Domingo, 29.06.14

Gastão Coutinho, Morgado de Punhete, Conde da Taipa, Senhor das Ilhas Desertas, soldado do Infante Dom Miguel na jornada de Vila Franca, oficial do Imperador Dom Pedro e da Rainha nas Guerras Liberais, Par do Reino, propôs um cisma com Roma e a escolha deste homem como Papa da Igreja Lusitana

 

 

 

 

cortesia do Prof António Ventura, que anotou que o Reverendo só chegou a Grão-Mestre de certa tribo de pedreiros-livres, certamente aquela onde punha o avental o Senhor Dom Gastão da Câmara Coutinho, herdeiro dos fidalgos que deram asilo a Camões na sua torre de Punhete.

 

Agora vou reler uma carta autógrafa da sua mulher D.Francisca de Almeida Portugal ou do enteado....o Marquês da Valada, herdeiro dos latifúndios abrantinos do Coutinho depois dum longo processo judicial que deu brado.

 

Até que chegue o livro do Francisco Carromeu.

 

MN



publicado por porabrantes às 15:15 | link do post | comentar

Terça-feira, 12.03.13

 Armas dos Condes da Taipa

 

 

reproduzido de http://miguelboto.blogspot.com.es/2010/10/taipa-condes.html

 

O autor do brasão é Miguel Ângelo Boto a quem fazemos a devida vénia

 

 

A Torre é a que uma Câmara ignara de Constância mandou demolir.....

 

D.Gastão da Câmara Coutinho, senhor das Ilhas Desertas, Morgado de Punhete, Conde da Taipa, grande proprietário rural em Abrantes, Constância e Almeirim, sempre fora um radical. Primeiro miguelista, depois liberal, depois inimigo do Regente D.Pedro, pai de D.Maria II.

Sei alguma coisa sobre a personagem e até tenho umas cartas autógrafas dele e da mulher,  mas não conheço retrato seu, que rogo a quem tiver nos faça chegar por ser importante para a História de Abrantes.

 

Mas não sabia que o fogoso Par do Reino, o combatente da Vilafrancada e o bravo do Mindelo, encontrou solução para o drama encenado neste conclave.

 

Em 1839, depois do verbo iluminado de José Estevão, o da rua lateral à velha Câmara Abrantina, o aveirense  cuja oratória parlamentar deslumbrou gerações, se largar em furiosos ataques contra o clericalismo e contra Roma, logo D.Gastão, o cunhado querido de D.José Trazimundo, Marquês de Fronteira, o dono de milhares de hectares de mato que iam desde a Bemposta até Santa Margarida, o rei da charneca abrantina, propõe

 

 

a criação da IGREJA LUSITANA !!!!

 

e logo houve outro que apontou que deveria ser escolhido para

 

 

PAPA LUSITANO......

 

o Rev. Padre Marcos I 

 

conta aqui o Prof. Adelino Maltês......

 

O Senhor Conde Dom Gastão deve ter dito, e porque não o meu capelão????

 

Marcello de Noronha



publicado por porabrantes às 15:39 | link do post | comentar

Domingo, 11.03.12

 foto arquivo municipal de constância que tem uma boa colecção de fotos locais on-line

 

 

 

http://arquivo.cm-constancia.pt

 

 

 

informação sobre o imóvel :''A Torre de Punhete

 

 

 Esta fotografia mostra a Torre de Punhete em ruínas, observando-se ainda uma janela e frisos com alguns elementos decorativos. A sua destruição iniciou-se em Junho de 1905 terminando em Setembro de 1906, por ordem da Câmara Municipal.''

 

 

texto retirado do link citado ''

 

 

 

A destruição da torre, velha fortaleza de protecção ao tráfico fluvial e cabeça do morgadio da Taipa de que um dos últimos senhores foi D.Gastão Coutinho, Conde da Taipa, senhor de vastas terras na charneca abrantina e de Constância. Miguelista primeiro, liberal radical depois, aqui temos uma visão de quem foi este homem:

 

 ''

Um grande Benemérito de Almeirim; O Conde da Taipa -História de Almeirim (22)



 

Após o período da guerra civil (1828-1834), consolida-se em Portugal a Monarquia Constitucional. É agora rainha D. Maria II e profundas alterações se irão produzir, pela emergência de uma nova nobreza, pelo surgimento de uma burguesia com influência económica e politica e pelo surgimento de uma classe dominante no mundo rural, que prioritariamente de instala no Ribatejo, os Lavradores. A estes Lavradores se ficará a dever uma boa parte da evolução económica, através da modernização da agricultura portuguesa.


