
Esquema de implantação do Museu e a sua relação com o Hospital e o Castelo.
De VI a 16 de Julho de 2009 às 12:21
Aparte da beleza questionavel desta "obra"... Alguém que me explique por favor, afinal onde é que o mamarracho vai ficar implantado. Pelo desenho parece ser no actual edificio da esta/convento?! será isso mesmo?
De Fábio Carvalho a 16 de Julho de 2009 às 14:48
Como estudante daquela cidade que com mt carinho me acolhe, acho aquele projecto monstruoso e vergonho.
Não sou contra a implementação de um Museu Ibérico, acho que seria uma mais valia para toda a cidade, mas sou contra aquela arquitectura completamente monstruosa, que vai denegrir a imagem bonita do nosso centro histório.
De manuelinho a 16 de Julho de 2009 às 17:23
Acordar Abrantes
Blogue da Candidatura CDU ao Município de Abrantes
Museu
08 Julho 2009
O Museu (dito Ibérico) de Arqueologia e de Arte de Abrantes está a provocar um debate aceso na sociedade abrantina havendo abaixo-assinados a favor e contra na Internet. Está, talvez, na altura de CDU informar qual é a sua opinião sobre este assunto.
E, começamos por afirmar que entendemos que a construção de um espaço para a cultura é um benefício para o Concelho.
No entanto, constatamos que há duas questões que têm que ser acauteladas antes da referida construção. A primeira prende-se com a questão da volumetria/localização do Museu. E sobre esta questão entendemos que é necessário um debate público muito alargado no tempo e no espaço para se ter a garantia de que a maioria clara dos munícipes se revê no projecto apresentado.
E a segunda questão, quanto a nós ainda mais importante, prende-se com o problema da sustentabilidade económica do projecto. É necessário termos acesso a um estudo sério de sustentação económica, sob pena deste projecto se constituir um pesadelo económico para as gerações futuras em Abrantes.
Entendemos que se forem asseguradas estas duas condições é possível que Abrantes venha a ter um Museu de Arqueologia e Arte.
publicado por acordar-abrantes às 13:54
3 comentários:
Pois bem Camaradas vamos ao Museu. Os Museus actualmente não são feitos, pelo menos aqueles que são construídos de raiz, ao acaso. Após o Guggenheim de Bilbao nos anos 90 tudo mudou. As práticas e concepções da museologia mudaram e deixaram de se cingir aos aspectos internos do museu e abriram-se, e bem, à comunidade. No caso espanhol resultou em pleno pois a industrial cidade de Bilbao, “moribunda” e devastada socialmente, teve um impulso brutal no que ao desenvolvimento sustentado concerne. Desde então, o Guggenheim de Bilbao tem servido de exemplo para tudo o que é Museu. Constrói-se um edifício de raiz, que por si só tem de ser equiparado a uma obra de arte, e por si só vale a pena visitar. Esta é uma ideia que não me parece de todo má, mas que deve ter em atenção, entre outros, um aspecto primacial: a dinâmica e os fluxos turísticos de cada região. Neste domínio, impõe-se portanto uma análise séria deste aspecto. Anualmente são 1000, 2000(?), no máximo, os visitantes estrangeiros com paragem em Abrantes. Também são estes os mais disponíveis para fazer pagamento de entrada, como é obvio. O público português que viaja muito em família, não tão disponível para efectuar pagamentos (neste aspecto basta ver a afluência que têm os museus nacionais em períodos de entrada gratuita como o domingo de manhã), terá sempre em conta os custos da contribuição. Isto partindo do princípio que é de entrada paga, de resto não acredito no contrário, pois a obra, com as previsíveis derrapagens financeiras, não deve ficar só pelos 12 milhões de euros! E terá de ser paga! Portanto, a sustentabilidade económica do projecto será efectuada, provavelmente pelos mesmos, os contribuintes portugueses…
De resto, em relação a tudo isto, o Município têm sido parco em palavras e ambíguo em ideias, como sabemos. Fizeram a apresentação pública dum “protocolo secreto” em finais de Maio de 2007 e sobressaiu a simpatia condescendente do secretário de estado da cultura. O tal protocolo entre o Município e a Fundação Estrada já existe há muitos anos, se bem que até há 3 anos era de colaboração científica…Um sujeito de Rio-de-Moinhos, funcionário do Município, tira licenças sem vencimento prolongadíssimas e é o colaborador directo com a Fundação…Colabora como? Ora bem ninguém sabe…Durante esses anos foram incorporadas algumas peças por parte do Município nas sua colecção? Não sabemos. E provavelmente não nos responderão. O protocolo vigora há tantos anos secretamente porquê? Talvez o “turista” da esquerda moderna que nos lê possa responder…
Robin Cross a 9 de Julho de 2009 às 16:48
De manuelinho a 16 de Julho de 2009 às 17:28
Mas não é tudo camaradas. O pior é que a colecção Estrada durante todos estes anos engrandeceu-se através de um outro sujeito, este de Alferrarede-Velha, bem conhecido por tentar vender moedas e peças antigas em cafés do centro histórico, que através da utilização ilícita de um detector de metais pilhou todo o concelho de Abrantes, e respectivas estações arqueológicas. Contudo, a ganância desmesurada deste coleccionador apoiada num “autodidacta viciado”, levou este a fazer incursões com o seu detector à vizinha Espanha…O gajo palmilhou tudo o que havia desde a Estremadura e Andaluzia até Sintra e Península de Setúbal.Basta ir ao quarto dele para comprová-lo, pois apesar de tudo é tão parvo que gosta de se orgulhar do que faz! Pena é que as autoridades no nosso país sejam o que são nestes domínios.
