Este número da Visão História é muito interessante e traz vários artigos do médico rossiense Manuel Valente Alves, docente de História da Medicina na Universidade de Lisboa
Assim:
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mn
devida vénia à Visão História para as expressões entre aspas
Publica-se parte dumas de muitas fichas de Mestre Diogo Oleiro
dedicadas a preparar uma obra sobre História Militar de Abrantes, que nunca viu e luz, entre outras coisas devido à morte repentina do Autor,se bem nos lembramos por volta dum Dia de Natal
Este trabalho beneditino encontra-se na posse dum coleccionador abrantino que nos cedeu a imagem e a quem se agradece.
Devia escrever mais sobre isto, mas se as fichas se salvaram, foi porque houve gente preocupada em defender a memória de Abrantes e de Diogo Oleiro.
Sem ele não haveria quase História de Abrantes e História Militar de Abrantes.
ma .
Seria bom que a tropa se tivesse interessado por isto, mas andava a desfilar ao lado do caciquismo
foto:in Abrantes Cidade Florida
O blogue Tramagal, infelizmente ultimamente pouco activo, é uma boa página sobre esta freguesia e sobre a região.
Em Janeiro publicou um excelente post (autor TZ) onde se reproduz na íntegra esta publicação:
que relata uns alegados incidentes anti-clericais no Tramagal, nos anos 40.
Um bom trabalho para a História de Abrantes. O nosso obrigado.
ma
Se há um historiador que valha a pena ler para saber como era o Médio Tejo, na Idade Média, chama-se Manuel Sílvio Alves Conde
Devíamos ter metido aqui algumas críticas destrutivas à História Breve de Abrantes, mas temos estado ocupados a ler coisas destas:
Uma paisagem humanizada : o Médio Tejo nos finais da Idade Média - volume I
(less)''
devida vénia a Goodreads para a foto e a biografia do Professor
Para saber como foi a História medieval abrantina leiam o 1º livro citado.
ma
Pelo seu interesse e actualidade voltamos a publicar um post de 2014
Boa tarde a todos
Respondendo a MN importa esclarecer antes de mais o seguinte:
-A construção da A23/ IP6 não dispunha de acompanhamento arqueológico. As intervenções em Quinta da Légua - Amoreira, Pedreira - Rio de Moinhos e Fonte do Sapo - Mouriscas deveram-se à então minha intervenção para a Amoreira junto do IPT de Tomar, Rio de Moinhos em relatório enviado ao IPPC e na Fonte do Sapo por minha indicação à Filomena Gaspar. Ora, quaisquer dos trabalhos feitos nas estações mencionadas foram feitas em cima da hora e nenhuma delas revelou extrema importância ao ponto de ser classificada e protegida. Se assim o fosse certamente o IPPC teria tomado medidas na altura. Importa aqui referir que no caso da Pedreira a necrópole ficou debaixo da estrada tapada com geotêxtil. Em qualquer dos casos julgo que não poderia ter feito melhor do que fiz em prol da defesa do património arqueológico concelhio. Se para proteger um local basta por vezes a colaboração de proprietários, musealizar implica primeiramente escavações arqueológicas (excepto algumas mamoas). Importa ter em atenção que não consigo andar em todo o sitio protegendo e escavando. É humanamente impossível andar protegendo mamoas do Bronze e arte rupestre a norte do concelho e simultaneamente a escavar no Olival Comprido ou em Alvega. Eram necessários meios que não existem. Escavações na Qtª de S. João - Casa Branca - Alvega são fundamentais se querermos investigar se ali se situaria A velha Aritium. No caso do Olival Comprido escavações se impõem (PNTA seria obrigatório), dado que este local se encontra no PUA (R3) como zona de expansão urbana. Ali se impõem escavações atempadas e não na hora ou através de alguma empresa de arqueologia (como são favoráveis algumas opiniões). Importa afirmar que qualquer licenciamento para o local por parte do Município é ilegal. Como estas duas estações, no concelho de Abrantes inúmeras outras existem a precisarem de intervenção. Mas, sozinho não o farei e muito menos como responsável, face à categoria que detenho de Assistente de arqueólogo.
