O camarada Jota Pico é agora amigo dos comunas de Constância. Foi essa tropa (o pcp, mdp-cde e restantes) que distribuíram armas à canalha para terminar com a democracia.
As armas vieram dos arsenais da tropa.
Desafio Jota Pico a dar-nos a lista
A) dos tropas que roubaram G-3 e as distribuíram à canalha para enterrarem a democracia. (1)
B) Nome do Vereador do PCP do tramagal envolvido na distribuição de G-3.
G-3
C) Lista dos militares e juízes que não fizeram justiça ou seja que não mandaram para Caxias os ladrões de armas e os golpistas.
D) Também houve armas para os democratas. Deixo aqui o nome dum dos responsáveis pela distribuição de armas aos democratas ou seja a quem combatia a escória gonçalvista : tenente-coronel Salgueiro-Maia.
E) As armas foram entregues por exemplo na sede do PS de Santarém, onde funcionava um centro de telecomunicações militares clandestino, porque o oficial estava na mãos dos canalhas. Testemunho José Niza em entrevista ao Mirante.
F) Dou o nome de quem distribuiu armas aos democratas. Dê-me Pico o nome dos seus amigos comunas que queriam liquidar a democracia a tiro.
G) Já agora acrescente a lista dos páras revoltados em Tancos, oficiais que os comandavam e que fazem agora.
H) O mínimo era ter excluído essa canalha para sempre do circuito democrático, mas Pico é amigo deles. Nomes, please. (2)
I) Quanto à minha Walter 7,65 está pronta para despachar a primeira besta que me assalte. Se a PSP não faz nada, eu faço. Tenho direito legal: chama-se a legítima defesa e estado de necessidade.
J) A mesma coisa que levou democratas como Edmundo Pedro a distribuir armas para parar os agentes soviéticos. E levou o meu querido Cónego (Melo) a esconder Alpoim Calvão no Seminário de Braga.
i) Entre os golpistas de Novembro encontrava-se a ex-médica da senhora de Baptista Pereira, drª Isabel do Carmo. Pico tem amigos do catano!!!!
Vai denunciar a Drª Isabel à Judite? Olhe que já houve uma amnistia.....
Com os meus cumprimentos e os da Walter
Miguel Abrantes
(1) Tendo Pico acesso aos comunas faça-lhes um requerimento pedindo a lista dos chacais a quem estavam destinadas as G-3 encontradas em casa dum Vereador comuna no Tramagal e depois publique a lista. E deixe-se de merdas.....
(2) Se não os der, darei eu o nome dos que estiveram implicados em Abrantes!!!!
José Niza conta que havia no local um equipamento de transmissões do Exército
“Salgueiro Maia quis entregar cento e cinquenta G3 na sede do PS de Santarém”
Na véspera do 25 de Novembro de 1975, numa altura de grande instabilidade e com o Exército dividido, Salgueiro Maia disponibilizou-se para entregar armas no PS de Santarém. A história é contada pelo ex-dirigente socialista, José Niza
Na véspera das operações militares de 25 de Novembro de 1975, o capitão Salgueiro Maia disponibilizou-se para entregar 150 espingardas G3 na sede do Partido Socialista de Santarém. As armas não chegaram às mãos dos civis porque o então dirigente do partido, José Niza, se recusou recebê-las. “ Ele quis-me despejar, lá na sede do PS, 150 G3 e eu não quis. Disse-lhe: Ó Salgueiro Maia, desculpe lá. O único tipo que sabe mexer nas G3 sou eu que estive em Angola. E não vejo aqui nenhum inimigo à vista. Portanto não me ponha cá essa coisa”, conta o conhecido médico, compositor e ex-deputado.
O ambiente que se vivia em Portugal era de grande instabilidade. Nas forças armadas havia várias facções. Os chamados gonçalvistas, afectos ao ex-primeiro-ministro Vasco Gonçalves, a corrente revolucionária, conotada com Otelo Saraiva de Carvalho, e o Grupo dos Nove, liderado por militares considerados moderados, entre os quais Melo Antunes e Vasco Lourenço. Na lista de unidades militares afectas ao Grupo dos Nove estava a Escola Prática de Cavalaria de Santarém de onde tinha partido a coluna militar que cercara o Quartel do Carmo no 25 de Abril. José Niza afirma que nunca participou em nenhuma reunião com militares mas confirma contactos com os moderados. “Não houve reuniões formais. Havia uns telefonemas. Havia contactos directos e indirectos”.
