Não somos como a folha gratuita onde o  Dr. Alves Jana, esposo da máxima autoridade do concelho, censurou a resposta do Sr. Arquitecto Doutor António de Ataíde Castel-Branco, onde o António dizia mais ao menos ao avençado municipal Fernando Baptista Pereira que não entrava em peixaradas porque ''noblesse oblige''.

Por isso aqui vai a carta ''ipsis verbis'' do Vereador do ICA, Sr. Dr. Carlos Arês. Os citados sem direito a Senhor, são-no porque na nossa modesta opinião esse tratamento não é estritamente protocolar. Assim chamamos Senhor a João Pico, mas desde já se diz que o primeiro esposo do concelho não é para nós um senhor ....

Agora a opinião do Sr. Dr. Arês: 

Caríssimo "Miguel Abrantes":

Tive oportunidade de ler este post e registo a manifestada vontade de saber de onde terei vindo eu, Carlos Arês.
Estou ao dispor de todos quantos desejarem saber as minhas origens familiares, políticas e geográficas. Basta pedir.
Quanto ao resto do post, parece-me excessivamente marcado por um ódio difícil de perceber para mim. Das possíveis revelações com dignidade "eclesiástica", fico à espera.
Registo também a crítica à minha actuação na Câmara Municipal de Abrantes, a qual, em breve, poderá ser melhor compreendida.
O tempo o dirá.
Carlos Arês

E a resposta do Dr.Miguel Abrantes

Caríssimo Vereador da ''Oposição'',

Agradeço-lhe penhorado ter entrado em contacto com a petição, pensava eu que seria para discutir alguns dos aspectos legais e culturais que temos levantado acerca do monumento à estupidez que constitui a destruição de São Domingos e da paisagem da Cidade.

 antónio colaço 

Mas parece que o caro Vereador da ''Oposição'' quer oferecer-se para nos informar sobre as suas particularidades '' familiares, políticas e geográficas'' e vimos informá-lo que já possuímos essa informação.

E também lhe dizemos que podia ter seguido o exemplo do Sr.João Pico, não a meter um padre milagreiro e centenário nas listas, mas a desfiliar-se do PSD antes de ter ido alegrar a candidatura do  Arquitecto Albano Santos. Uma lista independente deve fazer-se com independentes e não com militantes partidários.

Estamos naturalmente críticos (e é o nosso direito) com a gestão municipal onde o caro Vereador  da ''Oposição'' mais parece um edil da Situação.

E esta Situação, herdada do consulado do Sr. Carvalho (Manuel Alegre dixit), minada pelas trapalhadas em que o ex-Presidente a meteu (desde o Diap até à RPP Solar), não melhorou e continua a repetir alegremente os mesmos vícios. Em abono da Srª Drª Maria do Céu direi que ela ainda não processou nenhum jornalista, nem o dono de nenhum burro, acto que ficará na história como o cúmulo do rídiculo a que pode chegar um Presidente da Câmara.

Mas, meu caro  Vereador  da ''Oposição'' há coisas que gostava que nos esclarecesse.

Por exemplo, isto:

que pode consultar aqui

A informação refere-se a 2009 e é oficial.

Agora leia esta passagem deste blogue ''

''Em 20 de Maio de 2008 foi celebrado o contrato de prestação de serviços no montante de 50.000 € entre o Município de Abrantes, representado pelo seu então Vice-Presidente, João Carlos Pina da Costa, natural de Lamosa-Sernancelhe, (...) e Fernando António Baptista Pereira, casado, natural de São Sebastião da Pedreira, Lisboa, ‘’residente na freguesia de Setúbal (Nossa Senhora da Anunciada), concelho de Setúbal, portador do BI nº 2166079, emitido em 1 de Junho de 1998, pelo Arquivo de I. De Lisboa, e contribuinte fiscal nº 117914380.

O Contrato tem o nº 09/2008 .''

Em 2009, Fernando Baptista Pereira desempenhou funções para a CMA ao abrigo do contrato citado.

É legal esta situação?

Se tem dúvidas que tal pedir um parecer à Procuradoria Geral da República?

São estas coisas que devem preocupar um Vereador da Oposição e não se nós temos um ódio abrantino a um tal Albano Santos.

Desde já digo que odeio quem destrói o património da minha cidade.

Resta, caro Vereador da ''Oposição'', o pormenor da participação eclesiástica na alegre campanha (coisa diferente de uma ''Campanha Alegre''),

do ICA.

Por enquanto, vai só um aperitivo. Transcrevo uma passagem de uma carta trocada entre um político social-democrata e um homem do ICA. A missiva foi amplamente distribuída pela cidade, de forma que não estou a revelar segredo nenhum.

(...)''

Por último, pedi ao Querido Amigo, e Revº Cónego José da Graça que me “ouvisse em confissão”, não sendo eu uma das “ovelhas do seu rebanho”... 

Ao fim da tarde, e depois de me ouvir contar o que era passado, percebendo o meu dilema, deu-me, como era de esperar, um conselho sábio: faça aquilo que, em sua consciência, o deixe tranquilo.

Foi o que fiz.

Na verdade, não tenho grande dúvida de que, se tivesse recusado, o Arq. Albano Santos, muito provavelmente, não avançaria com a Candidatura Independente, cuja organização estava parada, à minha espera, havia um mês. (.....)

Desde quando é competência do Pároco da Cidade andar metido em aventuras eleitorais?

Acho que por agora chega.

Com os cumprimentos da petição,

Miguel Abrantes