Comissão Política do PSD de Abrantes, perante a peça apresentada pela jornalista Ana Leal no passado dia 30 de Maio na TVI, relativamente ao diferendo existente entre o munícipe Jorge Ferreira Dias e o Município de Abrantes, entende dever comunicar o seguinte:
1. Perante a gravidade das acusações feitas, ficou esta Comissão Política a aguardar uma tomada de posição oficial por parte do Presidente do Município, o que, até à data, não se verificou. Este silêncio é inquietante e ensurdecedor, não só pelo facto de os munícipes abrantinos merecerem ser esclarecidos sobre as graves acusações feitas aos governantes locais, que, a confirmarem-se atentam contra as expectativas dos cidadãos relativamente aos órgãos do poder, mas também, pelo facto de este silêncio poder significar consentimento (“quem cala consente”).
2. Independentemente de considerar que existem algumas questões que necessitam de ser esclarecidas, a CPS do PSD manifesta a sua solidariedade para com o munícipe Jorge Ferreira Dias, alvo de uma conduta com contornos persecutórios por parte da Câmara Municipal de Abrantes e, como tal, inaceitável num Estado de Direito. A confirmar-se tudo o que ali foi dito, a conduta dos governantes locais assume contornos de desumanidade e de perversidade. Esta situação envergonha os abrantinos, desprestigia o concelho, exigindo-se aos responsáveis políticos locais que assumam as suas responsabilidades e acatem as decisões dos órgãos de soberania.
3. Questões como esta, devem mobilizar todas as forças políticas locais, pela importância que têm para a construção de uma sociedade justa e livre e também para a dignificação da chamada classe política, de quem se espera uma conduta digna e exemplar. Ao longo dos últimos anos, foram várias as vozes da oposição que se fizeram ouvir – quer em contexto de Câmara Municipal, quer em contexto de Assembleia Municipal – pedindo esclarecimentos sobre este diferendo. À semelhança do que acontece em muitos outros casos, a discussão séria e responsável foi sempre negada. A título exemplificativo, refiram-se as reuniões da Assembleia Municipal de fevereiro e junho de 2013 (imagens de apoio ao comunicado).
4. A indisponibilidade constante para ouvir e discutir de forma construtiva com quem está “do outro lado” é uma consequência inevitável do défice democrático há muito existente em Abrantes, e legitimado por uma maioria prepotente e acrítica que encara como ataque toda e qualquer divergência de opinião. Num contexto controlador, calar as vozes discordantes é a prioridade, mesmo que tal exija o sacrifício da legalidade. Em Abrantes a oposição é esmagada nos Órgãos do Poder Local, pois o grande desígnio é impedir que o seu trabalho tenha visibilidade fora desses mesmos órgãos.
5. Um tal contexto reduz à insignificância qualquer iniciativa da oposição política local quando, no exercício das suas funções, procura ter voz ativa em questões relevantes como esta. Todos conhecemos, há vários mandatos, uma máquina que bloqueia o funcionamento democrático das instituições políticas locais. Em Abrantes, os órgãos do poder nada mais são do que os branqueadores da vontade imposta por quem governa, como o PSD várias vezes afirmou em sede de Assembleia Municipal no mandato anterior.
6. A CPS do PSD de Abrantes lamenta que ao longo de mais de uma década não tenha sido possível a quem governa encontrar uma solução para o diferendo em causa. Face a essa incapacidade, resta à CPS do PSD congratular-se com o facto de o assunto ter vindo para a “praça pública” e estar a agitar consciências, pois face à “impotência” da oposição local, talvez seja essa a única forma de apurar responsabilidades e de abrir as portas a uma solução justa.
7. Também não pode a CPS do PSD de Abrantes ficar indiferente às palavras do Presidente do Município que em nada dignificam o exercício do poder em Abrantes. Como é possível que um vereador com 15 anos de mandato afirme, perante os ecrãs e perante o País, desconhecer o assunto por ser vereador do desporto e da cultura? Com 15 anos de vereação, o atual Presidente participou certamente em muitas das reuniões onde os membros da oposição pediram esclarecimentos sobre este caso. O que estava a fazer durante essas interpelações? Terá sido tomado pela “amnésia da moda” que parece estar a tomar conta do País? Algumas das atas consultadas dão conta da sua presença nas reuniões dos órgãos colegiais onde os governantes foram interpelados sobre este assunto, pelo que defender-se invocando desconhecimento revela uma preocupante falta de verticalidade e de honestidade.
