
Nicolás Diaz y Pérez, De Madrid a Lisboa, 1877
a seguir dedicam-se em 20 páginas a descrever a ida até ao Tramagal

''Foi através do youtube, por exemplo, que descobri que a animação política da América chegou a Abrantes. Na última reunião do executivo municipal, um dos vereadores da maioria PS, Luís Dias, entusiasmou-se e disse que o homem que na semana anterior tinha entrado, sala dentro, de cajado em riste, para zurzir o presidente, tinha sido incentivado a dar aquele espectáculo pelo vereador do Bloco de Esquerda, Armindo Silveira.
O visado pela acusação ficou espantado por o outro o estar a confundir com Trump e a equiparar o edifício Pirâmide, onde decorreu a reunião, ao Capitólio, mas não havia razões para espanto. Toda a gente sabe que, quando se trata de política, cada um pinta as cores que quer e o vereador socialista/fantasista, aqui só para nós, devia estar a tentar engrandecer a sua terra, além de, provavelmente, estar a treinar para ser uma espécie de Nancy Pelosi autárquica''
Manuel Serra D'Aire no Mirante
F., cigana, descobriu que o companheiro (M) lhe metera os palitos, porque mantinha uma relação com outra.
C era a amante do cigano, uma emigrante estrangeira.
F e umas amiga e outro cigano (com várias condenações) sequestram C, levaram-na a um descampado, fizeram-lhe ofensas corporais com uma tesoura, raparam-na e deixaram-na nua no campo.
'(...)' E sorriu e acenou para que a ofendida entrasse no carro e abriu a porta. A ofendida entrou e a E trancou de imediato as portas e o carro iniciou a marcha. A E tinha um saco branco perto dela que estava aberto e onde se encontravam um par de tesouras azuis. Seriam cerca das 14 horas. A E ainda lhe terá perguntado se ia voltar para …, ao que a ofendida disse que sim e bem assim que a sua mãe e irmã viriam cá dentro de dois dias. Perguntou para onde iam, ao que lhe foi respondido que iam para a zona velha de …., mas na verdade tomaram o sentido da saída de … por estradas velhas. Cerca de 20/25 minutos depois chegaram a um caminha com vegetação e a E disse para sair do carro, sendo que o rapaz ficou dentro do carro. Andou em direcção a arbustos com a E que já tinha as tesouras na mão. Quando a outra rapariga disse à E que a deveriam por de joelhos, a ofendida pensou que lhe iam cortar a garganta. Ai deram-lhe pancadas no nariz com a mão e murros na cara. A rapariga do cabelo castanho também lhe bateu. Depois agarrara-lhe o cabelo, ao que a ofendida cobriu a cara com as mãos e a E começou-lhe a cortar o cabelo enquanto a outra rapariga lho puxava. Com uma máquina eléctrica, as duas raparam-lhe o cabelo, enquanto continuava a ser esbofeteada. A E ainda a pontapeou quando a ofendida estava no chão e a outra batia-lhe na cara. Após, a E aproximou-se com as tesouras, ajoelhou-se e cortou-lhe a roupa, passou a tesoura à outra que continuou a cortar a roupa pela frente, inclusivamente as calças que trajava. A ofendida estava toda enrolava no chão, sendo que a E acabou por gravar a situação, riu-se e a outra rapariga continuou a bater e a rir igualmente. Nunca tentou defender-se e a E e a outra rapariga apenas diziam «não mais J». Depois de a E fazer ovídeo, ambas ainda lhe bateram mais, sendo que a E deu-lhe pontapés nas costas e a outra rapariga no lado esquerdo, sendo que ainda se tentou enrolar mais no chão. A determinada altura, ainda se tentou levantar e fugir mas sentiu logo golpes nas costas e na cara. Não sabe quantas vezes foi atingida mas começou a ver sangue por todo o lado. A E apanhou parte do cabelo e uma parte da roupa e disse à outra rapariga para ir embora, mas a outra rapariga inda lhe foi bater mais uma vez, foi nessa altura que disse que a matava, e foram-se embora. O rapaz nunca apareceu enquanto lhe estiveram