Domingo, 29 de Novembro de 2020

''Oito luas empós, como soem dizer os naturalistas guiando-se pela ampulheta dos céus, Pio Palha Ribeiro, um punhetense taful, foi levado ao caldeirão e, a seguir, almoçado. Não esperneou. Não gritou. Não desesperou. Seu olhar perdia-se a muita distância e um sorriso colhia-se-lhe, sem que ninguém entendesse. E é de acreditar que seu pensamento último voou para Punhete. Pio Palha Ribeiro mostrava-se de boas avenças com os homens ''

 

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Nesta obra genial  do grande escritor Haroldo Maranhão, uma sátira à colonização lusa do Brasil, com um herói punhetense que acaba comido pelos índios  .

Ainda em Constância vão dar uma rua a  Pio Palha Ribeiro, a quem diziam  '' Olha, Ribeiro, se não sabes, à conta de tua pascacice de natural lá de Punhete, que é onde o diabo perdeu o rabiote''

ma 



publicado por porabrantes às 16:55 | link do post | comentar

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Reproduzimos com a devida vénia, o post do Colega Sardoal Cultura e Progresso sobre a degradação e uso político da Santa Casa do Sardoal, pelo Anacleto, o amigo dilecto do burlão José da Graça: 

 

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADO SARDOAL, UMA BOMBA PRESTES A EXPLODIR
Perante a grave situação que a Santa Casa de Misericórdia apresenta e num exercício de responsabilidade e compromisso político com o Sardoal, os vereadores eleitos do partido socialista decidiram reunir-se com o Director Distrital da Segurança Social de Santarém, em delegação ao vereador Pedro Duque a representação.
A preocupação é máxima, tendo em conta a situação e as consequências que a falência da Instituição pode ter ao nível social e económico e essencialmente nas valências e serviços que presta à população.
Os principais aspectos da reunião são detalhados a seguir.
RELATÓRIO DA REUNIÃO
O Director fez questão de que não pretendia de forma alguma ocultar qualquer informação acerca da Instituição apesar da gravidade de algumas situações.
Apresentou-se munido de uma ficha de acompanhamento da SCMS, que é normal ter relativamente a cada parceiro com quem a Seg. Social tem protocolos.
Nessa ficha enunciou um conjunto de irregularidades técnicas e funcinais, apuradas numa recente inspeção dos serviços, tais como:
- Falta de qualidade das refeições fornecidas;
- Desconformidades nos quartos onde os idosos estão internados com excesso de utentes por unidade;
- Incumprimento de inúmeras regras de manutenção dos locais de internamento, com especial destaque para os cuidados em matéria de prevenção do COVID;
- Inexistência de actividades complementares de ocupação dos internos;
- Incumprimento dos rácios de Técnicos e de pessoal credenciado, em diversas áreas, designadamente, fisioterapia, animação, motricidade, etc..
- Internamento de utentes em vários locais (pelo menos 3) dispersos do Lar Principal, sem qualquer licenciamento para o efeito (Infracção Grave);
- Declaração em duplicado de vários utentes para várias valências em simultâneo, o que obrigou ao reembolso de avultadas verbas por parte da SCMS à Seg. Social (atenção que esta matéria é suscetível de ser crime na obtenção de comparticipações do Estado);
Por outro lado referiu que sempre que se reúnem com os Provedores, e têm que o fazer com alguma regularidade, o Sr. Anacleto, procura sempre intervir em matérias de âmbito nacional, ou seja está sempre muito mais empenhado em debater e criticar sistematicamente o Governo, acusando-o de insuficientes comparticipações do que em abordar a situação particular de SCMS.
A este prepósito, diz o Dir. Reg. que o Provedor não tem qualquer razão até porque em 2019 as comparticipações aumentaram 3,2% e em 2020, 5%, portanto valores bem acima da inflação.
