
D.Lisboa 7-12-1974
O eng. Mário Cardoso dos Santos seria depois da Administraçao da empresa por parte do Estado
Resolução 19/77
Por resolução de 19 de Dezembro de 1974, publicada no Diário do Governo, de 20 do mesmo mês e ano, deliberou o Governo intervir na Metalúrgica Duarte Ferreira, S. A.
R. L., de modo a assegurar a continuidade do funcionamento daquela unidade fabril e, consequentemente, o trabalho de cerca de 2500 pessoas e, pelo mesmo acto, ao abrigo do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei 660/74, suspendeu a administração da Metalúrgica Duarte Ferreira e nomeou em sua substituição uma comissão administrativa.
Por resolução de 7 de Janeiro de 1976, publicada no Diário do Governo, de 16 do mesmo mês, definiu o Governo as linhas de orientação para o saneamento financeiro da empresa.
As alterações da conjuntura desde então verificadas evidenciaram, porém, a necessidade de soluções que, proporcionando a resolução do problema da empresa, contribuíssem também para a restauração do clima de confiança entre os agentes económicos (fornecedores, clientes e instituições financeiras) não só no âmbito desta empresa, mas também pelas repercussões delas decorrentes, no próprio âmbito nacional.
No desempenho do mandato conferido pelo Governo à comissão administrativa da Metalúrgica Duarte Ferreira, que determinava a apresentação de um relatório equacionando os principais problemas da empresa e propondo as soluções achadas por mais convenientes, foram apresentados pela comissão administrativa diversos trabalhos que apontam para a reconversão da empresa, nos quais participaram activamente os trabalhadores, decididamente empenhados e confiantes no êxito das suas propostas, que incluem estudos económico-financeiros e um planeamento dos fundos necessários, e que envolvem o lançamento de projectos de fabrico nacional de tractores, de máquinas agrícolas e de camiões.
As análises feitas confirmam que a empresa não poderá subsistir sem reconversão; a cessação das actividades da empresa não interessa a ninguém; a reconversão proposta, pelo contrário, é interessante sob muitos aspectos (assegura postos de trabalho, dinamiza a actividade económica regional e nacional, contribui para o equilíbrio da balança de divisas), mas assenta em pressupostos que suscitam algumas dúvidas.
Tem-se como certo que a reconversão se não fará senão com uma actuação coordenada do Estado, da empresa, da banca e um grande empenhamento dos trabalhadores da Metalúrgica Duarte Ferreira.
Em face do exposto, o Conselho de Ministros, reunido em 20 de Dezembro de 1976, resolveu:
Nomear uma comissão tripartida, composta por:
Engenheiro Mário Cardoso dos Santos, em representação do Ministério do Plano e Coordenação Económica;
Licenciado Francisco Sousa Leite, em representação do Ministério das Finanças; e Licenciado José Melro Félix, em representação do Ministério da Indústria e Tecnologia;
que terá como atribuições a análise dos trabalhos já elaborados e recomendação, com base nos mesmos, do esquema de saneamento económico-financeiro e outras medidas que devam acompanhar a cessação da intervenção do Estado;
Incumbir a comissão administrativa da Metalúrgica Duarte Ferreira de negociar com os trabalhadores os termos de um contrato-programa relativo aos diversos aspectos da actividade da empresa para os próximos quatro anos;
Incumbir a comissão administrativa da Metalúrgica Duarte Ferreira de negociar com o consórcio bancário um contrato-promessa de mútuos sucessivos, condicionado ao cumprimento do contrato-programa, em que se definam as garantias a dar por todos os intervenientes e, designadamente, pelo Estado;
Definir a data de 30 de Janeiro de 1977 como limite para a execução das acções referidas;
Aprovar o aumento do plafond dos avales a conceder pelo Estado de mais de 100000 contos, valor que se considera suficiente para assegurar o funcionamento da empresa até à data acima referida.
Presidência do Conselho de Ministros, 20 de Dezembro de 1976. - O Primeiro-Ministro, Mário Soares.''
in tretas org
A intervenção na empresa por parte do gonçalvismo em 1974 visou objectivamente a colectivização e a gestão do Estado falhou estrepitosamente.
Deviam construir um busto ao Vasco Gonçalves ao lado do Comendador e outro ao Campante