a bater pelo que presume ter ficado no carro. Quando se foram embora, acabou por ir para a estrada pedir socorro, sendo que pararam dois carros que a socorreram. Confirma o local dos factos de fls. 63 e 66 e bem assim confirma as fotografias dos autos que lhe foram mostradas. Mais referiu que a sua amiga E disse que havia recebido chamadas o dia inteiro e que na última chamada a E lhe chamou nomes e disse que a ia matar. Mais acrescentou que conheceu o J num bar onde trabalhava e que desconhecia que ele tivesse namorada ou mulher. Sendo que uma vez viu o J na rua com a E e perguntou ao J quem era, o que o J lhe respondeu que era a irmã, aliás como tinha o nome E tatuado no braço e que lhe deu a mesma justificação: ser a irmã e o outro nome tatuado seria do irmão mais novo. Ainda concretizou que seriam cerca das 16h30 quando tudo aconteceu e que o veiculo que os transportou era escuro e velho e tinha ficos soltos no interior.''(....:)
Para que tivesse um comportamento mais ''moral'' e não se metesse com os ''maridos'' alheios.
Foi condenada por sequestro, etc
No recurso, o Advogado alegou que ela tinha de defender a ''honra cigana''
''
61. Ora, o tribunal recorrido desconsiderou, mal, o valor que a etnia cigana confere à honra e ao seu respeito – etnia para a qual a honra é, não poucas vezes, valor que se sobrepõe a todos os demais.
62. Sendo por demais evidente que ao ter descoberto que a ofendida estava envolvida com o seu companheiro era, diríamos até, exigível, de acordo com o quadro de valores próprios da sua comunidade, que a Arguida tomasse medidas para repor a sua honra.
63. Um tribunal não pode nunca desconsiderar o concreto arguido que julga, desatendendo às especificidades étnicas, culturais ou outras do mesmo.
64. Pelo que teria que ter considerado que a culpa da Recorrente é em grau inferior à que um indivíduo não cigano revelaria com o mesmo comportamento!'' (.....)
Ou seja seria exigível pela cultura tribal que a celerada raptasse, espancasse e ofendesse!
A Relação mandou-a com 4 anos e seis meses para uma penitenciária.
Expressões entre aspas do douto Acordão da Relação de Évora de 20-10-2020
ma

Em 28 de Novembro de 1341

in
Documentos medievais (1179-1383): Arquivo Municipal de Lisboa
: catálogo de
Inês Morais Viegas, Miguel Gomes Martins
Câmara Municipal de Lisboa, 2003
Fica assim atestada a estadia abrantina do filho de D.Dinis, nesta vila, que tinha escapado ao Silva e a outros monógrafos locais.
ma
imagem da Genealogia dos Reis de Portugal, encomendada pelo abrantino, D.Fernando, senhor da Vila e Infante de Portugal
''O caso das empresas instaladas no parque industrial de Abrantes (zonas norte e sul) e nas zonas do Pego e Tramagal, é paradigmático. Atraídas por preços de instalação, condições de acesso e benefícios fiscais (que já não se diferenciam dos oferecidos por parques e zonas industriais de outros municípios), estas empresas têm visto as suas expetativas goradas por uma gestão amadorística destas infraestruturas, onde sobra em indisponibilidade, negligência e desinteresse o que falta em diálogo, conservação e melhoramentos''
ALTERNATIVAcom
Comunicado | 26 de janeiro de 2021
O NOSSO COMPROMISSO PARA COM AS EMPRESAS E O EMPREGO
Aos municípios compete fomentar o desenvolvimento, promovendo e apoiando atividades económicas de interesse local. Só o desenvolvimento sustentável – baseado numa forte capacidade empreendedora e empresarial, de investimento e formação, de incentivo à fixação de pessoas e de baixos custos de contexto – pode gerar emprego, rendimentos e bem-estar. Os cidadãos são os principais atores económicos, sociais e culturais desta obra exigente, competindo aos órgãos locais do Estado abrir caminhos, regular, incentivar, apoiar e fiscalizar.