Ainda disse que recentemente teve uma acesa discussão com o Sr. Anacleto, onde lhe disse que a SCMS era a única que se queixava da viabilidade e sustentabilidade de determinadas valências em todo o Distrito e que todas as outras SCM ou IPSS, ao longo do tempo, umas mais rápido e facilmente que outras, foram adaptando as suas estruturas às valências que proporcionam às população e prestavam na generalidade serviços com melhor qualidade que a SCMS.
Também disse que lhe tinha dito, que a gestão da SCMS supostamente até deveria ter sido mais facilitada, atendendo aos donativos de privados que recebeu e que muitas das suas congéneres nunca receberam, mas prestam serviços de qualidade, em termos legais e sustentáveis financeiramente.
Disse-lhe que era evidente que o problema da SCMS resultava unicamente da sua gestão, pois tem por exemplo um rácio de praticamente dois funcionários por cada utente, o que a torna insustentável.
(Neste ponto, lembrar que a SCMS nas últimas décadas foi um elemento político sempre ao dispor do PSD, ainda mais quando a Câmara deixou de poder contratar mais pessoal, pois havia ultrapassado os limites legais, a SCMS foi quem cumpriu muitas promessas eleitorais do PSD de Sardoal).
O Sr. Diretor referiu a este propósito que chegou a dizer ao Sr. Anacleto que estranhamente e perante a evidência de que a SCMS tem uma estrutura demasiado pesada para as valências que dispõe, nunca viu a SCMS tentar atenuar esse desequilíbrio alargando o leque de valências com um conjunto de programas de apoio que a Seg. Social dispõe em várias matérias, designadamente relacionadas com a ocupação de tempos livres dos utentes e no alargamento dos serviços a prestar em matéria de apoio domiciliário, o que possibilitaria alargar o valor das comparticipações sem que tivesse que efectuar qualquer contratação de mais pessoal, bastava afectar pessoal superavitário de determinados setores a estas novas valências.
Neste caso, insistiu, dizendo que os técnicos da Seg. Social insistem constantemente com a SCMS, para aderir a estes novos programas, e que inclusivamente informam que caso seja necessária alguma formação, a Seg. Social tem protocolos com o Instituto de Emprego, que assumiam este encargo, mas ainda assim, a resposta é invariavelmente negativa. Parece que estamos no tempo do “Orgulhosamente sós”.
O Provedor recentemente veio para a comunicação social alegar que a Seg. Social também culpa da situação financeira da SCMS, pois devia disponibilizar um maior número de vagas para utentes protocolados.
O Sr. Diretor comentou que ele próprio teve acesso a esse artigo que de imediato lhe telefonou e o convocou para uma reunião de urgência em Santarém, que entretanto o Sr. Anacleto, já adiou duas vezes.
Neste capítulo, referiu que o Provedor mentia descaradamente, pois a SCMS nem tem utentes suficientes para ocupar as vagas protocoladas e apresentou os seguintes dados:
Lar
- Capacidade SCMS
70
- Acordo com Seg. Social
44
- Utentes
39
Apoio Domiciliário
- Capacidade SCMS
80
- Acordo com
Seg. Social
60
- Utentes
46
O Sr. Diretor afirma que estes números acordados/protocolados com a segurança social, podem ser revistos a qualquer momento, aliás é frequente que assim seja, o que acontece é que a SCMS tem vindo a perder imensos utentes nos últimos anos e que considera que a fraca qualidade do serviço prestado e com pouca humanidade, tem afastado eventuais interessados.
Referiu que por vezes fica a ideia que a gestão da SCMS se torna como que “bafienta”, amorfa, conformada e sem iniciativa o que é pena pois dispõe de alguns bons técnicos, só que a direcção corta-lhes as pernas para poderem inovar.
Referiu que nesta altura está em curso um programa “PARES” com comparticipações de pelo menos 75% dos investimentos elegíveis e que se destina a novas edificações, ampliações ou remodelações já existentes e que pelo menos até aquela data a SCMS não tinha manifestado a intenção de aderir.
Disse também que teve conhecimento que recentemente o Sr. Anacleto foi convocado, com carácter de urgência, para uma reunião com o Sr. Bispo e que o Coordenador Distrital das Misericórdias também foi convocado.

