Onde é que Sua Senhoria se licenciou em Arquitectura?
A Universidade do Porto diz:''
Estudou no Porto, mais ao menos ao mesmo tempo que o Prof. Arq. Duarte-Castel-Branco e ousou mexer numa obra dele, o estudo urbanístico para localizar a estátua de D.Francisco no Jardim do Castelo
Mas aparentemente estudou só Escultura e não Arquitectura e 24.500 € por isto parece excessivo...
Parecer do Conde (título miguelista) sobre a mudança da estátua
Roga-se ao Presidente da Ordem cá do burgo que informe o povo:
a) se o Senhor Conde é arquitecto
B), se informou Duarte Castel-Branco sobre a intervenção num espaço projectado pelo Mestre Abrantino (por causa dos direitos de autor),
c) já agora, no caso de não ser o que pensa fazer a Ordem ...
O Presidente do Núcleo da O. dos Arquitectos, cá da terra, é o arq. Pedro Costa.
a redacção
foto de D.António de Castel-Branco (Abrançalha), e fotos CMA; MIrante
Publico aqui o que certamente foi o mais importante artigo de História abrantina, surgido nos últimos 30 anos.
É da autoria do dr. Joao Nuno Serras Pereira,velho e prezado amigo, já falecido, político abrantino a quem devo e devemos muito.
Foi publicado no boletim clerical Nova Aliança em 15-9-94, e é uma defesa acérrima da gestão de Henrique Augusto da Silva Martins e do seu vice-presidente França Machado (avô por exemplo do falecido militar de aviação Rui Burguete, grande abrantino) contra os que os derrubaram, a facção do Dr.Manuel Fernandes.
Pelos vistos o dr. Serras Pereira nunca leu o inquérito. Também é verdade que nunca terá sido foi publicado mas estava em certa casa.
E também é certo que, devido à influência política que teve, que o dr.Serras Pereira poderia ter tido acesso a ele.
O Eduardo Campos diz que por exemplo, citando o ''Jornal de Abrantes'', que se apurou que os camarários ''exigiam importâncias para a recuperação da liberdade ou para evitar ser preso''.
Isso foi a 1 de Novembro de 1944. A 6 de Novembro era dissolvida a Polícia Municipal.
Em 1 de Maio de 1945 é dissolvida a vereação.
Para mim a novidade no texto (que reencontrei arrumando papéis) é que os inquiridores teriam sido o Tenente Coronel João de Villas-Boas Castel-Branco e o Major Dias Leite. O primeiro é o pai de Duarte Castel-Branco, o segundo foi comandante de Tancos e foi um ás da aviação.
O Eduardo Campos confirma que no inquérito esteve o Dias Leite, mas não fala do nobre fidalgo da Figueira da Foz, ou seja do Tenente Coronel João de Villas-Boas Castel-Branco, e adianta outro nome capitão Joaquim Borrego.
O Borrego está aqui, mas ainda era um puto. Era escuteiro, em 1915 no Olival Basto.
Se o querem mais velho, aqui está:
o Capitão Borrego já deve ter falecido, a foto é de 1984.
Quem tem razão?
Só o acesso ao documento original é que pode dar pistas.
O dr. Serras Pereira levanta a suspeita da sua parcialidade. Não acredito em coisas políticas na imparcialidade de ninguém. Também sei que a CMA foi dissolvida, porque caiu primeiro o Governador Civil de Santarém Dr.Eugénio Mascarenhas Viana de Lemos que foi substituído pelo então major,depois brigadeiro Lino Valente. Caiu o Lemos mas só um poucochinho, porque em 1947 já era Governador Civil de Coimbra.
O Dias Leite era um fanático de Santos Costa e depois da morte do General Godinho, fez um discurso de canonização do Costa, em Tancos, que o Jornal de Abrantes transcreveu na primeira página, garantindo ao Mundo Civilizado que o algoz de Palmira Godinho, nunca tinha sido nazi.
Admito que entre a assistência estivesse outro abrantino, o General Mesquitella, a bater palmas.....
O meu amigo João Nuno diz depois que nesta época subiram os militares ao poder em Abrantes, e refere dois nomes que são henriquistas: o capitão Júlio Serras Pereira, que ficou a defender os interesses da sua facção na Santa Casa e o capitão integralista Costa Andrade que fica no Grémio. Estes porém perdem poder e são dos derrotados. Mas em 1948 o Júlio já é Vice-Presidente da CMA. E o Andrade será Vice-Presidente em 1961. Mas já tinha sido Administrador do Concelho em 1932, quando a situação henriquista se afiança.
