Sábado, 6 de Novembro de 2021

No hay ninguna descripción de la foto disponible.


tags:

publicado por porabrantes às 21:38 | link do post | comentar

ernest.png

Foto Los Angeles Times/Sandy Driscoll com a devida vénia

 

O milionário Ernest Lieblich morreu em 2009. Era irmão da escritora alemã, naturalizada portuguesa, Ilse Losa. Chegou  como refugiado judeu a Portugal em 1939. Esteve preso pela Pide, enquanto aguardava um visto americano para emigrar para os USA, coisa que conseguiria em 1941. Toda a sua história foi contada por Marcos Alves, na ''Sábado'', nº903, (Agosto 2021), que só agora me chegou às mãos e para a qual remetemos.

Para o caso abrantino, M. Alves relata a intervenção pessoal de Manuel Rodrigues, ao tempo M. da Justiça,  que se dirige, por carta, ao seu ''Camarada e Amigo''',  Mário Pais de Sousa, Ministro do Interior, familiarmente chegado a Salazar, apresentando Lieblich, interessando-se por ele e pedindo que MPS o protegesse. (1)

Apesar da prisão pidesca, o empresário ficou bom amigo de Portugal e uma colecção de arte sua, foi legada ao nosso país. Composta por quadros de autores modernos lusos.

Quando se teorizar sobre o anti-semitismo fascista, ter-se-á de dizer que havia um fascista abrantino, o Manuel Rodrigues, que protegia judeus.

mn 

(1) Marcos Alves, ''Os Judeus perseguidos pela Pide'' na revista citada                                                                                                                                                                                                     



publicado por porabrantes às 15:03 | link do post | comentar

csia rossio.png

Em 2013, o ainda Cónego (1)José da Graça fechou as instalações do Lar S.Miguel na Estação de Abrantes e mudou-as para Alferrarede. Também mudou o nome do Lar, o S.Miguel andaria em desgraça na corte vaticana e celestial e passou a chamar-se D.Clotilde Vasconcelos, a viúva dum ex-dirigente da União Nacional/ANP e distinto médico açoriano, radicado cá no burgo.

A CMA, não sabemos se a rogo do ex-cónego, tinha atribuído ao CSIA um lugar de estacionamento reservado, que se mantém ainda hoje (2021), apesar da organização (alvo duma pesada sentença judicial por burla e falsificação de documentos) não manter nenhuma actividade no Rossio e S.Miguel.

Durante os mandatos da cacique e do Luís Alves, o sinal manteve-se incólume às mudanças e agora com o regresso do Valamatos, lá permanece.

Para quê?

Será para que algum dirigente do CSIA tenha lugar reservado quando vai almoçar à Covafunda?

mn 

(1) -Afastado do Cabido Diocesano por decisão sábia de S.Excelência Reverendíssima, o nosso Venerando Bispo, após pesada condenação judicial em processo crime.     



publicado por porabrantes às 12:58 | link do post | comentar

Centro de estudos histórico-arqueológicos da

Casa-Memória de Camões em Constância?

 

E o património?

Foto1- Edifício do Núcleo de Arqueologia segundo

 Edifício do Núcleo de Arqueologia segundo está projectado desde 1999.

 

Atenta aos problemas do património de Constância, a Associação da Casa-Memória de Camões, procurou levantar em meados dos anos 90, um projecto de espaço museológico.

O espaço museológico aparecia, pois, como pilar de todo um projecto de resposta aos problemas com que a região se debatia. José Luís Neto, arqueólogo, no seu texto editado em 1999 (1) explicava os objectivos: «através da criação de um espaço museológico de arqueologia, tentar-se-á sensibilizar e formar a população para as questões do património e, também, defendê-lo contras as pilhagens e destruição».

Na altura o arqueólogo  revelava que apesar de disporem de um primeiro levantamento arqueológico que permitia conhecer o património do concelho,  não dispunham de mecanismos que pudessem evitar a sua destruição.  Os investigadores não vivem na Vila, donde, escrevia José Neto, «não têm conhecimento de determinadas situações que teriam de ser transmitidas às autoridades competentes» ou, acrescentava, «quando tomam conhecimento destas, é já tarde para evitar essa destruição».

foto 2.png

Planta da área afecta à Associação. No edifício B ficaria então o edifício do futuro Núcleo Museológico.  

