Sexta-feira, 12 de Agosto de 2011
(...)No desejo de fomentar a vida cristã em Portugal, o 
Padre Francisco Xavier Fulconis, Superior da Missão Portuguesa
da Companhia de Jesus, tinha escrito para Roma à Irmã Paula
Frassinetti, solicitando-lhe algumas das suas religiosas para a
abertura de um Colégio em Lisboa.
Em carta à Irmã Giuseppina Bozano, datada de
28/1/1865, Paula Frassinetti escrevia: “Está-se a tratar com
 o Padre Fulconis de uma fundação em Portugal, reze e peça que 
rezem para que, se for obra de Deus, se realize; e, se o não
for, que Ele a impeça”. E em carta a 6 de Abril do mesmo ano:
“Coloquei esta fundação nas mãos de Deus, e pelo decorrer dos
E os acontecimentos vieram provar ser a Vontade de 
Deus...
“A 4 de Junho de 1866, como o fermento da parábola,
um pequeno grupo de três Irmãs tomava o comboio em Génova,
com destino a Portugal. Eram as fundadoras da Província 
Portuguesa de  Santa Doroteia: Madre Giuseppina Bozano, 
nomeada  Superiora, Madre Luigia Guelfi, também genovesa, e 
Sor Maria Puliti , romana.”1
“Ao anoitecer do dia 5 de Julho de 1866, numa quintafeira 
simples,  sem título que a recomendasse, as três fundadoras, 
discretamente, entraram na sua casa. No mistério da noite, 
nascia pobremente  o  Colégio do Quelhas (COLÉGIO JESUS 
MARIA JOSÉ), e com ele a Província Portuguesa das Irmãs de
Santa Doroteia. No silêncio, como a semente que germina e será
árvore, no segredo, como dormem as fontes ignoradas que um
dia acordarão em torrentes”.
2
O edifício do Colégio, sito na Rua do Quelhas, nº 6 A,
era vulgarmente chamado “Convento das Inglesinhas”, por ter
sido convento das Agostinhas de Santa Brígida (Irlandesas).
Ficara desabitado desde 1834, ano em que as monjas o
 abandonaram, já que, embora súbditas de Inglaterra, temiam 
qualquer violência, em virtude do Decreto que extinguia em
 Portugal as Ordens Religiosas. 
O enorme casarão, já meio arruinado, bem como a Igreja pública 
anexa,  dedicada a Santa Brígida, foram comprados em 
1866 por D. Maria da Assunção de Saldanha e Castro, filha dos 
Condes de Penamacor. A igreja e parte do Convento doou-as
aos Jesuítas, na pessoa do P. Francisco Xavier Fulconis, Superior;
a parte restante foi, pela mesma, doada às Irmãs de Santa
Doroteia, para fundação de um colégio.
A semente germinou e transformou-se em árvore frondosa que
 ia multiplicando e repartindo os seus frutos: novos colé-
gios, escolas, obra das catequeses, visita a prisões...
Em 1910, o velho vendaval da perseguição religiosa
soprou rijo sobre o florescente Colégio do Quelhas.
Na noite de 7 para 8 de Outubro, “durante longas quatro horas, 
foi medonho o crepitar de balas que nos  entraram 
pelas janelas”. Ao som de tiros, a Superiora do Colégio- Eugé-
nia Monfalim- distribuiu a Sagrada Comunhão a todas as Irmãs,
tendo antes dirigido às mesmas, “palavras de conforto para o
martírio”. A tais horas da noite, estas cenas eram bem dignas
das catacumbas...
Na madrugada de 8 de Outubro, invadido o Colégio do
Quelhas, as irmãs viram-se obrigadas a abandonar a casa,
 sendo conduzidas, em grupos, ao Arsenal da Marinha. 
Ao fim de 44 anos de existência, terminava assim o Colé-
gio Jesus Maria José, mais vulgarmente conhecido por Colégio
do Quelhas...
Como o grão de trigo que morre para dar muito fruto,
este vendaval levou semente para terras de exílio: Espanha,
Brasil, Estados Unidos, Suíça, Inglaterra, Bélgica, Malta...
A restauração da província Portuguesa iniciou-se em
1918, mas somente em 1930, das cinzas, renascia na capital o
COLÉGIO DO QUELHAS, agora com a designação de COLÉGIO
D. ESTEFÂNIA, pela sua localização na R. D. Estefânia, 126,
 Lisboa. Era o dia 25 de Março, festa litúrgica da Anunciação do 
Senhor.
A exiguidade das instalações, face à afluência de alunas, obrigou,
 no ano seguinte, a uma mudança para o Palacete Amaral, 
sito na Alameda das Linhas de Torres, ao Campo Grande,
rodeado de jardins e terrenos de cultura, designados por Quinta 
das Calvanas.
Também aqui a existência do Colégio seria efémera: os seus 
espaços iam-se tornando insuficientes para a população 
estudantil, 
sempre em aumento. 
Finalmente, em 20 de Abril de 1935, o Colégio D. Estefânia
é transferido para um espaçoso edifício- PALÁCIO DO VISCONDE
DE ABRANÇALHA- sito na Rua Artilharia Um, nas proximidades do
Parque Eduardo VII, razão pela qual se tornou conhecido por
COLÉGIO DO PARQUE. Mais tarde, em 1943, retomaria a designa-
ção de COLÉGIO JESUS MARIA JOSÉ, num regresso às suas raízes:
o Colégio do Quelhas.
“Situado na esquina da Rua Artilharia Um com a Avenida
Duarte Pacheco, foi construído nos finais do século passado pelo
Visconde de Abrançalha. No início deste século, esteve lá instalado
o Consulado do Japão, tendo sido adquirido, nos anos trinta, pelas
Irmãs Doroteias, para ali instalarem um Colégio, anteriormente
 localizado no Campo Grande.(..)”
 
in http://www.externatodoparque.com
 
O externato do Parque é um Colégio das Doroteias em Lisboa
 que funciona no antigo palácio do Visconde de Abrançalha.

 

foto da mesma página web.

 
 
 
 
em Lisboa. 
 

A petição agradece que não venha nenhum idiota dizer

que isto era a Casa lisboeta de Solano de Abreu, não vá

apresentar-se  lá um cónego ignaro e cúpido e tentar

despejar as nossas amigas Irmãs Doroteias,para

vender o Palacete a um sócio de negociatas da

construção civil para construir um mamarracho,

com projecto do especialista em cubos

 

 

 

O texto vai dedicado ao licenciado Gaspar

para que aprofunde os seus conhecimentos

e não nos venha explicar que não houve

perseguição religiosa em Portugal.

 

 

O licenciado poderá

 

 

 em caso de dúvida ir à página do

Colégio de Fátima ou dirigir-se

pessoalmente à Madre Superior

Santos Costa que o poderá elucidar

na Rua Actor Taborda sobre a História

duma Ordem a quem Abrantes tanto

deve.

 

Marcello de Noronha, da facção reaccionária e

tridentina da Obra   



publicado por porabrantes às 17:55 | link do post | comentar

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