Todos devemos ter consciência da lamentável situação em que nos encontramos, e de como – e porquê – aqui chegámos. Dos treze municípios do Médio Tejo, Abrantes é responsável por 25,9% dos desempregados inscritos no IEFP (1.498), quase o dobro do município que se lhe segue (Ourém). Estes desempregados representam cerca de 10% da população ativa, a mais alta taxa da região. No mês passado (dezembro de 2020), o número de desempregados aumentou em Abrantes (+11,5%), tendo diminuído no Médio Tejo (-1%). São números arrasadores que nos devem preocupar e indignar.
Estes dados não surpreendem, se tivermos em conta que não há uma promoção séria do empreendedorismo e que os programas de incentivo “Abrantes Invest” e “+ Comércio no Centro” são um fracasso. Em maio do ano passado, o movimento ALTERNATIVAcom questionou o município sobre esta matéria, não tendo havido qualquer resposta. Permanece um manto de opacidade sobre os custos e a eficácia dos instrumentos municipais de desenvolvimento económico, incluindo o parque tecnológico Tagusvalley.
Ainda assim, foi revelado que ao abrigo do programa “+ Comércio no Centro” foram investidos nos últimos seis anos 62.117,13 euros para apoiar o arrendamento e a criação de apenas 46 novos postos de trabalho em 34 novos estabelecimentos (aproximadamente 1 a cada dois meses). Todavia, nada se disse sobre os estabelecimentos encerrados e os postos de trabalho extintos no mesmo período (uma realidade que salta à vista de todos), sendo legítimo assumir que Abrantes tem regredido, não apenas em termos relativos (comparativamente com outros municípios), mas também absolutos.
No entanto, a máquina de propaganda do município reforça-se continuamente e procura fazer crer, sobretudo em vésperas de eleições autárquicas, que são feitos importantes investimentos e criados muitos e bons postos de trabalho. Tal até seria verdade, se as promessas políticas feitas na última década tivessem sido cumpridas, o que não foram. Só os anunciados projetos Tectania, RPP Solar e Ofélia Club teriam criado mais de 2.650 postos de trabalho, absorvendo todo o desemprego de Abrantes e, até, fixando novos habitantes. Como se sabe, tal não aconteceu e nunca foram dados esclarecimentos plausíveis.
É certo que o novo restaurante McDonald's criou postos de trabalho, a maioria deles precário e a tempo parcial, mas quantos estabelecimentos de restauração e bebidas encerraram? Com inusitada pompa e circunstância, foi inaugurado um stand automóvel nas instalações onde outro havia anteriormente soçobrado, mas quantas concessões e oficinas automóveis fecharam em Abrantes, um concelho onde algumas grandes marcas deixaram de estar representadas? O mesmo se passou em muitos outros ramos de atividade…
O município esconde estes números, mas basta consultar as estatísticas do INE para se ficar a saber que, entre 2015 e 2018, Abrantes perdeu peso (ou quota) empresarial no conjunto dos treze municípios do Médio Tejo, tanto no que se refere a grandes empresas, como a PME. Assim, enquanto o número de empresas na região cresceu 5,5%, em Abrantes cresceu menos de metade (2,6%), passando de uma quota de 13,2% para 12,8%. Esta quebra foi particularmente notória no sector das atividades administrativas e serviços de apoio, em que Abrantes decresceu 40,7%, contra um acréscimo de 11,8% no Médio Tejo.
