Que barbaridades urbanísticas se fizeram em Coruche e como as corrigir. Os projectos de Gonçalo para a terra dos seus maiores. O seu percurso político. Os autarcas deviam ser obrigados a ler isto.
Entrevista de Domingos Francisco. Ed do Museu de Coruche.
Dia 11, 10 da manhã -vídeo do Armindo Silveira. Algum curioso diz que esta espuma não significa nada. Significará que durante a noite terá havido uma descarga poluente a montante. E que deve ter havido muito mais espuma acumulada. E que as autoridades devem estar atentas. Sabemos que a Protejo já avisou a APA.
mn
Gonçalo Ribeiro Telles, lavrador de Coruche, professor universitário, pai do paisagismo português com Caldeira Cabral, monárquico de toda a vida, vindo da 3ª geração do Integralismo, resistente anti-fascista, candidato pela CEUD, em 1969, com Mário Soares, fundador e Presidente do PPM com Barrilaro Ruas, Rolão Preto, Luís Coimbra, João Camossa de Saldanha, etc, Secretário de Estado do Ambiente nos 4 Governos Provisórios (1974-75), inspirador da recusa do PPM em assinar o pacto MFA-Partidos, Fundador da AD, Ministro do Ambiente com Sá Carneiro, o homem que lançou a ecologia portuguesa, crítico implacável do betão que destroça este país, deputado independente do PS, um homem do campo e dos cafés, um telúrico defensor da humanização da cidade, alfacinha de gema, ribatejano da borda do Sorraia, açoite implacável das políticas pró-betão de Krus Abecassis, fundador do MPT, vereador independente da CM de Lisboa em sucessivos mandatos.
O Pai da Utopia que que tornou a ecologia na bandeira de republicanos e monárquicos
o génio que se define como um ''Jardineiro de Deus'', o amigo de Mário Soares, o confidente de Sá Carneiro, acaba de morrer.
Vergamo-nos à sua memória.
mn
Já se viu aqui que o abrantino Pires Cardoso durou pouco como Ministro do Interior.
E porquê?
Voilá! Não tinha suficiente brutalidade para aguentar a responsabilidade dum Ministério onde se torturava nas cadeias (o homem, alma cândida de democrata cristão,'' desconhecia'' estas coisas quando foi para chefe dos torcionários.).
(1)
Ou seja depois duma violenta discussão com Salazar, o Cardoso apanhou um AV e teve de ser hospitalizado....
Tudo porque Salazar mandara prender o António Sérgio, o eminente historiador Jaime Zuzarte Cortesão, o monárquico Vieira da Almeida ou seja o estado-maior intelectual da candidatura Delgado.
E isso era demais, para a filantrópica candura do católico Cardoso. Ah sim, disse o Botas, já chega de copinhos de leite, metam esse brutamontes do Schultz....
ma
(1) Luis Bigotte Chorão, Asilo político em Tempos de Salazar, Os casos de Humberto Delgado e Henrique Galvão, Edições 70, Lisboa 2019
F era cozinheira e trabalhava nos CTT em Alferrarede.
Que salário ganhava?
588 € líquidos.
M é toxicómano e está a aguardar julgamento. Recebe RSI, administrado pelo CRIA
Quanto ganha no RSI?
113€ , mais 539 € de salário através duma ETT (empresa de trabalho temporário)
Ou seja a senhora que não tem problemas judiciais nem de toxicodependência, ganha menos que o do RSI
Aqui algo estará mal....
E enquanto as coisas estiverem assim, haverá votantes no Chega.... porque este partido pede cortes radicais no RSI......
mn
O Valamatos não gosta que o sr. dr. Armindo Silveira ''poste'' nas redes sociais. Divulgamos extracto do último post do Vereador, que prova que a espuma assassina volta ao Tejo, que o PC garantia ontem que tinha águas idílicas, enquanto a APA e os célebres 5 guarda-rios, dependentes duma administração PS olham para o lado.
Dia 11, Vídeo do Vereador Silveira
''Ao Dr. Augusto de Castro. Começo por felicitar vivamente V.Exa pelo seu artigo de hoje e por agradecer-lhe a preciosa colaboração nesta campanha em que estamos empenhados (...)
