O subdirector da revista ''Zahara'' Alves Jana resolveu fazer uma entrevista ao Dr. Eurico Consciência, prestigiado Advogado desta Cidade.
Tendo em conta a asneirática entrevista feita na ''Zahara'' ao ''anti-fascista'' Manuel Dias era de temer o pior.
O Dr.Eurico,com a verve que se lhe reconhece,respondeu às perguntas do tipo. Uma entrevista é também constituída pelas perguntas que não se fizeram.
Porque se teme a resposta.
Por exemplo porque é que o Jana não perguntou ao Dr.Eurico porque é que ele foi expulso do PS?
Foi expulso por não apoiar a candidatura do General Eanes, apoiado pela santa aliança PS-PPD-CDS-MRPP-AOC etc.
O Jana não lhe fez a pergunta, porque se a fizesse, teria de assumir que o mesmo tratamento deveria ter sido aplicado a quem não apoiou a candidatura a Presidente de Manuel Alegre.
E entre eles estava Nelson Carvalho que apoiou um tal Fernando Nobre.
Acontece que para o Dr. Consciência ter sido expulso alguém apresentou queixa contra ele.
Também não convinha perguntar isso?
Acontece ainda que a esposa do entrevistador, enquanto chefa da agremiação,
apresentou queixa contra os socialistas que se candidataram pelo ICA.
Mas não apresentou queixa contra o Carvalho pelas ternas razões que ela conhece.
Como sempre o dr. Consciência não tem papas na língua, define o sogro, o sr. Reboredo, como o ''cacique'' de Meda.
O Jana admite que quem manda numa terra é um cacique, portanto a gazeta oficiosa vai passar a tratar a Céu por ''cacique''.
Naturalmente ainda o Dr. Eurico define o Manuel Dias como subalterno do Dr.Semedo.
Para terminar a entrevista fizeram uma resenha biográfica do entrevistado, num português digno do seminário que o ''biógrafo'' frequentou.
E omitem que o dr. Eurico foi eleito numa lista PSD, suponho como independente, para a Assembleia Municipal, ao lado do dr. Esteves Pereira, contra o PS de Júlio Bento/Nelson Carvalho.
E omitem que nessa candidatura (a do eng.Ruivo da Silva) que foi mandatário dela.
E omitem que apoiou o Dr.Santana-Maia Leonardo na sua candidatura à CMA.
É uma benta entrevista.
MA
foi o neo-fascista Guedes da Silva, e um dos voluntariosos espontâneos da primeira hora foi o Tarzan Taborda
o primeiro foi retratado implacavelmente pelo caricaturista Augusto Cid
tudo proveniente do Arquivo Histórico da Presidência da República, ah! faltava a abrantina com a mãozinha marota
Augusto CID é um dos caricaturistas mais talentosos de Portugal e teve muitos problemas com Eanes por estas caricaturas
Correio da Manhã
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Correio da Manhã
Pires Veloso, comandante da Região Militar do Norte, de 1975 e 1976, vai publicar as memórias dos meses de brasa que se seguiram ao 25 de Abril.
''Correio da Manhã – O livro é um ajuste de contas?
Pires Veloso – Não é. Acontece que, como dizia Galileu, a verdade é filha do tempo. Já passou o tempo suficiente para eu publicar as minhas memórias e fazer revelações.
– Como é que chegou ao comando da Região Militar do Norte?
– Regressei de São Tomé, fui o último governador, e fiquei em Lisboa a terminar o relatório. Era coronel. No dia 12 de Setembro, fui chamado ao chefe do Estado--Maior do Exército, Carlos Fabião, que me disse: ‘Tem aqui uma guia de marcha, é graduado em brigadeiro e vai comandar a Região Militar do Norte’.
– Não estranhou o convite? A avaliar pela situação política, devia ter sido escolhido um militar de esquerda.
