A Comissão para o Livro Negro do Fascismo funcionava no âmbito da Presidência do Governo e era composta entre outros por José Carlos de Vasconcelos, Raul Rego, etc.
Publicou uma séria de estudos e recolha de documentos em edições baratas e cuidadas que são imprescindíveis para estudar a Ditadura.
Foi extinta por Cavaco Silva por razões que ele saberá, quando chegou ao Governo. Economicismo barato.
Numa dessas edições:
Presos Políticos no Regime Fascista IV – 1946-1948, 1985s
foi publicada a ficha policial da dirigente oposicionista abrantina, Fernanda Silva, de que aqui já se falou.
Era imprescindível pegar nesses livros e nos arquivos da PIDE-DGS e militares e retratar os abrantinos que estiveram presos por razoes políticas.
Retirou-se, com a devida vénia, a ficha de Fernanda Silva, do blogue Silêncios e Memórias do investigador e Prof. universitário João Esteves
Para terminar só dizer que o marido de Fernando Silva, o dr. Orlando Pereira é um dos únicos ''abrantinos'' (com o General Marques Godinho e de alguns membros dessa família perseguidos por levarem Santos Costa aos tribunais, devido à morte do General) mencionados por Mário Soares, no '' Le Portugal Bailonnée'', que ainda hoje é a melhor história da Oposição à Ditadura.
ma
Orlando Pereira era natural de Alenquer, Fernanda Silva de Beja, Marques Godinho das Galveias, abrantinos para nós são todos os que atrabés duma permanência larga entre nós ajudaram a tecer esta comunidade
Em 15-10-1957 o António Maria Paulouro, vice-presidente da CM do Fundão, informava a PIDE que D.Fernando de Almeida ''
Quem o diz é Joaquim Candeias Silva, que para variar faz a apologia dos Almeidas neste artigo, e de D.Francisco (apologia merecida), mas que se recusa a fazer a necessária condenação moral e cívica dum colaborador da temível polícia política nazi-fascista.
Estranhou-se depois o Candeias que o Jornal do Fundão não dê informações sobre as suas actividades no âmbito do Museu do Fundão.
Ora não sabe o Candeias que o Paulouro foi depois Director do Jornal do Fundão e se distanciou um bocadinho do regime?
Mas dar, seja em que circunstâncias for, informações à canalha do Barbieri é repugnante e para mim o Paulouro está definido.
Certamente que Delgado e Henrique Galvão fizeram o mesmo, mas redimiram-se de armas na mão, como cabe a heróis da lusitana gesta.
D.Fernando de Almeida foi o homem que primeiro se mexeu para salvar São Domingos de ser profanado por um barracão, o Palácio da Justiça. E para isso convenceu Antunes Varela, catedrático de Coimbra e Ministro da Justiça a salvar S.Domingos a meias com Duarte Castel-Branco e outros.
Por isso cabe aqui esta menção.
Mas a verdade deve ser dita toda, e não a meias, e o Candeias cita como bibliografia neste trabalho, este livro ou opúsculo:
Como se sabe o Candeias é Académico de História, e o Farinha dos Santos também o foi ou é.
Para começar a citação bibliográfica é incorrecta, porque a correcta é esta:
O Farinha dos Santos que em 1985 (!) elogia D.Fernando de Almeida e que escreveu algum manual de Arqueologia, foi de profissão subinspector da PIDE-DGS,
Desenho de Dias Coelho, amigo e colega de Duarte Castel-Branco, assassinado pela PIDE
e confirmou o uso da tortura sobre os presos políticos ( entre os quais esteve Duarte Castel-Branco).
Passo a citar Irene Flunser Pereira: '' o ex-sub-inspector Farinha dos Santos confirmou terem sido «usados interrogatórios prolongados para obrigar os detidos a confessar as suas actividades», «segundo questionários elaborados» por diversos investigadores, entre os quais Rosa Casaco.''
Foto retirada de Estudos Arqueológicos de Oeiras, artigo de João Cardoso, sobre o pide-arqueólogo.
Há mais para contar sobre o competente pide-arqueólogo?