Almeirim foi o centro de toda uma transformação radical dos processos agrícolas, foi o centro de divulgação da mecanização agrícola, que originou a sua modernização e o seu desenvolvimento, podendo mesmo afirmar-se que Almeirim na década de quarenta do século XIX, foi o mais importante centro nacional de experimentação agrária e da sua mecanização.


Para que se perceba melhor porque assim foi, é preciso recordar algumas personagens, que foram decisivas pela sua acção e influência política na época. O primeiro que devemos enaltecer é o Conde da Taipa, que foi o grande e incansável lutador e promotor das duas obras que vieram trazer a nova vocação a Almeirim e estão na base de toda a sua evolução até aos nossos dias. A obra de enxugo e drenagem do Vale de Tejo, que entre nós se costuma chamar “obra da Vala de Alpiarça” e a localização da ponte sobre o Tejo entre Santarém e Almeirim, que irá permitir o escoamento e a ligação fácil dos produtos aos mercados, pela utilização do comboio.


D. Gastão da Câmara Coutinho Pereira de Sande era almeirinense nascido em 1794, filho de D. Luís e neto de D. Gastão da Câmara Coutinho, aquele que recebeu D. José I em sua casa, quando da última estadia da Corte em Almeirim.


Muito jovem foi com a Corte para o Brasil em 1807. Foi assim educado junto de D. Pedro e de D. Miguel, futuros reis de Portugal. No Brasil iniciou a sua carreira militar e voltou para Portugal juntamente com toda a Corte de D. João VI, no ano de 1821. Da sua amizade com D. Miguel, resultarão as inúmeras estadias do Infante em Almeirim e também a sua participação na Vilafrancada.


Com o juramento do Rei D. Miguel da Carta Constitucional, em 1826, é nomeado Par do Reino e inicia uma brilhante carreira política, passando para a história a sua indiscutível coragem e determinação. A sua mais destacada acção politica irá ser a de assumir o principal protagonismo na defesa da conciliação entre a Constituição de 1822 e a Carta Constitucional. Participou na “Belfastada” ao lado do Duque de Saldanha, seu amigo e como ajudante de ordens do Duque de Palmela. Teve por consequência uma acção política e militar determinante de que resultou a Constituição de 1838. De entre os episódios mais notáveis de que foi protagonista, destaca-se a carta que escreveu a D. Pedro IV e que publicou, exigindo o levantamento dos sequestros, a liberdade de todos os sequestrados e a liberdade de imprensa, o que lhe valeu a ordem de prisão. Essa prisão do Conde da Taipa, originou um movimento de apoio de muitos outros Pares do Reino, seus amigos e alguns deles com ligações patrimoniais a Almeirim, como o Duque de Palmela e o Conde da Torre, D. José Trazimundo de Mascarenhas, neto da Marqueza da Alorna “Alcipes”, que era seu cunhado.


D. Gastão, o Conde da Taipa foi também amigo de Almeida Garret e acompanhou-o durante as suas visitas ao Ribatejo, sendo um daqueles a quem o escritor dedica “as Viagens da Minha Terra”. Casado com D. Francisca de Almeida e Portugal, Condessa de Valada, não teve descendência. Seus herdeiros dos títulos, foram seus irmãos Manuel e José, respectivamente 2º e 3º Conde da Taipa, mas que nunca chegaram a ter uma relação de interesse por Almeirim, tendo vendido todo o património local herdado.


Para melhor perceber quanto era influente e respeitado em Almeirim, basta relembrar o que escreveu o médico Tiago do Couto, que aqui vivei entre 1855 e 1859, no seu livro “Breve Notícia de Almeirim”, que foi editado pela Associação de Defesa do Património em 1991 e que aconselho vivamente a todos.