– Perguntei ao Fabião: porquê eu? Ele respondeu-me que o comandante da altura, o Corvacho, estava a ser muito contestado pela maioria dos oficiais das unidades do Norte, que pediram que fosse eu a substituí-lo. Avisou-me que outros oficiais não queriam deixar sair o Corvacho, estavam muito revoltados e que eu teria muita dificuldade em entrar no quartel-general.
– Aceitou o convite à primeira?
– Nem pestanejei. E disse-lhe: Ó meu general, já que não posso passar pela porta de armas, arranje-me um helicóptero e eu entro por cima.
– Aterrou na parada?
– Embarquei num helicóptero, em Lisboa, e sobrevoei o quartel--general. Mas estava tudo calmo. Não valia a pena descer na parada. O helicóptero aterrou no aeroporto, mandei vir um carro e fui para o quartel-general. Entrei nas calmas.
– Qual foi a sua primeira acção?
– Mandei reunir uma coisa que havia nessa altura, que era a Assembleia Democrática de Unidade. Apresentei-me: ‘Meus senhores, sou fulano, não me interessa a política, estou aqui para disciplinar as unidades doNorte’.Nos três dias seguintes, visitei todas as unidades: fui cheirar, tomar o pulso aos quartéis. Eu até julgava que as coisas estavam mais ou menos. Enganei-me.
– Foi mal recebido?
– Ninguém me enxovalhou. Nem eu consentia. Mas aquilo nem parecia tropa. Encontrei as unidades numa rebaldaria. Oficiais e sargentos nem divisas usavam: eram todos iguais. Os quartéis estavam de patas ao ar. Um mês depois, as principais unidades estavam disciplinadas.
– Gosta de ser recordado como o vice-rei do Norte?
– Foi o povo que me pôs esse cognome. Tenho muito orgulho nisso. Eu corria toda a região e procurava sempre resolver os problemas a bem do povo.
– Qual é a sua versão sobre o 25 de Novembro de 1975?
– O Partido Comunista queria tomar o poder. Na noite de 24 para 25 de Novembro, militantes da UEC e da JCP estavam em casa à espera que lhes distribuíssem armas para saírem para a rua. Quem me confirmou isto foi a Zita Seabra. Mas à última da hora, o Cunhal, que dias antes tinha falado com o Costa Gomes, mandou desmobilizar toda a gente. O Costa Gomes fez-lhe ver que ele perdia. Eu já tinha aqui no Norte pelo menos dois mil homens disciplinados. O Jaime Neves avançou com os ‘comandos’ e neutralizou as unidades de Lisboa que apoiavam o Partido Comunista.
– Sabia que ia ser desencadeado um golpe em 25 de Novembro?
– Não sabia o dia. Só sabia que ia haver qualquer coisa. A minha preocupação desde a primeira hora foi preparar a Região Militar para qualquer eventualidade. É por isso que eu digo que em finais de Novembro tinha dois mil homens em armas.
– Qual é a grande revelação que faz no livro?
– Denuncio, por exemplo, uma mentira que tem sido alimentada há 33 anos. Corre que o então tenente-coronel Ramalho Eanes comandou toda a acção militar de 25 de Novembro. Eanes não fez nada. Se fosse um homem de carácter já se teria demarcado publicamente desta mentira. Quem comandou o 25 de Novembro foi o Presidente da República, general Costa Gomes. Jaime Neves cumpriu ordens do Presidente – de mais ninguém. Ramalho Eanes é um bluff. Ainda por cima aparece como um herói nos livros escolares, o que não posso aceitar.
– Cortou relações com Ramalho Eanes na altura do 25 de Novembro? Ele foi depois seu chefe e Presidente da República.
– Não. Sempre o apoiei. Eanes na altura era adjunto do Vasco Lourenço no comando da Região Militar de Lisboa. Quando se chegou ao dia 27, o Eanes, um desconhecido, é feito chefe do Estado-Maior do Exército. Eu sei que ao Vasco Lourenço lhe custou ter sido ultrapassado pelo Eanes. Um dia, perguntei ao Vasco Lourenço: Ó pá, então ele era teu adjunto e ultrapassou-te? E o Vasco Lourenço disse-me que aquilo lhe tinha custado muito, mas que não quis fazer barulho. O Vasco Lourenço é um homem de grande categoria: é inteligente e corajoso.
