Abordámos este assunto neste post. e de passagem noutros.
Pois bem temos novidades. A Drª Isabel Veiga Cabral, peticionária e nossa amiga, resolveu informar-se e ao mesmo tempo alertar sobre o que
se passava no Castelo. E dirigiu este e-mail à Archport, que é um fórum,animado pelo prestigioso Professor de Coimbra José da Encarnação (que tem tido a generosidade de colaborar com Candeias Silva), dos arqueólogos portugueses onde se contam as novidades, se debate a actualidade do ramo e naturalmente se trocam ideias:
Foto Victor Oliveira
To : Archport@ci.uc.pt
Subject : [Archport] Atentado ao Património de Abrantes
From : Maria Isabel da Veiga Cabral <isabelveigacabral@gmail.com>
Date : Sun, 13 Jun 2010 23:44:02 +0100
Haverá alguém que me possa informar sobre o que se passa com a necrópole encontrada na área de protecção da muralha do Castelo de Abrantes durante os trabalhos com bulldozers para um parque de estacionamento de autocarros?
Obrigada
Isabel Veiga Cabral
dia 15 de Junho de 2010 11:36, Filomena Gaspar <filomena.gaspar@cm-abrantes.pt> escreveu:
Bom dia caros colegas
Neste local de encontro dos arqueólogos portugueses, veio a Sra. D. Isabel Veiga Cabral, Vice-presidente da Real Associação do Médio Tejo ( com sede em Abrantes), colocar uma pergunta respeitante aos trabalhos arqueológicos em curso na Parada Abel Hipólito, vulgo Heliporto, em Abrantes.
Antes de mais devo informar que estou sempre disponível, desde que possa, para esclarecer quaisquer dúvidas que os meus concidadãos tenham acercam do seu património, particularmente os sítios arqueológicos. Para tal, e uma vez que sou uma pessoa bastante acessível, basta dirigirem-se ao meu local de trabalho ou, enviarem email para o departamento de cultura da Autarquia de Abrantes.
Aquilo que não posso aceitar é que se tente politiquizar o meu trabalho.
Neste momento, e concretamente em relação à pergunta da Sra. D.Isabel, tenho a informar que o património Abrantino não está a ser ameaçado nesta área. Aliás, prova disso são os trabalhos arqueológicos que estão a ser feitos na sequência justamente do acompanhamento arqueológico levado a cabo pela arqueóloga signatária e o assistente de arqueólogo, Álvaro Batista.
Com efeito, foi na sequência dos trabalhos de acompanhamento arqueológico, autorizados superiormente pelo IGESPAR, das obras de arranjo da futura Praça D. Francisco de Almeida, que foram identificados vestígios osteológicos humanos que permite pensar na existência de uma necrópole medieval neste local.
A cota de obra é bastante alta, aliás, em relação à maioria dos vestígios da necrópole medieval identificada, sendo que todos os trabalhos de escavação e posterior estudo osteológico serão feitos sem pressões.
Depois dos trabalhos concluídos, e à semelhança dos trabalhos arqueológicos anteriormente realizados no Concelho de Abrantes, os resultados serão dados a conhecer publicamente.
Filomena Gaspar
Num post seguinte continuaremos a divulgar dados desta polémica arqueológica ( a drª Drª Isabel Veiga Cabral também é arqueóloga), faremos os comentários apropriados e lançaremos alguma contribuição para esta discussão.
A drª Filomena Gaspar tem toda a nossa consideração por vários trabalhos científicos publicados, é casada com o arqueólogo dr. Carlos Batata de quem aqui fizemos o elogio, mas há coisas que estranhamos.
A primeira é: sendo a cerca do Castelo uma área sensível, coisa que se sabe desde Diogo Oleiro, antes de fazer as obras não era lógico fazer sondagens primeiro para ver o que aparecia e depois decidir se as obras avançavam?
A segunda é: porque é que se faz tudo à pressa ? Foram dados 5 escassos dias, muito bem pagos a Charters de Almeida para fazer ''O Projecto de Execução da Relocalização da Estátua de D. Francisco de Almeida''.
Se os trabalhos arqueológicos tivessem sido prévios e se por sorte tivesem sido encontrados vestígios que impedissem construir a nova praça, não era preciso pagar 24.500 € ao Conde da Baía por um trabalho de 5 dias, porque era possível que os trabalhos tivessem de ser cancelados.
Por isso estes trabalhos arqueológicos com os catrapilas ao lado prontos a entrar em acção e o empreiteiro desejoso de fazer o trabalho, soam um pouco a improvisação.
A terceira é o seguinte: tendo sido posto em causa Álvaro Baptista pelo PSD, porque não o defendeu a Drª Filomena Gaspar?
Tivémos de ser nós.
Marcello de Ataíde
(continua)
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