Os padres das Paróquias da vila (S.João, Sª Maria, S.Pedro, S.Vicente) andavam fulos com a concorrência dos conventos. S.Domingos recebera as tumbas de corpos reais ( o Infante D.Fernando e a mulher) e com isso ganhara prestígio como destino dos mortos abrantinos.
Os do Sardoal também.
Mário Rui Cordeiro.
A gente honrada queria passar a Eternidade, em local de prestígio.
Ora isto fizera crescer as receitas dos frades e diminuir o pecúlio das paróquias e as alcavalas dos múltiplos beneficiados das igrejas paroquiais.
Vaí daí, a padralhada declarou guerra aos frades, boicotando os enterros nos conventos.
Recorreram os abrantinos ao seu Bispo, que era o da Guarda e que costumava ser hóspede dos dominicanos, quando por cá passava (às vezes residia em Abrantes, houve algum Bispo que nunca foi à Guarda, por achar que tinha mau clima.)
A resposta episcopal veio fulminante, intimava o clero diocesano a respeitar os direitos dos abrantinos a serem enterrados nos conventos e advertia os padres que obedecessem, sob pena de excomunhão.
Era Bispo, D.João de Mascarenhas e era 1692.
ma
documento ANTT
Retirei a assinatura (1), ainda somos um casal
(no livro conjunto com o Cardeal Sarah em que defendia o celibato dos padres)
cartoon de Mauro Biani, na ''República'', com a devida vénia
O Prof. Manuel Rodrigues
confessou-se sempre católico e foi um dos artífices da Concordata. Atacado pelo jornal clerical ''Novidades'', órgão oficial da Igreja, por não ter posturas coincidentes com a Hierarquia, foi acusado aí de ser ''maçon'' .
Queixou-se em carta a Cerejeira e afirmou que até a sua mulher, D.Rosário Lizardo Chambel, fora coagida pelo confessor, a movimentar-se para o que marido abandonasse as lojas. (1)
(...)Mostrava-se, ainda, convicto que teria sido do Novidades e «de elementos políticos que […] saiu a infâmia de que eu era maçon, […] e até um padre em confissão pedia a minha mulher para que fizesse com
que eu deixasse de o ser». (...) (1)
mn
(1) Paula Alexandra Fernandes Borges dos Santos, ''A POLÍTICA RELIGIOSA DO ESTADO NOVO (1933-1974): ESTADO, LEIS, GOVERNAÇÃO E INTERESSES RELIGIOSOS'' ,tese de Doutoramento na UNL, 2012, p149
É uma tese excelente
Na missa de recepção ao Rev.Padre Castanheira melhorou muito o nível musícal das cerimónias litúrgicas, graças à ausência do provecto Anacleto.
Laos Deo
ma
Zona Pastoral de Alcains
ma
Seja bem vindo o P.Castanheira como Administrador das Paróquias de Abrantes.
Há que terminar com o lodo e a corrupção.
Pode contar connosco.
mn
A histórica bandalheira na Igreja abrantina chegou alguma vez ao Papa?
Pronunciou-se alguma vez o Pontífice a favor dum Bispo contra bandalhos que faziam as Igrejas de Abrantes suas, contra a autoridade episcopal ?
Nesta obra clássica francesa denuncia-se a bandalheira e como o Papa Clemente VIII se pronunciou contra ela, reconhecendo o poder episcopal de limpar as igrejas de Abrantes.
Não nos digam que o advogado do burlão não leu Sua Santidade Clemente VIII????.....
mn
As paróquias onde serviu o Rev.Padre Castanheira, nomeado pelo Bispo, novo Pároco de S.João e S.Vicente desta cidade, por afastamento do Graça das burlas, por condenação judicial, como sublinhou o Bispo , quando o transferiu para ajudante duma Igreja de Portalegre, despedem-se do sacerdote que vem tomar posse da pesada herança abrantina.
Diz na ''Reconquista'', Cláudia Baltazar, diplomaticamente:
'' Justificando a necessidade de dar resposta às exigências pastorais da Diocese, o bispo D. Antonino Dias, decidiu em finais de julho, dispensar o padre António Castanheira das dez paróquias do Arciprestado de Castelo Branco, para assumir novas funções até finais de setembro, nas paróquias de São Vicente e São João, concelho e Arciprestado de Abrantes.''
Vários sacerdotes participam na homenagem, entre eles, o Padre Ilídio Mendonça, bem conhecido dos abrantinos.
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