''O espólio documental da casa dos marqueses de Abrantes foi formalmente depositado no Arquivo Municipal Eduardo Campos, após a assinatura de um protocolo entre a Câmara Municipal e o actual marquês de Abrantes, José de Lencastre e Távora.
A assinatura do protocolo realizou-se no dia 26 de Novembro, no encerramento das Jornadas de História Local, na Biblioteca Municipal António Botto.
O espólio contém uma vasta documentação que vai desde o século XV a finais do século XX, tratando de vários assuntos. São documentos referentes a bens da casa de Abrantes; estudos inéditos; genealogias; inéditos literários; atribuições de títulos; documentos referentes a assuntos militares; documentos reais (originais e cópias), com destaque para documentos escritos por D. Miguel I; cópia em Latim do Foral de Abrantes; documentos referentes às igrejas de Abrantes; cópia do contrato celebrado entre a Rainha D. Maria II e a armada Britânica, entre outros.
A Presidente da Câmara, Maria do Céu Albuquerque, agradeceu à família por disponibilizar este espólio à comunidade abrantina e sublinhou a importância da documentação para os historiadores locais.
José de Lencastre e Távora regozijou-se pelo facto do espólio da família permanecer à guarda do Arquivo Municipal de Abrantes salientando o facto de ficar “preservado” e de estar à disposição dos investigadores e da comunidade. (página web da CMA)''
Conforme tínhamos noticiado o Marquês de Abrantes e Fontes (etc. o aristocrata dispõe de mais uma vasta lista de títulos, uma das maiores de Portugal), Zé Abrantes de seu nome artístico, D. José de Lencastre e Távora, de seu nome próprio, assinou com a CMA um protocolo pelo qual parte do Arquivo de Casa de Abrantes foi ''depositado'' no A.H.A., hoje situado no cu de judas ou seja no Vale das Morenas.
Lembramos que foi a Chefa mais o empregado do falso (1) Barão que levaram o AHA para o cu de judas apesar duma enorme polémica, dos protestos de Eduardo Campos e de mais intelectuais abrantinos com o sólido argumento do ''quero, posso e mando'' e de que não havia espaço no centro histórico.
Hoje a Chefa mais o empregado do falso (1) Barão têm o descaramento de dizer que há espaço para construir a Torre-Preservativo do licenciado de Portalegre.
Esperemos que a Presidente tenha lido o que assinou e que saiba que o Marquês pode retirar os documentos quando entender.....
A página da CMA dá-nos fotos deste acto de assinalável relevo heráldico. Estamos à espera que a Caras e a Hola as publiquem, mas não resistimos a dar ao povo algumas imagens da cerimónia.
Vão naturalmente por ordem de importância das personagens.....
O Marquês de Abrantes e Fontes ou seja Dom José de Lencastre e Távora.
foto cma
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o glorioso brasão duma família com múltiplos serviços à história de Portugal
e a agora a política com o Senhor Marquês
foto cma
Estranhamos que a sala não esteja adornada com as armas de Albuquerque e com as dos Marqueses de Abrantes
E agora o bom povo
foto cma
Estranhamos não ver entre os presentes nem a Chefa nem o conhecido defensor dos direitos do Conde da Bahia à primazia entre os Almeidas, Candeias Silva. Supomos que estaria em diálogo com Veríssimo Serrão sobre a contribuição de Marcello Caetano para o fim de Portugal.
Uma amigo nosso dizia que para os documentos assinados pela Presidente tenham validade devia seguir-se o mesmo procedimento que usava Chalana com o Benfica. Assinava o contrato e depois a nossa querida Amiga e peticionária Anabela Mateus escrevia: Autorizo e assinava.
É uma sugestão que deixamos ao PS para reforçar o controle partidário sobre a Presidente não vá ela começar a ter ideias.....
Obrigado Anabela, por teres assinado a petição. É assim que fazem as pessoas que gostam de Abrantes!!!!!
Finalmente em nome dos peticionários agradecemos à família do ilustre titular este gesto de civismo e mais um serviço seu à cidade de Abrantes.
Aos camarários não temos nada para agradecer e somente rogamos que sejam mais bem educados e não expropriem ao Marquês de Abrantes o título de Dom que lhe corresponde pela sua categoria social e pelos serviços prestados à pátria pela sua família....
