Com a devida vénia, antes de ir beber um copo, tenho prazer de reproduzir este arrasador post do nosso Amigo António Colaço sobre o miserável e medíocre artigo do Jerónimo Jorge no boletim de propaganda isildista do Gaspar (como está aqui a foto dum saudoso abrantino que fazia História, certamente polémica, mas feita com honestidade, trabalho e valor, não coloco a do pobre-diabo do Souto, cuja relação não é com a História mas com as aventuras da Carochinha ), sobre a RAL.
Recomendamos uma visita ao blogue Ânimo, para lerem a história toda!!!!!
Entretanto estou a imaginar o esganiçado esposo da chefa a berrar pelos microfones: Estão a cuspir em cima da Palha de Abrantes!!!!!
Ò homem, nem sequer o Dutra Faria, , conseguia ter uma tirada dessas!!!!
Miguel Abrantes
Meu querido e saudoso Amigo, Eduardo Campos,a tua Paz e o teu Bem.
Como deves calcular este é um exercício que devias adorar, se ainda estivesses por aqui, mas que, agora, que já podes comparar - já sabes como É Isso Aí... - deve fazer-te rir às "eternas gargalhadas (como é o riso na Eternidade, irmão?!).
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Ou seja,tudo isto assim é dito para se perceber que a história que vou contar-te, se calhar, não merecia o tempo gasto e que tão precioso é para o muito que ainda me resta para fazer.
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Os passos que dei, ontem, por Abrantes, na agradável companhia de um João Graça Vieira, sempre disposto a alinhar no quebrar da rotina dos dias, ficam a dever-se a ti!É verdade!Tal como ficou a dever-se a ti a primeira vez que numa noite de inverno, creio, me levaste ali para as bandas da UDR-União Desportiva Rossiense onde me apresentaste "o Americano" (abraço, Carlos Martins!) que seria o santo e a senha para ir ao "cabeço" das Arreciadas conhecer e fazer reportagem, se autorizassem, para o Notícias de Abrantes, onde colaborava, com uns rapazes radioamadores que por lá andavam a ensaiar as primeiras emissões de rádio pirata.
Fui,reportei e passados poucos dias...fiquei!
Só mais um ponto para te relembrar (irmão, aí na Eternidade, notas que costumam esquecer-se de alguma coisa?!) que, na altura, eu tinha chegado há pouco mais de dois anos a Abrantes - esta revistinha ânimo já tinha nascido, em Abril de 1979 - e não conhecendo ainda bem o meio, senti que alguma da inteligentsia de então não viu com bons olhos meter-me com aquele pessoal!
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Meu querido Amigo Eduardo,não quero tomar-te muito tempo ( de que é feito o Tempo Eterno e como o passas,irmão?!) e também não perder tempo a referir a necessidade de alguém, um destes dias, se lançar à estrada a escrever a história desta fabulosa experiência que foi a de construir uma rádio que assumiu um papel pioneiro na luta pela legalização das rádios livres em Portugal como modernos meios de comunicação/aproximação entre as comunidades locais face à asfixia dos media tradicionais de então, RDP e RR à cabeça para não falar das inexistentes televisões como hoje.
É certo que tu serias o historiador eleito, lançando mão do contributo de outras personalidades, e tendo o privilégio de conheceres grande parte dos protagonistas iniciais e decisivos para tudo quanto se passou, história essa que terminou no dia em que um grupo privado julgou poder comprar esse nosso sofrido passado. Ou seja, a natureza da história por contar, o enquadramento socio-económico e cultural, como muito bem sabes, são peças decisivas para a correcta compreensão científica por parte de quem nada,então, viveu. Ou seja, os palpites e as veleidades estariam à partida expurgados de qualquer tentativa menos séria de quem ousasse reescrever a história que vivemos, o mesmo se diga, para uma qualquer publicação que se reclame de "centro de estudos de história local".
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É aqui, querido amigo, que chegamos ao ponto que motivou esta "espécie de polémica" dada à estampa na pag 23, da edição de Julho da revista "zahara", "História quente/30 anos da RAL".Tu já leste, claro,o mesmo recomendamos aos nossos leitores.A única coisa que nos merece sério reparo é que o sub-director da revista, Alves Jana -que é também director da RAL, director do Jornal de Abrantes - sancionou o que ali é escrito por alguém que de historiografia nada entende.Ponto final.
Dá-se o caso, Eduardo, que Alves Jana, um dos co-fundadores da ânimo e grande dinamizador cultural da região, é nosso amigo comum pelo que, devo confessar-te a estranheza de tudo o que tem estado a acontecer, desde logo, com a celebração de um aniversário que nunca poderia ter lugar!A RAL, a sua história de rádio feita pelo povo abrantino e para o povo abrantino, termina no dia em que passou a ser uma rádio privada, ao serviço, portanto de outros interesses.Ninguém discute o negócio, em si,a sua realização ( embora permaneçam muitas sombras e muitas histórias por contar mas que a mim, pessoalmente, nada me interessam!) mas a nossa RAL,essa, repousa no coração dos abrantinos que a ajudaram a erguer, com suas grandezas e misérias.