Sem dúvida que Abrantes necessita de um novo Museu que dignifique a arqueologia e o concelho. Agora é efetivamente necessário uma estratégia pra o concelho que abranja amplas orientações, intervenções, musealização, classificação...
Por minha parte farei o que estiver ao meu alcance pelo património arqueológico concelhio dentro das minhas limitações como assistente de arqueólogo.
Espero que fique bem claro que quem diz ser arqueólogo do Município é Filomena Gaspar me apenas responsável por acções que impliquem a minha directa intervenção. Por muito boa vontade que se tenha assumir trabalhos de arqueólogo e ser remunerado como assistente não o farei, excepto aqueles que decorrem do protocolo existente com o IPT e PNTA.
Como diz MN tudo isto é Politica. Mas, existem politicas e politicas.
Blogue: Escola do Rossio
Bem hajam
Álvaro Batista
Caro Álvaro:
Desculpe o atraso na edição do seu comentário, mas ele referia-se a um post de 2013 e para lhe responder havia que consultar uma papelada. Aquilo que nos diz suscita-nos estas breves reflexões.
1- Todos sabemos que no terreno a preservação das estações arqueológicas abrantinas tem sido um trabalho quase de carola feito especialmente por si. É um mérito que ninguém lhe pode tirar, um serviço inestimável à Cultura e a Abrantes. E todos sabemos que sendo o Álvaro arqueólogo e sabendo mais que alguns doutorados, o classificam profissionalmente na CMA como ''assistente de arqueólogo'' e não lha reconhecem o seu labor. Acontece ao Álvaro o que aconteceu ao Eduardo Campos...
que além de ser tratado dessa maneira, foi humilhado publicamente a título póstumo por não ser da ''cor'' e ainda por ter sido capaz de escrever no ''Primeira Linha'' que era um crime lesa-Abrantes instalar o Arquivo Histórico ao lado dum depósito de sucata no cu de judas.
Esta forma de ostracismo profissional roça a perseguição política ( o que é aconteceu àquele rapaz que ganhou o concurso público para Director do Arquivo? Porque é que o Arquivo funciona sem Director? E a Biblioteca?), é mesquinha e digna de inquisidores rupestres.
Enquanto o Álvaro se sacrifica e trabalha a Filomena Gaspar concilia com o trabalho de arqueóloga municipal com interesses empresariais na área da arqueologia. Enquanto o Álvaro tem um salário baixo, a CMA mantém contratos de avença na área da arqueologia pelo menos com três pessoas (o Gustavo, o Oeesterbeck e o Delfino) que são professores do ensino superior e portanto estão na prática pluri-empregados....
2-O Olival Comprido, para quem não sabe, fica em Alferrarede e é propriedade da Casa Agrícola Moura Neves. Fica ao lado do cemitério local. Foi alvo de 3 escavações a última em 2003. As três foram dirigidas por Filomena Gaspar. A base de dados oficial não informa quem patrocinou qualquer escavação. Mas tenho informação oficial por outra via que houve participação de entidades privadas. Que se encontrou na última????
O estado de conservação era bom...em 2003. O local foi vedado com consentimento da Família Moura Neves e a vedação paga por uma entidade mecenática.
De 2003 a 2009 vão seis anos e Isilda Jana como Vereadora da Cultura. De 2010 a 2013 Isilda Jana foi responsável pelo projecto MIAA na CMA. Que se fez no Olival Comprido???
Como se conservaram os mosaicos romanos únicos no concelho?
Foto : Carta Arqueológica Abrantes
O estado da estação romana em 2014 ainda é bom?
Ou esteve abandonado?
Ou está a degradar-se?
Com tanto dinheiro gasto no MIAA e em estudos que não foram tornados públicos sobre a viabilidade da coisa, etc, não poderia ter sido comprado este terreno, feita a escavação e musealizada a villa romana?
