Um dos mais célebres saneamentos de párocos foi o do P. Felicidade Alves, que era titular da paróquia dos Jerónimos.
De menino bonito do Cardeal Cerejeira e de Américo Thomaz a proscrito.
Dera em progressista e pagou por isso. Terminou depois do 25 de Abril em agitador gonçalvista.
Quem é que foi capaz do clero abrantino de se solidarizar com ele?
Quem foi capaz de desafiar um Cardeal, que obedecia ao fascismo?
Quem foi?
Monsenhor Carvalheira, então o padre missionário José Genro Carvalheira, que na selva de Moçambique, assistia à constante violação dos direitos do homem, por parte da Frelimo e das Forças Coloniais.
Dessa terra atribulada, vem a carta solidária contra o Cardeal salazarista.
Cheia de bons conselhos e de valentia, porque as cartas do Padre Carvalheira e as do P.Felicidade iam invariavelmente parar às mãos dos esbirros fascistas.
O P.Carvalheira terminou a carreira eclesiástica (feita em grande parte sob direcção de gente ilustre, como D.Eurico Dias Nogueira ou o Cardeal Lustiguer) como humilde Pároco de Rio de Moinhos.
Apesar de ter sido feito Monsenhor graças ao Cardeal de Paris.
E então vivia no Rossio ao Sul do Tejo, como se já disse alguma vez.
Um homem ilustre, valente e humilde.
ma
créditos: Fundação Mário Soares, Jornal Tornado (P:Felicidade), a outra foto já não sabemos, as nossas desculpas
O Senhor Cónego Albano Vaz Pinto, que fez o favor de ser meu amigo, foi um intelectual que deixou vasta obra tanto publicada, como inédita, alguma com relevante interesse para a história religiosa abrantina.
continua
excertos de Crónicas da Vida Religiosa de Castelo de Vide 3 – X – 1948 a 28 – 8 – 1967
e o must
Crónicas da Vida Religiosa de Castelo de Vide 1974, p. 23
Omito o nome do presbítero que engravidou a estudante e já agora do padre abrantino que saiu de Castelo de Vide porque queria aumento de ordenado (este fica para outro dia)
mn
Paulo F. Tavares faz a biografia do edil que mais tempo governou no XIX. Vamos ler e depois comentamos.
mn
Quantos familiares do burlão trabalham nas obras pias??????
O livro do Prof. Diogo Ramada Curto arrasa Fernando Batista Pereira e as suas alucinantes interpretações em matéria de crítica de arte e identificação de obras
Uma obra-prima de erudição e história.
O Baptista Pereira é um dos responsáveis pelo MIAA e a mulher pela concepção museológica da colecção de Lego do Charters de Almeida, no Edifício Carneiro.
mn
Visita do Cabrita à simpática aldeia de Água de Casas.
Foto gamada ao Médio Tejo.
mn
''O Direito Canónico tem um fundo teológico e, cada norma, tem atrás de si uma longa história de experiências e práticas vividas, boas e menos boas, que o senso comum foi regulando. Não sendo Palavra de Deus, ele nasce a partir da doutrina da Igreja e esta provém do Evangelho, da Palavra e dos gestos de Jesus.''
D.Antonino Dias, Bispo de Portalegre
O burlão ainda está a contas com os tribunais do Estado, mas pode vir a ter de responder perante os Tribunais da Igreja. Porque está provado,que violou criminosa e alegremente a Lei da Igreja.
Uma sumária consulta do CDC- Código Direito Canónico mostra-o.
Cân. 1389 — § 1. Quem abusar do poder eclesiástico ou do cargo seja punido segundo a gravidade do acto ou da omissão, sem excluir a privação do ofício, a não ser que por lei ou preceito já esteja cominada uma pena contra tal abuso.
§ 2. Quem, por negligência culpável, realizar ou omitir ilegitimamente com dano alheio um acto de poder eclesiástico, ou de ministério ou do seu cargo seja punido com pena justa
O burlão José da Graça abusou do poder eclesiástico e do cargo para falsificar documentos para roubar dinheiro ao Estado.
Só isto?
O rol de crimes e irregularidades contra o Direito da Igreja é tal, incluindo a calúnia e a difamação contra o Pedro Moreira, que isto dava para posts sucessivos
Um tipo que falsifica as contas duma instituição canónica com fins obscuros é culpado disto:
Cân. 1391 — Pode ser punido com pena justa em conformidade com a gravidade do delito:
1.° quem fabricar um documento eclesiástico público falso, ou viciar ou destruir ou ocultar um documento verdadeiro, ou utilizar um documento falso ou viciado;
2.° quem utilizar em assunto eclesiástico outro documento falso ou viciado;
3.° quem afirmar alguma falsidade em documento eclesiástico público.
Portalegre tinha queixas contra o burlão e não abriu um processo canónico. Mas deve abri-lo, porque a Igreja não pode ser uma sociedade sem Lei.
E esconder vaticanamente as coisas sujas debaixo do tapete, já deu a escandalosa barraca da ocultação dos casos de pedofilia.....
ma
Temos aqui um comentário em que se diz que Edmundo Corvelo foi assassinado pelo fascismo.
Em 20-6-1938, a PIDE escrevia acerca dele ''nada consta em seu desabono''. Na dita ficha, que era feita para as pessoas que queriam exercer cargos públicos, porque a confiança política era condição sine qua non, para os exercer, há um aditamento de 1947 (o ano da demissão, forçada pela reacção, de uma série de catedráticos) ''nada consta em seu desabono''. (1)
Ou seja era um homem da confiança do regime, enquanto havia uma purga nas universidades.
Enquanto isso a estudante e dirigente do MUD J, Fernanda Corte Real Silva, apanhava 3 anos nas enxovias do fascismo.
Enquanto isso, Maria Barroso era demitida do Teatro Nacional.
Tudo isto é adiantado, no livro de Manuel Curado, José Alves, '' Um génio português, Edmundo Curvelo 1913-1954 '', Universidade de Coimbra, 2013.
O livro foi largamento financiado pela CM de Abrantes e ainda pela de Arronches.
Reproduz-se um extracto:
pag 58
Espero que fiquem esclarecidos.
mn
(1) obra citada e reproduzida
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
abrantes
abrantes (links antigos)