 

A criação do Núcleo de Arqueologia estava mais do que justificada: «a necessidade de uma estrutura que divulgue a arqueologia junto das pessoas e à qual se possam dirigir facilmente, permitirá o aviso às autoridades competentes e permitirá, esperemos, que as pessoas, em pouco tempo, o façam por si». Todavia, o núcleo debatia-se  com outro problema, não menos actual: o facto da  informação publicada sobre Constância  se encontrar muito dispersa. A necessidade de centralizar as informações tornava-se, pois, urgente. «Há enorme quantidade de trabalhos não publicados, mas por vezes tão ou mais importantes que os publicados», reconhecia José Luís, aludindo ainda «a estudos -a grande maioria dos trabalhos -  que não chegaram a ser realizados».

oi neste contexto e atendendo a estas múltiplas realidades, que surgiu o Núcleo de Arqueologia da Casa de Camões, leia-se, «enquanto estrutura que visava permitir um rápido acesso a toda a informação, facilitando não só o trabalho do investigador, mas também o do simples interessado».

E a Associação da Casa-Memória de Camões decidiu mesmo criar um Espaço de Arqueologia. Este espaço constituiria, no fundo, uma tentativa de alterar as realidades atrás apontadas. A direcção  deste espaço caberia ao Núcleo de Arqueologia.

Tal como relata José Neto, o núcleo foi criado em meados dos anos 90, contudo só foi oficializado no final daquela década.  Contava à data  com um presidente, mas a orgânica interna, previa-se, seria discutida após as novas entradas/incursões. Contudo, dentro da Associação,  o núcleo gozava de grande independência, à luz dos estatutos, excepto na vertente financeira  a qual estava centralizada na tesouraria.

O corpo  visível do Núcleo de Arqueologia (figura 1), seria o Espaço de Arqueologia. Este espaço que não tinha nome definid,o seria no centro da Vila, no edifício B, com dois pisos, (figura 2) de frente para a Rua Grande, tendo por trás o jardim-Horto. No piso térreo situar-se-ia a parte pública que consistiria numa exposição de arqueologia. Prossegue o arqueólogo: «Esta seria constituída, no início, por materiais arqueológicos de colecções particulares de pessoas da zona que abraçaram este projecto. Contará também com um guia que será formado para responder às questões colocadas. Pela heterogeneidade dos materiais e por se tratar de um espaço pequeno contamos fazer mudanças anuais de exposição».

Contava-se, então, com dois tipos de público distinto:

«-Os alunos das escolas secundárias de todo o país que vêm a Constância visitar o Jardim-Horto e a Casa-Memória de Camões, cerca de 6.000 alunos – ano.

-Os habitantes do Concelho e da região que visitam Constância».

Em 26 de Maio de 2001, já o  «Centro de estudos histórico-arqueológicos da Associação da Casa-Memória de Camões em Constância» realizava o «I Encontro de Arqueologia do Médio Tejo», o qual decorreu no auditório Sam Levy. A iniciativa contou com o patrocínio da Sociedade de Geografia de Lisboa, entre outros. Estive presente.

Recordamos aqui dois dos temas em debate no fórum: «A presença humana no Concelho de Constância: do paleolítico ao período tardo-romano visigótico» e «A praça Alexandre Herculano – material arqueológico, proveniente das obras de repavimentação».

Em 1999, por ocasião da realização do VII Fórum Camoniano, sob os Altos patrocínios da Secretaria de Estado do Ensino Superior e da Fundação Calouste Gulbenkian, Manuela de Azevedo, anfitriã, falava ao jornal Gazeta do Tejo do recém criado Núcleo de Arqueologia (3). Estive presente.

Dois anos após o arqueólogo José Luís Neto ter estudado os materiais arqueológicos da Casa-Memória de Camões em Constância  o mesmo teve a oportunidade de observar as restantes peças desta colecção, as quais se encontravam depositadas no Jardim-Horto de Camões, sito nesta Vila.