Uma das peças da sua estratégia foi pedir a proibição do Jornal de Abrantes, como órgão subversivo, por ser favorável a Manuel Fernandes. (1)
Tanto como eu sei e o dr.João Nuno sabia ,foi um Homem às direitas. Embora
Com um curioso feitio. A coisa que mais o irritava era que D.Duarte Nuno falasse com um terrível sotaque alemão, e dizia gastou tanto dinheiro o Pequito (2) a educá-lo e não há maneira.
Haveria que meter aqui mais fotos e fazer mais considerações. No estado da questão não sei se o pai do Duarte Castel-Branco foi dos militares que realizou o inquérito.
Só remexendo papéis é que o posso encontrar e naturalmente, como diria Vitorino Magalhães Godinho, indo às fontes primárias.
Espero que elas já estejam desclassificadas. Senão haverá que usar outros meios.
Isto é um esboço duma análise do assunto, a jeito de crónica. Suponho que dará pano para mangas. E que haverá coisas impublicáveis. Nós não somos como a sábia Isilda Jana que garantiu que Monsieur Dupin era um alcoólico incorrigível, só porque tem uma fotocópia dum documento não assinado, escrito alegadamente por um tipo que era um notório pílulas.
ma
créditos: Eduardo Campos, Cronologia de Abrantes no Século XX
Joaquim Borrego: Escuteiros de Olival Basto
Dr.Lemos: My Heritage
Dias Leite: Ilustração Portuguesa
General Mesquitella: Wikipedia
Capitão Andrade: Assembleia da República
Dr. Serras Pereira: Assembleia da República
(1) artigo de Eduardo Campos cujo recorte anda por algum sítio
(2) o importante dirigente integralista José Pequito Rebelo
Já tinha visto isto
É o melhor CV do Duarte
É publicado pela Associação dos Arquitectos Urbanistas Portugueses, quando lhe fizem uma homenagem em 2011, pela época em que o Arquitecto reduzia Rui Serrano a pó
Ou seja a edilidade além de lhes contratar o bunker,
ARX foto
também-lhe lhes subsidiou o livro de propaganda
pelo que vi a despesa parece não figurar no portal de contratos públicos
recordo que gastaram 6.000 € numa coisa semelhante com Carrilho da Graça
A Oposição ficou calada.
Recordo que tendo depositada no Arquivo Eduardo Campos o espólio deste homem
a quem Candeias da Silva omitiu o curriculum anti-fascista no artigo necrológico da Zahara, não mexeram um dedo para divulgar a sua obra.
O Silva fica para outro dia.
ma
foto: as Beiras
Dizia a revista, era para ouvir Rádio Berlim e escutar que os palermas dos nazis iam ganhar a guerra!
O amigo deles
prometia, mas não tinha dinheiro para financiar a obra
contratou o arquitecto, aliás de renome
o arquitecto fez o projecto
pediu dinheiro a Salazar (carta já aqui publicada)
mas o monumento só seria construído no final dos 60 por Duarte Castel-Branco e Lagoa Henriques, por encomenda de Agostinho Baptista (que foi partidário da ala da União Nacional de H.Augusto)
talvez um dia destes se reproduza aqui o projecto, que realmente era dum arquitecto de grande prestígio e obra notável (não um carrilho qualquer)
MN
créditos: foto do hitleriano de São Miguel, blogue do dr.Rui Lopes, extracto de documento
foto do Outeiro: publicada por Diogo Oleiro numa revista nacional em 1942, desconheço o fotógrafo, deixo aos ''historiadores'' oficiais o trabalho de identificarem a publicação
Estamos à espera que a Delegação do Médio Tejo peça a imediata demissão deste gajo:
E também estamos à espera de saber porque é o Conselho de Disciplina da Ordem dos Arquitectos não deu andamento à queixa de Duarte-Castel-Branco:
contra Carrilho da Graça
a queixa encontra-se neste momento a cargo do Arquitecto António Castel-Branco, nosso querido amigo
a redacção
Só agora nos chegou a notícia, porque o António é muito discreto nas suas actividades profissionais, mas a Universidade de Córdoba divulgou há tempos esta foto institucional da visita do catedrático abrantino às suas instalações onde pousa com vários colegas espanhóis.