O ex-dirigente do PS confessa que só mais tarde percebeu para quem eram as G3 que ele recusara. “O Rodolfo Crespo (fundador do PS e seu dirigente nacional) telefonou-me a dizer que iriam aparecer lá na sede uns 150 tipos. Ex-comandos de Rio Maior, Torres Vedras, etc... Eu ouvi aquilo e pensei que ele estivesse a brincar. Que fosse uma invenção qualquer. Que alguém lhe tinha contado essa história. Na verdade não era. Nessa noite entre as duas e as três da manhã, eles começaram a aparecer”. Os indivíduos estiveram até ao nascer do dia. “Isto foi uns dias antes do 25 de Novembro. Foram embora porque já estavam fartos e não tinha acontecido nada”.
Para além do episódio das espingardas G3, José Niza conta que a sede do PS em Santarém era usada como ponto de apoio do Grupo dos Nove. “Tivemos lá montado um sistema de comunicações da tropa. Do exército. Alguém foi lá montá-lo porque não tinham confiança nas comunicações da Escola Prática. Aquilo era um sistema paralelo. Uma alternativa. Não sei se o chegaram a usar ou não”.
Salgueiro Maia não comandou apenas a coluna militar do 25 de Abril. No dia 25 de Novembro saiu com outra coluna militar em direcção a Lisboa. O objectivo era neutralizar o Regimento de Artilharia de Lisboa, o conhecido RALIS, quartel afecto à facção revolucionária das Forças Armadas. No livro “Abril nos Quartéis de Novembro” os autores, jornalistas Avelino Rodrigues, Cesário Borga e Mário Cardoso, alvitram que Salgueiro Maia teria um “pacto de sangue” com o comandante daquela unidade militar, o capitão Dinis de Almeida, segundo o qual não se atacariam mutuamente.
E escrevem que por causa disso a coluna de Santarém só chegou quando estava tudo resolvido. “No dia 26 (de Novembro de 1975) à tarde, entra em Lisboa uma força da Escola Prática de Cavalaria (…). Surpreendentemente, as tropas do capitão Maia, que em 25 de Abril de 1974 tinham demorado pouco mais de duas horas a chegar a Lisboa, levaram quase vinte e quatro horas a atingir a capital”.
José Niza diz que estava à porta do RALIS com Jaime Gama, Sotto Mayor Cardia e António Reis na altura em que a coluna de Santarém ali chegou. E que assistiu à saída dos soldados que foram desmobilizados. “Alguns vinham a chorar”. Sobre Salgueiro Maia, que só conheceu depois do 25 de Abril e que morava perto da sua casa em Santarém, diz: “Era muito determinado mas demasiado radical. Não era de meias tintas quando achava que tinha razão”. Mas elogia-lhe a coragem e a dignidade. “Foi muito injustiçado. Não se pode aceitar que uma pessoa daquelas, depois daquilo que fez, tivesse sido colocada, por exemplo, a comandar o Presídio Militar. Ou que o tivessem mandado para os Açores. Trataram-no muito mal. Mas ele nunca se lamentou. Foi uma pena ter morrido tão cedo”.
O Mirante 23-4-2008
E como não estamos para deixar as coisas a meio junta-se:
Ao ler a entrevista de José Niza a O MIRANTE, senti alguma emoção pelo recordar dos acontecimentos de Novembro de 1975, nos quais estive directamente envolvido, pelas responsabilidades politicas que, naquela altura, desempenhava no Partido Socialista a nível Distrital.
A distribuição de armas pelos civis, que nos dias de hoje pode parecer um escândalo, era, na época, uma prática corrente, especialmente pela influência que os Oficiais Milicianos, militantes da esquerda revolucionária exerciam no interior dos Quartéis.