Foto : Carta Arqueológica Abrantes
http://sic.cm-abrantes.pt/carta_arqueologica/carta.html
Já vai longo este post e há outros assuntos a tratar, mas vamos à razão pela qual esta estação e outras não estão defendidas e nem sequer classificadas. Diz o amigo Álvaro : ''No caso do Olival Comprido escavações se impõem (PNTA seria obrigatório), dado que este local se encontra no PUA (R3) como zona de expansão urbana. Ali se impõem escavações atempadas e não na hora ou através de alguma empresa de arqueologia (como são favoráveis algumas opiniões). Importa afirmar que qualquer licenciamento para o local por parte do Município é ilegal. Como estas duas estações, no concelho de Abrantes inúmeras outras existem a precisarem de inúmeras outras existem a precisarem de intervenção. Mas, sozinho não o farei e muito menos como responsável, face à categoria que detenho de Assistente de arqueólogo.''
Diz a informação da base de dados oficial que a escavação de 2001 pretendia: Determinar se as estruturas identificadas anteriormente teriam continuação na propriedade contígua que está inserida na área de expansão urbana do PDM.
Qual foi o resultado dessa diligência? Em 2014 o relatório da escavação ainda não está inserido na base de dados oficial, por isso não sabemos.
Mas sabemos que em 2009 foi aprovado o PUA -Plano de Urbanização de Abrantes e nele não consta nenhuma estação arqueológica assinalada nem defendida.
Oito anos depois!
Porquê?
Objectivamente só pode haver 2 razões: ou porque são incompetentes ou porque há outros interesses que primam sobre a defesa do património.
Falta a referência à situação profissional do Álvaro. É óbvio segundo o meu entendimento que essa situação tem de ser corrigida face ao seu CV. Como se encontra agora é vítima duma clara injustiça.
Cumprimentos amigo
MN
há outro comentário do Álvaro em resposta à Margarida, faremos lá uma nota
Organizado pelo Prof. José Albuquerque Carreiras e pela Doutora Giulia Rossi Vairo e com título em português, este colóquio busca realizar uma leitura cientifica da sociedade medieval europeia.
O programa está aqui
Destacamos alguns dos presentes
Licenciada e mestre em História da Arte pela Faculdade de Letras da Università di Roma La Sapienza e doutora em História da Arte Medieval pela FCSH/NOVA. Atualmente é bolseira de Pós-Doutoramento da FCT sendo investigadora do IEM-FCSH/NOVA e do Centro de Investigação e Estudos em Belas Artes da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Áreas de investigação: relações históricas, culturais e artísticas entre Itália e Portugal (sécs. XIV-XIX); tumulária medieval; ordens militares; pintura italiana dos sécs. XV-XVI; história do colecionismo (sécs. XIX-XX).
Publicações selecionadas: - «Rainha para sempre: o túmulo de Isabel de Aragão em Coimbra», in Tesouro da Rainha Santa. Imagem e Poder. cat. da expo, Lisboa, MNAA, 2016, pp. 84-97; - «Il protagonismo d’Isabel d’Aragona, regina del Portogallo, nella guerra civile alla luce delle fonti portoghesi, aragonesi e dei Regesta Vaticana (1321-1322)», M. García-Fernández, S. Cernadas Martínez (coord.), Reginae Iberiae. El poder régio feminino en los reinos medievales peninsulares, Santiago de Compostela, Universidade de Santiago de Compostela, 2015, pp. 131-150; - «Originality and Adaptation: the Architecture of the Teutonic Order in Italy», in M. Piana, C. Karlsson (ed.), Architecture and Archeology of the Military Orders, Farnham, Ashgate, 2014, pp. 193-218; - «La tomba del re Dinis a Odivelas: nuovi contributi e proposte di lettura», in J. Albuquerque, G. Rossi Vairo (ed.), I Colóquio Internacional Cister, os Templários e a Ordem de Cristo. Da Ordem do Templo à Ordem de Cristo: os anos da transição. Actas, Instituto Tomar, Politécnico de Tomar, 2012, pp. 209-248;
Programa:
14.00 - Recepção dos participantes
14.30 - Sessão de Abertura
Apresentação do colóquio
15.00 - Secção 1 - Para uma definição de inclusão e exclusão do Outro
Moderador: Maria João Branco, FCSH-NOVA
Pierluigi Lia, Università Cattolica del Sacro Cuore - Milano
Extra ecclesia nulla salus? Libertà e "liminarietà" della Grazia.