«Enquanto que, no primeiro estudo, tínhamos maioritariamente loiças de mesa (pratos e taças),as peças que agora apresentamos são de preparação de alimentos», escrevia então (2).

No que se refere a esta parte da colecção, no caso,  de cerâmica quotidiana (guardada então no Jardim-Horto), o arqueólogo considerava «tratar-se de um grupo mais pobre, mas não menos interessante», de cerâmica cujos contornos estavam por definir, «o que já não acontecia então com outro tipo de cerâmicas, como a porcelana».

As peças foram exumadas no ano de 1977, no levantamento realizado pelo arquitecto Jorge Segurado, reconhecendo-se então a não existência à data de qualquer registo estratigráfico.

«Estão muito fragmentadas, daí não as apresentarmos todas. Na sua maioria, são peças de bordos e fundos muito irregulares e por isso não pudemos calcular todos os diâmetros ou, por vezes, não conseguimos mais do que aproximações. Devido a estas duas condicionantes, não podemos retirar muita informação útil acerca das ocupações que o edifício teve», escrevia José Neto.

Os materiais em causa foram atribuídos ao século XVIII, lê-se, «com base em núcleos semelhantes como o dos materiais da rua Luís de Camões – nº5 (Constância), e com os materiais dos níveis do Terramoto de 1755, exumados em Lisboa».

Foto 3 - Desenhos arqueológicos de autoria de Jos

Desenhos arqueológicos de autoria de José Paulo Braz Nobre.

Os desenhos arqueológicos são de autoria de José Paulo Braz Nobre.

Passamos a transcrever as legendas dos desenhos, trabalho inédito:

Peça 1 – Fragmento de bordo de alguidar. Bordo de perfil sub-triangular, extrovertido, formando uma peça aba. Paredes oblíquas. Vidrado verde, distribuído interna e externamente (neste último pela linha do bordo), muito fino e pouco homogéneo. Pasta beige, micácia, quartzítica, porosa, de grão médio. Diâmetro aproximado do bordo 720mm. (desenho 1)

Peça 2 – Fragmento de bordo de alguidar. Bordo de perfil sub-triangular, extrovertido, formando uma peça aba. Paredes oblíquas. Vidrado verde, distribuído interna e externamente (neste último pela linha do bordo), muito fino e pouco homogéneo. Pasta beige, micácia, quartzítica, porosa, de grão médio. Diâmetro aproximado do bordo 500 mm. (desenho 2)

Peça 3 – Fragmento de bordo de alguidar. Bordo de perfil sub-circular, extrovertido, foramando uma pequena aba. Paredes oblíquas. Vidrado verde, distribuído interna e externamente (neste último pela linha do bordo), muito fino e pouco homogéneo.

Pasta beige, micácia, quartzítica, porosa, de grão médio. Diâmetro do bordo indeterminado. (desenho 3)

Peça 4 – Fragmento de fundo de alguidar. Paredes oblíquas, com um pequeno rebordo externo antecedendo o fundo raso. Vidrado verde, distribuído internamente, espesso mas pouco homogéneo. Pasta laranja-avermelhada, micácia, quartzítica, porosa, de grão médio. Diâmetro do aproximado fundo 234 mm. (desenho 4)

Peça 5 – Fragmento de bordo de alguidar. Bordo de perfil sub-circular, extrovertido, formando uma pequena aba. Paredes oblíquas. Vidrado melado, distribuído interna e externamente (neste último a meio do bordo), muito fino, pouco homogéneo, com impurezas. Existência de três linhas horizontais, incisas, por baixo da aba, no início do corpo, no exterior. Pasta beige, micácia, quartzítica, porosa, de grão mais fino, com presença de desengordurantes. Diâmetro do bordo 225 mm. (desenho 5)

Peça 6 – Fragmento de fundo de taça. Paredes oblíquas. Fundo de pé reentrante. Vidrado melado, distribuído internamente, fino e pouco homogéneo. Decoração interna no funfo de uma linha incisa circular. Pasta beige, micácia, quartzítica, porosa, grão médio a fino. Diâmetro do fundo 62 mm. (desenho 6)