"GOVERNO NO NORTE"
CM – Qual foi o contributo da Região Militar do Norte no 25 de Novembro?
Pires Veloso – Eu tinha aqui dois mil homens prontos para o que fosse preciso. Se a acção militar falhasse em Lisboa, seria a guerra civil. Os partidos democráticos (PS, PPDe CDS) viriam para o Norte e aqui formariam Governo.
– As tropas fiéis ao Partido Comunista tentaram atacar alguma unidade do Norte?
– Eu tinha no meu gabinete do quartel-general um posto de rádio em ligação permanente com a Base de Cortagaça. A dada altura, ainda no dia 25 de Novembro, sabe-se no quartel-general que os fuzileiros se preparavam, a partir de Vale do Zebro, para avançar sobre Cortegaça. Eu dei ordem para carregarem os aviões com bombas. Os fuzileiros seriam bombardeados do ar. Eles souberam da minha reacção e desistiram do ataque a Cortegaça.
– O Partido Comunista devia ter sido ilegalizado?
– Ilegalizado não. Mas devia ter sido contido.
– Como é que se contém um partido legal em democracia?
– Há muitas maneiras de actuar. Não seria à marretada. Mas há um limite de ordem que é preciso impor. Quando eu fui comandante da Região Militar do Norte, por exemplo, a tropa tinha de ir resolver problemas porque a polícia tinha medo. E perguntavam-me como deviam actuar. Dizia-lhes para começarem a bem. Só depois, em último recurso, passavam à acção: se não forem respeitados, batam com muita força.
"DOU NOTA MÁXIMA A MÁRIO SOARES"
CM – Classifique Mário Soares com uma nota entre 0 e 20.
– Dou-lhe um 19. Não se dá 20 a ninguém. Dezanove é como se fosse a nota máxima.
– Spínola?
– Dou-lhe um 11, porque a certa altura fugiu.
– Costa Gomes?
– Homem muito inteligente, que fazia o seu jogo. Um 12.
– Sá Carneiro?
– Merece um 17.
– Álvaro Cunhal?
– Dou-lhe um 5.
– Otelo?
– Um inconstante. Dou-lhe 8.
– Jaime Neves?
– Dou-lhe um 18.
PERFIL
O Major-General, Pires Veloso, 82 anos, nasceu em Folgosinho, Gouveia. É filho de um casal de professores do ensino primário.Tem um irmão e duas irmãs. Escolheu a vida militar para começar a ganhar mais cedo e assim aliviar o orçamento familiar. A acção no comando da Região Militar do Norte deu-lhe fama de duro militarão. Quem o conhece desse tempo diz que é uma imagem falsa: Pires Veloso dizia que a grande qualidade de um militar é ser humano e generoso. Garante que não guarda rancor a ninguém: "Se ataco Eanes, é para repor a verdade". Empurrado por amigos, escreveu as memórias: ‘Vice--rei do Norte; memórias e revelações’.
CRONOLOGIA
1949
É mobilizado para a sua primeira comissão militar – em Macau. Tinha então o posto de tenente. Regressou à Metrópole em 1951.
1961
Começa a cumprir a primeira comissão em África – Angola. É capitão, oficial de operações do Batalhão de Infantaria 325.
1964
Mobilizado para Moçambique, como comandante de uma companhia do Batalhão 598. Presta serviço em Niassa e Lourenço Marques.
1968
Cumpre uma segunda comissão em Moçambique, entre 1968 e 1970. É major. Fica colocado no quartel-general, em Nampula.
1972
É mobilizado para a terceira comissão em Moçambique, que termina em 1974. Comanda o Agrupamento 6001, em Cabo Delgado.
