Henrique Augusto da Silva Martins, o cacique de 33, tinha uma ética igual à da Santíssima Trindade da imprensa clerical.
Isto foi um ajuste de contas num pasquim fascista com um homem bom, João Damas, cujo único ''crime'' foi não ser da ''cor'' deles. Damas era maçon, médico e tinha sido deputado afonsista entre 1911-1926 (com algum intervalo, no tempo de Sidónio, em que também o Governador Civil sidonista, Ramiro Guedes, ajustou contas políticas com ele.Mas Ramiro Guedes era um ''gentleman'' e os outros eram ....do Carvalhal)
imagem do blogue São Miguel do nosso amigo dr. Rui Lopes
Nunca ninguém tinha colocado a honra pessoal do médico em questão e foi França Machado (que terminou suicidando-se depois duma inspecção à CMA) e Henrique Augusto que o fizeram.
O pior insulto ao Damas foi escrito por um tenente desbragado, chamava-se Humberto Delgado e foi por estes tempos. Mas se Delgado lhe chamou pau-mandado e burro, nunca colocou em questão a sua honorabilidade pessoal
Isto saiu na Voz do Salazar, ou seja no Diário da Manhã
O dr.Damas teve certamente culpas numa política sectária e suicida de perseguição aos católicos, que inclusivamente produziu mortos
Segundo Eduardo Campos,sendo o Damas Administrador do Concelho (ou seja responsável da ordem pública) há uma brutal repressão no Pego, realizada pela GNR, a 17 de Setembro de 1916 .....com 2 mortos e múltiplos feridos
E com ele como Administrador houve censura nos jornais locais ( mas era tempo de guerra mundial.....e houve-a a nível nacional)....
Como foi o ajuste de contas? Assim....
Moral da História: acham que se faz política & religião sem vinganças e ajustes de contas?
Leiam o florentino
bibliografia; Eduardo Campos, Cronologia
Imagens extraidas do blogue São Miguel do dr. Rui Lopes e dum pasquim fascista de Lisboa (deixo o trabalho aos historiadores oficiais de encontrarem o dia exacto)
ma
Gilberto Arroteia lendo o seu discurso no comício anti-comunista, em Setúbal. [Identificados no álbum:] Gilberto Arroteia; capitão Belarmino de Vasconcelos; dr. António Barreiros Cardoso; capitão Humberto Delgado; dr. Águedo de Oliveira; dr. José Cabral; dr. João Pinto da Costa Leite (conde espanhol de Lumbrales), um dos íntimos de Salazar
O dr. José Cabral foi o autor da proposta de lei que levou à ilegalização da maçonaria. É o que se deixou dormir ouvindo o discurso anti-comunista.
Ao lado dele o tio materno de Francisco Sá Carneiro, João da Costa Leite,conde espanhol de Lumbrales.
1937 em Setúbal
Comício anti-comunista
ma
fonte antt
Estava a arrumar papéis e recortes da campanha de 1958 para Delgado a Presidente e dei com isto:
certamente pouca coisa, a notícia no Avante clandestino da prisão do Advogado abrantino Dr.Vergílio Godinho, chefe do núcleo de apoiantes da candidatura do General Delgado cá no burgo.
Há quem não se lembre ou então estava no lado do Tomás.
Duarte Castel-Branco estava a monte. Outro ''anti-fascista'' estava na alfaiataria, que é um sítio apropriado para virar casacas.
Castel-Branco safou-se graças a Costa e Simas e a António Moura Neves, o primeiro revilharista, o segundo estado-novista.
É melhor não publicar mais papelada, não queremos que as forças vivas sofram.
MA
Para matarem um tipo não basta largarem-lhe à fila uma brigada de pides, matarem-no na charneca de Olivença e cobrirem-lhe o corpo de preservativos certamente para darem a ideia que era um ''crime sexual'', já que a companheira a brasileira Arajacir Campos também fora abatida. Para matarem a honra do General também foi preciso arrancar-lhe as condecorações. Fdp.......
Procurava uma coisa e aparece isto, a irradiação de Humberto Delgado, o miúdo que cresceu na R. da Barca e que daí foi interno pró Colégio Militar com mais algum abrantino, duma condecoração
Arquivo da Presidência da República, por certo um arquivo da treta
MN
Hoje é o aniversário do assassinato do General Delgado e tinha sido prometido um post em sua homenagem. Já se falou muito dele aqui e algum dia se falará mais, mas aquilo que devemos sobretudo homenagear é a sua luta por um Portugal Democrático, que ocupou apenas um pequeno período da sua vida (1958-1965), mas utopia pela qual caiu.
A maior parte da vida de Delgado foi ocupada a lutar pela instauração da Ditadura e a servi-la, é bom não esquecer.
Que política defendia Delgado em 1965?
Sabemos que era um anti-comunista frenético, um admirador do presidencialismo à americana e como Chefe de Estado era provável que tivesse governado de forma autoritária e se tivesse possibilidade de estabilizar um regime, este seria presidencialista.
Mas desde 1958 cada vez mais indignado com os abusos da polícia política, acreditemos que queria um regime de liberdades e por isso vamos dedicar-lhe um relatório dum PIDE-DGS sobre a benemérita colaboração entre a polícia política e a Metalúrgica Duarte Ferreira, no Tramagal.
Porque acreditamos que se Delgado tivesse vencido, cenas destas não se teriam passado.
a redacção
página roubada ao Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra
a Gazeta da Semana era um jornal próximo da extrema-esquerda
Agora é o padre da Golegã que enche as manchetes da Imprensa depois de um alegado caso de pedofilia metendo os escuteiros.
O Bispo de Santarém suspendeu o presbítero. Fez bem.