Peça 7 -Fragmento de fundo de pote. Pé baixo em anel. Vidrado melado, distribuído interna e externamente, espesso e homogéneo. Pasta beige, micácia, quartzítica, compacta, de grão fino. Diâmetro do fundo 65 mm. (desenho 7)

Peça 8 – Fragmento de bordo de taça. Bordo de perfil sub-rectangular. Vidrado melado, distribuído interna e externamente (neste último até à decoração), espesso e homogéneo. Decoração exterior, incisa, que consiste num ondulado seguido por duas bandas horizontais, no início do corpo. Pasta laranja-avermelhada, micácia, quartzítica, porosa, de grão médio, mal depurada. Diâmetro do bordo 165 mm. (desenho 8)

Peça 9 – Fragmento de bordo de garrafa. Bordo de perfil sub-circular, colo longo e bojo pronunciado. Decoração exterior de duas bandas incisas sobre o bojo. Vestígios de englobe. Pasta laranja-avermelhada, micácia, quartzítica, porosa de grão médio. Diâmetro do bordo 22 mm. (desenho 9)

Peça 10 – Fragmento de bordo de testo. Bordo de perfil sub-triângular, extrovertido. Pasta laranja-avermelhada, micácia, quartzítica, porosa, grão médio, com presença de desengordurantes e partículas negras (feldspatos). Diâmetro 207 mm. (desenho 10)

Peça 11 – Fragmento de fundo de almofariz em mármore branco. Corpo oblíquo, com quatro barras equidistantes e verticais. Fundo raso. Vestígios de forte percussão na base interna. Diâmetro do fundo 150 mm. (desenho 11)

foto 4.png

Separata de «O Arqueólogo Português» (fundado por José Leite de Vasconcelos), José Luís Neto, Arqueologia em Constância – uma experiência museológica, Lisboa, 1999.

 

José Luz

Presidente do Conselho Fiscal da Associação da Casa-Memória de Camões em Constância

 



publicado por porabrantes às 12:26 | link do post | comentar

ASSINE A PETIÇÃO

posts recentes

Faleceu o Dr. Henrique Es...

PSD reclama creches públi...

Trabalhadores do CRIA acu...

Coisas incomparáveis

25 de Novembro de 1975 (1...

CMA sem verba para mudar ...

Capelão contra o proletar...

Alfredo da Silva recebe o...

Arte abrantina a 80 euros...

A cunha que nomeou o Mati...

arquivos

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

tags

25 de abril

abrantaqua

abrantes

alferrarede

alvega

alves jana

ambiente

angola

antónio castel-branco

antónio colaço

antónio costa

aquapólis

armando fernandes

armindo silveira

arqueologia

assembleia municipal

bemposta

bibliografia abrantina

bloco

bloco de esquerda

bombeiros

brasil

cacique

candeias silva

carrilho da graça

cavaco

cdu

celeste simão

central do pego

chefa

chmt

ciganos

cimt

cma

cónego graça

constância

convento de s.domingos

coronavirús

cria

crime

duarte castel-branco

eucaliptos

eurico consciência

fátima

fogos

frança

grupo lena

hospital de abrantes

hotel turismo de abrantes

humberto lopes

igreja

insegurança

ipt

isilda jana

jorge dias

josé sócrates

jota pico

júlio bento

justiça

mação

maria do céu albuquerque

mário soares

mdf

miaa

miia

mirante

mouriscas

nelson carvalho

património

paulo falcão tavares

pcp

pego

pegop

pina da costa

ps

psd

psp

rocio de abrantes

rossio ao sul do tejo

rpp solar

rui serrano

salazar

santa casa

santana-maia leonardo

santarém

sardoal

saúde

segurança

smas

sócrates

solano de abreu

souto

teatro s.pedro

tejo

tomar

touros

tramagal

tribunais

tubucci

valamatos

todas as tags

favoritos

Passeio a pé pelo Adro de...

links
Novembro 2021
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
10
11

17

26
27

28
29


mais sobre mim
blogs SAPO
subscrever feeds