Eis o Doutor Candeias Silva, garboso, segurando a obra . ''Foral concedido a Abrantes por D.Manuel I em 10 de Abril de 1518, edição diplomática de Eduardo Manuel Tavares Campos,''
Tendo em conta que passou muito tempo a ocultar a obra do Eduardo....
nome que não podia figurar por exemplo nesta bibliografia inserida no opúsculo ''Abrantes na Expansão Ultramarina'' .........teremos de comentar que segurar a obra do Eduardo será para ele um pesado fardo....
ma
Um leitor pergunta-nos se a crítica (certeira) do Professor Luís Filipe Thomaz à obra de Joaquim Candeias Silva sobre D.Francisco de Almeida, não é excessiva.
Remetemos o leitor para outra crítica, esta da grande investigadora , Doutora Ângela Barreto Xavier, do ICS, que ao traçar as tendências da historiografia da expansão, na revista Pénelope (2000), neste artigo
diz o seguinte:
Nas biografias há que ter um certo distanciamento e não apaixonar-se pelo ''herói''
mn
o texto da Autora está disponível na net
O Senhor Comandante Gabriel Lobo Fialho foi um distinto oficial de Marinha, membro da Academia da Marinha, e, para o que nos interessa, Director da Revista da Marinha. Esse cargo tinha sido exercido pelo jornalista abrantino, Maurício de Oliveira, que num artigo, o Comandante Lobo Fialho retratou assim: (...) ''
''Maurício de Oliveira, de seu nome completo Maurício Carlos Paiva de Oliveira, nasceu em Abrantes em 20 de Outubro de 1909, filho de um oficial do exército Agostinho Barreto Rodrigues de Oliveira e de D. Carolina da Purificação Trindade Paiva de Oliveira. Este oficial do exército ascendeu no fim da sua carreira ao generalato como Brigadeiro do Estado Maior.
Maurício de Oliveira logo que acabou o seu curso no Liceu Camões, apenas com 17 anos, ingressou no jornalismo que seria a paixão da sua vida. Começou como repórter do jornal "O Rebate" donde transitou em 1929 para o "Diário de Lisboa" no qual exerceu todas funções desde repórter, a redactor e por fim a Secretário Geral. Passou neste jornal os melhores anos da sua vida, cerca de 36 anos, saindo em 1967 para fundar com outros colegas "A Capital" na sua segunda fase. Em 1971 foi convidado para director do "Jornal do Comércio" onde veio a falecer prematuramente com 62 anos.'' (...)
O Senhor Comandante trabalhou com Maurício de Oliveira e conheceu-o bem.
Candeias Silva diz sobre Mauricio de Oliveira, o que se transcreve, na História Cronológica do Concelho de Abrantess (da pré-história a 1916), edição CMA,2016
O Candeias nomeia Maurício, Director do ''Diário de Lisboa''.
No entanto, segundo o Académico da Marinha, Maurício de Oliveira nunca foi Director do Diário de Lisboa, coisa que qualquer pessoa que tenha sido um atento leitor desse Jornal sabe.
Maurício deixou umas Memórias
Talvez fosse melhor o Doutor Candeias lê-las, ou ler isto, antes de nomear o grande jornalista .........Director de qualquer outra publicação que ele não dirigiu. (1)
Bibliografia:
Maurício de Oliveira |
Grande amigo da Marinha |
pelo Comandante Gabriel Lobo Fialho
ou Memórias de Jornalistas (donde se retirou a foto do livro do abrantino) de Gonçalo Pereira
Créditos: Revista da Marinha
Feito isto vou ler ''A Cambada'' da Vera Lagoa, que o Gonçalo recomenda
mn
(1) Vamos ter de anotar criticamente esta publicação página a página?
Safa!!!!! como dizia o Cavaco
Em 14 de Junho de 2016, o Doutor Candeias Silva, doutorado em História pela Universidade Clássica de Lisboa, membro da Academia Portuguesa de História, duma coisa obscura chamada CHELA e da Associação de Arqueólogos Portugueses lançava um livro, editado pela CMA, com prefácio da cacique, que dá pelo nome de
História Cronológica do Concelho de Abrantes, da PRÉ-HISTÓRIA A 1916
No canto do salão nobre do Palácio Falcão, atrás uma cortina, mirando o tecto,, está o Doutor Arquitecto António de Ataíde Castel-Branco.
Ampliamos a imagem porque o post vai dirigido a ele e tem a ver com a Senhora Sua Avó......
A páginas 181, dispara o Candeias, com um dos maiores disparates que li recentemente
A Senhora Dona Maria Cristina de Ataíde, avó do António, mãe do Professor Duarte de Ataíde Castel-Branco não era filha do Visconde da Abrançalha. Este morreu em 1905, sem descendência.
