O livro de João Alves Falcato (Ed Avante, Lisboa,2018) relata a campanha eleitoral do Advogado Arlindo Vicente, em 1958. Já se falou aqui nisso. Para o que nos importa refere a intervenção do representante abrantino, Dr. Virgílio Godinho nos órgãos nacionais da candidatura. Noticia a constituição da comissão concelhia abrantina a 17 de Maio de 1958. (...) por 18 democratas, incluindo advogados, médicos, comerciantes, proprietários, operários e outras profissões''. (...).
Dá destaque à intervenção de oradores abrantinos na histórica sessão de Alpiarça (a terra com mais pergaminhos anti-fascistas do Distrito, onde Delgado teve mais de 80% dos votos) em 18 de Maio.
Além de Arlindo Vicente, falaram o director da ''Seara Nova'', Câmara Reis, Manuel Sertório, e Maria Fernanda Corte-Real Silva que sublinhou ''o idealismo que impregna aqueles que enfileiram na Oposição a afirmou a inabalável vontade de concorrer na luta eleitoral até à boca das urnas. ''
Referiu ainda ''que o facto de haver duas candidaturas não nos pode separar....''
Falou também um oposicionista local, Carlos Pinhão e o escritor e advogado de Abrantes, Virgílio Godinho. Encerrou o comício, Arlindo Vicente.
ver aqui
Composição da comissão de Abrantes, que depois da desistência de Vicente, passou a apoiar o General Delgado.
Resta recomendar a leitura do livro.
ma
gamado aos fascistas
Em Novembro, os eleitos da CDU nos órgãos autárquicos do concelho de Constância fizeram um balanço do trabalho realizado na Câmara e Assembleia Municipal, assim como nas freguesias de Constância, Montalvo e Santa Margarida da Coutada, onde o PS está em maioria.
No encontro concelhio concluiu-se que «não existiu qualquer mudança para melhor» desde Outubro de 2017, como se observou na organização das festas do concelho e Pamonas Camoneanas, nas actividades culturais e desportivas promovidas pelo município e freguesias e na relação destas com o movimento associativo.
«Não melhorou a limpeza dos aglomerados urbanos nas freguesias de Montalvo e Santa Margarida da Coutada onde, durante o Verão, predominou uma invasão de ervas pelas ruas e em que espaços emblemáticos, como o Açude, foram abandonados e desprezados», acusa a Coligação PCP-PEV.
As críticas estendem-se ao «encerramento e reabertura do Centro Escolar de Santa Margarida, sem os pareceres autorizados dos serviços de saúde», assim como ao «encerramento completo do parque infantil em Montalvo».
Num presta contas distribuído à população e divulgado à comunicação social, a CDU lembra ainda que o executivo PS ainda não conseguiu «convencer» o Governo e o município de Abrantes para a «urgência» de uma nova ponte, entre outras matérias.
no Avante a 20-12-2018
com a devida vénia
''
O investimento em infraestruturas é fundamental para o desenvolvimento nacional e para cada uma das regiões do país. No distrito de Santarém, a travessia do Tejo reclama decisões urgentes, nas ligações de Constância e Barquinha à margem sul e da Golegã para a Chamusca (completando o troço do IC3), no sentido da resolução já aprovada na Assembleia da República. Estas travessias são fundamentais para o tecido empresarial da região do Médio Tejo (gerador de intenso trânsito de pesados) bem como para os acessos às infraestruturas militares e ao parque ecológico do Relvão.
A linha ferroviária do Norte, que atravessa o distrito de Santarém, carece de uma requalificação há muitos anos adiada, que elimine os estrangulamentos que hoje contribuem para a demora injustificada da circulação nesta linha. Em concreto no troço Vale de Santarém/Entroncamento, mas também Ovar/Gaia e Braço de Prata/Alverca, as intervenções necessárias e previstas há mais de vinte anos continuam por concretizar – sendo que nos planos do governo não está contemplada uma verdadeira modernização mas sim a chamada renovação integral de via.
Do mesmo modo se afigura urgente a requalificação da Estrada Nacional n.º 118, entre Samora Correia e Abrantes, no sentido da diminuição da respectiva sinistralidade e a construção de variantes que afastem o tráfego automóvel do centro das numerosas localidades que esta via atravessa.