Para o movimento ALTERNATIVAcom, o investimento e o progresso económico devem ser social, ambiental e financeiramente sustentáveis. E as transições para novos modelos económicos e novas formas de comércio devem ser adequadamente planeadas e compensadas. Consideramos um desastre o abandono do comércio tradicional em favor de uma pseudo-modernidade jactante, em especial os estabelecimentos dos centros históricos da cidade, onde se inclui um dos ex-líbris da cidade, o maltratado Mercado Municipal, cujo edifício histórico se insiste em demolir, extirpando a nossa memória e identidade.
É também motivo de grande preocupação o futuro das nossas empresas, se nada for feito para assegurar a sua expansão, ou mesmo sobrevivência e continuidade. As empresas instaladas merecem outra atenção e consideração, exatamente a que têm necessitado e justamente reivindicado, mas não têm encontrado da parte do município. Com o movimento ALTERNATIVAcom, outra era se abrirá na qualidade deste relacionamento mútuo, com ganhos objetivos e ímpares para as empresas e a comunidade.
O caso das empresas instaladas no parque industrial de Abrantes (zonas norte e sul) e nas zonas do Pego e Tramagal, é paradigmático. Atraídas por preços de instalação, condições de acesso e benefícios fiscais (que já não se diferenciam dos oferecidos por parques e zonas industriais de outros municípios), estas empresas têm visto as suas expetativas goradas por uma gestão amadorística destas infraestruturas, onde sobra em indisponibilidade, negligência e desinteresse o que falta em diálogo, conservação e melhoramentos. Sendo Abrantes um território industrial, a falta de investimento e promoção das zonas industriais explica muito da debilidade económica do concelho.
Os exemplos são inúmeros, uns mais visíveis do que outros. Entre os primeiros, estão problemas de acessos, manobrabilidade, pavimentação, drenagem, sinalização horizontal e vertical, estacionamento, limpeza, eliminação de ervas, etc. Nos segundos, estão dificuldades com comunicação e negociação, burocracia e demoras injustificadas, planeamento e captação de investidores, serviços partilhados de apoio, estudos de impacto social e ambiental, etc. Para que o parque e zonas industriais de Abrantes, Pego e Tramagal não sejam meros “depósitos” de empresas, importa que se assuma uma efetiva orientação para o mercado e capacidade de resposta às necessidades dos investidores.
Como já alertámos, estamos também apreensivos quanto ao futuro da central termoelétrica do Pego e dos cerca de 300 trabalhadores permanentes e 500 ocasionais que lá trabalham, assim como dos 80 trabalhadores da insolvente FRASAM - Fundições do Rossio de Abrantes. No conjunto, estes trabalhadores diretos representam cerca de 12,5% do emprego por conta de outrem do concelho, devendo também ser tidos em conta os impactos indiretos. Esta é uma realidade que o município não pode ignorar ou apenas simular empenho, devendo pôr os interesses de Abrantes antes e acima dos interesses partidários ou outros.
O movimento ALTERNATIVAcom tem perfeita consciência da importância dos agentes económicos, grandes e pequenos, na recuperação e relançamento económico do concelho, bem como da responsabilidade e do papel do município na prossecução deste objetivo primordial. A missão é difícil, mas possível. Connosco, a iniciativa e o empreendedorismo serão uma realidade sociocultural, as empresas e os empresários serão parceiros estratégicos e singulares, os artífices e pequenos produtores/comercializadores serão acarinhados e estimulados, o desemprego será debelado e Abrantes atrairá novos trabalhadores e empreendedores.
Contem connosco, nós contaremos sempre convosco.
Uma quadrilha foi detida em flagrante delito, em Ermesinde, assaltando uma tabacaria, onde se apoderara de tabaco e raspadinhas. Entre os detidos um nómada abrantino, conta o Verdadeiro Olhar.
Os gatunos tinham roubado um carro noutra localidade.
Fica assim prejudicado o abastecimento de raspadinhas ao Vale das Rãs, pelo que se solicita à Celeste e aos serviços sociais que resolvam o problema da falta de raspadinhas, neste bairro problemático.
mn