O nosso amigo Arquitecto António Castel-Branco foi desde o início um dos principais animadores do movimento cívico pela defesa do património abrantino, em especial pela contestação popular ao projecto do arq. Carrilho da Graça através de intervenções em debates públicos e vários artigos divulgados em órgãos da comunicaçao social local, regional e de âmbito nacional.
Docente na Faculdade de Arquitectura de Lisboa, o António tem sido um dos activistas e colaboradores neste blogue, embora nos últimos 2 meses a sua actividade militante se tenha reduzido, porque estava a ultimar a sua tese de doutoramento, defendida brilhantemente no passado dia 4 de Dezembro
Devemos destacar que o orientador da tese, o Professor Phil Hawes, aluno de Frank Lloyd Wright, reputado arquitecto ianque, foi outro dos impiedosos críticos do projecto de Carrilho, através duma entrevista ao semanário local, Primeira Linha realizada, pelo jornalista Mário Semedo, também subscritor da petição.
Com a devida vénia reproduzimos o artigo do Mário, saído no último Primeira Linha e publicamos duas fotos a que tivemos acesso das provas de doutoramento.
Voltaemos a publicar também, porque a memória é curta, as declarações de Phil Hawes. E agora damos a palavra ao Mário:
António Castelbranco apresentou tese de doutoramento
No passado dia 4 de Dezembro teve lugar no auditório da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa o doutoramento Honoris causa do grande arquitecto brasileiro Oscar Niemeyer, e logo a seguir o arquitecto abrantino, António Castelbranco fez a apresentação da sua tese de doutoramento.
O Professor Arquitecto americano Phil Hawes, aluno de Frank Lloyd Wright, um outro famoso arquitecto foi o orientador da tese.
A dissertação com o título: CONTRIBUTO PARA TEORIZAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DA ARQUITECTURA E DO PLANEAMENTO TERRITORIAL, Proposta metodológica para o estudo do território da Bacia de Drenagem a Norte de Abrantes. Assentou sobre as questões da sustentabilidade do ambiente e as suas ligações à arquitectura e ao planeamento territorial e urbano.
Ou seja enquanto projectistas (agentes privilegiados de transformação do território) qual é o papel que arquitectos e urbanistas podem representar num mundo que se quer mais sustentável,
Durante a apresentação Hawes afirmou que o trabalho de António Castelbranco “objectiva distanciar-se do enquadramento intelectual reducionista vigente e, contribuir para o desenvolvimento de metodologias que, com base num modelo transdisciplinar e holístico de desenvolvimento sustentável, venha a ter aplicação no processo de planeamento urbano e do território”. Acrescentou ainda que a “tese do Antonio e o seu processo intelectual é inspirador para mim pessoalmente, e sua abordagem será também uma fonte de inspiração para outros projectistas que estiverem abertos a conceitos avançados de planeamento”.
Fica assim dada a notícia…
Mário Semedo
E naturalmente agora esperamos ver o António, de novo a liderar o movimento cívico pela Defesa do Património de Abrantes.