Em matéria de acessibilidades, o PCP não esqueceu nestas Jornadas o problema das portagens da A 23 e os prejuízos que a sua existência causa às populações e empresas da região do Médio Tejo, semelhantes aos problemas causados pela introdução de portagens nas chamadas SCUT em diversas regiões do país. Nesse sentido, o PCP reapresentou na passada sexta-feira as iniciativas visando a abolição das portagens na A23, na Via do Infante, na A24, na A25, na A28, na A29, na A41 e na A42.'' (....)
(...)
Por tudo isto, o PCP reafirma que o processo de transferência de competências em curso não é sério nem rigoroso e nesse sentido suscitará na Assembleia da República a Apreciação Parlamentar de cada um dos diplomas sectoriais que, sob a forma de decreto-lei, procedam às transferências de competências do Governo para as autarquias locais.
Acresce que neste debate estão ausentes duas questões absolutamente centrais: a criação das regiões administrativas e a reposição das freguesias extintas contra a vontade das populações. Não é possível descentralizar sem a concretização do nível de poder regional previsto na Constituição, de forma a dar coerência e maior eficiência à organização administrativa do Estado. Só a regionalização permitiria um desenvolvimento mais equilibrado e harmonioso do território com vista à eliminação das assimetrias regionais. Por outro lado, só a reposição das freguesias extintas contra a vontade das populações, como o PCP propõe através de iniciativa já apresentada na Assembleia da República, permitiria repor o nível de proximidade do Estado às populações que, entretanto, se perdeu.''
Declarações do deputado João Oliveira no final das jornadas do PCP em Santarém
Conclusões das Jornadas do PCP em Santarém – 2 de Outubro
Diz o Médio Tejo que o Museu MDF bateu records de visitas.
Não vou contar como foi abordado um industrial para ceder umas coisas pró espólio.
Vou só dar uma peça pró espólio
Só uma, e se damos duas????
Ficamos a pensar
extracto do O Ribatejo Vermelho de 1976
Espólio doado ao Ephemera (com a devida vénia)
O rapaz do PCP-ML cá na terra é colunista na Barca.
mn
Supomos que temos um dia destes de voltar à porca da política actual, hoje ou amanhã.
Já se escreveu aqui umas notas sobre a entrevista do Manuel Lopes, ex- autarca da APU.
Como a Históra é uma coisa que vai fazendo, fomos procurar informações ao sítio certo, ou seja à direcção nacional dum partido que até 1974 e inclusive uns anos depois mantinha casas e instalações clandestinas.
Pacheco Pereira, no 2 º tomo da sua biografia de Álvaro Cunhal, explica bem o funcionamento das casas clandestinas do PCP e também faz uma referência a Maria Fernanda Corte Real Silva, que viveu nesta casa
Já agora baseia parte do livro num trabalho de Jorge Santos Carvalho, sobre as relações luso jugoslavas.
Diz o Lopes que havia um andar devoluto, em 1974, nesta casa.
Era por baixo da residência do Dr.Orlando Pereira, que faleceu em 2016 e que o PCP de Abrantes ainda não homenageou.
O andar tinha sido alugado pelo Advogado e servia de casa de apoio as actividades clandestinas do PCP, durante os últimos anos do fascismo, sendo usado por um membro do Comité Central.
Antes de ficar devoluto era residência da família Feijó.
Com a legalização do Partido....ficou esquecido...por isso estava devoluto.
De forma que a Comissão de Moradores.....foi ocupar um andar da estrutura clandestina da resistência à ditadura.....
ma
anúncio de Orlando Pereira numa Seara Nova de 1960....onde também anunciava
Sr. Presidente
Sras. e Srs. Deputados
Debatemos hoje o Projecto Lei apresentado pelo PAN que determina a abolição de corridas de touros. As corridas de touros e espectáculos tauromáquicos têm suscitado reiteradamente debates neste parlamento e na sociedade, pelo que reiteramos a posição que temos assumido.
O PCP respeita integralmente a sensibilidade de quem não está de acordo - ou rejeita mesmo - a tauromaquia tal como entende que se deve respeitar aquilo que as populações sentem como parte integrante da sua identidade cultural, as suas especificidades culturais, minoritárias ou maioritárias, que não atentem contra direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.
Respeitar a diversidade cultural implica reconhecer expressões culturais diferentes das próprias e reconhecer a universalidade dos direitos.
As expressões da cultura popular, como a generalidade dos elementos da cultura humana, não são imutáveis e são, elas próprias, produto da vida social. Umas perdem força e desaparecem, outras ganham-na e projectam-se. As tradições só por existirem ou terem existido não significa que devam ser mantidas, promovidas ou restabelecidas mas determinar pela lei a sua proibição já significa coisa diferente.