Os enGALAnados 30 anos assim festejados, foram de tudo menos os de uma rádio que já não existe!Mas ainda que servissem para homenagear "os fundadores", tanto quanto sei, o index foi selectivíssimo na deliberada selecção de quem fundou o quê!Adiante.O que nasce torto!
É por isso que te peço, Eduardo, que ilumines o nosso amigo comum a que, de uma vez por todas, resolva esta questão.
A mim, Eduardo,não me verás mais a falar sobre este assunto.
Sei que alguns amigos não viram,então, com bons olhos a minha ida para a Rádio O Ribatejo, primeira experiência profissional da tsf, em Santarém.Mas o meu objectivo (para além do ensaio de uma ameaça de alguém em me "limpar o sebo" o que causou reconhecido pânico em casa!) foi sempre o de estabelecermos uma verdadeira cadeia regional.
Sei que alguns amigos, ao tempo, quando ainda na RAL, não viram com bons olhos a minha participação numa outra frente já aberta em Abrantes pela TVA-Televisão de Abrantes (abraço, Augusto Casimiro e outros!) algo que só enriquecia o abrantino patrimóno de luta por um audiovisual de proximidade e que viria a valer-me, anos mais tarde, em Lisboa, um processo no DIAP por emissão pirata de televisão de proximidade (creio que o único em Portugal).
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Meu caro Eduardo, num momento em que luto em Lisboa pela afirmaçao das redes sociais não como uma moda e sim COMO UM MODO DE MUDAR, propondo, tal como há muitos anos, em Abrantes, a realização de um Grande Encontro entre bloggers,facebookers, etc para vermos o que podemos fazer mais, angariando, no final, alguns euros para o Banco Alimentar contra a fome, deparo-me com esta mãozinha inconsciente (?) querendo deitar Tejo abaixo as muitas horas que então gastei, com sacrifício da própria família.
Nada reclamo como deslumbrado protagonista que, em consciência nunca fui, empenhado em conceber e afirmar uma rádio que fosse muito mais do que as incipientes experiências radioamadoras, papel que nunca deixei de reconhecer aos seus autores, mas que hoje, face a esta tentativa de reescrição da história tenho de reclamar que, para mim, tal participação e abertura de horizontes, constituiu o verdadeiro momento em que a rádio se abriu ao mundo não só abrantino como nacional.
A história tem os seus protagonistas, mas ai dos protagonistas que fogem à história de cada um dos que consigo ajudaram a mudar o estado das coisas seja em que área for.
A RAL, as reuniões que entre nós todas as semanas fazíamos e de que nunca abdiquei de levar por diante, como método de avançarmos cada vez mais unidos, seguros e esclarecidos, conjugadas com uma permanente abertura da antena a tudo o que se passasse na nossa comunidade- connosco, a rádio em directo não precisou da inovadora ( e amiga) tsf para ser prática da casa, por muito que ralhássemos entre nós quando era preciso interromper um "programa de autor!"- foram, enquanto duraram, a chave segura do êxito alcançado.
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Meu querido Eduardo, que isto já vai longo - sim, eu sei que Aí não há um antes e um depois e que portanto estás sempre a ouvir-me! - uma espécie de Declaração Final:
- Nada contra uma rádio privada em Abrantes, bem sucedida e feita com gente empenhada.Confesso que raramente ouço esta que, estafadamente, me afirma ser uma "rádio como eu gosto!"Aqui, o problema é de quem gere a dita.(Curiosamente, e vale o que vale, só não gravámos para não sermos acusados de mauzinhos, ontem, uma das mulheres mais próximas da antiga "casa da rádio", nas Arreciadas, enquanto estendia a roupa, sempre nos disse que, hoje, não ouve as rádios de cá."A minha rádio é a Condestável!Essa é que eu gosto!"Vale o que vale.
-O exercício a que metemos ombros, ontem, com a entusiástica colaboração do João Graça Vieira, também vale o que vale.Espero que te rias, pelo menos um pouco - aí, onde estás, Eduardo, de que é feito o Eterno riso?! - e que te lembres do grande contributo que também tu prestaste sempre pronto a defender a memória dos que nos antecederam.
É o que agora tentamos fazer!
Diverte-te e um abraço do tamanho das estrelas, que continuamos a acreditar nos ajudem a iluminar as desanimados noites abrantinas, agora, tanto como,então, tentámos nas radiofónicas e clandestinas noites de Agosto!
Teu amigo
antónio colaço
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