8. Por outro lado, e sendo a Câmara Municipal um órgão colegial, tais afirmações são particularmente preocupantes. Como é possível que, perante um assunto com esta gravidade e envolvendo a intervenção de tribunais (incluindo tribunais superiores), o Executivo camarário não tenha apreciado em conjunto esta questão? Se assim foi, o défice democrático em Abrantes assume contornos inaceitáveis num Estado de Direito Democrático, exigindo um efetivo apuramento de responsabilidade. A ser assim, confirma-se aquilo que no último mandato autárquico foi amplamente denunciado pelo PSD: Abrantes sofre de asfixia democrática!!
9. Não tendo sido questionada sobre a posição a tomar pelo PSD em relação a este assunto, e tendo tido conhecimento, a posteriori, da posição assumida pelo vereador eleito pelo PSD na reunião de Câmara em que o vereador eleito pelo Bloco de Esquerda interpelou o Executivo Camarário sobre esta questão, cumpre à Comissão Política do PSD de Abrantes demarcar-se dessa posição, bem como da iniciativa que, autonomamente, o vereador Rui Santos tomou de pedir uma reunião extraordinária para discutir o assunto que não quis discutir anteriormente.
10. Neste momento, e no respeito pelo funcionamento das instituições democráticas, a CPS do PSD de Abrantes entende que se deve aguardar pelo fim de todos os procedimentos judiciais relativos a este assunto, não deixando, contudo, de entender que se deve começar, de imediato, a trabalhar para uma solução que conduza à realização da justiça e dignifique a legalidade e o Concelho de Abrantes e os seus munícipes, independentemente das consequências que devam ser posteriormente exigidas, uma vez apuradas as responsabilidades.
Abrantes, 8 de junho de 2019
A CPS PSD de Abrantes
foto: do Luís Dias com o sexto vereador caciquista
sublinhados nossos
Don Ramón, o das barbas de chibo, tinha uma vaga parecença com Jorge Dias, quando este manifestava a sua indignação contra o expólio, levando barbas bíblicas.
''Éste que veis aquí, de rostro español y quevedesco, de negra guedeja y luenga barba, soy yo: don Ramón del Valle-Inclán.''
Quando descreveu as peripécias duma rainha ninfomaníaca e beata, mas portadora da panache castiça que caracteriza os Borbóns, e que Juan Carlos sempre cultivou, ninguém pensou interná-lo nem mandá-lo ao psiquiatra.
E D.Ramón buscava no ópio e na coca (como Pessoa) inspiração para descrever farsantes e burlescos.
Pois bem, a cacique rogou a um tribunal que apurasse se Jorge Dias estava louco e os médicos disseram que não.
E o Tribunal confirmou.
Ora pela rádio um dos apaniguados da Corte dos Milagres da cacique,
veio alertar o povo, que os médicos diagnosticavam mal e que o expoliado e perseguido pela tropa que nos arruina, podia estar mal da cabeça.
Onde se viu isto?
Na Rússia de Staline, onde psiquiatras a soldo mandavam internar os dissidentes, como o Nobel que dizia que o georgiano dava erros grosseiros de gramática e sintaxe ao escrever a língua de Gogol, com a prosápia de um seminarista rústico e ignaro.
ma
Das desventuras do Duque de Abrantes quando toureava numa corrida em honra das bodas de Isabel II com o seu primo Francisco de Assis. Era 1846.
Na noite de núpcias quando Isabel se despia, viu que Francisquinho levava mais rendas na roupa interior que ela.
Vingou-se Isabel com variada tropa, entre eles Serrano, a quem chamava o General ''bonito'.
Vingou-se Francisco com curas efeminados e carlistas, meninos de coro e efebos teatrais.
Quando o Papa deu a Rosa de Oiro a Isabel, a mais alta condecoração vaticana, perguntou ao Núncio: é boa católica, a Rainha?
Excelente católica, mas ''tropo putana''.
Don Ramón de Valle-Inclán, em soberba prosa, retratou o círculo áulico da trisavó de Juan Carlos, na ''La Corte de los Milagros''.
Foram os cortesãos queixarem-se a Afonso XIII, do livro. Haveria que proibi-lo.
Respondeu o Rei: ''Um liberal não proíbe livros. Mas digam a Don Ramón que em vez de se ocupar da puta da minha Avó, que se ocupe do ''putón'' da sua mulher.''
Que era D.Josefina
E tudo isto começou quando o corcel do Duque foi colhido por um touro.
Haveria que proibir as touradas.
ma
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