Se mandaram afixar uma lápide na Igreja de São João onde figuram a palavras ''D. Augusto César'', para denominar o Prelado que foi um entusiasta da repressão colonial em Moçambique e que teve o beneplácito da Ditadura para ser Bispo, fazem favor de ser tão bem educados com o Marquês de Abrantes, personalidade que pela sua obra ultrapassa de longe o patrocinador da candidatura socialista do Padre Belo à Câmara do Crato.!!!
O Marquês possui os mesmos direitos que um Prelado a ser tratado por Dom se a CMA acha que continuam em vigor os títulos nobiliárquicos, coisa polémica em termos de Direito.
Hoje parte relevantissima deste arquivo está na Torre do Tombo, donde se transcreve uma descrição desse fundo:''
Código de referência | PT/TT/CABT |
Entidade detentora | Arquivo Nacional Torre do Tombo |
Título | Casa de Abrantes |
Nível de descrição | Fundo |
Dimensão | 88 caixas |
Produtores | Almeida, família, Condes de Abrantes, 1476; Sá, família, Condes de Penaguião, 1583; Sá Almeida e Lancastre, famílias, Marqueses de Abrantes, 1718; Lencastre, família, Condes de Vila Nova de Portimão (1504). |
História administrativa/biográfica | |
O título de 1º Conde de Abrantes foi concedido por D. Afonso V, em 1476, a Lopo de Almeida, alcaide-mor de Abrantes, Punhete (actualmente Constância) e Torres Novas, senhor do Sardoal, Mação e Amêndoa e vedor da Fazenda (1471), mordomo-mor, contador-mor e escrivão da puridade da Rainha D. Joana. Casou com D. Brites da Silva, camareira-mor da Rainha D. Isabel, filha de Pedro Gonçalves Malafaia, rico homem, vedor da Fazenda. O título não foi renovado nos descendentes do 3º Conde, D. Lopo de Almeida, o fundador do convento de Santo António de Abrançalha (c. 1526), depois transferido para Abrantes. António de Almeida, 9º e último alcaide-mor de Abrantes, morreu solteiro e sem geração. Foi aos descendentes de sua irmã, D. Isabel de Mendonça, condessa de Penaguião pelo casamento com D. João Rodrigues de Sá, 1º Conde de Penaguião, que coube a representação da Casa de Abrantes. Filipe III dispôs da Casa e do título a favor do Marquês de Porto Seguro, D. Afonso de Lancastre, da Casa dos Duques de Aveiro (1635), que teve o título de Duque de Abrantes, em Espanha, o qual não foi reconhecido em Portugal. Após a Restauração o título foi renovado por D. João IV (1645) em D. Miguel de Almeida um dos conjurados de 1640, do seu Conselho e mordomo-mor da rainha D. Luísa de Gusmão, tendo sido o 4º Conde de Abrantes. Morreu sem geração, ficando como única herdeira da Casa D. Isabel de Mendonça, condessa de Penaguião. D. João V, em 1718, mudou o título de Marquês de Fontes para o de Marquês de Abrantes ao 7º conde de Penaguião e 3º marquês de Fontes, D. Rodrigo Anes de Sá Almeida e Meneses (1676-1733), terceiro filho do 4º conde de Penaguião e 1º marquês de Fontes, nascido em 1676, sendo assim o 1º Marquês de Abrantes. Recebeu os senhorios da vila de Abrantes, do Sardoal, dos concelhos de Sever, Penaguião, Gondim, Fontes, Gondomar, Vila Nova de Aguiar de Sousa, Bouças, Gaia e honra de Sobrado. Foi capitão, alcaide-mor e governador das armas do Porto, das fortalezas de São João da Foz e de Nossa Senhora das Neves de Leça (Matosinhos), alcaide-mor de Abrantes, Punhete, Amêndoa e Mourão, comendador de Santiago do Cacém e de São Pedro de Faro, da Ordem de Santiago, e de São Pedro de Macedo da Ordem de Cristo. Casou com D. Isabel de Lorena, filha dos 1os Duques de Cadaval. O 5º marquês de Abrantes e 7º conde de Vila Nova de Portimão, D. Pedro de Lancastre da Silveira Castelo Branco Sá e Meneses, e seu filho, D. José Maria da Piedade de Lancastre Silveira Castelo Branco de Almeida Sá e Meneses, 6º marquês, foram prisioneiros de guerra em França, só tendo sido