Em 1948, Guilherme da Costa Carvalho foi preso na estação do Rossio e deportado para o Tarrafal.
A sua mãe, D.Herculana, como aqui se disse, montou uma corajosa campanha de denúncia contra o campo da morte.
Nesta foto e em muitos documentos , enviados ao General Norton de Matos pede o apoio do líder oposicionista para todos os presos.
E Norton deu-o.
Foi uma bufa abrantina que denunciou Guilherme da Costa Carvalho.
ma
vénia ao Arquivo de Ponte de Lima
O Manuel Dias sustentou que começara a sua saga de incógnito oposicionista apoiando o General Norton de Matos.
Fomos ver quem eram os amigos abrantinos do General
O mais notório amigo de Norton de Matos, era o Major Matos Raimundo, que fora Presidente da Liga de Combatentes cá na terra, participante na I Guerra e vereador fascista. Morava ao lado da Farmácia Silva.
Em 1954 saúda o General Norton de Matos, no seu aniversário natalício, como habitualmente, fazia Norton 87 anos.
Coisas de companheiros de armas, não de republicanos históricos, porque Norton adesivou como muitos militares à República.
Uma amizade acima de guerras políticas.
Quanto ao Manuel Dias esqueceu-se de dar os parabéns ao paladino republicano de 1949.
mn
arquivo de ponte de lima com a devida vénia
Nos termos da Lei, as instituições caritativas são obrigadas a terem on-line os seus relatórios e contas e outra informação institucional. Há as que cumprem, caso da Santa Casa, e as que não o fazem, caso do CSIA, apesar deste manejar verbas que lhe propiciam saldos positivos anuais, da ordem de meio milhão de euros.
Estas instituições são obrigadas a terem um Conselho Fiscal, para fiscalizar a Administração e o cumprimento da Lei.
Quem era o CF do CSIA?
Quem permitiu ao cónego burlar e votou a aprovação das Contas, que tinham obrigatoriamente de ir ao Bispo, para aprovação posterior?
Quem era a Direcção do CSIA ?
O Cónego-burlão era o Presidente nato. Da Direcção de 2015 só apurámos que fazia parte um tal Boleo Paiva Tomé, que já vimos a prestar declarações falsas, em instrumento público, para inscrever bens em nome da Igreja, numa prática proibida por Lei. Ao lado do Anacleto.
Também apurámos que o Tesoureiro era em 2008, um tal José Bragança Ferreira, natural de Porto de Mós, porque aparece a outorgar uma escritura pública, em 2008, em nome do CSIA ao lado do burlão.
De acordo com o testemunho do contabilista do CSIA, esta instituição ganhava 500.000 € anuais, no negócio da desintoxicação, desde os anos 90.
Portanto passaram pelas mãos do Bragança pelo menos meio milhão de euros, nesse ano.
Onde foram investidos? Onde foram parar?
O Bragança é ainda Presidente do C.F. da Associação Nova Aliança, com sede na Casa Paroquial, detentora da folha homónima.
No alucinante depoimento ao Tribunal, o Bragança não conseguiu aclarar nada sobre a burla, nem sobre os movimentos financeiros, e apenas declarou que era amigo do burlão e que ele ajudava as pessoas.
Também apurou o Tribunal que o Graça controlava tudo pessoalmente.
Seria o Bragança apenas o simples verbo de encher ou passou-se qualquer outra coisa?
O facto do Bispo e a tutela permitirem a opacidade, tudo isso facilitou a a burla.
O cónego afastou todos os católicos conscientes, para se fazer cercar por uma turba de yes-men, acrítica e conivente, que lhe deixou o caminho aberto para todas as manigâncias.
mn
Se este tipo tinha (e tem) uma posição económica desafogada, se não tem nenhuma despesa, se a Igreja lhe paga tudo, se a roupa é tratada pelas Beatas, que lhe fazem de criadas limpando-lhe a casa, se teve uma formação moral adequada, por parte duns pais cristãos e de baixa extracção social,
O que levou a dedicar-se ao crime?
A ambição?
O dinheiro?
Loucura transitória, não foi, porque o tribunal disse que estava bom da cabeça.
Má-índole?
Por aqui talvez lá cheguemos....
Ou foi a ideologia religiosa que bebeu, que o transformou num burlão e num falsificador?
Uma má leitura do Evangelho?
As más companhias?
O convívio com um Bispo, Augusto César, que foi alegadamente um delator, denunciando os colegas às autoridades fascistas?
Tornar-se rico, é uma hipótese como se verá.
Tudo enigmas a desvendar.
A seguir.
Algumas das mentiras que disse em Tribunal.
(Extractos da sentença em 1ª instância que condenou o burlão e falsificador)
ma
No seu árduo esforço para construir um almanaque republicano abrantino, o esforçado Gaspar não encontrou elementos para ver como os republicanos, em nome do Supremo Arquitecto, limpavam as escolas abrantinas das referências católicas.....Esclarecemos o rapaz....
''No que diz respeito à neutralidade religiosa nas escolas não dispomos de quaisquer informações sobre o grau de cumprimento desta norma na região'' -Martinho Gaspar, p. 63 da ''Primeira República em Abrantes''
Maria Lúcia de Brito Moura, ''A "Guerra religiosa" na I República'', p. 518, 2010
Como diria António Farinha Pereira, citando Voltaire '' a religião é muito necessária para as mulheres e para os criados''
ma
Em 1912, o benemérito republicano Justo da Paixão, que liderava em Abrantes a aplicação da Lei de Separação, inicia um processo contra o pároco da Aldeia do Mato, P.Manuel Lopes Alpalhão. Este tinha sido louvado no Diário do Governo, por António José de Almeida, por oferecer um edifício para escola na Cabeça das Mós, Sardoal.
Querem expulsá-lo da casa paroquial, alegando que tinha recusado aceitar a pensão da República, seguindo assim as instruções da Hierarquia.
Também o Justo considera que se destacava por ser inimigo da República. O padre Alpalhão era conhecido pelas suas opiniões democráticas mas recusava render-se à apostasia, como o tinha feito o padre Neves das Mouriscas e o de S.Miguel que publicamente se ia casar com a ''amiga''.
O padre alegava que tendo dado a sua casa de família para Escola, se o expulsavam ficava sem habitação.
mn
Sobre a campanha republicana para o casamento da ''padralhada'' ver Maria Lúcia de Brito Moura, ''A "Guerra religiosa" na I República''
foto retirada do blogue do Sr.Maça
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