Juliette Sibon, CUFR Jean-Francois Champollion - Albi
La définition d’une “nation” juive au Moyen Âge
Debate
17.00 - Inauguração da exposição: Visões contemporâneas do Outro.
Artes plásticas. Obras de alunos da FBAUL. (Evento aberto ao público)
09.30 - Secção 1 - Para uma definição de inclusão e exclusão do Outro (continuação)
Moderador: Bernardo Vasconcelos e Sousa, FCSH-NOVA
Marek Tamm, Tallinn University
La création des “signes de distinction” des minorités sociales et religieuses au Moyen Âge.Fulvio Delle Donne, Università della Basilicata - Potenza
La percezione della differenza etnica e religiosa in alcune cronache del XII e XIII secolo.Debate
11.00 - Pausa
11.30 - Secção 2 - O Outro como expressão de Proximidade
Maria Filomena Barros, Universidade de Évora
Percepção da minoria muçulmana no discurso concelhio: entre o “infiel” e o “vizinho”.Pierre Vincent Claverie, Cyprus Research Centre
La place de la chevalerie comme vecteur de rapprochement interconfessionnel dans l’Orient des croisades.Debate
13.00 - Almoço
14.30 - Secção 2 - O Outro como expressão de Proximidade (continuação)
Moderador: José Custódio Vieira da Silva, FCSH-NOVA
Cláudio Neto, Universidade Nova de Lisboa / Cardiff University
Trovadores e freires: as ordens militares como objecto de alteridade a partir das cantigas de escárnio e de mal diz
Giulia Rossi Vairo, Universidade Nova de Lisboa / Universidade de Lisboa
A imagem do Outro na escultura medieval europeia: os casos emblemáticos do túmulo de Rogério II da Sicília e do monumento fúnebre de D. Dinis de Portugal.
Sandra Sáenz-López Pérez, CSIC - Madrid
Espejo de Europa. Una mirada al Otro en la cartografía medieval.
Debate
17.00 - Visita ao Convento de Cristo
09.30 - Secção 3 - O Outro por antonomásia: a Mulher
Moderador: Manuela Santos Silva, FL-UL
João Luís Fontes, Universidade Nova de Lisboa / Universidade Católica Portuguesa
Pobres ou beguinas? Os diferentes olhares sobre as experiências religiosas femininas não regulares nos finais da Idade Média.Joana Ramôa, Universidade Nova de Lisboa
Modelos de piedade ou agentes de poder: dicotomias sobre a mulher medieval construídas através do olhar do Outro.Rafael Mérida Jimenez, Universitat de Lleida
Mujeres otras: deslindes del homoerotismo femenino en las fuentes religiosas, jurídicas e literarias ibéricas (siglos XIII-XV)Debate
11.30 - Pausa
12.00 - Conferência de encerramento
Kristjan Toomaspoeg
A produção historiográfica sobre o tema do Outro e novas abordagens. Conclusões.
13.00 - Fim do Colóquio
A CMA apresentou nova publicação, para festejar a Abrilada (há outra, que é o Passos do Concelho coordenada pelo historiador municipalizado e conhecido ficcionista Gaspar onde há disparates notórios, omissões aparentemente deliberadas, entrevistas porreiras etc, a que se houver tempo farei alguma alusão) da responsabilidade da drª Teresa Aparício.
Apresentou a publicação o conhecido colaborador do Jornal de Alferrarede Candeias Silva. Nada a obstar à prioridade municipal no campo editorial, se não estivesse pendente a obrigação moral da CMA de editar a obra “Genealogia das Famílias de São Miguel de Rio Torto e Tramagal”,do dr. António Graça Pereira que ganhou o prémio Eduardo Campos contra a vontade do Candeias que só lhe queria dar uma menção honrosa. O dr. Luís Amaral, mais importante genealogista luso arrasou a decisão do júri, deixando-os de rastos.