Ao pretender proibir aquilo que não reconhece como parte integrante da sua própria identidade cultural, o PAN não admite que haja outras culturas, identidades, tradições, sensibilidades que não as suas, só admite os seus próprios padrões culturais e morais e quer impô-los. Pretende impor aos outros a sua visão do mundo, se possível pela lei e pela força.
É necessário sublinhar este aspecto – da imposição da lei pela força – fazendo este debate não esquecendo o histórico da questão, nomeadamente recordando os incidentes que ocorreram em Barrancos no ano 2000 na sequência da tentativa de imposição pela força de uma proibição semelhante.
Aqueles incidentes demonstraram que a transformação de práticas que as populações sentem como parte da sua identidade cultural em problemas de ordem policial por via da proibição é apenas factor de mais graves conflitos e confrontos sociais.
A proibição daquelas práticas levou à sua ilegalidade e conduziu à repressão policial da população mas não permitiu que elas desaparecessem da matriz da sua cultura popular, da sua vivência comunitária colectiva.
Relembrando tudo isso, é necessário confrontar o PAN com aquilo que propõe e as suas respectivas consequências.
Ao pretender impor a proibição legal das corridas de touros, o PAN não se limita a tentar impor aquela visão cultural uniformizada e uniformizadora do mundo. Defendendo a proibição, o PAN defende as suas consequências, incluindo a abertura de um conflito directo com comunidades inteiras e, novamente, a tentativa de aplicação da lei pela força com a correspondente repressão das populações.
Sr. Presidente
Sras. e Srs. Deputados
O PCP reconhece o apego de muitos portugueses e de muitas comunidades do nosso país à tauromaquia que a consideram parte integrante da cultura popular, não ignorando, contudo, as preocupações e opiniões contrárias de outros sectores da sociedade. Tal divisão de opiniões não nos parece que possa ser resolvida pela via da proibição legal destas práticas.
Entendemos que o caminho que há a fazer é o do respeito pela diversidade cultural e o da efectiva responsabilização do Estado na promoção de uma relação mais saudável entre os animais e os seres humanos, acompanhada de uma acção pedagógica com o objectivo de sensibilizar os cidadãos, em particular as crianças e os jovens, para a importância do bem-estar animal e a sua efectiva protecção.
''(...)FPS- Sim.. vem na sequência de outras actividades. Em primeiro lugar, nós estivemos relacionados directamente com algumas actividades conspirativas, por exemplo, Teófilo Carvalho dos Santos, José Magalhães Godinho que eram da Resistência Republicana, o Barradas de Carvalho que foi sempre do Partido Comunista, em ligações com o general Godinho. Foi o Barradas de Carvalho que trouxe o general Godinho para a conspiração. Tivemos uma actividade com, relacionada com o brigadeiro Miguel dos Santos, aliás num livro que o José Magalhães Godinho vai publicar, vai ser lançado na segunda-feira, vem isso tudo referido, e depois constituímos à volta do Azevedo Gomes e do Jaime Cortesão e António Sérgio, mas sobretudo Jaime Cortesão e Azevedo Gomes constituímos o grupo que fez o Programa para a Democratização da República que se destinava a comemorar, (....)''
Quando Piteira foi preso pela PIDE pela época do Golpe Godinho, foi-lhe apreendido
D.L. Raby in Fascism and Resistance in Portugal: Communists, Liberals and Military Dissidents.in the Opposition to Salazar 1945-1974, Manchester University Press, Nova Yorque, 1988, p. 97
mn
devida vénia à Anti-Fascistas da Resistência para a foto de Piteira e às outras fontes citadas
Já se falou aqui muitas vezes do que era o mais importante dirigente da Oposição à Ditadura em Abrantes em 1974. A Cidade continua a dever uma homenagem ao Dr.Orlando Pereira, Advogado e dirigente oposicionista. Para recordar esquecidos mais umas achegas bibliográficas.
mn
Há um texto fundamental para conhecer as ilegalidades e tropelias da gestão PS em Abrantes.....
o livro foi editado pela Editorial Avante em 1981
A Dona Irene era a Presidente da Junta da Bemposta.
Repomos o post ,porque agora temos foto da Senhora Dona Irene, com os miúdos da Escola das Mouriscas
roubado ao site Amigos das antigas escolas primárias de Mouriscas, animado pelo amigo António Louro, créditos foto Sr.Manuel Raposeiro
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