Num acto de verticalidade e corajosa coerência política, o Dr. José Amaral, subscritor da petição e deputado independente à Assembleia Municipal, demitiu-se do seu cargo, enviando uma violentíssima carta ao Presidente da Assembleia Municipal, o Ministro Jorge Lacão Costa, onde denunciava com frontalidade e valentia a cobardia política do Arq. Albano Santos, ex-cabeça de lista dos Independentes à C.M.A.
Desde sempre José Amaral se caracterizou por dizer o que pensava, tendo apoiado a contestação popular ao faraónico projecto de Carrilho da Graça de que Albano Santos foi um dos responsáveis e mais entusiastas defensores, só ultrapassado por gente que não tem sentido de humor nem é capaz de defender o património de Abrantes, como João Pico ou Nelson Carvalho.
Tiramos o chapéu a José Amaral, advogado que dedicou boa parte da sua vida profissional a sozinho defender nos Tribunais o povo de Abrantes contra o esbulho que foi a isenção de sisa concedida pelo governo a quando do negócio da Central do Pego.
Recordemos que tanto as edilidades de Humberto Lopes e Nelson Carvalho deixaram sozinho o ilustre Advogado num combate quixotesco contra o esbulho a que Abrantes foi sujeita.
Recordemos que os partidos políticos fizeram o mesmo e que os senhores rotários homenagearam agora o director da central pegacha em vez de homenagear o Advogado íntegro, o Homem de Bem e o herdeiro daquele que foi um cidadão exemplar, o médico José Amaral.
Recordemos que tarde e más horas, a edilidade de Nelson Carvalho resolveu apoiar José Amaral e patrocinar uma petição popular contra o negócio da sisa, quando a acção popular, um monumento à dedicação cívica e à ciência jurídica, já estava no Tribunal Constitucional, um dos mais veneráveis exemplos da partidocracia lusitana.
Agora que o Dr. Amaral já não é um político, contamos com ele para varrer o projecto do Carrilho da face honrada de Abrantes.
Por Abrantes