''Referindo-se em Um Político Assume-se (Círculo de Leitores/Temas e Debates, 2011) a um período de prisão sofrido em 1949, Mário Soares
http://pt.electionsmeter.com/sondagens/mario-soares
escreve: “Numa fria madrugada fui interrogado na sede da PIDE por um tal Farinha Santos, meu antigo colega na Faculdade de Letras, que era então agente qualificado da polícia política. Brincando com uma pistola enquanto me interrogava, disse-me: “Se disparar e o matar, nada me acontecerá. Todos dirão que disparei em legítima defesa.” (…)” (p. 54). O “pide” a que Soares se refere era Manuel Luís de Macedo Farinha dos Santos (1923-2001), inscrito em 1942 na licenciatura de Ciências Histórico-Filosóficas da FLUL, que deixaria incompleta para só a terminar em 1958. A carreira de Farinha dos Santos na PIDE, onde atingiu a categoria de subinspector, terá terminado por volta de 1954, quando partiu para a Ásia ao serviço do Ministério do Ultramar. Depois de voltar à vida académica, dedicou-se à arqueologia e iniciou um percurso que o tornou um dos principais nomes da Pré-História portuguesa. Este artigo de João Luís Cardoso em O Arqueólogo Português resume a vida de Farinha dos Santos, professor, autor de Pré-História de Portugal (Verbo, 1972) e responsável pela descoberta e estudo da arte paleolítica da gruta do Escoural. ''
Escreveu Pedro Serra no blogue Tralha Útil
Resta acrescentar quem o convidou para reger as cadeiras de História na Universidade Livre, foi o Prof. Veríssimo Serrão, tinha de ser.
MA
agradecimentos a um ex-funcionário das Finanças de Alter do Chão, que depois (por mérito próprio) chegou a meritíssimo Juiz de Direito, o Dr. Abrantes que me esclareceu sobre o Farinha dos Santos e ainda a um prestigiado octogenário abrantino, muito elogiado por Jorge Sampaio nas suas memórias
Para quem estiver interessado vai alguma bibliografia sobre o membro do Conselho de Administração da Jota Pimenta e militante do PCP, que era em simultâneo informador da Pide-DGS.
D.Agostinho entra em Abrantes, na sua excursão triunfal para tomar posse da Sé de Portalegre (documentário da SIC)
Os dois primeiros livros encontram-se com facilidade em qualquer biblioteca. No primeiro há informação também sobre a ligação de administradores da MDF com a polícia política e o comentário desta, que dado o paternalismo vigente na MDF não havia grandes problemas com subversivos, prova de que estava mal informada.
Interessante a notícia dada na revista para intelectuais ''Vértice'', publicada em Coimbra, mais ou menos conotada com o PCP, como a ''Seara Nova'', do casamento dum membro da família Pimenta.
Será que o Lázaro meteu uma cunha ou a Jota Pimenta era grande anunciante na ''Vértice''?
Também o era na revista ''Continuidade'', órgão oficial da DGS.
(retirado do Porta da oja)
Sobre o Lázaro: entrevista da Irene Flunser Pimentel ao Público: '' As pessoas ofereciam-se?
O Ministério do Interior recebia esse tipo de cartas, depois a PIDE é que dizia: esse homem não interessa nada, nem sequer tem relações com a oposição, ou é um analfabeto ou é um padre. Havia muitos padres, por exemplo, a oferecerem-se. É dessa cultura que eu acho que não se fez ainda o luto em Portugal.
Descobri determinados elementos depois da tese, que coloquei no livro, e confrontei-me com a dúvida de os colocar no livro, mas do ponto de vista da história eu tinha de divulgar. O Verdial toda a gente sabe, o Nuno Álvares Pereira toda a gente sabe, mas por exemplo, nas prisões de 61, do Octávio Pato, Pires Jorge, praticamente fica decepada a direcção do PCP em Portugal e foi através de um informador que se chamava Lázaro Carmo Viegas, que era do aparelho logístico do PCP. Era ele que transportava no seu automóvel os funcionários para as reuniões.''
Do Blogue Mancha Negra com a devida vénia
mn
''
Primeiro líder afastado
Primeiro líder afastado
Um dos principais 'mistérios' da Intersindical (que viria a adotar a designação de CGTP no congresso de 1977) prende-se com o afastamento do seu primeiro líder. Suplente do Comité Central do PCP, Canais Rocha foi o primeiro coordenador da central logo a seguir ao 25 de abril.
Na versão de Américo Nunes, em agosto de 1974, "por razões de ordem pessoal alheias à atividade sindical, Francisco Canais Rocha saiu de coordenador da Intersindical". Que razões foram, nada adianta.
Numa entrevista concedida em 1986 ao investigador José Barreto, Canais Rocha explicou o seu afastamento "não por divergências políticas" com o PCP, "mas pelo meu comportamento na polícia". Quadro clandestino do PCP, Canais fora preso em 1967. Torturado pela PIDE, não resistiu e falou.
Pouco depois do 25 de abril, o MRPP acusou-o publicamente de ter 'colaborado' com a polícia. O próprio PCP terá feito uma investigação nos arquivos da PIDE/DGS, onde terá encontrado elementos comprometedores. Em consequência, Canais foi expulso do PCP. A saída da central era inevitável.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/cgtp-branqueia-a-sua-historia=f631517#ixzz3A6E0i3nP''
José Pedro Castanheira no Expresso
O panfleto do MRPP é este (parte) e está on-line
É naturalmente um texto polémico inserido na luta entre o MRPP e o PCP e deve ser lido dentro deste parâmetro.