Concomitantemente, o coleccionador Estrada também adquiriu licitamente algumas peças, envoltas também em polémica, pois parece que o vendedor sevilhano (cuja casa tinha o nome de Cambalash!!!) também não era flor que se cheire e operava em sintonia com uma rede de oficinas, cerca de 25, que faziam contrafacção de peças de arte pré-histórica! O nome do industrial é citado, bem como um outro senhor de Borba que também coleccionava… O Município conheceu a polémica, até o PSD disponibiliza os links no seu site mas publicamente só fala de volumetria, e garante que há-de decorrer um processo de autentificação feita pelo imparcial (ahahahahahahhahahah!!!!) Luiz Oosterbeek do Politécnico de Tomar! Que grande autoridade científica nos domínios da arqueologia em Portugal… Basta ver o que os colegas de Lisboa, Porto e Coimbra pensam dele…Adiante, basta olhar para aquilo que está no catálogo que me foi oferecido (um grande e provavelmente caro catálogo) quando me desloquei ao Castelo, para ver a exposição de antevisão do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte (MIAA). As peças (do território da Lusitânia e arredores) são todas ambiguamente identificadas em relação á sua proveniência…
O problema é que a Lei n.º 47/2004 de 19 de Agosto, que aprova a Lei -Quadro dos Museus Portugueses, é pouco explícita e na sua secção III, no Artigo 14.º diz o seguinte relativamente à Incorporação de bens arqueológicos:
1 - A incorporação de bens arqueológicos provenientes de trabalhos
arqueológicos e de achados fortuitos é efectuada em museus.
2 - A incorporação referida no número anterior é feita preferencialmente em
museus da Rede Portuguesa de Museus. Tudo isto quer dizer que infelizmente, há luz verde para esta gente fazer o que quer, sem nenhum respeito pelos aspectos científicos do trabalho arqueológico!
Porém, o que parece preocupar é a questão da volumetria… um bom assunto para centrar o debate naquilo que não é essencial! Até o PSD que foi o 1º a disponibilizar informação sobre a autenticidade da colecção só fala na volumetria. Se calhar foi porque o processo avançou na assembleia municipal com a conivência do Pedro Marques…Não? E porque será que o arquitecto Albano no dia 11 de Fevereiro de 2006 veio ao Tramagal prometer um Museu do Ferro, alias numa alocução falsamente sentida roçando a perfeição populista, e no debate que houve no dia em que fui buscar o catálogo ao castelo, disse que tinha desde o seu início apoiado o projecto do Museu Ibérico? Aliás tentou fazer-se passar como responsável pela ideia…se calhar acha que em Abrantes pode haver 2 Museus estruturantes…Enfim, e com gente desta temos sido governados… ACORDEM, pois esta gente como não têm vergonha nenhuma agarram-se ao Poder inconscientes dos danos causados às pessoas do nosso concelho que passam dificuldades…Posto de outro modo, vai uma aposta acerca da pessoa que futuramente vai dirigir os destinos do Museu?
Não é difícil, vá lá…Até à próxima e continuação de bom trabalho!
Robin Cross a 9 de Julho de 2009 às 16:51
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