Visitava o catedrático abrantino a secular Universidade ,representando a Universidade Portuguesa, e estamos certos que lhes explicou os malefícios do projecto do MIAA, encenado por este licenciado (1)
ou seja pelo Carrilho da Graça, que conseguiu o contrato num ajuste directo ilegal e aliás com pagamentos adiantados à margem da legalidade sem visto do Tribunal de Contas.
O dito projecto arruinaria o secular edifício do Convento de São Domingos
e o impecável restauro realizado pelo Professor Duarte de Ataíde Castel-Branco para adaptar o imóvel a Biblioteca....como denunciou o António em diversas intervenções cívicas, tendo por isso sido alvo de censura no Jornal de Abrantes, por parte de Alves Jana e ainda alvo duma queixa à Ordem dos Arquitectos, por parte dum tal Carrilho da Graça, queixa que foi deitada para o caixote do lixo da história, por parte do Venerando Conselho de Deontologia
a redacção
fotos:
créditos: Universidade de Córdoba, DGPC
(1) que recebeu o Prémio que Herberto Hélder mandou à merda......
Tubucci
Os deuses parecem estar zangados. Já por várias vezes este blogue assumiu as vestes negras do obituário, o que tanto pode querer dizer que os acidentes da vida o provocam ou que este vosso amigo tem amizades no escalão etário mais propenso a estes desenlaces.
A leitura do Público de hoje trouxe-me a notícia do falecimento do Professor e Arquiteto Duarte Castel-Branco e isso transportou-me num flash-back súbito para uma época da minha vida profissional que me deixou imensas recordações de prazer intelectual e sobretudo de fruição da companhia de gente muito inteligente, culta e intelectualmente sobressaltada, que ajudou a formar o que sou hoje, para o bem e para o mal.
(Duarte Castel-Branco)
A história do meu contacto com o aristocrata, professor e arquiteto Duarte Castel-Branco conta-se de modo singelo.
O Duarte, como lhe chamávamos, tinha assinado talvez o contrato da sua vida com a Câmara Municipal do Porto, como urbanista encarregado da revisão do Plano de Ordenamento da Cidade do Porto, que havia de transformar em Plano Diretor da Cidade, na era se bem me recordo de Paulo Vallada e do seu Vereador Carlos Brito. Como homem de escala, Duarte Castel-Branco convenceu a CMP a constituir uma equipa da sua confiança, capaz de interagir com os serviços de urbanismo e outros, equipa essa que seria instalada num palacete para os lados de S. Roque, onde funcionavam uns serviços camarários cuja função já se me varreu da memória. A equipa, na qual um então ainda jovem António Figueiredo fazia a sua incursão pioneira pelos domínios do urbanismo, integrava os seguintes elementos: Professor Arquiteto Lixa Filgueiras, Professor Doutor Pereira de Oliveira, geógrafo, então Diretor Regional da Cultura em Coimbra, Arquiteto Nuno Guedes Oliveira (que tinha estudado urbanismo com o Duarte no Centro de Estudos de Urbanismo e Habitação Engenheiro Duarte Pacheco) e meu grande amigo, Professor Doutor Nuno Grande que então dirigia as Biomédicas e aos quais ainda se juntavam gente mais nova como o Adriano Zilhão (sociologia), a Teresa Andresen (paisagismo e ambiente), assumindo este vosso amigo a pasta da economia, coordenando na prática os trabalhos de elaboração redatorial do Plano. Assomam na minha memória os almoços e reuniões de trabalho deste grupo de assessores do Plano, realizados no então Hotel Batalha do Porto, onde o ambiente de discussão, de crítica, de aventura intelectual, de turbilhão das ideias eram o elemento de união e de motivação de toda aquela gente, dos mais novos como eu e o Nuno Guedes até aos mais velhos.
Na altura, o Duarte Castel-Branco já não estava no auge da sua força intelectual e permanecia por vezes preso à convivência que teve em Paris com Henri Lefèvre. A interdisciplinaridade do grupo e o seu turbilhão de ideias acho que fizeram bem aquela fase da sua vida. O Duarte era um aristocrata ribatejano sempre devoto da Senhora sua mãe D. Maria Cristina e pude compreender esse contexto aristocrático no batizado de um dos seus netos, na sua propriedade de Abrantes mesmo à beira-Tejo.