Mas o texto do Avante, que saiu na época em que Canais foi preso, dizendo que resistiu à polícia política não passa de pura propaganda.
Não sei se voltarei ao tema
MA
No processo do assalto ao Banco de Portugal, na Figueira da Foz, o Juiz a meias com a PIDE-DGS solicitam ao serviço de ficheiros o que constar sobre Humberto da Silva Delgado, sem profissão.
Acontece que o estimado Juiz e o eficiente canalha ignoravam que Humberto da Silva Delgado tinha sido assassinado pela dita Polícia, que montara um esquadrão da morte para assassinar o General, crime praticado em Fevereiro de 1965.
Fonte: ANTT -processo do Banco da Figueira
Quantas sentenças ditou mais o Merítissimo depois do 25 de Abril?
MA
Anexam-se a seguir a identidade e naturalidade de funcionários da PIDE-DGS naturais da Bemposta e São Facundo e ainda São Miguel do Rio Torto
do agente motorista Alves chega-se ao
agente Rosa daquela freguesia onde o Cónego Graça teve um azar e ao Nunes de São Miguel.
Aparentemente os nomes abrantinos que constam desta lista estão esgotados, restam os dos concelhos vizinhos (Mação, Vila Nova da Barquinha, Constância, que não sei se arranjo pachorra para publicar, havendo outros assuntos a tratar). Por exemplo a provada cumplicidade entre autoridades locais católicas e a PIDE-DGS na perseguição religiosa contra cidadãos de outra confissão, designada e especialmente contra as Testemunhas de Jeová.
Essa acção deu-se por exemplo nas Mouriscas, Alferrarede etc.
E que passou pelo Tribunal abrantino.
E não me venha um beato sustentar o contrário, senão espeto-lhe com uma publicação católica recente, onde o facto é reconhecido, com menção do número dos processos.
Mas quero antes sublinhar que acho que apesar da lista ser oficial, não está completa. A lista dos pides que fugiram de Alcoentre menciona nomes que não constam desta lista.
SN
acho que já dei a minha contribuição hoje, deixo a pasta ao dr.Miguel Abrantes
Primeiro as fontes das listas dos dignos funcionários:
E agora lamentar que tenhamos dois membros desta corporação que são de Abrantes, mas não temos dados da naturalidade, em relação à freguesia
É o caso do agente António Canas de Oliveira e ainda de um homem muito mais importante na hierarquia o chefe de brigada Caldas
Agora era preciso realizar trabalho sobre fontes primárias para os identificar e descobrir a naturalidade e claro verificar se não há falsificação de papéis. Há alguns que falsificaram papéis, caso de António Rosa Casaco que falsificou papelada para esconder uma filiação ilegítima.
Também haveria que ler a bibliografia secundária começando por Irene Flunser Pimentel http://www.esferadoslivros.pt/autores.php?id=9 para verificar quais destas criaturas se destacaram na ''profissão'' e de ler memórias como as do Inspector Rosa Casaco. Já agora o único membro da PIDE natural do Rossio e certamente o mais talentoso 007 do concelho, não esquecendo um agente de Vila Nova da Barquinha importante na estrutura do ELP......
sn
Depois de lida a lista temos de chegar à conclusão que somos um concelho pouco florescente na produção de polícias secretos. Até temos mais anti-fascistas que agentes da polícia secreta. Comparada Abrantes com um concelho mais pequeno e com mais pides (Vinhais) ou mesmo com o Sardoal é uma desgraça. Há poucos 007 (s) do salazarismo. A freguesia com mais Pides é as Mouriscas e só encontrámos 2. Aliás o distrito de Bragança é florescente em agentes secretos (e naturalmente parco em anti-fascistas). Só nesta página há vários e um de Constância
a seguir vão dois dignos agentes secretos naturais das Mouriscas
Como a Junta das Mouriscas é da CDU, acho que por motivos óbvios não haverá alteração na toponímia local.
SN
Prometido é devido, tivemos acesso à lista dos excelentíssimos membros da garbosa corporação Policia Internacional de Defesa do Estado, depois baptizada pelo Senhor Professor Marcello José das Neves Alves Caetano, D.G.S.
A lista insere os dados de nascimento dos bravos defensores do Estado Novo. Aí vai o primeiro:
Acho que a toponímia do Pego deve honrar os defensores da Pátria e ainda que os pegachos estão fartos de falar do Sr.Inspector Rosa Casaco, que era duma freguesia vizinha. Agora já têm o seu 007 pegacho.
SN
a seguir: o pide das Mouriscas (haverá alguma freguesia sem pides?)
suzy
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