O Dr.Ribeiro Lopes escreveu-me de África, e também de Lisboa, algumas cartas recheadas de interessantes considerações acerca de vários aspectos da questão de Goa. Incitei-o a publicar um ou dois artigos que pudessem ser publicados em jornal de grande tiragem, e lembrei-me do ''Diário de Notícias'' Ainda não vi os artigos, que espero que sejam bons. No caso de o ''Diário de Notícias'' querer ter a amabilidade de prestar um mais patrótico serviço publicando-os, não sei, V.Exª verá-como devem ser apresentados. Assinados? Como sendo da casa? Dando-se a impressão de serem de origem oficial? (.....)''
António de Oliveira Salazar
Nova carta do Ditador:
''Ao Dr. Augusto de Castro. Muito obrigado pela publicação em fundo do artigo do Dr.Ribeiro Lopes (...)''
Salazar recomenda (ou ordena) que o oficioso matutino, dirigido pelo mundano diplomata e razoável escritor, Augusto de Castro, publique os artigos do abrantino e ex-republicano Ribeiro Lopes, por certo uma das únicas pessoas da terra, que foi amigo de Pessoa, o outro foi Botto, a quem Salazar também protegeu.
Ribeiro Lopes tinha sido republicano e aderira à ditadura e foi um incansável propagandista do Presidente do Conselho e o dinheiro do SNI pagava essas obras. (1)
.
A forma cortês e civilizada como Salazar manda publicar os artigos, a maneira de combinar com Augusto de Castro a forma de vender o peixe governamental e lusitano (era 1957 e Nehru começava a acossar Goa), é a tradução de como o Poder controla jornalistas venais.
Só que nas terriolas, os caciques fazem isto muitas vezes duma forma mais rústica e boçal.
Pode-se dizer mal de Salazar, mas era um homem extremamente bem-educado. E cultíssimo. Bem, o seu amigo Cerejeira era muito mais culto que ele.....
ma
Os trechos das cartas de Salazar são retirados da obra de Franco Nogueira, Salazar IV O Ataque (1945-1958)
(1) Ribeiro Lopes passou à Oposição em 1958, tendo papel influente na candidatura Delgado
Um cacique?
Dois caciques?
O Tesoureiro do CSIA?
Um cónego burlão?
O insucesso escolar?
A tropa que quer manter o bunker?
Donald, que barricado na White House, se resiste ao voto popular?
Ou manteremos confinada a despositivação?
ma
A trágica senda da Covid prossegue: 3 mortos no Lar do Pego (ler na Hertz)
Morreu Artur Portela Filho, no Hospital de Abrantes, de covid. O escritor e jornalista incarnou durante os tempos negros do gonçalvismo a resistência jornalística ao controle da imprensa, por parte do do totalitarismo comunista e da tropa ignara. Naturalmente não foi só ele. Vera Lagoa, Balsemão, Raul Rego e uma plêiade de homens da imprensa souberam dizer não. E aqui na região, o ''Templário'', com Fernanda Leitão, foi outro baluarte de luta contra a censura.
Mas Portela era o que escrevia melhor. As suas crónicas, assumidamente ecianas, reunidas em sucessivos volumes da ''Funda'', deveriam obrigatoriamente ser relidas, quando a falta de referências literárias povoa hoje muitas páginas da Imprensa.
Quando Correia Jesuíno, Ministro da Censura,
(Vilhena satiriza o Jesuíno)-gamado ao Casal das Letras
ousou ameaçar os jornais, com o regresso da tesoura, o director do ''Jornal Novo'', respondeu assim ao marujo-censor:
DGI - Notícia 4 282, de 3/9/75 - Gabinete do Chefe do Estado Maior da Armada:
A Assembleia da Armada verificou que mais uma vez a Marinha foi tratada, nas páginas do Jornal Novo, de uma forma que se considera ofensiva do prestígio e dignidade da Armada.
Constatando que o facto apresenta características de difamação sistemática, constituindo um abuso da liberdade de Imprensa, a Assembleia avisa solenemente o Jornal Novo que a Armada se reserva o direito de actuar revolucionariamente, em justa defesa do seu prestígio, se casos de idêntica natureza se voltarem a repetir.