“…de Verão há mais animação na Vila; há os descantes, os bailes de roda, as eiras, as descamisadas dos milhos e após elas os fabricos dos vinhos, em suma há mais distração mas a convivência é pouca…Quando Sua Exª, o senhor Conde da Taipa está em Almeirim o que sucede frequentes vezes no ano, então o caso é outro. Recebe em sua casa alguns indivíduos em cujo número eu entro. Fala-se da Lavoura, de literatura, de tudo; e sua Exª então mostra a vastidão dos seus conhecimentos científicos. O tempo assim não corre – voa.”


A rua Conde da Taipa é a única referência actual a este Homem, que foi essencial para o progresso da sua terra, Almeirim. Nessa rua ainda está, apesar de muito modificada, não tanto na traça e mais nos revestimentos de pedra das cantarias e fachadas, a casa onde viveu e nessa época, todos as terras que iam para o lado de Alpiarça eram dele, incluindo a Gouxaria, que acabou por destacar após partilhas, com seu cunhado D. José Trazimundo Mascarenhas. Essa casa depois de sua morte em 1866, foi comprada a seus herdeiros, por um seu amigo e administrador, Manoel de Andrade, que era meu trisavô.

 

escrito por  JOSÉ J. LIMA MONTEIRO ANDRADE in http://desafiodealmeirim.blogspot.com/2009/07/um-grande-benemerito-de-almeirim-o_18.html 

 

 

Voltaremos a D.Gastão e ao morgadio que andou ligado à estadia provável de Camões em Punhete, especialmente porque um sócio da Tubucci adquiriu boa parte da documentação desta Casa, documentação que chega ao testamento dum fidalgo de Punhete antes de partir para Alcácer-Quibir.

 

 

documentação a ser tratada quando houver paciência...

 

documentação original e inexistente nos tombos públicos....

 

 

Só para terminar quero agradecer à CMC este serviço ao nosso Património e manifestar que o exemplo da destruição em 1906 desta torre pela CMC da altura é paralela à demolição do Convento da abrantino da Graça, uns anos antes.

 

Uma visão absurda do progresso, hoje inadmíssível e que nos queriam impor ao tentarem destruir  São Domingos de Abrantes.

 

A CMA de 2012 a pensar como a de 189 e tal.... Vejam bem

 

Marcello de Noronha, da Tubucci   

 

 



publicado por porabrantes às 22:50 | link do post | comentar

ASSINE A PETIÇÃO

posts recentes

A camarilha dos canalhocr...

D.Gastão avisa Herculano ...

O Papa Caldeira de Alvega...

Gago fulmina Fontes

Falando de gagos

Morgado de Punhete passa ...

Morgado de Punhete chama ...

São Domingos do Chouto, à...

A torre de D.Gastão Couti...

Morgado de Punhete arreme...

arquivos

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

tags

25 de abril

abrantaqua

abrantes

alferrarede

alvega

alves jana

ambiente

angola

antónio castel-branco

antónio colaço

antónio costa

aquapólis

armando fernandes

armindo silveira

arqueologia

assembleia municipal

bemposta

bibliografia abrantina

bloco

bloco de esquerda

bombeiros

brasil

cacique

candeias silva

carrilho da graça

cavaco

cdu

celeste simão

central do pego

chefa

chmt

ciganos

cimt

cma

cónego graça

constância

convento de s.domingos

coronavirús

cria

crime

duarte castel-branco

eucaliptos

eurico consciência

fátima

fogos

frança

grupo lena

hospital de abrantes

hotel turismo de abrantes

humberto lopes

igreja

insegurança

ipt

isilda jana

jorge dias

josé sócrates

jota pico

júlio bento

justiça

mação

maria do céu albuquerque

mário soares

mdf

miaa

miia

mirante

mouriscas

nelson carvalho

património

paulo falcão tavares

pcp

pego

pegop

pina da costa

ps

psd

psp

rocio de abrantes

rossio ao sul do tejo

rpp solar

rui serrano

salazar

santa casa

santana-maia leonardo

santarém

sardoal

saúde

segurança

smas

sócrates

solano de abreu

souto

teatro s.pedro

tejo

tomar

touros

tramagal

tribunais

tubucci

valamatos

todas as tags

favoritos

Passeio a pé pelo Adro de...

links
Novembro 2021
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
10
11

17

26
27

28
29


mais sobre mim
blogs SAPO
subscrever feeds