Os beneméritos pegachos que pagaram os estudos aos bravos municipais-seminaristas devem ter direito à memória histórica.
Como não os vimos no livro do Jana, aqui vão.
mn
Realiza-se em Évora, promovido pela CP e por várias instituições académicas este seminário. Comemora-se uma data associada à história abrantina, a abertura da Linha do Leste
Abrantes será representada pelo Presidente da Tubucci, Associação de Defesa do Património, Dr. Paulo Falcão Tavares
Cá no burgo ignoram uma data crucial da nossa história.
ver dados da histórica estação abrantina, que o PUA quer fechar! Imaginem!
mn
Foi a campanha mais porca das forças reaccionárias anacléticas, conotadas com o integrismo populista e com o salazarismo, ameaçaram excomungar votantes que votassem PS
19 de Janeiro, 1980
Portugal Hoje
Foi a campanha dirigida contra a desastrosa cacique Francelina Chambel.
Esta ganhou e não se confirma que os seus votantes tenham ido parar ao inferno.
Que nos lembremos foi na zona a única vez que os eleitores foram ameaçados de excomunhão pelo clero e pelos laranjas.
mn
O eng militar e brigadeiro Hermínio José de Sousa Serrano, natural de Abrantes (26-4-1890) e casado com Sara Brum do Canto, foi um homem polémico dentro das Forças Armadas.
Foi um dos responsáveis pela instalação da Base aérea aliada, em Santa Maria, nos Açores, durante a Segunda Guerra Mundial.
Por isso e por outros serviços era Grande Oficial da Ordem de Avis.
Esteve com outros militares implicado em actividades golpistas contra a Ditadura.
Sousa Serrano morreu em Lisboa em 06.05.1961.
(a desenvolver quando houver pachorra)
.mn
Segundo a douta acusação um conhecido boticário facturou 1. 411.800, 40 euros em receitas falsas numa farmácia sita na Praça Raimundo Soares.
Ou seja comparado com o cónego, terá burlado o Estado, sete vezes mais.
A douta acusação terá de provar em sede comarcã o alegado prejuízo.
Já vimos uma farmacêutica do Rossio de Abrantes, que explorava uma farmácia na Bord'água, ver que a verba aduzida pelo MP era significativamente rebaixada.
( a maior adepta do Graça das seringas)
Segundo o Ribatejo News o alegado burlão está em prisão domiciliária.
Segundo as peças processuais o dito fabricou em conivência com terceiros receitas falsas em nome da companheira, do pai, filhos e da madrasta.
É o que se chama a defesa dos valores familiares.
Este processo tem mais de 2500 páginas (só uma parte), de forma que ainda não fomos ver a lista dos drogados falsos paridos pelo presbítero.
Terá escapado a família?
ma
Encontra-se em delicado estado de saúde o Ir.Paulo, do La Salle, que foi dos melhores professores de matemática que passou por Abrantes.
Espero que não esteja já chateado comigo por comprar L'Humanité.
A informação é do Ir.João, que aos oitenta e tantos, dá aulas a emigrantes com e sem papéis.
Os nossos votos de melhoras.
mn
A angolana Senhora Drª D.Sinclética Torres foi a primeira deputada preta ao Parlamento luso.
Da boa burguesia crioula de Luanda, é da família da Ministra da Justiça.
Perdeu a nacionalidade graças à Lei de Almeida Santos, colono de Lourenço Marques.
Os colonos sempre tiveram problemas com a burguesia crioula.
Tribuna dos Musseques
mn
Já se disse que é difícil fazer uma história do dezanove abrantino, sem ir aos processos judiciais.
São uma boa fonte para verificar como se acumulou a propriedade agrária em novos titulares, em boa parte graças à privatização dos baldios concelhios ( uma das polémicas é a apropriação dos pinhais do Fojo pela família Caldeira (1), da propriedade dos conventos, das terras da nobreza vencida (no caso abrantino são as terras dos Marqueses de A., que eram miguelistas e já estavam largamente endividados), doutros derrotados, como os Bívares, ou como se dissolveu a propriedade vinculada.
A nível nacional já se sabe como enriqueceram os Palmelas, e outras famílias pertencentes à facção vencedora no Mindelo.
Nem todos os liberais enriqueceram, as memórias dum cabo de guerra liberal, um homem da velha nobreza, Fronteira mostram isso.
Em Abrantes e Punhete, o cunhado dele, um liberal, o Conde da Taipa arruinou-se.
A nível local são os Viscondes os vencedores da pugna.
Neste processo, mostra-se como Raymundo Soares Mendes, que de malhado se convertera em cabralista, se apoderara de terras dum parente longínquo, que demandara o Brasil, e as cede a terceiro.
O parente é Francisco da Cunha Bassão, que tinha um bisavô comum com o Raymundo, Manuel Soares Mendes.
(Gazeta da Relação de Lisboa, 1885)
O Raymundo cedera essas terras, no Sardoal, a um terceiro, que as tenta legalizar, ou seja encontrar um título jurídico para ser dono delas.
Viera opor-se um rendeiro, afirmando ter direito a elas.
José Maria Roiz Porto e a mulher, D.Filomena da Assunção Costa Porto, tentam no Tribunal, transformar a posse em propriedade legítima e a Relação decide a favor deles.
O tribunal alega e dá como provado que ninguém sabe nada do Francisco da Cunha Bassão há 70 anos, ou seja desde 1815.
Tanto o Raymundo, como o douto Tribunal, não devem ter contactado com a Embaixada do Império do Brasil, onde lhe poderiam dar notícias do emigrado.
Cunha Bassão tomara partido pela Independência do Brasil e era militar conhecido na Corte do Imperador D.Pedro I.
Que bens eram estes no Sardoal?
Um velho morgadio, tinha de ser, de que se apropriara o bravo Raymundo.
Corografia Portuguesa
No Diário do Governo do Império, em 1823, Cunha Bassão aparece a subscrever uma recolha de fundos a favor da Marinha do Império.
Em 1827, o Bação, que era Instrutor da Guarda de Honra do Imperador D.Pedro e major adido ao Estado Maior do Exército Imperial, atingia a patente de tenente- coronel.
O Almanaque do Rio de Janeiro (1827) dá até a morada dele....
Mas em 1885, o Raymundo alegava que há 70 anos ninguém sabia do Coronel Bação e que as terras eram suas.
E já vimos que 56 anos antes se sabia do Bação e que o Tribunal dera como provado coisa falsa.
E na Biblioteca Pública de Lisboa, recebia-se o diário oficial brasileiro.
E se o Raymundo tivesse falado com D.Pedro I ou com o filho D.Pedro II, que esteve em Abrantes em 1871, certamente poderia encontrar novas do Coronel da Guarda Imperial e saber se tinha descendentes no Rio.
mn
(1)-Ver Monografia do Capitão Mourato, editada por Eduardo Campos
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
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