libertos depois da Guerra Peninsular O 7º marquês, D. Pedro Maria da Piedade de Alcântara Xavier de Lancastre, conde de Penaguião e de Vila Nova de Portimão, foi apoiante dos miguelistas. Julgado quando da vitória liberal, foi absolvido pelo Conselho de Guerra. Foi 8º Marquês, já durante o regime republicano, o 12º conde de Vila Nova de Portimão, D. João Maria da Piedade de Lancastre e Távora, nascido em 1864, casado com D. Maria Carlota de Sá Pereira de Meneses Pais do Amaral, da Casa dos Condes da Anadia. Foi 9º Marquês (1948), representante dos títulos de Vila Nova de Portimão, da Sortelha e de Penaguião, D. José Maria da Piedade de Lancastre e Távora, nascido em 1887. Casou com D. Maria Emília do Casal Ribeiro Ulrich. Seu filho e herdeiro, D. Luís Gonzaga de Lancastre e Távora (1937-1993), 10º marquês de Abrantes, foi casado com D. Maria João de Carvalho Gomes de Castro, filha dos 4os Condes de Castro. Publicou numerosos estudos sobre genealogia, sigilografia e heráldica. É 11º marquês de Abrantes D. José Maria da Piedade de Lancastre e Távora, filho do anterior. É detentor dos títulos de Conde de Penaguião, Conde de Vila Nova de Portimão, Marquês de Abrantes, Marquês de Fontes. | |
História custodial | |
O arquivo da Casa de Abrantes foi classificado pelo IPPC, tendo sido depositado no extinto Arquivo Histórico do Ministério das Finanças. A instâncias do marquês D. Luís de Lancastre e Távora, foi-lhe entregue a custódia do arquivo, que acabaria por ser vendido e disperso. | |
Modalidades de aquisição | |
A documentação que constitui o fundo foi adquirida por compra em diversas ocasiões: directamente à família; a J. C. Silva (Livraria Histórica e Ultramarina), em 1975; à Livraria Avelar Machado, em 1976; comprada pela Direcção Geral do Património Cultural, em 1977; à Livraria Histórica e Ultramarina, em 1978 e 1981; a José Manuel Rodrigues, em 1982; no leilão Silva's - Pedro de Azevedo, em 1989; à Biblarte, em 1992; no leilão Silva's - Pedro de Azevedo, em 1994; e ao Professor Gonçalves Rodrigues, em 1995. | |
Âmbito e conteúdo | |
Fundo constituído por documentação das famílias Góis, Góis e Lemos, Silveiras (Condes de Sortelha), Castelo Branco (Condes de Vila Nova de Portimão), Valentes de Póvoa, Vasconcelos do Esporão (Condes de Figueiró), Lancastre (comendadores-mores de Avis), relativa à constituição, aquisição e administração de bens e propriedades (mercês, doações, autos de tombo, tombos, demarcações, para além de escrituras de venda, aforamentos, petições, processos, demandas, sentenças, quitações, despesas, recibos, dotes, contratos de casamento, testamentos, inventários de bens, como pratas e móveis, autos de avaliação de quadros e gravuras, partilhas, correspondência, etc). Reporta-se a propriedades, padroados, comendas e capelas, situadas em Lisboa, Rilvas, Mafra, Muge e Vale do Tijolo, Torres Vedras, Montemor e Estremoz, Veiros, Avis, Alcanede, Alandroal e Rio Frio, Abrantes, Quintas de Arruda e Alenquer, Valverde, Góis, Póvoa, Santarém, Ponte de Lima, Oliveira do Conde, Pernes, Beringel, Porto, Gondomar e Bouças, Leiria, Recardães e Segadães, Pedra Alçada, Penalva de São Gião, Quinta da Pipa, Morgadio do Calhariz de Benfica, Morgadio do Esporão, Alentejo. Inclui ainda, para além de apontamentos de carácter genealógico, correspondência e produção literária, entre a qual poesia, e documentação de carácter pessoal. | |
Organização e ordenação | |
A documentação maioritariamente organizada segundo critérios cronológicos e de numeração sequencial catalográfica.'' -in link citado da Torre do Tombo |
(1) Quando o dito ''titular'' dispuser de um alvará a conceder-lhe o título faça favor de nos informar.
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