O dr.Graça Pereira reclamou da decisão e foi convocada nova reunião do júri onde o Candeias não meteu os pés.
Face a isto o Executivo Municipal corrigiu um júri, de que fazia parte o Candeias, com esta decisão:
expressão qualidade mínima explicada em 1, trata-se de uma expressão subjectiva que permite também a interpretação contrária' '.(...)a qual à luz das normas e da interpretação dos nossos juristas por similitude com o CCP parece ser a mais consentânea com as razões do reclamante. - 61182
Leiam com atenção, diz a deliberação, o Candeias participou numa deliberação onde o regulamento tinha uma norma que podia ''contrariar um direito fundamental em relação a qualquer ato da administração''
E ainda o júri decidiu escrevendo um português tão claro que permitia '' também a interpretação contrária'. É o que se chama clareza.
E a deliberação desse júri foi revogada!!!!
Mas a CMA, no seu apego histórico à verdade faltou à dita, nos Passos do Concelho publicando isto, que é falso,
Finalmente, como já se disse, era escusado e ofensivo associar o nome honrado de Eduardo Campos a isto.
Quanto à qualidade da obra da Teresa Aparício por bondade omito qualquer adjectivo.
Quanto à obrigação moral da CMA de editar a obra do Dr. Graça Pereira é para qualquer pessoa de boa-fé evidente.
MA
O Eduardo Campos e o Doutor Candeias Silva
foram autores, em 1987, do ''Dicionário Toponímico e Etimológico do Concelho de Abrantes''
Uma tese recente mete em causa algumas das interpretações dos Autores.Um dos problemas essenciais da obra citada é desprezar a sábia interpretação do arabista José Pedro Machado, para decifrar a origem de certos topónimos da região.
Nem o Eduardo, nem o Doutor Candeias sabiam árabe, José Pedro Machado sabia. Como sabia muitíssimo sobre língua portuguesa, mais que os dois anteriores juntos, como o atesta o seu Dicionário etimológico da língua portuguesa .
A tese de Eduardo Campos é, como sabemos, que houve ermamento cá no burgo (ou seja que Abrantes estava despovoada antes da época afonsina ).
Se havia presença muçulmana na região, teria de haver toponímia de raiz árabe e dois dos topónimos dessa origem foram negados pelos autores citados. Numa tese relativamente recente (muito boa) Filipa Santos coloca em causa essa interpretação
e defende que Abrantes podia ter origem árabe e que podia ser uma cidade ou uma alcaria ou seja uma povoação de escassa importância.
A tese de Filipa Santos vem na esteira dos trabalhos muito importantes do Doutor Sílvio Alves Conde que sustentaram que o Médio Tejo era um espaço humanizado aquando da Reconquista e portanto com presença berbere,árabe e moçárabe.
Entre os topónimos que denotam clara presença árabe está para a Drª Filipa Santos: ''Arreciadas'' que como já explicara José Pedro Machado significa ''calçada''.
mn
tese de Mestrado defendida na Faculdade de Letras, 2011
créditos: foto do EC-CMA. Candeias Silva-Jornal de Alferrarede; José Pedro Machado: Biblioteca Nacional; Extractos da tese da Drª Filipa Santos
Este livro rasga novos e claros horizontes sobre a História de Abrantes e da região. Já li a tese e falaremos dela.
Os nossos parabéns à Maria da Graça Vicente
A editora destaca:
(..)''… há territórios em Portugal que urgem o trato dos Grandes Historiadores: o triângulo espacial de Entre o Zêzere e o Tejo e a fronteira com o país vizinho é um deles.
¶ Apesar de poder ocupar-se dos fenómenos repetíveis, as cheias, as secas, os sismos, o esgotamento de dados recursos, o trabalho essencial do historiador é a descoberta do homem ator no contexto do passado: o território em que vive e a respetiva administração, os recursos e a sua gestão, a concernente organização social, a esfera cultural e a doutrinária, os imaginários e o numinoso, numa palavra, a saga humana.