Marinha:
Porque é que os Gabinetes têm, do ridículo, esta decidida vocação?
E porque é que o Gabinete do Chefe do Estado Maior da Armada, que tem mais mar, e mais mundo, que tocou, do perfil da civilização, todos os portos, se sujeita a escrever esta coisa de que gerações inteiras rirão?
Dizer que uma fotomontagem que faz pedalar, na primeira página deste jornal, um comandante político, "ofende o prestígio e a dignidade da Armada ", dizer que uma fotomontagem, que coloca, sobre a obra-prima de humor, de sensibilidade, de garra portuguesa, que é um desenho de Rafael Bordalo Pinheiro, a cabeça de um Primeiro-Ministro, " apresenta características de difamação sistemática " - é a demonstração de que o Gabinete do Estado-maior da Armada tem capacidade de não ser, por vezes, excessivamente inteligente.
É a demonstração de que este Gabinete não compreende nada do que tem de ser essa qualidade, essa cultura, essa plasticidade, essa largueza, essa força da razão, essa intensidade humana, que é a política, que é a responsabilidade, não apenas de um convés, de um quartel, de um mar chão, mas de uma complexidade, de uma heterogeneidade, de uma dialéctica, que é - um País.
Se um Gabinete de Chefe do Estado-maior da Armada não entende que nem a fotomontagem onde pedalava um político responsável pela lei de Imprensa que nos queria amordaçar a todos, nem a fotomontagem em que Pinheiro de Azevedo tinha a honra de apor o seu rosto, que a História mal conhece, a um desenho, que a História de Arte e a História tout court consideram inesquecível, são ofensivas do prestígio da Armada, da dignidade da Armada, esse Gabinete, não somente não tem nenhum sentido de humor, como não tem robustez psicológica, endurance cultural, para assumir, deste País, deste País que sempre soube rir, desde o escárnio medieval ao Eça constitucional, os destinos.
É grave, Gabinete.
É grave, Armada.
Porque, dois pontos: nem nós temos, contra a Armada, nada de irredutivelmente sério, nem nenhuma revolução é incompatível com a alegria.
A Armada, Gabinete, sempre foi, das janelas deste jornal, que escancaram sobre o Tejo, a alegria.
Este jornal, Gabinete, tem, da História, a noção de que deve à Armada a costa de África, o Cabo, a ilha de Moçambique, a Taprobana, Calecut e Dili.
O mais jovem dos nossos repórteres vê na Armada o "Adamastor", Machado dos Santos, o "Augusto de Castilho" e o almirante Rosa Coutinho.
Não há, neste jornal, contra a Armada, o mais leve rebuço.
A revolução, Gabinete, porque há-de ela assumir, da seriedade, o espírito, da opacidade, a espessura, da mediocridade, a teima?
É velha a questão.
Tão velha como a Marinha.
Que nem a crítica nem os ataques são ofensa e que uma e outra coisas são, também, a fecundidade e a dialéctica da democracia.
Reabrir, hoje, nesta revolução, perante este jornal, numa fase tão grave da vida desta revolução, e deste País, esta polémica, tão fácil para nós, tão lamentável para o Gabinete, inaugurar, contra a inteligência, contra a liberdade, contra a crítica, contra a alegria, esta frente de batalha - que significa isto?, que quer isto ocultar?, que insuficiência projecta?, que sanha compensa?, que derrota camufla?
Há, depois, e finalmente, uma coisa grave, Gabinete, que é - a ameaça.
Que é, sic, " o aviso solene de que a Armada se reserva o direito de actuar revolucionariamente, em justa defesa do seu prestígio, se casos de idêntica natureza se voltarem a repetir ".
Isto é - A ABORDAGEM!
Está, pois, este País, habilitado ao espectáculo único na Europa que é haver, entre a Armada e um jornal, uma batalha - naval.
Poderá ser assim.
O "Jornal Novo" deita, no largo de Santa Catarina, o ferro.
A Armada passa ao largo.
O "Jornal Novo" arreganha, num mastro, duas tíbias cruzadas, e uma caveira.
A Armada abre, rotundo, nutrido, o fogo.
O "Jornal Novo" lança, em torpedo, uma fotomontagem.
A Armada sulca, na direcção pirata, o Tejo.
