''D. Lopo de Almeida
Joaquim Vitorino Ribeiro, 1890
Cópia de um exemplar de Francisco Mendes Lima
Óleo sobre tela''
Retrato novecentista do fidalgo de raiz abrantina, D.Lopo de Almeida, que foi um importante benemérito da Santa Casa portuense.
A Santa Casa homenageia e biografa um fidalgo com polémico percurso e que foi um dos principais partidários activos da anexação de Portugal à Monarquia Hispânica e da entronização de Filipe II:
Além da Misericórdia local , outro herdeiro de Lopo foi o seu parente, D.Miguel de Almeida, futuro Conde de Abrantes e paladino da Restauração.
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Vale a pena enumerar a lista do património edificado que se perdeu nesta terra, por incúria ou cegueira do poder político?
Já se fez várias vezes a lista do que perdemos, e o último imóvel significativo na nossa memória e no tecido urbano que estava condenado era o Mercado Municipal, obra entre outros dum arquitecto importante, António Varela.
A movimentação cívica para o preservar, em grande parte animada pelo grupo informal e apartidário, ‘’Amigos do Mercado’’, animado pelo José Rafael Nascimento, forçou o poder a dar o dito por não dito, embora a decisão de o abater, continue inscrita no PUA.
O edifício continua a degradar-se a olhos vistos, sem se vislumbrar qualquer intenção sequer de lhe lavar a cara, quando se aproxima mais um Inverno.
(foto ''roubada'' ao Coisas de Abrantes do sr. José Vieira)
A disfuncionalidade do ‘’bunker’’ continua à vista e para dar um uso social ao Mercado e reanimar o comércio seria lógico passar o mercado de frescos para o velho Mercado Municipal.
Foi neste sentido, que foi dirigida uma carta aberta pelo José Rafael Nascimento ao Presidente da autarquia, contestando também a anunciada decisão de reconverter o mercado em mais garagens, salas de cinemas e eventualmente um multiúsos, tudo através dum concurso de ideias a organizar sobre a égide da Ordem dos Arquitectos, onde prepondera o ex-Vice, Rui Serrano, que teve intervenção política na construção do Bunker.
A novidade agora reside que o Valamatos tenha vindo responder publicamente à carta que lhe foi enviada e deve assinalar-se o facto, pois representa aparentemente uma mudança de paradigma em relação ao autismo autoritário da cacique.
A carta contudo não adianta novidades, nem sequer anuncia as imprescindíveis obras de conservação, escudando-se na alegada falta de recursos financeiros da autarquia.
Também não explica, nem assume, a responsabilidade política sobre o flop que constitui a construção do parque de estacionamento do Vale da Fontinha, pouco frequentado e a escassa distância do Mercado, nem o absurdo de propor novas salas de cinema que cabiam perfeitamente no S.Pedro que se vai reabilitar.
Termina a missiva dando conselhos paternalistas ao dr.José Rafael Nascimento e pedindo-lhe uma atitude construtiva e fazendo alguma insinuação injusta.
Que atitude construtiva pode pedir quem alinhou na política destrutiva de demolir património significativo e querido dos abrantinos, como o Mercado?
Quem mantém edifícios significativos, adquiridos a peso de ouro, como a antiga Pensão Central, ao lado dos Paços do Concelho, num estado vergonhoso?
Quem parece incapaz de deter promotores imobiliários de vandalizarem património classificado, como é o caso da capela de Santo Amaro e de os punir?
São estes últimos considerandos da carta do Valamatos portanto injustos e parecem denotar a incapacidade de inflectir uma política urbanística errada, baseada em projectos faraónicos e que não assume que preservar a nossa herança patrimonial é culturalmente mais positivo que construir bunkers, que são um hino ao despesismo.
Basta visitar uma série de terras lusas para verificar que os antigos mercados se recuperam e revitalizam e são pólos de desenvolvimento locais.
As boas lições são para serem seguidas e estudadas. Portanto os defensores do Mercado devem continuar a lutar, para impedir um projecto disparatado.
mn
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