Segunda-feira, 12 de Julho de 2010

Na última acta da CMA divulgada (21-6-10), a Presidente fez estas declarações:

''A propósito desta questão, referiu que a Câmara Municipal adquiriu o terreno com 82 ha pelo valor de um milhão de euros. O valor proposto pela comissão de avaliação foi de 663 mil euros e esse diferencial ficou a dever-se ao facto de a proprietária do terreno não estar interessada na sua venda e de não haver no concelho outro terreno com idênticas características. Pesou nesta decisão também a proximidade do rio Tejo, pela necessidade de utilização de água, bem como da Central Termoeléctrica do Pego, da EN 118 e da conduta de gás natural, que eram condições importantes para a instalação da empresa.Contribuiu ainda o facto de o projecto ter características de PIN - Projecto de Interesse Nacional, tendo a Comissão de Avaliação e Acompanhamento do AIECEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, EPE, manifestado que "O projecto tem uma relevância económica e social sem paralelo...".Referiu ainda que a aquisição e a venda do terreno foram aprovadas, por unanimidade, pela Câmara Municipal e pela Assembleia Municipal, dado os benefícios esperados para o concelho,designadamente pela criação de postos de trabalho. O Tribunal de Contas visou o processo,onde se incluía a celebração de protocolo, também aprovado por unanimidade pelos órgãos municipais, no qual se previa a assumpção dos compromissos, o valor da alienação do terrenoe a mudança de sede para Abrantes.``

 

A oposição permaneceu silenciosa e o Dr Arês pediu que dessem cópia dos documentos referentes ao assunto. Atitude sensata.

 

Estas declarações merecem-nos o seguinte comentário:

 

a) Qual era a composição da Comissão de Avaliação? Não sabemos.

 

b) Que justifica que tenham pago 337.000 euros mais que valia o imóvel?Não sabemos.

 

c) O Imóvel foi vendido sem encargos? Estamos lembrados doutra compra feita por Nelson Carvalho de terrenos para o Parque Industrial ao Conde de Alferrarede onde o imóvel estava onerado com um contrato de arrendamento a favor de uma empresa de celulose.

Este estava livre de encargos?

 

R- Não estava. O Correio da Manhã diz taxativamente:

A ''Câmara teve de assumir a extinção de um arrendamento florestal com a Silvicaima-Sociedade Silvícola Caima, SA, pagando para o efeito 240 mil euros. E ainda poderá ter de despender mais 53 mil euros, pelo cancelamento de um projecto de florestação negociado entre a proprietária e o Ministério da Agricultura, com validade até 2014.

 

Acresce também que se, no prazo de dez anos, for alterada a actual classe agro-florestal do terreno, com 82,875 hectares, o Município de Abrantes terá de pagar à vendedora metade das mais-valias geradas relativamente ao milhão de euros do negócio, consumado a dez dias das eleições autárquicas.''

 

Isto é que CMA pagou 663.000 euros mais que propunha a C.Avaliação à excelentíssima aristocrata D. Jean Burguette.

 

Gostamos muito que as Câmaras do Camarada Nelson sejam generosas com a aristocracia. Também o foram com o Conde de Alferrarede!!!!!

 

e) Porque é o que a implantação da indústria não foi apontada para os locais  previstos no PDM 'isto é as zonas delimitadas na cidade de Abrantes e no Tramagal''?

Muito simples o PDM só serve para chatear os tansos que querem construir casinhas nas aldeias com horta, para ao fim de semana irem sachar as couves. A CMA prefere que eles vivam na cidade e se dediquem a praticar baseball !!!

 

f) Porque é que a CMA não pediu garantias bancárias ou outras ao Alves e à sócia ou introduziu cláusulas para salvaguardar os interesses

municipais?

Isso é desconfiar das pessoas, deve ter dito algum jurista camarário. Não se desconfia dum cavalheiro como o Alves e além disso é do Benfica como eu, pode ter dito Nelson Carvalho.  

 

g) Porque é que a Presidente não esclareceu a Oposição sobre os encargos assumidos com a venda?

Resposta cínica: os gajos não perguntaram.

 

h) Porque é que o Vereador Belém não perguntou nada, quando foi segundo o C.Manhã o único a levantar alguma questão na A.Municipal de Julho de 2009?

Nesse dia queriam despachar a reunião para ganharem o prémio Speedy González e estava muito calor.

 

i) Porque é que o secretário de Estado Walter Lemos deixou o Alves insultar ''os maricas'' e os ''deputados''?

R. O Walter Lemos não é polícia.

Logo

j) Porque não se apontou para a expropriação por utilidade pública?

Elementar. O Alves é de Avis. Em Avis há muitos comunas que se fartaram de roubar propriedades a abrantinos da classe alta. Inclusive chegaram a roubar faqueiros de prata que foram usados em momentos especiais. Por exemplo quando o Camarada Álvaro Cunhal passava pelas UCPs. O Alves também foi comuna. Estar a expropriar uma aristocrata para favorecer o ex-comuna Alves de Avis dava mau aspecto.

Que diriam os rotários?

Como é que os rotários socialistas iam aturar o Sr:Fernando Simão, grande proprietário alentejano, se este começasse a protestar!!!!

 

Rotários regressam após intercâmbio

 

Miguel Abrantes



publicado por porabrantes às 13:43 | link do post | comentar

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