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(Nesta altura já se vislumbram manobras nos bastidores por forma a que se crie uma lista, mais uma vez, proveniente de um circulo restrito de pessoas, maioritariamente afetas ao PSD).
O nosso papel e responsabilidade é denunciar esta situação,
com autorização do Director Distrital da Segurança Social, para tornar pública esta reunião.
NOTA FINAL
Agradecemos ao Sr. Pedro Duque as informações que a opinião pública em geral e os sardoalenses em particular têm direito de saber.
Sentimos um gosto amargo na boca e uma grande indignação. Agora que cada um tira suas próprias conclusões.''
Sardoal
Cultura&Progresso
(imagens nossas)
 
Comentário: o Anacleto reedita o tonsurado das seringas
 
 

 



publicado por porabrantes às 15:37 | link do post | comentar

No velho Rossio, depois Largo do Príncipe Real, que era , em 1908, D.Luís Filipe de Bragança e que a canalha, representada pelo Buíça e pelo Costa, mataram, como assassinaram a D.Carlos, actual Praça da República, levanta-se, altaneiro, o monumento aos abrantinos caídos na 1ª Guerra, interessante peça escultórica (Roque Gameiro) e arquitectónica, que merecia respeito.

O enquadramento escolhido para meter o novo gadget natalício destoa com a dignidade exigida ao Monumento e não podia ser mais infeliz.

ma 

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publicado por porabrantes às 13:20 | link do post | comentar

Em 1755, por Setembro, um homem de Santa Margarida, foi à festa do Espírito Santo, em Punhete. Chamava-se Lourenço Ferreira e dedicou-se a blasfemar, estaria chateado.

Entre outras coisas interessantes, tinha por hábito dizer que '' “nem frade nem nenhum dos que serviam o Espírito Santo eram mais que ele e nem capaz[es] de falar diante dele”, e que “o Espírito Santo” ali festejado “não era capaz de andar debaixo das solas de seus sapatos”. (1)

Resultado foi detido pelo Santo Ofício e teve tratos de polé, graças às denúncias das beatas contra o barqueiro livre-pensador.

O doutor IGOR TADEU CAMILO ROCHA, da Universidade de Belo Horizonte, nesta tese de doutoramento, '' ENTRE O ‘ÍMPETO SECULARIZADOR’ E A ‘SÃ TEOLOGIA’: TOLERÂNCIA RELIGIOSA,
SECULARIZAÇÃO E ILUSTRAÇÃO CATÓLICA NO MUNDO LUSO (SÉCULOS XVIII-XIX)'' (2019), estuda este assunto. O  académico brasileiro dá-nos uma grande obra relacionada parcialmente com a  História da Região e começo a pensar que há que ler a produção brasileira, como recomendaria o António Hespanha ou o Fernando Catroga, para descobrir coisas novas e estimulantes sobre o Médio Tejo.

Saravá doutor IGOR!!!!

ma 

(1) expressões retiradas literalmente da obra citada



publicado por porabrantes às 10:23 | link do post | comentar

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  • Nelson Marques
    Ainda bem que se reparam as ruas que se vão degradando, mas também estou à espera que se faça a pavimentação da rua do areeiro à rua do casal para aí à uns quantos anos (12 anos)
    Sei que é difícil agradar a todos mas na minha opinião já está mais do que na altura dessa obra....
    Desculpem o desabafo...
    •  
  •  
     
    Maria Marques
    Compreendo que se vá arranjar o que está a degradar, mas não consigo porque se promete ligar o Pego a Coalhos, uma vez que é um lugar de da nossa freguesia e facilitava a circulação a muita gente.

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publicado por porabrantes às 09:27 | link do post | comentar

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