Por motivos da vida conjugal do Visconde, a mulher dele teve descendência, ainda em vida do titular, duns amores que manteve com um Figueiredo.
A minha amiga D. Maria Cristina era sobrinha-neta de João José Henriques Trigueiros de Aragão de Castro e Ataíde, o cacique abrantino, que o Senhor Dom Luís I fez Visconde, certamente por pressão do Partido Regenerador, do qual o João José foi disciplinado militante, sob ordens de Avellar Machado. O pobre D.Luís era um rei constitucional e fazia o que lhe mandavam.
Exemplo de grande Senhora, com um savoir-faire incomparável, a Senhora Dona Maria Cristina, que em 1953-1954 passou a residir na Quinta da Omnia, no Rossio ao Sul do Tejo, teve a desdita de perder cedo o marido, João Villas-Boas Castel-Branco, mas isso não a impediu de ser uma anfitriã extraordinária e de ser uma das fundadoras da Assistência Social Católica, no Rocio, sob a sábia direcção do P.Luís Ribeiro Catarino.
Os pais da D.Maria Cristina foram o João Ataíde e a D.Maria Beatriz de Ataíde.
Um historiador para escrever, deve documentar-se. Uma Câmara não deve publicar publicações, sem credibilidade científica, onde se atribuem a cidadãs falecidas, ainda há pouco tempo, paternidades falsas. E o Doutor Candeias, que devia favores a Duarte Castel-Branco, tinha a obrigação de não cometer erros destes. (ou outros, o que diz do General Godinho não é rigorosamente verdade).
Francamente, não sei onde arranjei pachorra para escrever isto, mas devia-o à Mãe de Duarte Castel-Branco. Está escrito.
ma
imagens: CMA: blogue do sr. Trigueiros de Aragão (o Visconde regenerador); DGPC (Prof. Duarte Castel-Branco e D.Maria Cristina)
O ex-ministro da Cultura e resistente anti-fascista destaca o artista plástico e blogguer abrantino António Colaço, que se lança numa nova perfomance artística, como revela o Diário de Notícias.
Resolvemos nós destacar um velho e sempre actual texto do António....sobre Luiz Oeesterbeck, o Nobel do Piaui.
Entretanto....o Nobel ......deve ter aproveitado a estadia para se encontrar com a Lurian, que coitadinha se encontra na fossa, porque o Papá foi acusado de novo crime...
Por seu turno, o mimoso poeta Luis de Castro Mendes, que antes do 25-A. animava os CBS- Comités de Base Socialistas, ainda não arranjou tempo para responder ao Deputado António Filipe acerca da bandalheira que a delicada Maria do Céu Antunes, nora do dr.Amândio de Albuquerque, grande benemérito da Bairrada e ex-delegado do MFA nas primeiras eleições livres em Aveiro, autorizou no Real Convento de S.Domingos (designação proposta pelo Candeias Silva na Cronologia centenária).
O poeta Mendes se calhar está a cozinhar um soneto, para responder em verso ao requerimento do deputado comunista....
Resta ler o excelente artigo no DN, do qual se selecciona a frase de Jaime Gama para definir o Colaço : '' místico desterrado em ambiente político trepidante''.
mn
créditos: ânimo, o Globo
O Eduardo Campos e o Doutor Candeias Silva
foram autores, em 1987, do ''Dicionário Toponímico e Etimológico do Concelho de Abrantes''
Uma tese recente mete em causa algumas das interpretações dos Autores.Um dos problemas essenciais da obra citada é desprezar a sábia interpretação do arabista José Pedro Machado, para decifrar a origem de certos topónimos da região.
Nem o Eduardo, nem o Doutor Candeias sabiam árabe, José Pedro Machado sabia. Como sabia muitíssimo sobre língua portuguesa, mais que os dois anteriores juntos, como o atesta o seu Dicionário etimológico da língua portuguesa .
A tese de Eduardo Campos é, como sabemos, que houve ermamento cá no burgo (ou seja que Abrantes estava despovoada antes da época afonsina ).
Se havia presença muçulmana na região, teria de haver toponímia de raiz árabe e dois dos topónimos dessa origem foram negados pelos autores citados. Numa tese relativamente recente (muito boa) Filipa Santos coloca em causa essa interpretação
e defende que Abrantes podia ter origem árabe e que podia ser uma cidade ou uma alcaria ou seja uma povoação de escassa importância.
A tese de Filipa Santos vem na esteira dos trabalhos muito importantes do Doutor Sílvio Alves Conde que sustentaram que o Médio Tejo era um espaço humanizado aquando da Reconquista e portanto com presença berbere,árabe e moçárabe.