¶ À interrogação do estado do espaço beirão em causa nos séculos XII-XIV, a doutora Maria da Graça Vicente responde com um formidável levantamento documental e diz-nos muito. O núcleo do trabalho […] mostra-nos um espaço a repovoar-se nos séculos em causa sob o sistema senhorial e confirma a ideia do movimento Norte/Sul da Reconquista no século XII […]. A organização territorial dependeu: da organização concelhia em que D. Sancho I enquadrou os recém-chegados; das Ordens Militares que auxiliaram a Reconquista; e da Sé Egitaniense, que representava o lastro antigo, visigótico e moçárabe […].
¶ Fica, pois, adiante, […] um renovado espelho de um grande pedaço do mundo medieval beirão: como os homens se relacionavam com a terra e esta ditava as suas hierarquias de acordo à dimensão dos recursos explorados. A autora prestou uma particular atenção, nunca antes dada, à Ordem do Hospital, pois os seus territórios cortavam este espaço de leste para oeste, formando um enclave de considerável dimensão, trazendo à colação muita documentação original.
¶ [António dos Santos Pereira, (do Prefácio)] ¶¶ A doação da Idanha e Monsanto, à Ordem do Templo (1165), definiu um espaço imenso entre três rios, o Zêzere, o Tejo e o Erges, seguindo-se a criação do grande município da Covilhã, e outorga do respetivo foral (1186) que alargava os territórios de Portugal nesta região. Seguiram-se duas outras doações que ampliaram, por vezes sobrepondo-se, o campo de acção da “jovem” monarquia portuguesa, nas duas margens do Tejo. Referimo-nos às doações das terras da Guidimtesta (1194) e da Herdade da Açafa (1199) que ajudaram a desenhar um núcleo capaz de ser caracterizado como de senhorial e municipal. Nele foram sendo inscritas as marcas evidentes da presença e esforço das gentes que, na sua apropriação e adaptação ao meio natural, lentamente o transformaram em paisagens humanizadas. (...)''
(respigado da Editora Colibri com a devida vénia)
Povoamento e Propriedade: entre o Zêzere e o Tejo (séc. XII XIV)
Maria da Graça Vicente
Editora: Colibri
Tema: História
Ano: 2016
ISBN 9789896895525
A Autora:
(..)
''Maria da Graça Antunes Silvestre Vicente – Mestre e Doutorada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a que continua ligada através do Centro de História da Faculdade de Letras. Académica Correspondente da Academia Portuguesa da História; Membro da Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais e do Centro de Investigação Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão. ¶ Tem-se dedicado ao estudo da História Regional e Local, bem como da Política, Economia e Sociedade. Autora de vários trabalhos individuais e colectivos sobre essas temáticas, de que resultou um conjunto de publicações – entradas de dicionários, artigos publicados em revistas nacionais e estrangeiras –, entre as quais se destaca: Covilhã Medieval. O Espaço e as Gentes (Séculos XII a XV), Edições Colibri |Academia Portuguesa da História, 2012 (prémio Augusto Botelho da Costa Veiga, 2012). (...)''
da página da Editora coma devida vénia
Escreveu outro livro que se recomenda
mn
Faça download do livro do Doutor Jorge Santos Carvalho, historiador abrantino
e nosso amigo. Agradeça à Universidade de Coimbra e ao Autor. Uma obra importante para o estudo do fascismo e da Oposição e ainda do período posterior ao 25 de Abril
a redacção
História
grândola- escavação Igreja São Pedro
montalvo e as ciência do nosso tempo
Instituto de História Social (Holanda)
associação de defesa do património santarém
Fontes de História Militar e Diplomática
Dicionário do Império Português
Fontes de História politica portuguesa
história Religiosa de Portugal
histórias de Portugal em Marrocos
centro de estudos históricos unl
Ilhas
abrantes
abrantes (links antigos)