisados possam pertencer ao início do século XVII.
Segunda-feira, 27 de Outubro de 2014
Pedem-nos a publicação deste documento com maior resolução, aqui vai
Um admirador da Drª Paredes Cardoso mandou-umas bocas afirmando que a insigne Mestra nunca poderia ter escrito que a Biblioteca António Botto era da autoria do Doutor Arq. António Castelo-Branco, docente na Faculdade de Arquitectura de Lisboa, residente na nossa cidade e nosso querido amigo.
Para calar o colectivo de fans da ''insigne Mestra'' transcreve-se o excerto ,a páginas 61 do livro '' património edificado Centro Histórico de Abrantes'' onde a falsidade foi bolsada.
O livro foi editado pela Câmara Municipal de Abrantes em 2009.
A responsabilidade cível é da Autora e eventualmente da CMA.
Quanto à responsabilidade penal, a existir, seria da Autora.
As afirmações ignaras ofendem os direitos de Autor do Prof. Duarte Castel-Branco e ofendem o António.
E ofendem a Abrantes Culta, que não tem de aturar autoras incultas.
A drª Ana Paredes Cardoso e os editores podem, para já, fazer uma coisa, retirar a publicação do mercado.
a redacção
Ps-Isto era para ficar por aqui, mas não ficará. Com teimosos a conversa é outra.