Entre os topónimos que denotam clara presença árabe está para a Drª Filipa Santos: ''Arreciadas'' que como já explicara José Pedro Machado significa ''calçada''.
mn
tese de Mestrado defendida na Faculdade de Letras, 2011
créditos: foto do EC-CMA. Candeias Silva-Jornal de Alferrarede; José Pedro Machado: Biblioteca Nacional; Extractos da tese da Drª Filipa Santos
é mais uma voz que se levanta contra o atentado ambiental da Pegop e implicitamente contra a defesa da multinacional encenada pelo caciquismo
mn
O Doutor Candeias Silva afirmou, salvo erro, no Jornal de Alferrarede, distinta publicação académica onde colabora,que não era um especialista no período da República. Nota-se.....
José Maria Eça de Queiroz definiu-se a si próprio como ''especialista em ideias gerais''.
No extracto citado o sábio e esforçado Candeias fez a biografia de Zeferino Falcão durante a República. E esqueceu-se que o clínico foi Presidente da Câmara Alta do Parlamento.O mais alto cargo que um abrantino ostentou durante a República.
E, diz-me um descendente de Z.Falcão, que o insigne leprólogo, que o médico abrantino e dono da quinta que Pombal expropriou aos jesuítas, em Punhete, foi o primeiro abrantino, acho eu, a presidir a uma Câmara parlamentar durante a República, se República se pode chamar à ditadura de Sidónio.
Não esqueceu o abrantino a Assembleia da República ,que em boa hora editou esta obra, que acabei de acrescentar à minha biblioteca e que oferecerei ao Dr. José Risques Correia da Silva, ainda dono de metade de Santa Bárbara, descendente de Zeferino Falcão.
É melhor ser homenageado pelas Cortes de Portugal, que ser esquecido por Candeias Silva num artigo da Zahara.
Os papéis de Zeferino Falcão e do seu pai Zeferino da Serpa Pacheco, em parte publicados por Eduardo Campos, grande estudioso de coisas abrantinas, na Nova
Aliança, estão na posse da família e não serão naturalmente disponibilizados a amadores.
O diário de Zeferino Serpa Pacheco é imprescindível para fazer a História de Abrantes no século XIX, em especial sobre as guerras liberais.
Para que a citação fique completa foi o Doutor Miguel Santos, da Universidade de Coimbra, que biografou Z.Falcão para a obra citada.
mn
o coronel António Maria Baptista foi 1º Ministro, comandou S.Domingos, teve larga ligação à cidade mas era do cu-de-judas
Na Zahara de Novembro de 2010 o doutor Candeias Silva resolveu biografar os grandes republicanos abrantinos .
E despachou assim o dono da Quinta de Santa Bárbara e prestigiado médico dr. Zeferino Falcão.
Antes de ''despachar'' a biografia de alguém convém falar com a família (há vários descendentes) e ser exacto.
Pede-me um descendente de Zeferino Falcão que diga que ele serviu SMF el-Rei de Portugal e o seu país, eleito deputado, em eleições livres
mais livres que qualquer das celebradas entre 1911 e 1926.
Para os amigos da paródia coimbrã aqui fica a morada do estudante Falcão na Lusa Atenas
mn
A Senhora Drª Leonor Maria Damas Lopes, Directora do Arquivo Distrital de Santarém, teve a bondade de citar este blogue, num texto que escreveu sobre a industrial e política abrantina Clemência Dupin:
O texto da Dr.Leonor Lopes traz novidades ( em parte recolhidas no magnífico blogue Navios & Navegadores) e passo a saber que a firma Dupin & Cª e a D.Clemência foi armadora.....
Eis o lugre Clemência, por esta empresa mandado construir, na Póvoa do Varzim, que levava o nome da ''patroa'' e que naufragaria em circunstâncias polémicas.
A imagem foi retirada do blogue citado e originalmente publicada .''in revista “Ilustração Nacional”, Nº 3, Póvoa de Varzim, 1919''. (1)
O artigo da Directora do Arquivo Distrital fornece-nos ainda dados biográficos preciosos sobre a empresária abrantina, de família franco-tramagalense e novas pistas importantes para ajudar a traçar a biografia desta prima do saudoso Professor Doutor João Manuel Bairrão Oleiro.
O Arquivo Distrital publicou ainda como documento em destaque, em 10 de Agosto de 2015, o assento de baptismo da empresária, realizado em 20 de Agosto de 1873, na Igreja de S.João de Abrantes.
Aí diz-se que Clemência Dupin nasceu em 5 de Junho desse ano, nessa paróquia.
Candeias Silva engana-se no texto publicado na Zahara nº 16, em Novembro de 2010. Diz que a senhora nasceu em 5-6-1874.
O Padre Sá Pereira, que a baptizou, diz 1873.
mn
(1) História trágico-marítima (CLV)
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