Portugal vivia à beira de uma guerra civil. A luta era política e também militar. À esquerda do PS havia várias tendências antagónicas e tudo indicava que sem um projecto político consistente, coerente e ideológico, só pela via da insurreição militar, e consequente guerra civil, essas forças achavam possível anular o combate dos que defendiam a democracia e a liberdade.
Foi neste quadro político, militar e revolucionário, que os Comandos Militares, compreenderam, que não era possível controlarem algumas das forças militares dissidentes da cadeia hierárquica, sem o apoio civil. O Partido Socialista e Mário Soares foram na altura um forte baluarte no apoio e defesa da hierarquia militar. É assim que surge a necessidade de armar civis em contraponto às armas distribuídas pela esquerda revolucionária.
Em Lisboa foi o meu camarada Edmundo Pedro o responsável pela distribuição das armas o que, mais tarde, lhe custou muitos meses de prisão, traído por alguém que o denunciou no momento em que se preparava para as devolver à entidade militar que lhas confiara.
Em Santarém o processo foi diferente. Não sabia da conversa entre Salgueiro Maia e José Niza sobre a possibilidade de entrega de 150 espingardas G3, que José Niza recusou. Sei apenas o que se passou com a minha intervenção, na ligação entre PS e o comando da Escola Prática de Cavalaria. Na época eu exercia o cargo de Coordenador Político no Distrito de Santarém, em representação do Secretariado Nacional, e foi nesta qualidade que tive esses contactos.
Pessoalmente, sempre detestei armas. Era algo que me horrorizava. Mas a situação era demasiado grave e não havia lugar para sentimentos pessoais, havia que agir e tomar as decisões adequadas. É neste contexto que, não querendo armas para distribuir, preferi ter homens disponíveis para usar as armas, caso isso viesse a ser necessário.
O PS, tinha organizado uma estrutura civil/militar, constituída por militantes que tinham servido nos Comandos. Este corpo civil/militar estava dividido em pequenas células facilmente mobilizáveis por telefone.
Sempre que a Escola Prática de Cavalaria precisava de pôr o seu material na rua, inclusive quando marchou para Lisboa, em 25 de Novembro, a fim de neutralizar o R.A.L.I.S., ficava com o quartel desguarnecido, pela falta de efectivos e era nestas circunstâncias que os homens de que dispúnhamos, poderiam eventualmente ser necessários.
Sempre que tive necessidade de mobilizar os militantes daquela estrutura civil/militar para a sede da Federação do PS em Santarém, a pedido do Comando da E.P.C., eles ficavam como reserva, para a eventualidade de serem necessários. Daí, a situação que o José Niza relata, dos homens que lhe apareceram na sede do PS numa certa noite e que desmobilizaram, de manhã sem terem visto quaisquer armas.
Dos acontecimentos de 25 de Abril de 1974 a 25 de Novembro de 1975, há muitos que apenas estão arquivados na memória dos que os viveram. E à medida que as nossas vidas se forem extinguindo, muitos desses arquivos se perderão para sempre. Daí ter dado a minha versão do que foi relatado a O MIRANTE por José Niza.
Não me cruzo, nestes caminhos da vida, já há alguns anos com meu camarada e amigo José Niza. A homenagem que lhe foi prestada em Santarém nas comemorações 25 Abril de 2008, é acto de enorme simbolismo cívico, que honra os organizadores e prestigia ainda mais o homenageado a quem, aqui de Torres Novas, envio um caloroso e fraterno abraço, ficando à espera do seu anunciado livro sobre as memórias da guerra. Mas, José Niza, não te demores, porque aos oitenta anos, já não tenho “ Sete Vidas “.
João F. Pereira
in o Mirante 6-5-2008 ler aqui
PS- José Niza é o mandatário de Manuel Alegre em Santarém. O Marcello de Ataíde já disse que apoiava o Alegre por ser um fidalgo. E agora digo eu que também apoio o Manel porque ele foi essencial para parar a canalha no 25 de Novembro.
Viva Manuel Alegre!!!!
Quanto ao Nobre e ao empregado de Alves & Cª onde estavam a 25 de Novembro de 75?????
Miguel Abrantes
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