O Bispo da Guarda não sei onde mandou guardar o pedófilo do seminário do Fundão....
Gostaria de saber se é conveniente retirar as crianças dos escuteiros.....
Neste momento é fácil fazer trocadilhos de toda a espécie sobre o assunto, mas os nossos Bispos e os seus subordinados, que muitas vezes agem por conta própria sem darem conta ao Ordinário Diocesano, caso do tonsurado Graça, começam a colocar trancas na porta depois da casa roubada.
Há uns anos um conflito opôs os escuteiros de Abrantes e o tonsurado referido. Nada de pedofilia, coisas mais comezinhas e próprias do Graça ou seja heranças.
Isto é o gravíssimo facto dos Escuteiros terem recebido a doação dum terreno, dado pelo sr. dr.António Moreno, sem licença do tipo sob cuja responsabilidade se distribuem pílulas e aspirinas de segunda-mão no Convento da Esperança.
Convento sem Esperança porque o homem deu cabo, com conivência da edilidade do Humberto Lopes, da Igreja setecentista do dito cenóbio.
Para que servem as Leis?
Para que serve a autoridade de Portalegre?
Regresso aos Senhores Bispos e recordo-lhes que meios católicos distribuiram isto quando Humberto Delgado foi candidato
Quando houver suspeitas fundadas que A (catequista, padre, leigo ou ateu) é pedófilo, mandem distribuir um aviso destes.
Ámen
MN
O General inicia a sua campanha eleitoral em Santarém. Pistola à cinta e um sorriso nos lábios
A primeira campanha eleitoral moderna neste país.
Um desafio claro ao seu antigo protector que ajudara a levar ao poder.
Uma lição ao reviralho, aos timoratos e aos prudentes.
Uma ''faena'' de exímio diestro que anula o candidato do PCP, Arlindo Vicente.
Santarém e o distrito deram-lhe a vitória, roubada pela burla eleitoral.
O desafio ao sistema custou-lhe a vida, nos arredores de Olivença, que sonhara reconquistar manu militari com Henrique Galvão, à revelia de Salazar.
A brigada de pulhas que o matou era comandada por Rosa Casaco, mas as ordens vieram de cima.
Naturalmente Salazar fez como o gajo da minuta do Casal Curtido, ficou calado que nem um seminarista.
O postal foi editado pela Fundação Delgado, e é reproduzido com a devida vénia.
MA
General Humberto Delgado in Memórias de Humberto Delgado (ed e coligido por Iva Delgado,
O Regimento de Artilharia 8 estava aboletado no Castelo de Abrantes e temos uma imagem dele em 1914
Sobre a organização militar da época pode ver-se aqui
Sobre a utilização que faziam alguns oficiais de artilharia das bestas e cavalgaduras da tropa, damos uma saborosa notícia dos Valhascos, datada de 1915 do incontornável blogue Sardoal com Memória, a notícia é retirada do jornal republicano '' Jornal de Abrantes'', folha que nada tem a ver ,a não ser o título com a gazeta dirigida pela srª drª Hália Costa Santos, natural daquela simpática povoação, onde pela época havia uma notável alergia à padralhada.
Faltava-me uma foto de magalas que tiveram de aturar estes oficiais generosamente retratados pelo Alferes Delgado, mas só encontrámos por acaso um garboso grupo de cabos
http://www.flickr.com/photos/33266174@N06/7055322553/lightbox/
MA
sobre a tropa fandanga desta época pode ver-se o Coisas de Abrantes
A Liberdade e a Dignidade, velhas e desgastadas palavras, fazem com que um homem que se preze queira ser um Cidadão e não um servo. Estava para usar a palavra ''súbdito'', mas usá-la era insultar Homens da estirpe de Winston Spencer Churchill que orgulhosamente sempre se definiram como súbditos da Coroa Britânica e isso não os privou, pelo contrário, obrigou-os, a serem Homens Livres e em nome da Liberdade a arrasarem a Alemanha, pátria do totalitarismo nazi.
Os servos gostam sempre de Uniões seja Nacionais ou Municipais.
Miguel Abrantes
Fui pessoalmente, vitima da célebre carga da cavalaria da GNR sobre os apoiantes de Delgado, nas redondezas do liceu Camões. Os passeios eram varridos pelas espadas dos cavaleiros e quem não encontrava uma porta aberta para se proteger, era atingido. Enquanto muitos sangravam, em consegui uma porta para me recolher e ficar a aguardar que a onde passasse para... fugir.
Caro amigo: Procurei fotos da carga de cavalaria da GNR com que foram brutalmente reprimidos em 18 de Maio de 1958 os partidários de Delgado à saída do Camões, não encontrei, mas temos esse vídeo com Salazar como voz do fundo e a GNR a conter o povo à porta do Camões onde Delgado fora votar.
Há outros rastos:
iva delgado
Delgado falando em 18-5-1958
O Sr. Lalanda pode ver aqui se há aqui conhecidos entre os presentes. Mas muitos antes antes no Camões, lutava o abrantino tenente-coronel Luís Mesquitela (o dono da Quinta da Capela) contra os ''rojos'' em Espanha e ...
o capitão aviador Delgado dava no Ginásio do Liceu Camões uma conferência sobre luta anti-guerrilha nas ruas, para o caso dos bolcheviques se alçarem. E lá está a bandeira da entidade patrocinadora. A benemérita Legião Portuguesa. Delgado fez um livro sobre tácticas anti-guerrilha a meias com um militar de Tomar, Fernando Oliveira, de que há várias edições, para a Legião, PSP, GNR, etc...
Bem se continuo a conversa nunca mais janto....
Abraço caro amigo
Miguel Abrantes
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