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diário de lisboa, 5 de novembro de 1974
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diário de lisboa, 1974, Maio


com referências às greves na MDF. (extractos)
ma
Um bom texto no Aventar (só agora dei com ele)
A véspera (rutilante) do futuro
(ainda) adiado
(...)
Um dia, encontro Marques Júnior a jantar na Tubuci com oficiais do meu Regimento. Estranho! Seria mesmo?
Tudo se precipitou na semana anterior. Sabíamos que ia acontecer, como ia acontecer, o que faríamos todos e cada um. Quem controlaria o Calado, quem prenderia o Piçarra, quem…, quem… Quando?! Estava tudo controlado, em cima, ou o “velho” não tivesse escrito “o livro”. Atenção aos sinais, à rádio, ao Paulo de Carvalho, ao Zeca… mas essa do Paulo e do Zeca só nos foi transmitida depois do jantar de 24, todos no quartel, hoje ninguém namora, em nome da nação e do futuro.
E começámos a conhecer paulatinamente os rostos escondidos do golpe. Eu percebi, então, a razão da substituição do capitão Salavessa pelo tenente Marques Júnior, em Mafra. E comecei a perceber outras movimentações, sobretudo as que iam acontecendo no segundo ciclo de instrução.(...)
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a redacção
Deste manifesto retira-se o CV do Vereador comunista Afonso da Silva Campante metido na cadeia na sequência dos ''acontecimentos'' do 25 de Novembro de 1975, que o dr. Álvaro Cunhal, descreveu como uma ''série de insurreições coincidentes''.

O Vereador ''eleito'' numa assembleia atípica no Convento de S.Domingos foi candidato a deputado nas eleiçoes prá Constituinte em 1975



Distribuído no Grupo Tramagal acho que pelo Sr.Carlos Maia e pelo ex-Secretário de Estado (PAF/PSD) Sr.Dr.Octávio Oliveira
O manifesto mais uma resma de papelada foi-me oferecido pelo saudoso Tozé Tarzan
O curriculum do Vereador traz alguns problemas técnicos.Que fez de desde 1945?
Porque é que o Manuel Dias não se lembrava dele na campanha do Norton?
Não está nos nos papéis de Vergílio Godinho sobre a Campanha Delgado.
Também não consta na lista (na nossa posse) dos cidadãos que se movimentaram em 1958 na campanha Delgado como Duarte Castel-Branco ou o operário corticeiro da Bemposta José Valamatos.
E a lista é exaustiva.
A actividade ''revolucionária'' do Campante em 1936 parece ter consistido em fazer sabotagens nos ''blindados'' montados na MDF para os franquistas.
Nunca dei por eles na bibliografia, nem no Avante da época, que tenho lido com atenção.
Também nunca dei por sabotagens anti-franquistas em Abrantes e li relatórios militares sobre o assunto.
Mas pode ter havido.
Mas não resisto a dar uma prenda aos leitores do Tramagal.

Abril de 1976.
notas: O único militante do PCP ML que conheci de Abrantes encontrei-o 20 anos depois enquanto tomava a bica com a Teresa Leal Coelho e ao longe se via o Basílio que tinha ido perguntar uma coisa ao Adriano.
haverá mais prendas natalícias pró Tramagal agradeçam ao ex-maoista mais activo da web ou seja
Pacheco Pereira

O Tempo, 1979, artigo de António Duarte

Lourdes e o mano, prestigiado ''jornalista'' do pasquim Época e naturalmente seguidor da ética católica
mn
foto publicada no artigo referido
Além duns anúncios de uns tipos a dizer que não eram pides, o Diário Popular de 3-5-1974 publicava isto:

Manif de 1 de Maio de 74 no Tramagal que ainda não era Vila....
mn