O "Jornal Novo" arremessa, em torpedo, a segunda fotomontagem.
A Armada encurrala, entre os seus costados de aço, o "Jornal Novo".
No convés do "Jornal Novo", agitam-se, facas nos dentes, papagaios nos ombros, lenços atados ao crânio, os redactores.
O comandante Correia Jesuíno varre, de um só golpe de escopeta, o convés, e abre, entre Antilhas morais, entre pernas de pau, entre barris de rum, caminho, na direcção de um homem enorme, de barba preta, de nariz adunco, que está escrevendo, no seu camarote - um editorial.
Talvez o último.
Talvez este.
E é no mastro mais alto, na ponta do cabo mais áspero, entre hurras viris dos fuzileiros, entre tripulações inteiras que agitam as boinas, entre flâmulas, entre tiros secos, e brancos, entre o buzinar de festa, que é, finalmente, justiceiramente, enforcado - o director do "Jornal Novo".
Outro dia, Gabinete, esteve aqui, neste jornal, discutindo uma qualquer miudeza, isso!, a revolução cultural, um escritor que é marinheiro, um Pierre Loti feroz, - o meu amigo Ramiro Correia.
Pergunta este jornal, directamente, - estava ele nesta Assembleia, levantou, ele, nesta Assembleia, contra o "Jornal Novo", contra as fotomontagens, contra Rafael Bordalo Pinheiro, contra o sorriso da pequena História, contra a memória visual de um futuro implacável, contra o direito à alegria, à crítica, contra o dever da inteligência, da abertura, o seu braço, a sua voz, os seus galões?
Esta votação, Ramiro, é, ela, a revolução, a cultura, ambas, ou nenhuma? Que erro é este, político, seu, de passar, a um jornal incómodo, um atestado de força? Que erro é este, cultural, e político, revolucionário portanto, seu, de passar, a si próprio, a uma sala branca, um atestado de incapacidade?
Por quanto tempo nos lembraremos todos, todos os jornalistas, todos os escritores, todos os poetas, todos os cronistas, todos os historiadores, com um sorriso terrivelmente português, dilacerantemente lisboeta, e não só, deste comunicado que declara guerra a um jornal, deste comunicado que proíbe a caricatura, deste comunicado que confunde humor com ofensa, deste comunicado que invoca a revolução para vir escavacar talvez meia dúzia de secretárias, e arremessar, talvez, pelas janelas, meia dúzia de máquinas de escrever?
Com esta grandiloquência de quem faz História às pazadas, de quem traz o nome, a seis colunas, no cabeçalho de qualquer jornal, não estarão alguns protagonistas desta revolução a deixar que, amanhã, fique deles, não o Rádio Clube Português, não o "Diário de Notícias", não o "Diário de Lisboa", mas estes indícios, feitos de trágico e feitos de cómico, que são estes comunicados, estas ameaças, estas batalhas navais?
É para esta opacidade que se fez, Ramiro, esta revolução?
Este Gabinete sabe de quem é o retrato que o traço de Rafael Bordalo Pinheiro faz?
Pois é do senhor Dom Luís, que foi, deste País, não ministro da Comunicação Social, não Primeiro-Ministro indigitado, não director de um jornal da manhã - mas rei.
Rei e tradutor de Shakespeare.
Este Gabinete sabe onde está, entre outros retratos, este retrato?
Pois está no "Álbum das Glórias", painel do Constitucionalismo.
E julga este Gabinete, tão revolucionário, tão culto, tão comunicável, tão ameaçador, que o Constitucionalismo e o Senhor Dom Luís, que toda a gente sabe muito moderadamente subtis, protestaram, eles, mandaram, eles, pôr uma fragata em frente da casa do sr. Rafael Bordalo Pinheiro, ameaçaram, eles, o "António Maria" de mandar dois marinheiros destroçar a tipografia, empastelar os tipos, partir os lápis?
Não, hélas, Gabinete.
Eles não fizeram nada disso. Só porque eles, apesar de obesamente monárquicos, de vagamente liberais, de cautamente letrados, sabiam duas coisas muito simples.
Uma coisa é que o jornalismo tem o direito, e o dever, da crítica, da alegria, da invenção.