1975
Foi o último governador de S. Tomé. Regressa a Lisboa. Nomeado comandante da Região Militar do Norte – até 17 de Nov. de 77.
1980
Candidatou-se à Presidência da República. Fê-lo, sobretudo, contra Ramalho Eanes. Pires Veloso teve escassos 0,78 por cento.
SOBREVIVENTE
Em 8 de Junho de 1976, Pires Veloso escapou a um desastre de helicóptero. Quatro dos seis ocupantes morreram carbonizados. Pires Veloso, gravemente ferido, passou três meses no hospital.''
Com a devida vénia do Correio da Manhã
NR-Sublinhados nossos. Face ao coro da direita absurda desferindo insultos a Mário Soares é de perguntar: onde é que estavam em 1975? No Brasil ou em Badajoz?
Que tenha de ser um homem da direita radical a dar 19 a Soares, um homem da Direita que resistiu em 1975 e que não fugiu como Spínola ou não andou metido em cowboyadas pindéricas no 11 de Março de 1975 já de si diz quase tudo.
Comparem o que diz Veloso sobre Eanes com o que afirmou Vasco Lourenço nas suas memórias sobre Eanes. Liguem as coisas. Os consensos são próprios da sociedade civil, a verdade anda sempre mais próxima da dissidência.
General Jaime Neves
O Ferro Rodrigues aqui referido foi Ministro e o senhor General Eanes e outros colocaram obstáculos administrativos da treta para promover Jaime Neves a General......
E ele mandou-os bugiar contava o Jaime Neves num livro recente . Aliás o General Eanes (que não deu os passos que exigiam a Neves para ser General), foi oficial general graças ao PREC, sendo um General do mesmo sui generis tipo que Galvão de Melo, Vasco Gonçalves, etc...
Depois com o Neves às portas da morte, roído por um cancro, lá arranjaram forma legal de o fazer General e o Eanes para se reabilitar fez o prefácio ao livro, prefácio chatíssimo e mal escrito.
A propósito está a encerrar a época taurina, será a 2 de Dezembro
Falaremos disso, mais tarde.
Miguel Abrantes
O grande problema é se para os Arestas, os pintelhos não passam de meros pentelhos!
As residenciais assistidas, vulgo lares de luxo da terceira idade, devem ter a lotação esgotada ou são bastante onerosas para as magras bolsas dos professores contratados em regime de 0%...
A residencial de Belém está ocupada pelo idoso Cavaco e as restantes senilidades terão que se candidatar a outros palácios...
Caro Cidadão:
Em primeiro lugar as nossas desculpas pelo atraso na publicação deste comentário.
Temos estado em contacto com São Miguel do Rio Torto para falar do problema da depilação que o PSD propõe.
O único comentário que conseguimos foi da Dona Noémia Isaltina, de 112 anos de Idade que disse:
''Até agora a única coisa depilada que vi em São Miguel foi a rotunda careca dum gajo de Vinhais, que veio aqui ao campo de tiro, dizer que a Salvadora da Pátria era a D.Manuela Ramalho Eanes e que ela era muito amiga do Major Silva Pais.
in museu da presidência da república
Eu disse-lhe, a ele e ao chefe, que era um gajo que cheirava a esterco de vaca, :
Ò doutor, se é para votar numa amiga do gajo da Pide, vá-se lixar, porque os bófias criaram muitos problemas ao meu primo Eduardo Catroga.
O gajo que falava um bocado à galego, ficou com a cara à banda, e ainda tentou balbuciar uma galegada, mas eu como tinha à mão o meu sacho de andar na horta a cuidar das couves galegas, disse-lhe:
Desande daqui antes que lhe rache a careca, seu ......
Declarações recolhidas por Suzy de Noronha
O suíno do meio (também exerce profissão de suína) tá lixado por não ter penduricalho.
Que culpa tem o povo de Abrantes e do Ribatejo e das berças transmontanas de que o General Ramalho Eanes não lhe tenha dado a Ordem da Pocilga????
Marcello de Noronha
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