Maria Lucília Brito de Moura, A Guerra Religiosa na 1º República, 2ª ed aumentada,
Univerdade Católica, Lisboa 2010
D.António Moutinho ia em fato talar e de comboio. Chegou ao Entroncamento e uma mulher gritou, diz a Autora , ''Olha um jesuíta'' e preparam-se para o justiçar.
Como se atrevia o dignatário católico a desafiar a consciência revolucionária do bom povo?
Que teria sucedido ao senhor na Estação de Abrantes?
Estaria lá, o Martins Júnior?
O livro fala também de Abrantes.
Será desnecessário dizer que este conceito canalhesco da liberdade religiosa deixava um bocadinho a desejar, mas foi a pauta do comportamento do regime quase até ao consulado de Sidónio Pais.
mn
raptámos o recorte da Ilustração ao blogue Memórias Virtuais
Arrolamento dos bens da Igreja de Santa Luzia e paróquia do Pego, feito pelo distinto republicano Justo Rosa da Paixão (1911)-extracto
Que escreveu o republicano Valente sobre isto?
ma
Era Março de 1911.
O jovem militante republicano Diogo Oleiro era nomeado para o lugar de ajudante do oficial do registo civil de Abrantes.
A generalização do registo civil tinha sido estendida a todo país pelas leis de Afonso Costa. Até 5 de Outubro de 1910 essas funções eram desempenhadas pelos párocos para toda a população católica (já havia um registo civil que abarcava apenas quem não fosse católico, uma ínfima minoria no país. Em Abrantes, contudo havia uma pequena população protestante).
O Registo Civil obrigatório roubava uma grande fonte de receita aos párocos, que cobravam grossos emolumentos por passagens de certidões e outras burocracias relacionadas com os actos relacionados com este âmbito.
Foi nesta época que os livros de assentos de baptizados (etc) passaram das Igrejas para as Conservatórias.
Lá se ia a principal fonte de receita do padre Raposo e dos outros colegas. Tinham razão para estarem chateados.
ma
Um conhecido publicista local sustentou, na Zahara, que a família Silva Martins, do Carvalhal, dona da Moagem Afonso XIII, teria adesivado.
É falso. A bem deles, deve dizer-se que só este homem
João Augusto da Silva Martins Júnior foi republicano. Mas foi-o desde a juventude, muito antes de 5 de Outubro de 1910.
Rocha Martins, um dos historiadores que conheceu melhor a política da República e que foi contemporâneo dos factos, e é homem de fiar, descreve-os assim:
'' Em 2 de Fevereiro, rebentou uma revolta chefiada por um simples mestre de obras, muito metido na politica, José Augusto Martins Júnior, que dirigia um panfleto intitulado o Libertador. Era de Abrantes e de família monárquica e opulenta'' -
Nasceu em Abrantes em 1883 e m. em Lisboa em 3-XI-I946 . Outras informações neste blogue, no Sardoal com Memória e no blogue de S.Miguel, do amigo Rui Lopes.No Coisas de Abrantes do Sr.Oliveira Vieira, também.
Informações familiares: Prof.Gentil Martins e o sobrinho eng. António Silva Martins.
Nº de telefone do Sr.Engenheiro: entrem em contacto com o Dr.Jorge Sampaio.
Tinha o telefone da neta do revolucionário, mas perdi-o. Voltarei a tentar.
mn
Foto: ANTT/O Século, aí por Outubro, Novembro de 1910.
a acusação é do ''Jornal de Abrantes'' de 4 de Junho de 1911
Profusamente triste! Repellentemente Porco!
Jornal de Abrantes, nº 576, 4 Junho de 1911
a transcrição é da Bárbara Martins Marques, sob coordenação do Martinho Gaspar, aqui
A Bárbara Marques era menor, a responsabilidade de chamar '' Repellentemente porco'' ao Damas é do ''Jornal de Abrantes'' e do Gaspar, que devia ter anotado o texto.
Não se chama a uma pessoa ''repellentemente porco'' , sem explicar que o homem às vezes tomava banho. Afinal era médico. Era boa pessoa, mas era um político e a imagem de porco, tem a ver com a sátira de Raphael Bordalo, a política é porca,
Houve fraude? É possível! Mas é óbvio que o texto pretendia explicar a derrota eleitoral do Baptista e garante que a marcial criatura tinha um cv impoluto.
É mentira, tinha sido acusado de espancar soldados e destruiu a Pharmacia Silva.
Era uma besta.
Agradecemos à Bárbara Marques este trabalho sobre história abrantina. Faz-se a natural e devida vénia.
mn
Extracto do livro '' Humberto Delgado'' de Frederico Delgado Rosa,neto do General, que nos ajuda a ver qual era a paisagem abrantina em 1911
Sabiam que não houve quase escola em 1911 e que o Humbertinho estava todo contente com isso? O pai era o alferes Joaquim Delgado, que estava em Artilharia 8 no Castelo de Abrantes. O livro custa uns 40 euros, mas vale a pena.
Devida vénia ao Doutor Frederico Delgado Rosa
ma
Leiam as aventuras alentejanas do abrantino,boticário, monárquico e preso político Joaquim Lopes da Motta Capitão,
Ainda conheci um familiar dele
Também foi jornalista e valente:''Foi já na qualidade de director do “Notícias d’Évora”, e debaixo de forte escolta policial, que saiu do calabouço para vir responder ao Tribunal de Évora por abuso de liberdade de imprensa, com o fundamento de ter ofendido a Comissão Concelhia de Administração dos Bens do Estado. '' (António José Frota)
Devida vénia ao excelente blogue Viver Évora
Seria parente do Motta Ferraz, também boticário e também do Tramagal...?
Caso a estudar
mn
As notícias internacionais de fogos abrantinos têm tradição. Esta é de 1911 do
Vou à página dos bombeiros. Ainda há página municipal mas já não há bombeiros municipais, há uma interessante resenha histórica mas não falam do fogo no cinema cujo fumo chegara à Suiça.
Resultado vou à António Botto ver os jornais de 1911. Aproveitarei para comprar outra cronologia do Eduardo Campos que a velha está destroçada. O Eduardo dá naturalmente mais pormenores sobre o fogo que foi a 6 de Março
MN
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