Depois dos trabalhos do Plano do Porto, período em que regressou à sua conturbada Faculdade de Arquitetura de Lisboa, perdi-lhe o rasto, podendo registar apenas dois momentos bastante espaçados no tempo. O primeiro em sua casa na Defensor de Chaves em Lisboa onde fui certificar uns elementos curriculares ainda relacionados com o Plano do Porto. Lembro-me de à saída, numa tarde solarenga com aquela luz única de Lisboa, me ter dado boleia até à Baixa, já que se deslocava para Arquitetura ao Chiado. Não foi uma boleia qualquer. Foi uma boleia no seu Jaguar com motorista. Recordo-me da sensação de descer a Avenida da Liberdade numa viatura com motorista. O segundo momento, bem mais recente, foi na Conferência Ibérica dos Urbanistas, na Universidade da Beira Interior, Covilhã, creio que há três anos. O velho Duarte já não era o mesmo, mas pela mão do seu filho António, também professor em Arquitetura, assistiu a toda a conferência.
Do Duarte fico com aquela imagem da finura de espírito, do seu talento e cultura musical (a arquitetura talvez tenha furtado a vida de um pianista), a sua graça, a sua entrega à interdisciplinaridade, ao turbilhão das ideias e a sua elegância aristocrática. A ele devo ter podido trabalhar com um grupo tão entusiasmante.
Abrantes acolhe-o em paz, mirando seguramente o Tejo enquanto as notas perdidas de uma peça qualquer de Debussy lhe acalmam o espírito.
Publicada por António Figueiredo à(s) 21:54''
Interesse privado/acção pública com a devida vénia
No mesmo blogue há uma referência a uma personalidade local: '' notáveis menos nacionalmente mediáticos, e esta vez não constituiu exceção na pessoa da Presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque.'' Seria bom que a notável tivesse explicado a Freire e Sousa, o autor do post, que o monumento a Nuno, da autoria de Duarte Castel-Branco, com estátua (desaparecida) de Lagoa Henriques, foi deixado pela notável e edis associados assim:
foto António Almeida no blogue binttage.blogspot.com.es, com a devida vénia
E por muito que a notável encha as actas com elogios póstumos a Duarte Castel-Branco, também há actas em que os pedidos do Professor para que se defenda o Património da Cidade são tratados de forma mal-educada e são desprezados....
mn
A ERSAR dirigiu à Abrantaqua, o monopólio da Senhora Marquesa Koplovitz e da Lena o seguinte ofício com um severo raspanete
A Ersar acusa a Abrantaqua de contrariar o contrato de concessão no cálculo da actualização da tarifa variável de serviço de limpeza de fossas sépticas e manda-a corrigir.
Espero que o Júlio Bento não tenha entrado na fossa....
As actualizações praticadas (mesmo depois de corrigidas) são um brutal aumento, como salientou o Vereador comunista Dr.Avelino Manana, ao votar contra elas.
Naturalmente esperava que um comunista que se preze votasse contra a empresa da marquesa ( ai que fineza!!!!)
Dos ''socialistas'' já sabemos do que gostam ...
de obedecer ao capital
Pode ler o processo todinho aqui
MN
Devo agradecer à rapaziada da Barca ter noticiado com destaque a morte de Duarte Castel-Branco e ter-se inspirado aqui. Também podiam ter referido que DCB foi um homem importante no MUD e na campanha abrantina do Delgado, nem que fosse para se redimirem daquele lapso do Gaspar (agora um insubmisso crítico do Vereador da Cultura, ainda dá em revolucionário à grega..) que asneirou dizendo que DCB tinha sido um homem do antigo regime
A foto publicada na Barca foi enviada para o blogue por um prestigiado Arquitecto e Professor Universitário
Dias Coelho por João Abel Manta
Cartoon de Dias Coelho
Dias Coelho, amigo e camarada de Duarte Castel-Branco foi assassinado pela PIDE, enquanto o sr. Cardeal-Patriarca Cereijeira (que gostava de casas na Serra da Estrela e de contas off-shore do Banco do Vaticano) e o Bispo de Portalegre sustentavam a ditadura clerical-fascista.
Podem os católicos berrar contra a intolerância maometana, também eles distribuiram água-benta à canalha que matava cartoonistas.
Ficam os católicos ofendidos?
Que vão a Fátima a pé expiar os seus pecados.
MA
PS- O Doutor MEC escreveu no Público um artigo indigno dum doutorado em História pela calvinista Edimburgo. Não foi Napoleão que criou a República Francesa, o corso enterrou a República para proclamar o Império. E recrutou mercenários muçulmanos, os mamelucos para matar espanhóis e portugueses, que não aceitavam ser governados por corsos
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
abrantes
abrantes (links antigos)