Outra coisa é que mandar um comunicado, uma fragata, ou dois marinheiros, destroçar um atelier, uma tipografia, um lápis que seja, é - um suicídio cultural, um suicídio moral, um suicídio político.
Excelente é que este Gabinete defenda, ele, não a liberdade de navegação, mas a liberdade de Imprensa.
E aí, não sabendo nós, de barcos, coisa nenhuma, sabemos nós alguma coisa.
Sabemos, por exemplo, coincidência!, que foi exactamente uma das nossas fotomontagens, chamada Correia Jesuíno, que fez chegar ao Conselho da Revolução, nas mãos de outra das nossas fotomontagens, chamada Rosa Coutinho, o projecto de lei que a maioria esmagadora dos trabalhadores da Imprensa considerou uma tentativa de restabelecimento da censura.
Aparentemente, há políticos portugueses que dão fotomontagens. Mas há políticos portugueses que são fotomontagens.
Interessante seria, histórico seria, revolucionário seria, que este Gabinete, tão leitor das primeiras páginas deste jornal, tivesse feito, ele, semanas atrás, outra nota que seria, essa, assim:
"A ASSEMBLEIA DA ARMADA VERIFICOU QUE, MAIS UMA VEZ, A IMPRENSA FOI TRATADA PELO MINISTRO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL, DE UMA FORMA OFENSIVA DO PRESTÍGIO E DIGNIDADE DO JORNALISMO.
CONSTATANDO QUE A APRESENTAÇÃO PELO COMANDANTE CORREIA JESUÍNO DE UM PROJECTO DE LEI QUE AMEAÇA A LIBERDADE DE IMPRENSA, AO CRIAR UMA COMISSÃO DE ANÁLISE E AO INSTITUIR MULTAS ATÉ 500 CONTOS E PENAS DE SUSPENSÃO ATÉ 180 DIAS, A ASSEMBLEIA SAÚDA O JORNAL NOVO PELA SUA FRONTALIDADE AO DENUNCIAR ESTA INIQUIDADE E AVISA SOLENEMENTE OS INIMIGOS DA LIBERDADE DE IMPRENSA QUE SE RESERVA O DIREITO DE ACTUAR REVOLUCIONARIAMENTE, EM JUSTA DEFESA DO PRESTÍGIO DA REVOLUÇÃO, SE CASOS DE IDÊNTICA NATUREZA SE VOLTAREM A REPETIR."
Embora este comunicado não tenha, ao que parece, sido publicado, talvez fosse este um pouco o sentido das palavras do indigitado Primeiro-Ministro quando, perguntado sobre o destino do sr. comandante Correia Jesuíno, respondeu:
- Está dentro dos meus planos pedir-lhe para descansar.
Admirável Gabinete, este jornal regista o teu aviso solene.
Até porque, Gabinete, este jornal há uma coisa que não tem - é medo.
Este jornal avisa, ele, solenemente o Gabinete do Chefe do Estado-maior da Armada de que se reserva o direito de actuar revolucionariamente, em justa defesa, não apenas do prestígio do jornalismo, mas do próprio prestígio da Armada, se casos de idêntica natureza se voltarem a repetir.
É que, entendamo-nos, Gabinete, não é principalmente o prestígio da Imprensa que está em causa. Nem o prestígio de Rafael Bordalo Pinheiro.
Com esta nota deliciosa, com esta nota que já entrou na História, que, obrigado, Gabinete, nos ajuda a ocupar, lá dentro, um lugar confortável, e vistoso, com esta nota que é um teste psicológico, cultural, político, o que está em causa é o prestígio - do Gabinete.
Portanto, Gabinete, este jornal reserva-se o direito de actuar revolucionariamente pela inteligência, pela alegria, pela crítica.
Este jornal reserva-se o direito de esperar que a Armada responda à inteligência com a inteligência, à alegria com a alegria, à crítica com a crítica.
Este jornal reserva-se o direito de esperar que a Armada mantenha, da largueza, do horizonte rasgado, a sua tradição.
Este jornal espera que a Armada não deite ferro na pequenez, e no ridículo, desta nota, e se faça ao alto mar da grandeza que esta revolução tem de ser. ''
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
abrantes
abrantes (links antigos)